quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Dilma destaca importância da interiorização da educação


Antes de seguir para a formatura de 4.500 alunos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) em Ceará Mirim (RN), a presidenta Dilma Rousseff afirmou, em Natal, que a interiorização dos institutos federais permite que a educação esteja onde moram os cidadãos brasileiros, ou o mais perto possível.
 
“Não tem melhor oportunidade que a capacitação profissional, que significa melhor emprego e salário”, destacou ela em entrevista às rádios locais.
 
A presidenta participa da entrega dos diplomas e também da inauguração de três novos campi do Instituto Federal de Educação do Rio Grande do Norte (IFRN), localizados nos municípios de Ceará Mirim, São Paulo do Potengi e Canguaretama. 
 
 O programa tem objetivo de ampliar a oferta de educação profissional em todo o País. Desde seu lançamento, em 2011, o Pronatec já chegou a quase 4,6 milhões de inscritos, com previsão de atingir 8 milhões até 2014. Segundo Dilma o Brasil nunca teve um programa com a envergadura do Pronatec, com investimentos de R$14 bilhões.
 
 IFRN
 
Os novos campi fazem parte da terceira fase de expansão da rede federal de educação profissional e tecnológica do Instituto e cada um deles terá capacidade para atender até 1.200 alunos. O instituto, que também foi uma das instituições que sediaram os cursos do Pronatec, possui atualmente 19 unidades em todo o estado, contando com as três que serão inauguradas.
 
 Rede social
 
Em seu perfil no Twitter, a presidenta anunciou a viagem a Natal, logo pela manhã. “Viajo hoje para o Rio Grande do Norte para a formatura de mais 4.500 alunos do Pronatec, programa de ensino técnico profissionalizante. Estamos formando jovens e adultos no ensino técnico. Profissão melhor, salário maior. O Pronatec é passaporte para futuro", escreveu Dilma.
 
 Pronatec Brasil Maior 
 
O Pronatec Brasil Maior, parceria entre o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e o Ministério da Educação (MEC), atenderá de maneira mais direta as demandas da indústria e o déficit de mão de obra específica em diversas regiões do País. O governo oferecerá, até 2014, 118 mil vagas para formação de trabalhadores para áreas consideradas carentes. 
 
Todos os cursos serão gratuitos, têm carga horária de 160 horas, e são oferecidos de acordo com o mapeamento das necessidades de cada região. O objetivo é solucionar os gargalos de recursos humanos em setores estratégicos da economia nacional identificados pelo Plano Brasil Maior. O Programa permite tanto a formação de trabalhadores para ocupação de novas vagas, quanto a requalificação de trabalhadores em atividade.
 
Portal Brasil

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Dormir é a melhor meditação


Lair Ribeiro

Parece incrível, mas 16 a 40% da população mundial sofre algum distúrbio de sono. Ao contrário do que se diz, não “perdemos” um terço de nossas vidas dormindo. Durante o sono, ocorrem importantes processos metabólicos, fundamentais à nossa saúde e bem-estar. Quando nosso processo sono-vigília se encontra em desequilíbrio, verdadeiras catástrofes podem ocorrer a curto, médio ou longo prazo.
Pessoas que dormem menos que o necessário costumam ter menos vigor físico e envelhecer mais precocemente, e estão mais propensas a infecções e a desenvolver doenças, como obesidade, diabetes e hipertensão arterial.
Ninguém é obrigado a dormir oito horas por dia. Cada um tem sua necessidade de sono: uns dormem mais e outros, menos. Essa variação também tem a ver com sexo, idade e posição social. Por exemplo: adultos precisam , em média, de sete a oito horas de sono diárias; crianças, de nove a onze; e bebês, de 16 horas ou mais de sono ao longo do dia.
A maioria das pessoas não conhece sua necessidade de sono nem sabe o quanto é importante respeitar essa necessidade.
A privação do sono, a longo prazo, pode comprometer seriamente a saúde, pois algumas das funções mais vitais do organismo só acontecem enquanto estamos dormindo, como a produção do GH (hormônio do crescimento), cujo nível mais alto de produção acontece durante o sono profundo. O GH ajuda a manter o tônus muscular, evita o acúmulo de gordura, melhora o desempenho físico, estimula o sistema imunológico e combate a osteoporose. Em suma, dormir ajuda a emagrecer e a rejuvenecer!
Outro hormônio que entra em ação durante o sono profundo é a melatonina, produzida pela glândula pineal. Primeiro, ela dá uma sensação de sonolência; depois, reduz os ritmos cardíaco e respiratório, relaxa a musculatura e baixa a temperatura corporal. Então, a liberação do GH e da leptina (hormônio responsável por controlar a sensação de saciedade) atingem seu ápice, e o cortisol, que induz ao sono profundo, começa a ser liberado e continua sendo até o início da manhã, quando atinge o seu pico.
Dormir menos que o necessário pode causar diabetes: com a falta de sono, a insulina (hormônio que retira o açúcar do sangue) deixa de ser produzida adequadamente pelo pâncreas e, ao mesmo tempo, a liberação de cortisol, que tem ação contrária à da insulina e é relacionado ao estresse, aumenta.
A curto prazo, dormir menos que o necessário pode provocar cansaço, sonolência durante o dia, irritabilidade, alterações repentinas de humor, perda de memória de fatos recentes, comprometimento da criatividade, redução da capacidade de planejar e executar, lentidão do raciocínio, falta de atenção e dificuldade de concentração... Se o desequilíbrio continuar, o quadro tende a se agravar e a pessoa pode entrar em um processo de perda do vigor físico, envelhecimento precoce, diminuição do tônus muscular e comprometimento do sistema imunológico, que levam a doenças, como obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e gastrointestinais e perda crônica da memória.
Dicas para se ter um sono de qualidade:
Evite café, chás (principalmente preto e mate, que contêm cafeína) e refrigerantes derivados de cola, pois são estimulantes.
Evite dormir com a televisão ligada, pois isso impede que você chegue à fase de sono profundo, quando o hormônio do crescimento atinge o seu ápice de liberação.
Mantenha seu quarto sempre arejado e com boa circulação de ar. Quando for se deitar, certifique-se de que está bem escuro.
Invista em um bom colchão, adequado ao seu peso e altura, em travesseiros confortáveis e em lençóis macios, de fibra natural, que permitem a transpiração.
Procure ir se deitar sempre no mesmo horário, para criar uma rotina saudável.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Homens & Mulheres no ambiente de trabalho


Lair Ribeiro

Durante muito tempo as relações entre homens e mulheres no ambiente de trabalham eram, no mínimo, hostis. Até hoje, muitas mulheres ainda recebem salários inferiores aos de homens que ocupam o mesmo cargo e reclamam do modo como são tratadas. Muitos homens, porém, garantem que não há preconceito contra a mulher mundo coorporativo e que, quando incidentes dessa natureza acontecem, não raro são provocados pelas próprias mulheres, que apelam para o estigma do “”sexo frágil” em um cenário em que, agora, o que vale é a competência!
Os tempos de desconfiança e falta de respeito tendem, cada vez mais a ficar no passado. Hoje, empresas têm estimulado seus funcionários, homens e mulheres, a aprenderem com os benefícios que a diversidade pode proporcionar ao funcionamento do negócio, seja ele qual for.
O homem e a mulher têm características distintas, que, se utilizadas em conjunto, tornam-se armas muito mais potentes e eficazes do que se empregadas isoladamente, principalmente no que se refere ao caótico e competitivo mercado de trabalho. A mulher, por exemplo, é capaz de executar várias tarefas ao mesmo tempo e ainda se manter “antenada” no que ocorre ao seu redor. Se ouvir um colega do outro lado da sala dizer algo que lhe interessa, pode apostar que fará algum comentário, mesmo estando com a atenção comprometida com duas ou três atividades simultâneas. Enquanto isso, o homem trabalha com toda sua atenção focada em uma única tarefa, e ai daquele que o interromper.
A mulher, no seu papel de cuidar da segurança dos filhos, desenvolveu uma percepção aguçada para identificar alterações mínimas na aparência e no comportamento de outras pessoas, além de primar pela excelência nos resultados, pois, possuindo visão periférica, ela capta detalhes quase imperceptíveis ao homem, cuja visão é de longo alcance, porém tubular.
Para mostrar as diferenças entre homens e mulheres no ambiente de trabalho, podemos compará-los a computadores. A mulher é um modelo de última geração: multitarefas, com uma enorme capacidade de armazenamento de dados e memória otimizada, o que dá mais agilidade ao seu desempenho que, por natureza, já é ágil. O homem, por sua vez, só não é “monotarefa” porque não existe computador com tal especificação, mas é um modelo da primeira ou da segunda geração de máquinas, que costuma travar quando se tenta fazer duas coisas simultaneamente.
Características femininas, como falar muito ou ser mais sensível e levar tudo para o lado pessoal, faz alguns colegas se sentirem incomodados, principalmente se a conversa ultrapassar as fronteiras do negócio e for para o lado pessoal. Isso ocorre porque o homem usa a fala para comunicar fatos, enquanto as mulheres falam para se relacionar. 
Os homens mantêm mais o foco em seus objetivos, são mais fechados e se atêm mais aos fatos, fazendo pouco uso de sua sensibilidade e intuição. Já a sensibilidade feminina ajuda a humanizar as relações de trabalho. Ainda assim, muitas mulheres se chateiam porque seus colegas as vêem primeiro como mulher e, depois, como profissional. Bem, isso é um fato! Não se pretende que o homem deixe de ver uma mulher ao olhar para uma ou vice-versa. Se a primeira coisa que enxergamos no outro é a aparência, não há porque pretender que colegas de trabalho ignorem isso. O homem e a mulher sempre se verão como realmente são, e a atração entre eles continuará a existir, seja em que ambiente for. O importante é que não se esqueçam da sinergia que poderão obter atuando em conjunto, pois, como suas características são complementares, sua produtividade, certamente, será maior trabalhando em parceria do que isoladamente.

MT - Professor grevista terá ponto cortado a partir desta terça

Os trabalhadores da Educação podem ter os contratos rescindidos

MidiaNews

O secretário Ságuas Moraes, que anunciou medidas contra grevistas


 
 
 
 
O Governo de Mato Grosso anunciou, nesta segunda-feira (30), por meio de nota oficial, que os profissionais da Educação em greve que não compareceram ao trabalho, a partir desta terça-feira (1º), terão o ponto cortado.

Na nota, o Executivo alega que os professores da rede estadual recebem o quarto melhor piso salarial do Brasil.

“O Governo do Estado já concedeu reajuste salarial de 49,44% para a categoria, o que significa 25,89% de ganho real”, diz trecho do documento.

O Estado promete assegurar, por meio da Secretaria de Educação, o direito dos profissionais que quiserem trabalhar e cortar o pondo dos que não comparecerem às escolas.

“Vários acordos foram propostos aos profissionais da Educação. No entanto, eles não cederam e insistem na greve. Sendo assim, o Governo do Estado, além de lamentar, comunica que esgotou suas possibilidades de negociação. O Governo cedeu tudo o que pôde”, diz a nota, divulgada pela Secretaria de Estado de Comunicação (Secom).

Conforme o Governo, no caso dos profissionais em fase de estágio probatório que não retornarem ao trabalho, serão abertos processos administrativos.

Já os contratados temporariamente que não retornarem ao trabalho terão seus contratos rescindidos.

O Governo argumenta que o posicionamento adotado, neste momento, leva em conta as decisões judiciais.

Confira a íntegra da nota, publicada no site da Secom-MT:

"Os profissionais da Educação de Mato Grosso recebem o quarto melhor piso salarial do Brasil. O Governo do Estado já concedeu reajuste salarial de 49,44% para a categoria, o que significa 25,89% de ganho real.

Vários acordos foram propostos aos profissionais da Educação. No entanto, eles não cederam e insistem na greve. Sendo assim, o Governo do Estado, além de lamentar, comunica que esgotou suas possibilidades de negociação. O Governo cedeu tudo o que pôde.

A partir de 1º de outubro, o Governo, por meio da Secretaria de Educação, vai garantir o direito dos profissionais da Educação que quiserem trabalhar e cortar o ponto dos que não comparecerem ao trabalho.

Em relação aos profissionais da Educação em fase de estágio probatório que não retornarem ao trabalho, o Governo comunica que serão abertos processos administrativos. E os contratados temporariamente que não retornarem ao trabalho terão seus contratos rescindidos.

Considerando as decisões judiciais, o Governo apela ao bom senso dos profissionais da Educação e conclama no sentido de retornarem imediatamente ao trabalho.

Governo de Mato Grosso"

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Capes inicia hoje avaliação de cursos de pós-graduação

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) inicia nesta segunda-feira (30), a avaliação de todos os cursos de pós-graduação stricto sensu autorizados a funcionar no Brasil. No total, entre mestrados profissionais, mestrados acadêmicos e doutorados serão avaliados mais de 5.700 cursos de pós-graduação. A avaliação se refere às atividades dos anos de 2010, 2011 e 2012 e serão consideradas todas as informações prestadas pelos cursos neste período.

Os cursos são avaliados, em reuniões presenciais na Capes, por comissões de área, sendo no total 48 áreas de avaliação, distribuídas ao longo de 4 semanas no mês de outubro. Entre professores e pesquisadores participarão da avaliação 1.200 consultores vindos de todas as regiões do país.

Após a finalização das avaliações pelas comissões de área, os resultados serão objeto de análise pelo Conselho Técnico-Científico da Educação Superior (CTC-ES) em reuniões previstas para os dias 18 a 29 de novembro que deliberarão sobre os resultados finais, que deverão ser divulgados em 2 de dezembro.
A avaliação da pós-graduação stricto sensu, criada em 1976, atualmente é o mais importante instrumento para o Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG) e para o fomento, tanto por parte das agências brasileiras, como dos organismos internacionais.

Na avaliação os cursos recebem notas entre 1 e 7. As notas 1 e 2 descredenciam os mesmos; nota 3 significa desempenho regular, atendendo aos padrões mínimo de qualidade; notas 4 e 5 significam um desempenho entre bom e muito bom, sendo 5 a nota máxima para os cursos só de mestrado. Notas 6 e 7 indicam desempenho equivalente a padrões internacionais de excelência.

Segundo a Capes, a avaliação "cumpre o papel de analisar detalhadamente o panorama e atividades da pós-graduação no Brasil e, assim, atestar a qualidade dos cursos". A Coordenação considera ainda que a avaliação "produz estudos e indicadores para induzir políticas governamentais de apoio e crescimento da pós-graduação e estabelecer uma agenda para diminuir as assimetrias entre regiões do Brasil ou intra e inter áreas do conhecimento".

Inep lança cartilha de instruções para a aplicação do Saeb

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) lançou na sexta–feira (27) em Salvador, a cartilha on-line com instruções para aplicação das provas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) este ano. Serão avaliados mais de 7,9 milhões de estudantes entre 11 e 21 de novembro próximo, em todas as unidades da Federação.

O documento, que será distribuído nas escolas, destaca os objetivos das aferições que compõem o sistema, além de apresentar dados e indicadores para compreensão dos fatores que influenciam o desempenho dos estudantes.

A cartilha foi lançada durante o encontro de alinhamento e capacitação dos coordenadores estaduais da avaliação, que se estende até domingo (29) na capital baiana. Durante o encontro, que reúne cerca de 200 participantes, são abordados temas como a apresentação do Saeb, histórico e logística de aplicação das provas do sistema. “Estamos avaliando quase oito milhões de estudantes e, a partir dos resultados, poderemos dialogar com as redes na busca pela melhoria constante da qualidade do ensino brasileiro”, destacou o presidente do Inep, Luiz Cláudio Costa.

O Saeb é composto por três avaliações externas em larga escala que aferem itens como qualidade, equidade e eficiência da educação brasileira. A Avaliação Nacional da Educação Básica (Aneb) e a Prova Brasil, também conhecida como Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (Anresc), são realizadas a cada dois anos. Já a recém-criada Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA) terá aplicação anual.

Na Aneb, são aplicadas provas de leitura e matemática e questionários a uma amostra de estudantes do quinto e do nono anos (quarta e oitava séries) do ensino fundamental regular e do terceiro ano do ensino médio das redes pública e particular.

Da Prova Brasil participam todas as escolas com pelo menos 20 estudantes matriculados em turmas do quinto e do nono anos (quarta e oitava séries) do ensino fundamental regular, matriculados em escolas públicas das zonas urbana e rural. Serão aplicadas provas de leitura, de matemática e questionários.

Ainda este ano, serão aplicadas, em caráter experimental, provas de ciências a estudantes do nono ano do ensino fundamental e do terceiro ano do ensino médio.

A ANA contará com provas de leitura e escrita e de matemática. Serão avaliados estudantes matriculados no terceiro ano do ensino fundamental em escolas públicas das zonas urbana e rural que estejam organizadas no regime de nove anos. O exame será aplicado em todas as turmas regulares e em uma amostra de turmas multisseriadas.

Economista diz que ensino superior precisa se internacionalizar

Os gestores educacionais brasileiros devem se preparar para uma fase de grande expansão do ensino superior do país nos próximos anos, como resultado do bom desempenho de todas as demais áreas da economia nacional, que vem crescendo, nos últimos anos, por uma conjuntura internacional favorável.
Esta a avaliação do economista Ricardo Amorim, feita na quinta-feira (26) durante a abertura do 15.º

Fórum Nacional do Ensino Superior Particular, que acontece no hotel Renaissance, em São Paulo.

Ele também identificou uma janela de oportunidade para o setor buscar sua internacionalização, por meio da contratação de professores estrangeiros. “Há uma oferta importante de profissionais por causa das crises financeiras enfrentadas por muitos países desenvolvidos. E isso pode ser a chance de trazê-los para o Brasil e contribuir de forma relevante para a elevação do nível de competitividade do ensino superior do país”, afirmou o economista, observando ser esta uma medida estratégica, diante da possibilidade de ampliações internacionais por parte de boas instituições estrangeiras, interessadas em ampliar seus públicos em todos os continentes.

Para Ricardo Amorim, o setor já vem melhorando nos últimos tempos com programas como o Fies, o Pronatec e a oferta de cursos de ensino a distância (EAD), mas, precisa avançar. “Um país só muda com investimento em gente, com a transformação das pessoas, como fizeram países como a Coreia, que nos anos 1970 estava em um patamar semelhante ao Brasil, avançando muitas vezes mais, sobretudo pelo investimento na educação”.

Defendendo ainda uma mudança conceitual na educação brasileira, que “possui disciplinas demais e profundidade de menos, além de uma distância muito grande entre o mercado e o mundo acadêmico”, Amorim avaliou que a melhoria das condições econômicas de uma parte significativa da população, ”aumentou e aumentará ainda mais a possibilidade de acesso à educação superior, bem com as possibilidades de escolha dos conteúdos, particularmente graças ao crescimento da oferta do ensino a distância”.

O FNESP – Fórum Nacional da Educação Superior Particular é um dos maiores eventos do setor e reúne os principais gestores e mantenedores de instituições educacionais do país.

Capes aprova 1.º doutorado em Gestão Internacional do país


O Ministério da Educação aprovou em sua 149.º reunião, da Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Capes, ocorrida entre os dias 9 e 13 de setembro, o primeiro doutorado para um curso de Administração, com ênfase em Gestão Internacional do Brasil para a ESPM, em seu Programa de Mestrado em Gest ão Internacional - PMGI, que agora passa a ser reconhecido como PDMGI.

O parecer da comissão técnica foi positivo e o programa teve conceito 4, sendo avaliado por um grupo de professores doutores, dez membros internos e dois externos, docentes de instituições de todo o Brasil, tais como: FGV-EAESP, UFC-CE, Fucape, UECE, UFRJ, Unisinos, UAM, Univali, UnB, UFRN, UFPB e UFSC.

A comissão destacou como justificativa para a aprovação o apoio institucional que a ESPM oferece ao programa, a infraestrutura disponibilizada aos pesquisadores, a proposta pedagógica e a produção intelectual dos docentes, o acervo disponível e as três linhas de pesquisa, sendo elas marketing internacional, estratégia internacional e inovação em gestão internacional.

"Estamos radiantes por recebermos o reconhecimento de um árduo trabalho de equipe, que foi coroado com esta aprovação na primeira submissão, sem contingências", comemora Marcos Amatucci, pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da ESPM.

Outro destaque na avaliação da comissão da Capes diz respeito à pontuação bibliográfica do corpo docente permanente do programa de 348 pontos por professor no triênio 2010-2012, que está acima de 150 pontos exigidos.

Gestão Internacional é um dos recortes da área de Administração, que se preocupa com as organizações que conduzem negócios em mais de um país. Esta envolve questões de adaptação local e integração global; análise de mercados internacionais; centralização, descentralização e distribuição das atividades de marketing, produção e inovação (pesquisa e desenvolvimento); transferência de conhecimentos entre subsidiárias, modos de entrada e alocação de recursos.

Sebrae lança escola gratuita de empreendedorismo do Brasil

Para promover a disseminação da cultura empreendedora, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP) anuncia a criação da primeira escola gratuita de empreendedorismo do Brasil. As inscrições para o processo seletivo já começam na primeira semana de outubro.

O projeto é uma parceria da entidade com o Centro Paula Souza, autarquia do Governo do Estado de São Paulo, responsável pelas escolas técnicas (Etecs) e faculdades de tecnologia (Fatecs).

Chamada de Escola de Negócios Sebrae-SP, a iniciativa inédita irá formar e capacitar gratuitamente futuros e atuais empreendedores por meio do ensino técnico e tecnológico, nas áreas de Administração, Gestão, Logística e Marketing. O projeto prevê, além da escola sede na capital, a implementação de uma rede profissionalizante em todo o estado e um sistema de ensino a distância em meados de 2014.

“Para ter uma verdadeira Escola de Negócios modelo reunimos o conhecimento, a credibilidade e a experiência das valorosas e reconhecidas equipes do Sebrae-SP e do Centro Paula Souza”, afirma Alencar Burti, presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae-SP. “Certamente será um marco para a construção de uma sociedade do conhecimento não só de São Paulo, mas do Brasil”, enfatiza.

Localizada nos Campos Elíseos, região central de São Paulo, a Escola de Negócios vai integrar práticas de trabalho, educação e pesquisa em um único ambiente, o que permitirá ao aluno vivenciar situações reais que ele poderá enfrentar no mercado de trabalho e no comando da própria empresa.

A escolha do Centro Paula Souza para compor o projeto, pelo Sebrae-SP, ocorreu em função do consagrado modelo de ensino e do corpo docente qualificado.

"A parceria com o Sebrae-SP permitirá capacitar profissionais com foco em duas frentes fundamentais: a inovação e o empreendedorismo", destaca Laura Laganá, diretora-superintendente do Centro Paula Souza.

De acordo com Bruno Caetano, diretor-superintendente do Sebrae-SP, o projeto vem suprir a demanda do empresariado brasileiro por um ensino formal que integre teoria e prática e contribua para o fortalecimento das micro e pequenas empresas.

“Hoje quase 45% dos brasileiros sonham em ter a própria empresa. Com a Escola de Negócios, nossa missão será cada vez mais preparar o futuro empreendedor e ajudá-lo a transformar seu sonho em realidade. A Escola será um ambiente criativo para fomentar o empreendedorismo paulista”, completa.

Em seus 10 mil m², a Escola de Negócios abrigará o Sebrae-LAB, espaço destinado a apoiar a aprendizagem do aluno e incentivar o surgimento de novos negócios criativos e inovadores.

Composto por quatro processos complementares - Núcleo de Atendimento, Biblioteca Especializada, Espaço Criativo e Hotel de Ideias -, o Sebrae-LAB tem o objetivo de proporcionar uma experiência de aprendizagem que agregue os conhecimentos práticos de gestão de negócios aos conceitos teóricos da sala de aula.

Por este motivo, o espaço foi desenhado com um Núcleo de Atendimento que reunirá uma equipe de especialistas do Sebrae-SP, que além de apoiar os alunos oferecerá consultoria e orientação aos empresários de pequenos negócios.

A Escola abrigará também a Biblioteca Especializada com um acervo físico e digital de 50 mil títulos. Já o Espaço Criativo foi configurado para estimular a busca de soluções individual ou coletivamente e o debate sobre novos negócios. O Hotel de Ideias funcionará como incubadora de projetos para abrigar e apoiar empresas em sua fase de concepção e formatação.

Processo seletivo

Para ingressar na Etec, o pré-requisito é a conclusão do ensino fundamental ou do 1.º ano do ensino médio, dependendo do curso escolhido. Para entrar na Fatec, é preciso ter terminado o ensino médio. O processo seletivo será o mesmo dos outros cursos do Centro Paula Souza. As inscrições para vestibular da Fatec deverão ser feitas de 8 de outubro a 7 de novembro (mais informações no site). O vestibulinho para a Etec terá inscrições de 1º a 24 de outubro.

Para o ciclo de aulas 2014/2017, serão disponibilizadas quase 2 mil vagas para os ensinos técnico e tecnológico, com entrega de certificados e diplomas. A duração dos cursos varia entre 18 (técnico) e 36 meses (técnico integrado ao médio integrado e tecnológico).

Milhares de alunos já aprendem educação financeira na escola


A educação financeira já é realidade em diversas escolas brasileiras. Isso pelo menos é o que aponta dados da DSOP Educação Financeira. A empresa conta que apenas em 2013, mais de 150 escolas particulares em 17 estados brasileiros já adoraram seu programa de educação financeira, sem contar muitas outras que utilizam os materiais paradidáticos.

Além disto, cinco prefeituras (Goiânia, Barueri, Guarujá, Franco da Rocha e Vitória da Conquista) também estão utilizando o material de educação financeira em sua rede pública de ensino.

"Estes números são muito positivos, demonstrando um crescimento de mais de 100% em relação ao ano de 2012. Mais do que isso, temos observado que muitas escolas estão procurando os materiais da DSOP, assim a expectativa é que centenas de novas escolas utilizem o material em 2014, indo de encontro com nossa missão que é disseminar a educação financeira no Brasil", conta o presidente da DSOP Educação Financeira, Reinaldo Domingos.

Estas escolas e prefeituras se anteciparam à ENEF e à Lei 171/09, que tramita no Senado sobre a obrigatoriedade da educação financeira em escolas das redes pública e privada de ensino. Porém, o Programa DSOP de Educação Financeira se diferencia pela abordagem do assunto (amplia o enfoque estritamente matemático, geralmente dado ao assunto, para uma abordagem comportamental, que trabalha, simultaneamente, capacidades cognitivas, afetivas e sociais, respeitando as potencialidades e expectativas de aprendizagem de cada faixa etária) e porque oferece cursos de capacitação a professores; palestras e outras atividades a alunos, pais e comunidade no entorno da escola.

"Nós acreditamos que, para que a educação financeira seja realmente efetiva é preciso que todos que participam do processo entendam sobre o tema, por isso vamos muito além da simples abordagem dos alunos, colocamos toda a comunidade no processo", explica Reinado Domingos.
As experiências relatadas por alguns diretores de escolas que já utilizam esse material exemplificam o resultado do trabalho:
Em Curitiba (PR), por exemplo, o Programa DSOP de Educação Financeira no Ensino Básico foi adotado no Colégio Madalena Sofia, em 2010, para a turma do primeiro ano do ensino médio, e os resultados são satisfatórios. Segundo Cleiton Sales de Avila, membro do Conselho Gestor da escola, a decisão de inserira educação financeira partiu da preocupação de ajudar os jovens a lidarem com dinheiro,especialmente aqueles que estão ingressando no mercado de trabalho e mal sabem o que fazer com o primeiro salário.

"Lidar com dinheiro é difícil para adultos, imagine para os jovens. Se eles não aprenderem a administrar adequadamente seus recursos pode ser prejudicial para seu futuro", diz Avila. Segundo ele, a aposta nesse projeto tem como objetivo contribuir para a quebra do ciclo de gerações endividadas. A escola já percebeu os resultados positivos entre alunos, professores e comunidade.

Em Santo André, na região do ABC (SP), o Colégio Stocco adotou o Programa DSOP no ensino Fundamental I e II. O diretor, Roberto Belmonte Junior, explica que foram várias as motivações para inserir a educação financeira no currículo escolar, dentre as quais, diversas solicitações dos pais dos alunos e também pelo fato de já utilizarem o livro "O Menino do Dinheiro", de autoria de Reinaldo Domingos, educador financeiro e presidente da DSOP.

Segundo o diretor da escola, "em conversas com professores e pais de alunos, eles têm apontado que as crianças estão mais atentas em relação ao dinheiro e, o mais importante, deixaram de esbanjar, o que reflete na melhoria do relacionamento familiar".

Veja alguns fatores que motivam a inserção da educação financeira nas escolas:

- Um dos grandes desafios globais do século é fazer a sociedade atual repensar hábitos de consumo substituindo-os por outros mais sustentáveis.

- As profundas mudanças nas economias mundiais tem exigido um reaprendizado de como lidar com as finanças, fenômeno que movimenta governos e instituições a adotarem medidas para habilitar as pessoas a fazerem escolhas conscientes de gastos e investimentos.

- Cerca de 2 bilhões de pessoas entrarão no sistema financeiro formal nos próximos 20 anos. Mas não se sabe se todas essas pessoas estarão capacitadas a fazer as melhores escolhas financeiras

- Há forte evidência de que lares com baixa educação financeira não planejam para a aposentaria, pagam juros mais altos, têm menos bens, e, já ficou demonstrado que o nível mais baixo de educação financeira levou as pessoas a ficar mais inadimplentes.

- No Brasil, as mudanças na pirâmide das classes sociais significam, ao mesmo tempo, maior poder de compra de parcela significativa da população, mas também alto endividamento.

- Crianças são muito observadoras e cedo começam aperceber que o dinheiro tem uma força. Ao mesmo tempo crianças e jovens estão expostos às mensagens publicitárias que estimulam o desejo de ter. Portanto, ensiná-las o mais cedo possível, de forma lúdica e prazerosa sobre quanto é importante ter objetivos, fazer escolhas e que nada é mágico, porém, tudo é possível, desde que o dinheiro seja usado com foco e sabedoria é papel que pode ser compartilhado entre pais e escolas.

-Escolas são cada vez mais exigidas a oferecer ensino diferenciado e serviços que beneficiem também os pais.

Programa para evitar evasão prevê identificação de aluno que faltar cinco vezes seguidas

O aluno com muitas faltas será identificado e autoridades tentarão evitar a evasão.


O Paraná vai adotar novas diretrizes para o enfrentamento à evasão escolar. Na última semana, foi apresentado, pela Secretaria de Estado da Educação, em parceria com a Associação dos Conselheiros Tutelares do Estado do Paraná e Ministério Público do Paraná, o Programa de Combate ao Abandono Escolar.

O conjunto de medidas foi organizado num manual de orientação, que traz roteiro técnico a ser adotado pelos educadores, antes da notificação obrigatória de alunos ausentes, fortalecendo, assim, a busca ativa de estudantes que estejam fora da escola e a prevenção do abandono escolar.

“Construiu-se, antes de mais nada, uma parceria de trabalho, onde cada segmento assume as suas responsabilidades constitucionais integralmente, em favor da prevenção à evasão, nosso maior objetivo”, afirma a promotora de Justiça Hirmínia Dorigan de Mattos Diniz, coordenadora da área de Educação do MP-PR.

A ESCOLA - De acordo com o manual, os professores terão de identificar alunos que acumulem cinco faltas consecutivas, ou em sete dias alternados, dentro do período de dois meses. Esses casos deverão ser comunicados oficialmente à equipe pedagógica que, por sua vez, ficará responsável pelo contato com os pais, num período de sete dias, convocando-os para reunião, a fim de verificar se as faltas têm ou não justificativa.

Caso a ausência do estudante seja justificada ou amparada por lei, deve-se solicitar aos pais ou responsáveis documentos comprobatórios. Do contrário, a equipe escolar terá de investigar o motivo das faltas e adotar procedimentos que possibilitem o retorno imediato do estudante à escola. Também deverá ser realizado um levantamento sobre a vida do aluno, objetivando uma reflexão dos profissionais a respeito dos possíveis motivos da infrequência, como, por exemplo, suspeita de violência física, psicológica ou moral, abuso sexual, uso de drogas, questões sociais, educacionais, entre outras. As informações devem ser registradas em um formulário.

OS PAIS - O Manual apresenta, ainda, um roteiro para que os pedagogos possam orientar pais ou responsáveis, sempre no sentido de propor ações conjuntas para a reinserção do aluno no ambiente escolar, com a previsão de projetos pedagógicos, inclusive com a oferta de reposição de conteúdos perdidos.

A REDE DE PROTEÇÃO - As situações em que as faltas persistirem, quando houver a necessidade da atuação de outros profissionais ou, ainda, em que os pais ou responsáveis não responderem às convocações da escola, a direção deverá acionar a Rede de Proteção da Criança e do Adolescente, encaminhando ofício com a cópia do Formulário de Notificação Obrigatória de Estudante Ausente.

O CONSELHO TUTELAR - O Conselho Tutelar deverá ser acionado, a fim de que possa aplicar as medidas de proteção pertinentes à criança ou ao adolescente e a seus pais ou responsáveis, fazendo os contatos e encaminhamentos devidos aos órgãos competentes.

O MINISTÉRIO PÚBLICO - As Promotorias de Justiça deverão tomar as devidas providências legais, responsabilizando os pais e/ou responsáveis pelo estudante ausente, quando todas as demais tentativas de retorno do estudante à escola, até mesmo as medidas adotadas pelo Conselho Tuletar, já foram esgotadas.

O RETORNO À ESCOLA - O Manual estabelece também que, a qualquer tempo, assim que o estudante retornar à escola, a equipe pedagógica deve arquivar os formulários com as providências adotadas pela Rede de Proteção, Conselho Tutelar e/ou Ministério Público.

O APOIO - O estudante será submetido a uma avaliação pedagógica destinada a detectar possíveis deficiências de aprendizagem e/ou perda dos conteúdos ministrados durante sua ausência, para que medidas possam ser adotadas no sentido de assegurar o bom aproveitamento escolar.

Brasil conquista primeiro lugar geral na 28.ª Olimpíada Ibero-Americana de Matemática

Agência Brasil

O Brasil conquistou o primeiro lugar na classificação geral da 28.ª Olimpíada Ibero-Americana de Matemática, que ocorreu no Panamá desde o último dia 22 e que se encerrou na sexta (27), reunindo 78 estudantes de 20 países da América Latina, Espanha e de Portugal. A equipe, formada por quatro estudantes, conseguiu o título na disputa por equipes, além de conquistar uma medalha de ouro e três de prata.

O país tem um bom retrospecto na competição, conseguindo pelo segundo ano consecutivo a primeira colocação, desta vez com 158 pontos. Portugal fez o segundo melhor resultado, com 154 pontos, seguido pelo México, com 153 pontos. Os estudantes fizeram individualmente seis problemas em dois dias de prova, que envolviam álgebra, teoria dos números, geometria e análise combinatória.

Entre os quatro estudantes do time brasileiro está Rodrigo Sanches Ângelo, de São Paulo, que conseguiu pontuação máxima na resolução da prova, 42 pontos, e ficou com a medalha de ouro. Franco Matheus de Alencar (RJ), Victor de Oliveira Reis (PE) e Rafael Kazuhiro Miyazaki (SP) conseguiram a prata com 41, 40 e 35 pontos, respectivamente. A equipe foi acompanhada pelos professores Eduardo Wagner (RJ) e Pablo Rodrigo Ganassim (SP).

A próxima edição da Olimpíada Ibero-Americana ocorrerá em Honduras, com participantes de, no máximo, 18 anos. A equipe nacional é selecionada a partir dos melhores classificados na Olimpíada Brasileira de Matemática.

No Nordeste, alfabetização tem a mesma taxa da Índia

 SABINE RIGHETTI
DE SÃO PAULO





A taxa de população analfabeta com mais de 15 anos no Brasil (8,7%) é alta se comparada a países como EUA, Alemanha e Nova Zelândia, cujos índices giram em torno de 1% dos habitantes.

Nesses países, ficam fora da escola comunidades pobres, isoladas e nativos. Ou seja: não saber ler é exceção.

Rússia e China têm índices melhores do que o Brasil: em torno de 5% de analfabetismo segundo dados oficiais. Perdemos para a Índia: lá cerca de 25% da população acima de sete anos não sabe ler.

A taxa indiana de analfabetismo é encontrada por aqui também. No Nordeste brasileiro, quase 25% da população economicamente ativa masculina não sabe ler.

Trocando em miúdos, um em cada quatro homens com mais de 25 anos não escreve um bilhete, não pega ônibus sozinho e nem pode ler a receita de um medicamento.

De quem foi alfabetizado, poucos ficam na sala de aula. O IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal), divulgado em julho, mostrou que só metade da população adulta do país concluiu o ensino fundamental.

Com essa trajetória, quem chega ao ensino superior em idade universitária (18 a 24 anos) é uma minoria: 14% da população. Em países ricos, a taxa gira em torno de 70%.

Os números mostram que programas de inclusão social no Brasil têm conseguido manter crianças na escola (a taxa de analfabetismo de 10 a 14 anos é de 1,9%), mas não atraiu a população jovem e adulta de volta às aulas.

Uma alternativa para melhorar esse quadro é incluir em programas como o Bolsa Família a exigência de que o chefe de família também esteja estudando. E, claro, ter boas escolas para a população jovem e adulta.

Idade certa para colocar crianças na escola divide pais

RAYANNE AZEVEDO
DE SÃO PAULO


Sofia, 5, frequenta instituições de educação infantil desde o primeiro ano de vida. Já Mattias, 3, nunca entrou em uma escola. Apesar de viverem realidades distintas, essas crianças têm algo em comum: estão felizes, saudáveis e se desenvolvem bem.


É o que dizem as mães, ambas satisfeitas com a decisão que tomaram sobre o início da vida escolar dos filhos.
O momento certo para que isso aconteça é uma dúvida para muitos pais. Para especialistas, a resposta depende da avaliação do que a família e a escola têm a oferecer.
"A criança precisa de oportunidades para se desenvolver. Muitas vezes, essas oportunidades estão na escola", afirma Lino Macedo, do Instituto de Psicologia da USP.
Segundo ele, a atual configuração das famílias, com pais atarefados e falta de interação com outras crianças, torna o ambiente doméstico pouco estimulante.
Foi o que percebeu a roteirista Mariana Pamplona, 40. A casa não bastava para a "novidadeira" Sofia. "Ela ficava entediada. Havia uma vontade grande de se relacionar com outras crianças", diz.

Editoria de Arte/Folhapress
Já no caso da autônoma Anna Gallafrio, 32, mãe de Mattias, a intenção era fortalecer os laços familiares antes de ele ir para a escola.

A família vive em Ubatuba, no litoral paulista. Anna não trabalha no horário comercial e pode ficar com o filho quando o marido está fora.

"Aqui temos vários espaços que são verdadeiras fontes de aprendizado. Visitamos parquinhos, aquário, bibliotecas, livrarias e vamos à praia e ao sítio", conta.

Chefe do setor de neuropediatria da Unifesp, Luiz Celso Vilanova diz que o importante é oferecer atividades que permitam a experimentação por conta própria. "É como jogar tênis: você não aprende se ficar só observando. Precisa praticar. Com a criança é a mesma coisa."

Especialistas ouvidos pela Folha afirmam que, do ponto de vista pedagógico, não existe uma idade ideal para a iniciação em uma instituição de ensino. Por lei, a matrícula é obrigatória a partir dos quatro anos (leia abaixo).

Para a pedagoga Silvia Colello, da Faculdade de Educação da USP, os pais devem levar em consideração a necessidade de socialização e exploração da criança --especialmente aos três anos. "A partir dessa idade, estar fora da escola já resulta em uma perda desse ponto de vista."

Isso não quer dizer que manter o filho por mais tempo em casa seja um erro.

"A criança tem uma grande capacidade de reação. Com o tempo, ela recupera qualquer impacto", diz a pedagoga Zilma Oliveira.

Início da vida escolar

Danilo Verpa/Folhapress
Anterior Próxima
A mãe Mariana Pamplona e Sofia Pamplona, 5, que esta matriculada desde o primeiro ano de vida
 
O QUE DIZ A LEI
O MEC reduziu de seis para quatro anos a idade mínima obrigatória para ingresso na educação básica --da educação infantil ao ensino médio.

A alteração foi incluída na Lei de Diretrizes e Bases da Educação em abril. Pais e escolas têm até 2016 para se adaptar.

MT- Riva fala em 'loteamento' de secretrarias no governo Silval e lamenta que não haja renovação na Seduc com a saída de Ságuas

Da Redação - Laura Petraglia

Riva fala em 'loteamento' de secretrarias no governo Silval e lamenta que que não haja renovação na Seduc com a saída de Ságuas

Seguindo à risca seu preceito de que ‘ser governo não é dizer amém para tudo’, o deputado José Riva (PSD), teceu duras críticas ao ‘loteamento’ aos partidos políticos que o governador Silval Barbosa (PMDB) tem feito em seu governo em pastas importantes, como a Educação, por exemplo.

A declaração do parlamentar foi no sentido de que com saída de Ságuas Moraes (PT) para assumir uma vaga na Câmara Federal, mais uma vez, o comando da Seduc passará às mãos do PT. Na visão dele, já é passada a hora de haver uma renovação naquela secretaria.

Para Riva, Silval erra ao deixar que os partidos políticos indiquem os seus secretários de Estado. “Eu acho que tinha que haver uma renovação na Seduc. Se eu fosse governador, por exemplo, não permitiria que indicações do comando de secretarias tão importantes como Saúde e Educação ficasse a cargo dos partidos”, disse.

O comando exclusivo do PT na Seduc, já foi alvo de críticas também por parte do deputado Emanuel Pinheiro (PR), que chegou a afirmar a que a secretaria tornou-se um ‘gueto do PT’. “A Seduc virou uma ilha, um gueto do PT”, afirmou o deputado recentemente.

Ságuas deixa a Seduc nas mãos da adjunta Rosa Neide Sanches, que deve assumir a cadeira em definitivo, por indicação do próprio Ságuas. Esta será a segunda vez que ela “tampa um buraco” deixado pelo petista.