sábado, 17 de setembro de 2011

Dica de Leticia Bueno

Leticia Bueno deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Ensino brasileiro precisa de aula de inovação":

Olá, sou sua seguidora e estou montando um blog onde discurso sobre os diversos temas de educação, assim convido-a para acompanhar e participar do blog com suas visitas, comentários e, caso lhe interesse, escritos que serão devidamente referenciados.

O blog é inicial mas pretendo manter constantes discussões que poderão contribuir na prática dos professores.

O link é: http://escritosemconstrucao.blogspot.com
Espero que goste. :)

Abraços,

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Ensino brasileiro precisa de aula de inovação

fonte veja

Em um mundo em que inovar é sinônimo de desenvolvimento, é preciso modernizar o ensino das ciências. Estudiosos e escolas já estão nesse caminho

Nathalia Goulart


Uma certeza vem se impondo entre cientistas, economistas e outros especialistas: a capacidade de inovar – de transformar ideias em produtos rentáveis – tornou-se um fator determinante no desenvolvimento econômico das nações. O Brasil ainda precisa dar um salto nesse campo. Em 2009, por exemplo, o país pediu o registro de apenas 464 patentes nos Estados Unidos, ao passo que a Coreia do Sul, no mesmo período, fez 23.950 requisições. "Nações que investem mais em pesquisa e desenvolvimento e que mantêm um setor produtivo mais inovador registram maiores e melhores indicadores econômicos e sociais", diz Luiz Ricardo Cavalcante, técnico de Planejamento e Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Segundo especialistas, várias motivos explicam a situação do Brasil – um deles é o baixo investimento de empresas nacionais em pesquisa e desenvolvimento. Mas é certo que parte do problema, de acordo com os mesmos estudiosos, se assenta sobre a educação. O ensino das ciências exatas no país está em descompasso com o mundo do século XXI e não estimula crianças e jovens à pesquisa e, portanto, à invenção. "O Brasil tem um dos menores índices de patentes per capita. Isso é preocupante", diz o brasileiro Paulo Blikstein, engenheiro e professor da Universidade de Stanford. "Somos grandes exportadores de commodities, mas isso não é suficiente. Se não investirmos em conhecimento científico e inovação, não teremos um crescimento sustentável." Não é coincidência, portanto, a relação entre quantidade nacional de patentes e desempenho em avaliações de ensino como o Pisa, patrocinado pela OCDE: os países mais inventivos são aqueles cujos alunos do ensino médio se saem melhor em provas de matemática e ciências (confira no quadro abaixo).

Há quase uma década, Blikstein vem descobrindo formas de ajudar não só o Brasil, mas o mundo, a ser mais inovador. Em seu centro de pesquisa no Vale do Silício, região da Califórnia que concentra empresas de alta tecnologia, o brasileiro se dedica a descobrir novas formas de ensinar ciência e matemática. "Se continuarmos formando crianças e jovens que odeiam as ciências exatas, como construiremos uma geração de inovadores?", questiona. "Os grandes cientistas se apaixonaram pela ciência e foram fundo no assunto. Precisamos despertar essa paixão."

O pesquisador não é voz dissonante. É consenso entre especialistas que os números, teoremas e equações estão cada vez mais distantes da vida dos estudantes – e os afasta do conhecimento científico. "O nosso sistema educacional não valoriza a criatividade. As escolas ainda estão preocupadas em formatar o aluno parar as provas. Com um método livresco, a ciência passa a ser inatingível, descolada da vida real", aponta Eduardo Valadares, professor do Departamento de Física da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e autor do livro Física Mais Que Divertida, que propõe aplicações práticas para as temidas fórmulas que assustam milhões de estudantes.


É certo dizer que o Brasil avançou na última década em matéria de pesquisa e desenvolvimento. Entre 2001 e 2010, dobrou no país o número de mestres e doutores formados, passando de 26.000 para 53.000, de acordo com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Mas esse salto ainda não se reflete em inovação. Atualmente, o Brasil é responsável por aproximadamente 2,5% dos artigos científicos que circulam em periódicos especializados. No entanto, o país só detém 0,1% das patentes do planeta. "O que conseguimos até agora é louvável, mas insuficiente. Só poderemos dar um salto quantitativo e qualitativo que se faz necessário universalizando o acesso à ciência e tornando-a atraente aos olhos dos jovens", resume Marcelo Viana, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM).

Para isso, especialistas defendem uma mudança radical nos currículos escolares. Os experimentos de Blikstein nos Estados Unidos dão boas pistas sobre qual caminho seguir. Um de seus projetos prevê tornar a inovação uma disciplina curricular. Com um laboratório com tecnologias de baixo custo, ele incentiva estudantes a serem protagonistas de grandes e pequenas transformações. "Há décadas as escolas começaram a introduzir no currículo disciplinas como química e física porque perceberam que era preciso formar mais pessoas nessas áreas. É o mesmo que temos que fazer hoje com a inovação científica", diz.

Recentemente, Blikstein recebeu da National Science Foundation um prêmio de 600.000 dólares para investir nos próximos cinco anos em um outro projeto, que consiste em trazer avanços recentes da tecnologia para a sala de aula. "Ciência não se faz mais só com tubos de ensaio. Atualmente, ela é feita com tubos de ensaio conectados a computadores, que rodam modelos matemáticos. O que eu faço é levar isso para a escola, levar ciência de ponta para o aluno", descreve Blikstein. O prêmio, concedido a jovens docentes, é o reconhecimento de que o incentivo à ciência desde os primeiros anos escolares se faz necessário. Algumas escolas já perceberam isso.

O Brasil tem muito trabalho a fazer. As empresas nacionais investem um quarto do que as americanas investem em pesquisa e desenvolvimento – um dos grandes propulsores da inovação. Outra triste comparação: em 2008, destinamos 0,53% do Produto Interno Bruto (PIB) para aquele fim, ante 2,2%, em média, das nações da União Europeia. Segundo os especialistas, para que essa taxa cresça é preciso mais investimento privado e público. Mas não só.

Um ambiente econômico favorável, com taxas de juros mais baixas e um câmbio mais favorável também contribuiriam para um Brasil mais inovador, além de incentivos fiscais e linhas de crédito. "Durante muito tempo, as empresas brasileiras puderam prosperar sem ter que inovar. Com a integração do mundo, a partir da década de 1990, era preciso descobrir como fazer mais e melhor do que outras empresas no mundo", diz Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Mais do que nunca, aprender a inovar é preciso. Que a aula comece cedo.

Brasil registra aumento de 121% nos gastos por aluno

luan.santos


Relatório divulgado hoje (13) pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) aponta que, entre 2000 e 2008, o Brasil foi o país que mais aumentou os gastos por aluno da educação primária até o 2° ciclo da educação secundária (ensino médio). O aumento, de 121%, é o maior entre os 30 países que disponibilizaram dados para a entidade.

No entanto, os 48% de aumento de gastos registrados na educação superior não foram suficientes para acompanhar o crescimento do número de alunos, que foi 57%. Com isso, o gasto por estudante nessa fase de ensino sofreu uma queda de 6%.

O estudo acrescenta que, em termos de porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB), o Brasil é o que apresentou maior alta (1,8 ponto percentual) nos gastos com instituições educacionais, entre os 32 países que apresentaram dados, passando de 3,5% para 5,3%. Mesmo assim, o país ainda está situado em um patamar inferior à média da OCDE, que é de 5,9%.

Na avaliação da OCDE, os números indicam que o Brasil tem priorizado a educação, “com significativas mudanças no financiamento público”, tendo por base a comparação entre o gasto público em educação e o total do gasto público. O maior aumento percentual em gastos no orçamento público foi com educação, que cresceu de 10,5%, em 2000, para 17,4%, em 2008. De acordo com a OCDE, esta é a terceira maior proporção registrada.

Entre os reflexos desse investimento, está o aumento do número de estudantes na educação secundária (ensino fundamental e ensino médio). Atualmente, mais de 90% dos alunos brasileiros passam pelo menos 9 anos na educação formal – um ano de aumento entre 2000 e 2007.

O relatório informa ainda que 8,6% das pessoas entre 30 e 39 anos estão matriculadas em alguma instituição educacional – percentual que está acima da média da OCDE (6,2%). Entre os brasileiros com mais de 40 anos, o percentual é de 2,5% – a média registrada nos países que participaram da pesquisa é de 1,5%.

A pesquisa aponta também aumento no percentual de pessoas que completaram o ensino médio. “Em 2007, 63% das pessoas entre 25 e 64 anos não haviam completado o 2° ciclo da educação secundária e 27% haviam completado o mesmo nível educacional. Em 3 anos, a proporção de adultos que não completou o 2° ciclo da educação secundária caiu para 59% e a proporção dos que concluíram a educação secundária subiu para 30%”, informa o estudo.

Apesar disso, o percentual de pessoas que concluíram o ensino médio está abaixo da média dos países da OCDE (44%).

Fonte: http://noticias.uol.com.br/educacao

Imaginação Guiada

A Imaginação Guiada é uma técnica terapêutica de relaxamento que focaliza e dirige a imaginação de maneira sutil e delicada. Diferente da visualização, ela trabalha não somente com o sentido da visão, mas também explora o olfato, a audição e o paladar. A técnica engloba a atividade mental, corporal e emocional; e é exatamente o foco dirigido ao corpo que a torna extremamente eficiente.

Quando criada de forma apropriada a Imaginação Guiada é capaz de transmitir à mente mensagens complexas codificadas através de símbolos simples e metáforas. Pode-se dizer que ela funciona como um carregador, trabalhando sob a superfície do corpo-mente, podendo reverberar continuamente.

Nos últimos 25 anos a eficiência da técnica vem sendo, cada vez mais, comprovada através de pesquisas que demonstram o impacto positivo que a Imaginação Guiada tem na área da saúde, criatividade e desempenho. Hoje é sabido que apenas 10 minutos de Imaginação Guiada pode reduzir a pressão arterial, diminuir os níveis de colesterol e glicose na corrente sanguínea, aumentar a atividade das células do sistema imunológico e aliviar dores, inclusive dores de cabeça. Ela também ajuda a melhorar a habilidade de esquiar, jogar tênis, andar de skate, escrever, atuar e cantar.

Acelera o processo de perder peso e diminui a ansiedade. Repetidas vezes a técnica também demonstrou reduzir os efeitos adversos da quimioterapia: náusea, depressão e cansaço. Por ser uma atividade associada ao lado direito do cérebro a prática também desperta outras funções ligadas à mente direita: emoção, risos, sensibilidade à música, espiritualidade, intuição, pensamento abstrato e empatia.

Por mobilizar processos inconscientes e pré-conscientes para auxiliar metas conscientes a técnica consegue despertar, de maneira mais intensa, a motivação e determinação de uma pessoa para alcançar o objetivo desejado. Embora sutil e gentil a Imaginação Guiada é poderosa, e torna-se cada vez mais eficiente com a repetição.

Uma das características mais atraentes da Imaginação Guiada é que praticamente qualquer pessoa pode usá-la, até mesmo as crianças.

Embora possa ser considerada um tipo de meditação, é muito mais fácil de ser praticada pelos ocidentais do que as tradicionais meditações, pois esta necessita de menos tempo e disciplina para adquirir habilidade em nível avançado. Isso devido ao fato da Imaginação Guiada seduzir a mente com imagens sensoriais atraentes que têm força própria.

Qualquer pessoa pode criar a sua própria Imaginação Guiada ou ouvir tapes criados com determinados objetivos. Abaixo disponibilizo um roteiro simples, mas poderoso, visando o relaxamento e o bem-estar de um modo geral.

Instruções:
a. Posicione-se da maneira mais confortável possível, alinhando a cabeça, o pescoço e a coluna. Acomode-se de tal forma que o corpo esteja sustentado por uma cadeira, cama ou qualquer coisa que o suporte.

b. Respire profundamente, procurando distender o abdômen o máximo que puder e segure o ar contando até sete. Expire lentamente contando o tempo em oito.

c. Mais uma vez inspire profundamente e desta vez respire contando quatro tempos: um, dois, três, quatro e segure o ar. Segure em sete tempos: um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete. Expire lentamente em oito tempos: um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito.

d. Repita mais uma vez a respiração contando quatro tempos para inspirar, segure em sete e expire em oito.

e. Agora envie a energia da inspiração a qualquer ponto do corpo que esteja dolorido, tenso ou rígido, liberando o desconforto com a expiração, de maneira a relaxar e soltar todos os pontos, tensos ou doloridos. Imagine uma bola de energia formada com a tensão e solte-a com a expiração. Assim, cada vez mais, você vai se sentindo confortável, relaxado, e observando, conscientemente e sem expectativas, o poder de cura da respiração cadenciada.

f. Ainda inspirando e expirando, pausadamente, procure soltar qualquer pensamento que venha a mente, de maneira que num pequeno intervalo de tempo ou fração de segundo a mente permaneça livre e tranqüila, enquanto você é presenteado com o silêncio.

g. Ainda mantendo a respiração observe a presença de qualquer emoção e solte-a com a expiração, de maneira que o emocional também se torne silencioso e tranquilo, como um lago sem ondulações.

h. Agora focalize a atenção no seu coração e concentre-se no pulsar. Observe-o com curiosidade. Se quiser, coloque a palma aberta de uma das mãos sobre a área do coração e sinta os batimentos cardíacos bombeando energia através de todo o corpo.

i. Então, imagine o ar entrando e saindo pelo coração, como se você, de fato, respirasse pelo coração, sinta o ar entrando e saindo compassadamente, de maneira que toda a região é acariciada pelo ritmo respiratório. Talvez você comece a sentir uma espécie de calor e satisfação se formando nessa região, suavemente, à medida que você continua a focalizar a atenção e a respiração no centro do coração.

j. Ainda mantendo o foco no ritmo e compasso da respiração pelo coração procure trazer para o consciente uma ocasião em que você sentiu muito amor e agradecimento, talvez alguma lembrança específica ou algum episódio onde você se viu só e rodeado por imensa beleza da natureza. Pode ser ainda que você tenha sentido o calor dos raios do sol ou talvez estivesse sob a luz do luar e o céu estrelado.

k. Pode ser também a lembrança de uma ocasião onde você se sentiu seguro e amparado por alguém muito querido ou quem sabe ainda a lembrança de segurar um bebê e sentir o cheirinho gostoso e macio de sua pele suave.

l. Talvez se recorde do afago gostoso de um animal de estimação ou ainda a lembrança do colo aconchegante da avó querida, ouvindo a sua voz macia e suave.

m. Talvez se recorde do dia em que venceu uma corrida ou um jogo e sinta a emoção dos movimentos macios e elegantes do seu corpo. Pode ser ainda a lembrança do dia em que você se sentiu fortemente conectado com anjos.

n. Enfim, deliberadamente, traga de volta ao consciente uma dessas ocasiões, revivendo a experiência em toda a sua exuberância, revendo a paisagem, os sons, talvez ouvindo alguma voz, sentindo o cheiro do ambiente ou talvez o toque suave em suas mãos ou rosto, trazendo de volta alguma qualidade especial no ar, uma sensação de calor através do corpo e você, mais uma vez, revive a experiência, enquanto continua a respirar pelo centro do seu coração, sentindo imensa satisfação, riqueza e prazer de estar lá mais uma vez.

o. Permita que essa energia do amor preencha todo o seu coração e se espalhe, progressivamente, inundando todo o seu peito e se expandindo para as demais partes do corpo. Aos poucos esse amor vai invadindo e aquecendo suas costas, o abdômen, pulsando, delicadamente, em direção aos membros inferiores e de volta aos ombros, pescoço e o rosto.

p. Sinta seu corpo inteiro vibrar no compasso da energia do amor que agora se irradia para fora criando, ao seu redor e através de você um campo poderoso de energia do amor que se expande, continuamente, numa dança de luzes e cores, enquanto você continua a respirar pelo centro do coração, inalando amor e expirando amor, contribuindo, dessa forma, para a riqueza ao seu redor.

q. Protegido por essa energia poderosa, que agora habita os espaços dentro e fora do seu coração, permaneça nesse local quanto tempo desejar.

r. Saiba também que poderá retornar a esse local a qualquer momento que deseje, bastando fechar os olhos e colocar a mão sobre o peito.

s. Assim sendo, quando estiver pronto, gentilmente abra os olhos e volte ao aqui e agora.
Repita o processo pelo menos duas vezes ao dia, diariamente. Com o tempo a Imaginação Guiada vai se tornando cada vez mais poderosa e eficiente.

Bom Trabalho!

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Rosanne Martinsrosannemartins@aol.comEscritora e palestrante motivacional.

A geração Y nunca existiu

A GfK, empresa especializada em pesquisas de mercado em âmbito mundial, desenvolveu um estudo envolvendo 29 países para analisar a satisfação dos jovens no mercado de trabalho. Entre os dados obtidos, um item chama a atenção: 39% dos entrevistados estão infelizes com o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. No Brasil, o descontentamento com a qualidade de vida é ainda mais impressionante: 59% dos jovens brasileiros têm “frequentemente” ou “quase sempre” esse sentimento.

Outro ponto surpreendente do estudo global é que 37% dos pesquisados alegaram que foram “forçados” a aceitar o trabalho no qual estão por causa da economia do seu país. Já entre os brasileiros, esse índice é mais baixo, 27%, por conta do aquecimento econômico. Só que aí, a tristeza fica para as corporações. Apesar das boas perspectivas de mercado, 69% das empresas, participantes de um estudo realizado pela CNI (Confederação Nacional das Indústrias), em abril deste ano, afirmaram que têm muita dificuldade em contratar mão de obra qualificada. Para agravar, até 2015, o país precisará de 8 milhões de novos empregos formais - 1,9 milhão ainda em 2011.

A solução encontrada pelas empresas nacionais para atenuar esse “apagão" de mão de obra tem sido contratar pessoas cada vez mais jovens. A tal geração Y – segundo os teóricos, pessoas intolerantes, impacientes e ambiciosas, que não param nos empregos e ficam desmotivados com muita facilidade. Neste contexto, acredito que essa história de geração X e Y (e agora Z) é uma simplificação que tem sido utilizada como um álibi para explicar as dificuldades em se reter pessoas. Na Espanha, por exemplo, como o desemprego entre os 18 e 24 anos é de quase 50% (no Brasil não chega a 15%) a rotatividade é baixíssima e os jovens que conseguem um emprego fazem o máximo para mantê-lo. Será que não há geração Y lá e em outros países com alto desemprego?

A resposta é que o contexto muda, e as pessoas simplesmente se adaptam conforme o novo ambiente. Ou seja, sempre houve - há 30 ou 50 anos atrás, indivíduos impacientes e ambiciosos, como também os tranquilos e estáveis.

Só que as regras eram outras, pois se cobrava resultados em longo prazo e, mesmo os agitados, se conformavam em ter um ou dois empregos durante a vida. Hoje a realidade é outra. Se uma empresa no Brasil contrata alguém que além de um bom currículo seja impaciente, ambicioso e competente e não dá oportunidades claras de crescimento, o que ocorre? Esse profissional arrumará outro emprego em pouco tempo! Seria um milagre se ele ficasse alguns anos (como ocorria há 30 anos) esperando ser notado, num mercado com desemprego baixíssimo e com enorme falta de mão de obra qualificada. Não cuidou bem, eles se mandam e aí aparece a clássica explicação: 'é que ele é da geração Y'. Aqui prevalece uma regra simples: tigre precisa de carne, não de alpiste.

Os funcionários em sua empresa não são x, y, z ou qualquer outra classificação, mas pessoas mais ou menos resilientes; mais ou menos agressivas; mais ou menos ambiciosas; e isso está ligado tanto com a personalidade (que mudará pouco) quanto com a atividade econômica (que continuará mudando muito). Se houver uma crise grave e o desemprego crescer, a geração "Y" desaparece e o jovem, antes exigente, aceitará o emprego que aparecer, ficando por lá até a situação melhorar. Sempre foi assim e sempre será.

O problema apontado pela pesquisa reflete o despreparo que sofrem muitas empresas, que não têm sabido escolher profissionais com perfis comportamentais adequados para cada função. A empresa contrata errado, o contratado fica infeliz (ele também não sabe o porquê), vai para outra empresa e ciclo vicioso se repete. A solução está no desenvolvimento de uma nova visão na área de Recursos Humanos, capaz de interpretar as necessidades, a personalidade e as atitudes das pessoas, independente da idade.

Para tanto, autoconhecimento e feedback 360 graus com frequência resolvem a maioria dos problemas. Infelizmente o processo de autoconhecimento e feedback interno ainda são vistos como uma atividade chata e até como desperdício de tempo. Para quebrar este paradigma, a participação e o comprometimento do CEO com o processo é indispensável, pois o exemplo vem de cima. Ele tem que demonstrar - a começar por si, que as pessoas certas nos lugares certos é o que fazem uma empresa ter alta performance, o resto é discurso.


Eduardo Ferraz contato@eduardoferraz.com.brPós-graduado em Direção de Empresas pelo ISAD PUCPR e especializado em Coordenação e Dinâmica de Grupos pela SBDG.

Desempenho dos estudantes no Enem evolui dez pontos em um ano

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) evoluiu tanto no aumento da participação dos estudantes concluintes das escolas regulares públicas e particulares — de 824 mil em 2009 para 1 milhão em 2010 — quanto na média nacional obtida por eles nas quatro provas objetivas. No período 2009-2010, a média passou de 501 para 511 pontos.

A expectativa do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), responsável pelo exame, é que seja atingida a média de 600 pontos em 15 anos. No entanto, mantido o padrão de resultados obtidos nas duas últimas edições, será possível atingir essa meta em dez anos. Na avaliação do ministro da Educação, Fernando Haddad, esse resultado é muito importante: “Saímos de 45,8% (824 mil alunos em 2009) para 56,4% (1 milhão em 2010) de participação; não obstante, as notas melhoraram”.

Segundo o ministro, o Brasil precisa caminhar ainda mais para se igualar às sociedades mais avançadas do mundo do ponto de vista educacional. “O desvio-padrão na escala do Enem é de 100 pontos. Portanto, em um ano, nós ultrapassamos um pouco daquilo que estava planejado”, disse, em alusão aos dez pontos alcançados. “Estamos confiantes que o Enem represente para o ensino médio aquilo que a Prova Brasil vem representando para o ensino fundamental. Ou seja, um instrumento que auxilia a organização racional do currículo e que orienta o trabalho dos professores na sala de aula.”

Escolas, gestores, estudantes, pais e pesquisadores podem consultar, na página eletrônica do Inep, as médias obtidas pelos participantes do Enem em 2010, por estabelecimento de ensino. Participaram das provas mais de 3,2 milhões de estudantes, dos quais, 1 milhão de concluintes do ensino médio regular. Os resultados são calculados a partir do desempenho dos alunos concluintes.

Será possível verificar as médias de todas as escolas do Brasil, por modalidade de ensino, com resultados apresentados para o ensino médio regular, para a educação de jovens e adultos e para as duas etapas em conjunto. Também estarão disponíveis as médias separadas das quatro áreas objetivas avaliadas no exame, a da redação e a geral — prova objetiva mais redação.

Dados do Inep mostram que o número de escolas do ensino médio regular aumentou de 25.484 (2009) para 26.099 (2010). Terão as médias divulgadas os estabelecimentos de ensino com mais de dez alunos participantes do exame.
Conforme dados do Inep, 33% das escolas tiveram participação de 25% a menos de 50% dos estudantes; 27,4%, de 2% a 25%; 20,9%, de 50% a menos de 75%; 17,8%, mais de 75%. Apenas 1% ficou abaixo de 2% de participação — essas escolas não terão a média divulgada.

O Enem de 2010 avaliou as áreas de conhecimento de ciências da natureza e suas tecnologias, ciências humanas e suas tecnologias, linguagens, códigos e suas tecnologias e matemática e suas tecnologias, além da redação.

Comissão vota na próxima semana projeto que divide atribuições do MEC

A Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado deve votar na próxima semana projeto que divide as atribuições do Ministério da Educação (MEC).
Caso o projeto seja aprovado, o MEC ficaria responsável somente pelo ensino básico, enquanto a educação superior seria transferida para o Ministério da Ciência e Tecnologia.

O senador Cristovam Buarque prevê a falência do ensino no Brasil por falta de investimentos na educação básica, e por isso defende a divisão de atribuições entre os Ministérios da Educação e de Ciência e Tecnologia. Ele reconhece que as universidades e o ensino profissionalizante avançaram muito nos últimos anos, mas acredita que sem reforço na formação inicial dos alunos, eles não chegarão preparados ao ensino superior.

O senador do PDT do Distrito Federal apresentou um projeto que transforma o MEC em Ministério da Educação de Base. A gestão do ensino superior e tecnológico seria atribuição do Ministério da Ciência e Tecnologia. O senador Walter Pinheiro, do PT da Bahia, concorda com a ideia. Mas acredita que o Congresso não pode obrigar o governo federal a adotar a mudança.

Segundo a Rádio Senado, o projeto será analisado na próxima semana por sugestão do presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, Eduardo Braga, do PMDB do Amazonas. Caso receba o aval dos senadores da CCT, o projeto ainda deve ser analisado pelas comissões de Educação e de Constituição e Justiça.

Formação de professores é desvalorizada pelas universidades, avaliam especialistas

O ambiente acadêmico ainda considera a formação de professores para a educação básica uma tarefa “menor” o que dificulta a melhoria da qualificação desses profissionais para atuar em sala de aula. Este é o diagnóstico de especialistas, pesquisadores e organizações da sociedade civil reunidas no Congresso Internacional Educação: uma Agenda Urgente.

A formação de professores no Brasil foi tema de discussão em uma das mesas de debates, e há um consenso de que é necessária a revisão dos currículos dos cursos de pedagogia e de licenciaturas.

De acordo com a Agência Brasil, um dos componentes que deve ser fortalecido, na opinião dos debatedores, é o prático. Para os especialistas, o estágio precisa ganhar maior importância e deve ocorrer desde o início da formação do professor. Uma das principais críticas é que a universidade não prepara o professor para lidar com a realidade da sala de aula, que inclui problemas de aprendizagem e um contexto social que influencia no processo.

“A formação inicial deve estar visceralmente ligada à sala de aula. Ela deve ocorrer em dois lugares: na universidade, onde eu penso, discuto e estudo e naquele lugar que é objetivo maior do professor, a sala de aula”, disse Gisela Wajskop, diretora-geral do Instituto Singularidades.

O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Franklin Leão, declarou que apesar do estágio ser obrigatório para a obtenção do diploma, em muitas escolas de formação ele não passa de uma “formalidade”. “O estágio é fundamental para conectar o que o aluno aprende na universidade e o mundo real. Ele precisa sair sabendo como são as escolas, quais são as dificuldades concretas que ele vai encontrar e quem é esse jovem que ele vai ensinar e que ele só estuda na psicologia. Mas o estágio precisa ser bem feito, orientado e cobrado”, ressaltou.

Uma das propostas apresentadas para melhorar a formação, é instituir nas licenciaturas e cursos de pedagogia uma espécie de residência, semelhante a que ocorre nos cursos de medicina e que é obrigatória para o exercício profissional. Leão aponta, entretanto, que a formação do professor não é a única variável que determina a qualidade do ensino. “A universidade que forma o professor da escola pública é o mesmo que forma o da particular.

Mas, a segunda tem resultados melhores nas avaliações”, disse.

Membro do Conselho Nacional de Educação (CNE) e do movimento Todos pela Educação, Mozart Neves Ramos defende a criação de centros ou institutos de formação nas universidades que sejam separados dos departamentos que hoje oferecem as licenciaturas. “O professor da universidade que está preocupado em dar aula na escola de educação básica é visto no seu departamento como inferior porque não está preocupado em publicar artigos nas revistas de ponta”, declarou.

A desvalorização da carreira e dos cursos de formação têm levado ao fechamento das licenciaturas, conforme observou o vice-presidente da Associação Brasileira das Universidades Comunitárias (Abruc), Marcelo Lourenço. “Nós estamos pedindo socorro porque os cursos estão fechando por falta de procura”.

Gestão Ambiental na Vida Escolar

Devemos considerar que a Gestão Ambiental, para uma sustentabilidade efetiva, necessita de um processo contínuo de aprendizagem, baseado no respeito de todas as formas de vida, afirmando valores e muitas ações que contribuem para a formação social do ser humano e a preservação do meio ambiente.
Nesse processo, observa-se que há necessidade de uma ação pedagógica direcionada de forma a integrar a totalidade do educando, buscando transformá-lo e, consequentemente, transformar o meio.
Segundo Coll (1998), a preocupação atual com os conteúdos rompe com o caráter monolítico das concepções anteriores, tradicional ou cognitivista. Na concepção tradicional, a transmissão dos conteúdos e o acúmulo de conhecimento se mantinham no centro do debate educativo e tinham um papel decisivo nas orientações. Posteriormente, a importância dos conteúdos foi minimizada por uma concepção de educação associada a uma visão cognitivista e construtivista da aprendizagem. As propostas curriculares centradas nessa concepção atribuíam ao aluno um papel decisivo na aprendizagem e valorizavam a criatividade e a descoberta. Atualmente, as concepções que aparecem nas propostas curriculares defendem que os conteúdos possuem um papel decisivo na educação escolar. Ao tratar a escola como um dos ambientes mais imediatos do aluno, considera-se que a compreensão das questões ambientais e das atitudes em relação a elas se darão a partir do próprio cotidiano da convivência do aluno na escola.
Dessa forma, a escola pode estabelecer tais vínculos através de ações e propostas pedagógicas numa perspectiva interdisciplinar, ou seja, criando possibilidades para o desenvolvimento da educação ambiental como um todo, e também, contornando dificuldades que se encontram na aplicação das propostas estabelecidas em projetos pedagógicos nos diferentes contextos escolares como orientador de uma prática que, segundo os parâmetros curriculares nacionais, reflita que mais do que informações e conceitos, a escola se proponha a trabalhar com atitudes, com formação de valores, com o ensino e a aprendizagem de habilidades e procedimentos.
A necessidade de uma educação que tenha como finalidade a formação de cidadãos ambientalmente cultos, intervenientes e preocupados com a defesa e melhoria da qualidade do ambiente natural e humano, reúne um largo consenso, tanto em nível internacional, como em nosso país, devendo constituir uma preocupação de caráter geral e permanente na implementação do processo de educação, pressupondo uma clara definição de intenções educativas, e atividades de ensino-aprendizagem.
Para falarmos em gestão ambiental precisaremos rever nossos conceitos e atitudes radicalmente modificados, onde o ser humano muda o seu papel se colocando como dependente do meio ambiente e não mais como seu dono.
Conforme Guimarães (2000, p.15) a gestão ambiental tem o importante papel de fomentar a integração do ser humano com o meio ambiente. Uma relação harmoniosa, possibilitando a inserção do educando e do educador como cidadãos no processo de transformação do atual quadro ambiental do nosso planeta.
Portanto a responsabilidade dos problemas ambientais é de todos nós, precisamos estabelecer a consolidação da consciência ambiental, contribuindo para a diminuição dos inúmeros problemas que a ignorância sobre as consequências dos nossos atos de hoje podem causar ao planeta em um futuro bem próximo.

Referências:
- COLL, Cezar. Os conteúdos na reforma, ensino e aprendizagem de conceitos, procedimentos e atitudes. 1.ed. Porto Alegre: Artes Médicas,1998.
- BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: meio ambiente, saúde. Brasília: MEC,1997.
- GUIMARÃES, Mauro. A dimensão da Educação Ambiental na Educação. Rio de Janeiro: Papirus, 2000.
Francieli Silva da Costa,
Graduada em Ciências Contábeis pelo IESA-Santo Ângelo/RS.

O lúdico como procedimento psicopedagógico: jogos, danças, brincadeiras e desenhos

“Nenhuma tarefa na vida exige tanta perseverança, paciência e responsabilidade como a educação de uma criança” (Ruth Dirx).

Todo trabalho educacional precisa ser contextualizado e se perceber dentro de um projeto educacional. Nesse ínterim, é importante detectar qual modelo de escola queremos construir em relação aos modelos em evidência; se seletivo ou inclusivo. Em sendo o modelo seletivo, que aceita e mantêm apenas alunos que atendam minimamente aos seus critérios de ensino, avaliação de aproveitamento e conduta escolar, os processos de desenvolvimento e aprendizagem podem ser tratados de um modo não interdependente, estabelecendo assim um antagonismo entre aquele que ensina e aquele que busca aprender, ao passo que coloca o professor como alguém aquém das expectativas e necessidades de aprendizagem da criança. Se, contudo, optarmos pela escola inclusiva, na qual a educação básica é um direito de todas as crianças e cuja escolarização é possível em seu contexto vivencial, observando as diferentes estratégias e recursos pedagógicos, em que o desenvolvimento e a aprendizagem devem ser considerados como formas interdependentes, teremos um modelo no qual a criança se torna parte do processo educativo, estabelecendo uma relação harmoniosa entre educando, educadores e instituições educacionais.

Feita a opção por um dos modelos supramencionados, resta claro em qual deles o procedimento pedagógico operacionalizado propiciará a utilização do método psicolúdico.

O olhar do educador sobre o lúdico

É fundamental que os educadores tenham ampla apropriação de técnicas educacionais que valorizem o lúdico e propiciem jogos, danças, brincadeiras e desenhos capazes de instruir no sentido de dar condições de o educando desenvolver noções de regras, espaço e tempo, além do fato de divertir e instigar a imaginação e a criatividade, aumentando as possibilidades de interação com o outro e com o mundo.

No entanto, para muitos educadores, a instrumentalização didática e pedagógica de jogos, danças, brincadeiras e desenhos não são reconhecidas como atividades que provoquem situações de aprendizagem significativa. Por tal compreensão é relegada a um plano inferior. Essa constatação levou Macedo, Petty & Passos a afirmarem:

“É pena que na escola fundamental e, às vezes, até na escola de educação infantil não demos tanto valor para os esquemas lúdicos das crianças. Rapidamente lhe impomos aquilo que constitui nossa principal ferramenta de conhecimento e domínio do mundo: os conceitos científicos, a linguagem das convenções e os signos arbitrários, com seus poderes de generalidades e abstração” (MACEDO, PETTY & PASSOS, 2005, p.20).

Atualmente, muitas escolas públicas e particulares não contemplam em seu quadro de magistério profissionais com habilitação em Psicopedagogia. Embora ultimamente muitas escolas particulares contemplem em seu quadro funcional profissionais das áreas humanistas que atuam de forma multidisciplinar no processo de ensino-aprendizagem, tal procedimento demonstra interesse em contribuir com a evolução dos índices educacionais auferidos nas avaliações do ensino básico, conforme resultados divulgados pelos órgãos de pesquisa governamental. Neste cenário, é quase inconcebível que os órgãos superiores (Ministério da Educação e Cultura e Secretarias da Educação dos Estados e Municípios) continuem a ignorar a imprescindibilidade do suporte psicopedagógico nas instituições educacionais públicas. Essa insensibilidade tem afetado de forma indelével a imagem do professor, que em sala de aula precisa assumir funções que não lhe são específicas, que embora sejam funções educacionais, não devem ser desenvolvidas em sala de aula de forma coletiva. Nesta trama torna-se salutar a atuação de todos os envolvidos no processo pedagógico, com especial atenção ao profissional da educação que contaria sempre com ajuda de Psicopedagogos para orientá-lo na utilização de técnicas psicolúdicas com intuito de fornecer ao educando possibilidade de auto percepção no processo de aprendizagem, dos princípios normativos e das relações interpessoais a serem edificadas em sua formação. Este procedimento dará ao educando condições de mudanças em si mesmo e no âmbito da convivência social.

A utilização de procedimentos didáticos que incluam elementos lúdicos pode apresentar características que contribuam para uma boa proposta no desenvolvimento de princípios normativos, éticos e humanos, ampliando a relação pedagogo-aluno, estreitando os laços professor-educador com uma instituição educacional que se preocupa com o cotidiano escolar e possibilita uma atividade prazerosa em vista da formação ético-moral na criança em processo de humanização. Vejamos o que nos fala Piaget, em relação à busca da autonomia pelas crianças:

“Vemos surgir o sinal de quando ela descobre que a veracidade é necessária nas relações de simpatia e de respeito mútuos. A reciprocidade parece, neste caso, ser fator de autonomia. Com efeito, há autonomia moral, quando a consciência considera como necessário um ideal, independentemente de qualquer pressão exterior. Ora, sem a relação com outrem, não há necessidade de moral: o indivíduo como tal conhece apenas a anomia e não a autonomia. Inversamente, toda relação com outrem, na qual intervém o respeito unilateral, conduz à heteronomia. A autonomia só aparece com a reciprocidade, quando o respeito mútuo é bastante forte, para que o indivíduo experimente interiormente a necessidade de tratar os outros como gostaria de ser tratado”. (PIAGET, 1998, p.155).

Podemos constatar que a prática de jogos, danças, brincadeiras e desenhos possibilitam o desenvolvimento da autoconsciência do educando, permitindo-lhe uma análise sobre a aprendizagem vital e, além do mais, há uma salutar predominância das relações interpessoais.

Por meio dos jogos, danças, brincadeiras e desenhos como métodos de aprendizagem significativa, o educando será processualmente automotivado a estreitar as relações interpessoais, a fim de compreender as normas de convivência, desenvolvendo a criatividade e a eficiência com a exploração de estratégias construtoras de aspectos reflexivos e críticos em que uma atividade lúdica poderá obter insights para ações transformadoras na vida cotidiana do educando. O que nos leva a perceber que nenhuma criança chega à maturidade se inserida em ambientes de incertezas, temores e abandono.

Possibilitar que as crianças tenham acesso a patrimônio lúdico é redimensionar a arte de educar dentro do contexto histórico. Os brinquedos e as brincadeiras carregam em si um arsenal de temporalização e constituem o testemunho vivo da história da humanidade das quais os seres humanos são ao mesmo tempo protagonistas e espectadores.

Compreende-se assim o significado e o significante dos jogos e brincadeiras, que Bettelheim explicitou em sua obra mais tocante sobre a temática:

“A brincadeira como atividades de criança pequena, caracterizada por uma liberdade total de regras, excetuando-se as pessoalmente impostas, pelo envolvimento solto da fantasia; e pela ausência de objetivos fora da atividade em si. Quanto aos “jogos”, por outro lado, são, de regra, competitivos e caracterizados por uma exigência de se usar os instrumentos da atividade do modo para o qual foram criados, e não como a imaginação ditar, e frequentemente por um objetivo ou propósito externo à atividade em si, como por exemplo, o de ganhar” (BETTELHEIM, B.,1988. p.157).

Somos concordes sobre a afirmação acima, mas sabemos que o momento decisivo da constituição do espírito de disciplina é a vida escolar. E também sabemos que na família, as tendências altruístas e os sentimentos de solidariedade predominam sobre o dever. É, portanto, na escola o ambiente mais adequado para incutir as regras. Constatamos que nesta tarefa encontra-se a incumbência maior dos educadores atuais. Então, a descoberta dos jogos como procedimento didático constitui um grande aliado dos educadores para a consolidação dos princípios éticos e morais nos educandos.

José Igídio dos Santos,
Licenciado em Filosofia, Bacharel em Teologia, Psicopedagogo,
Monte Aprazível-SP.
Endereço eletrônico: jigidio@itelefonica.com.br

Educação Infantil: o caminho da consciência

Muito se fala sobre o verdadeiro papel de uma Instituição de Educação Infantil na formação da criança... Alguns pais e educadores afirmam que esse segmento educacional tem como finalidade preparar para o processo de alfabetização, “ensinando” números, letras e símbolos. Outros acreditam tratar-se de uma etapa de total liberdade social da criança, quando a mesma deve agir livremente, sem grandes intermédios dos adultos. Enfim, muitas ideias se fazem presentes no campo da Educação.

Entretanto, educadores de Educação Infantil sabem o quanto é abrangente definir uma pedagogia específica para esse segmento de ensino! Trata-se de um ser em constante processo de formação e transformação: a CRIANÇA. É na primeira infância que se torna indispensável o conhecimento do mundo no qual estamos inseridos, a noção de valores como “o certo e o errado” em algumas ações, a criação de hábitos e atitudes para o convívio na comunidade.

Mas, é na primeira infância que vivenciamos uma das maiores lições da vida: a aprendizagem social! Aprendemos a CONVIVER, a RESPEITAR, a COMPREENDER as vontades do outro. Na Escola, esses valores são experimentados a cada instante: nas atitudes de esperar a sua vez de falar, de merendar coletivamente, de emprestar o brinquedo ao amigo... Na sociedade atual onde jovens queimam índios, batem em moradores de rua e desrespeitam autoridades, essas “pequenas-grandes” ações formam o verdadeiro alicerce para a construção de uma sociedade mais justa e humanitária.

Portanto é a Educação Infantil que abre as portas do mundo em sociedade para uma criança. É a primeira grande comunidade na qual ela aprende a conviver com tantos outros companheiros de diferentes características, a respeitar e entender as rotinas, a ajudar o amigo quando necessita e, acima de tudo, aprende a expressar-se...

Expressar-se não significa repetir palavras, frases... É a tentativa da criança de demonstrar, de forma autônoma, aquilo que ela observa ao seu redor, suas emoções, seus medos e suas vontades. Toda criança deve conviver em um ambiente onde sinta prazer em expressar-se, pois assim ela sentir-se-á entendida, ouvida e respeitada. Em consequência, aprenderá a ouvir e a respeitar os demais em suas ideias, fazendo prevalecer o real sentido de uma sociedade democrática.

Nesse contexto, todos os conteúdos não são ensinados, mas compartilhados, desenvolvidos no grupo, onde o professor também está envolvido. O educador infantil torna-se o mediador de um longo e constante processo muito prazeroso de descobertas da criança, e não deve representar aquele que ensina algo pronto. Paulo Freire referia-se ao professor como “aquele que aprende sempre”, e esse é o nosso posicionamento no Jardim Brotoeja. Alunos e professores estão inseridos em uma grande comunidade onde expressam ideias, dão sugestões, trazem novidades.

Pular uma etapa desse desenvolvimento, avançando a criança em períodos escolares, é evitar que ela vivencie cada momento dessas descobertas, é não permitir que ela amadureça gradativamente, através de suas experiências individuais e coletivas.

Por fim, a Instituição de Educação Infantil deve estar a serviço dos conhecimentos a respeito do ser humano, da formação de valores com relação a eles, preocupada em despertar a potencialidade de cada aluno, em suas particularidades. Assim, todo o currículo da Escola será aprendido pelo aluno de uma forma muito consciente, pois, acima de tudo, ele compreenderá a importância do saber na construção de um mundo cada vez melhor!

Gabriela Abreu da Silva Gouvêa,
Pedagoga (UFF), Psicopedagoga (PUC-RJ) com especialização em Neuropsicologia (CNA), Mestre em Psicanálise, Saúde e Sociedade (UVA).
Endereço eletrônico: gabiabreu78@yahoo.com.br

Abençoada seja a paixão de ensinar

     "Conte-me e eu vou esquecer. Mostrou-me e eu vou te lembrar. Envolva-me e eu vou entender". (Confúcio)

     Vivemos tempos em que é permitido pisotear flores, ignorar pérolas, subjugar pessoas e a mãe natureza. Mas, em especial, também é um tempo em que é permitido menosprezar aquelas e aqueles que, heroicamente, tecem histórias suas, e de outros, construindo o mundo da vida e da sabedoria. Estes são tempos em que aqueles que cuidam, não são cuidados. Aqueles que educam, não são valorizados. Aqueles que amam, sofrem com o deboche e o desprezo daqueles que não acreditam mais no amor.

     A vida daqueles que denominamos mestres, educadores, professores, infelizmente, também é triste e desmotivada. Sim, logo aqueles e aquelas dos quais a sociedade ainda espera muito (saber, sabor e sabedoria). Pouco valorizados e feridos em sua dignidade, estes resistem bravamente. Os educadores e educadoras, como os demais humanos, são movidos por suas utopias e paixões. Mas a realidade cotidiana é sempre dura, reveladora e cheia de contradições. A escola tornou-se um lugar de onde se espera muitas soluções; muitas delas estão muito além das demandas de ensino-aprendizagem e das competências a partir das quais a mesma se organiza.

     Os professores não deveriam, mas já se acostumaram. Acostumaram a ganhar baixos salários. Acostumaram a ter de trabalhar 60 horas semanais para garantir mais dignidade à sua família. Acostumaram a aceitar todo o tipo de pressão que a sociedade e os governos exercem sobre seu ofício e sobre a escola. E agora, pasmem, alguns já estão se acostumando com a desesperança, que pode ser lida na expressão de seus rostos e de seus olhares. Uma constatação triste, pois sempre foram e são vistos pelos adolescentes e jovens como um alento da esperança.

     Nossos professores e nossas professoras estão doentes e estressados. Cuidaram, encaminharam e salvaram vidas alheias, mas não dedicaram o devido tempo para cuidar de sua própria vida. Como contemporiza a escritora Marina Colasanti, “eu sei que a gente se acostuma, mas não devia. A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto. E a lutar para ganhar o dinheiro com que paga. E a ganhar menos do que precisa. A gente se acostuma para poupar a vida, que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma”.

     Apesar de já terem se acostumado com tantas coisas, a maioria mantém firme sua missão de semear esperanças. Converse com algum deles e você verá como resistem para não virarem números ou meras figuras decorativas. Muitos deles já pensaram em desistir, mas não conseguiram. “Desistir... eu já pensei seriamente nisso, mas nunca me levei realmente a sério; é que tem mais chão nos meus olhos do que cansaço nas minhas pernas, mais esperança nos meus passos, do que tristeza nos meus ombros, mais estrada no meu coração do que medo na minha cabeça” (Geraldo Estáquio de Souza). Ainda que tomados por uma imensa paixão de ensinar e por uma coragem que nem sempre sabem de onde vem, desejam compreensão e apoio para dar conta de grande missão de educar para a vida, para a cidadania, para o conhecimento. Abençoados sejam!

Nei Alberto Pies,
professor e ativista de direitos humanos.

Maior tempo do aluno na escola tem que ter projeto

Amanda Cieglinski
de Brasília


Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Franklin Leão, a proposta anunciada pelo ministro da Educação,Fernando Haddad, de ampliar o tempo de permanência da criança na escola precisava ser acompanhada de um projeto pedagógico sólido. Na avaliação dele, o mais adequado seria ampliar a jornada diária em vez de aumentar o número de dias
letivos.
“Nós somos a favor da escola em tempo integral. Mas é preciso que você
aumente esse tempo e a criança tenha efetivamente o que fazer na escola. Já tivemos experiências que não foram exitosas porque se ampliou o tempo sem uma proposta pedagógica de escola integral”, defendeu.
Atualmente a carga horária mínima para as escolas é 800 horas anuais,
distribuídas em 200 dias letivos. Caso a proposta seja por esticar o calendário, Leão disse que será necessário levar em conta alguns aspectos da vida prática do professor como o período de férias.
“Em um primeiro momento, acho que o passo importante é a ampliação da
jornada. Temos que saber [com o Ministério da Educação] como serão trabalhadas questões importantes para a nossa vida como o período de férias. No nosso entendimento, o período de férias pode ser de acordo com o calendário escolar,
mas tem que ser contínuo e no mínimo de 30 dias”.

Artigo tumultua a Morfologia, Parte Final

 
Foi num desses encontros que um vocábulo de personalidade não identificável (de tão contaminado que estava) deu a seguinte declaração:

“A Morfologia – assim como toda a Gramática – não existe por si só. São necessárias bocas e mãos humanas para que ela ganhe realidade concreta”.


Na outra ponta do auditório, LINDA emendou o raciocínio:

“Entendi o que você quis dizer: na utilização real das classes de palavras, elas só exercem a função que o usuário da língua achar conveniente para determinada situação de comunicação. Isso significa que o Artigo não é todo poderoso como imagina ser”.

Quando LINDA acabou de falar, o Artigo adentrou o auditório e disse arrogantemente:

“Vocês são um bando de classes gramaticais falidas e contaminadas. E isso é definitivo; não tem mais como mudar. Esse discurso que vocês estão proferindo, não irá servir para nada”.

Naquele momento, corajosamente, uma palavra representante da classe dos verbos ficou cara a cara com o Artigo e falou-lhe:

“Senhor Artigo, o que essa palavra acabou de falar é a pura verdade. Nossa cidade é democrática. Aqui, os cidadãos são avaliados de maneira igual. Todas as funções desenvolvidas pelas classes de palavras são valorizadas. Não existe função maior ou menor. É justamente por isso que os humanos conseguem se comunicar: por causa da harmonia entre as palavras".

Quando o representante do verbo finalizou seu discurso, todas as palavras do auditório o aplaudiram de pé. O Artigo amoleceu o coração. Chorou bastante. E prometeu, arrependido, nunca mais causar aquele tumulto na Gramática.

Artigo Tumultua a Morfologia, Parte I

 
A Morfologia, um bairro nobre da Cidade da Gramática, estava em pânico. Por suas ruas e praças havia uma grande correria. As vias de saídas da cidade chegaram a ficar congestionadas, pois o fluxo de veículos que tentava fugir era intenso. Nunca se vira isso em terras gramaticais.

O causador do tumulto foi o Artigo. Ele estava mordendo outras classes de palavras e as transformando em substantivos.


O Senhor NÃO, um ex-advérbio, ficou desolado. Conversando com um amigo, ele desabafou: “Eu era um respeitável e feliz advérbio. Desenvolvia muito bem minha função sintática. Eu intensificava substantivos, adjetivos e até mesmo outros advérbios. Mas agora apenas visto roupas de advérbio, pois o sangue que corre em minhas veias é de um substantivo. Jamais pensei que isso fosse acontecer comigo”.

Os termos pertencentes à classe dos adjetivos também chegaram a ser contaminados. Com o episódio, muitos deles se esconderam nos locais mais sujos, fétidos e inabitados da cidade. Sentiam-se desonrados e não queriam ser vistos naquele estado. LINDO e LINDA (casal de adjetivos tão citado para exaltar a beleza da existência) estavam jogados sobre a calçada enlameada, como bêbados.

Nem a classe dos verbos escapou desse mal. Conhecidos pela sua capacidade de transformar simples frases em orações, eles também foram substantivados. Apesar disso, ex-verbos como AMAR, VENDER e PARTIR, muito usados como parâmetros das três conjugações, organizaram diversos grupos de discussão. Essas reuniões aconteciam no auditório do bairro e tinham como propósito encontrar uma solução contra aquela pandemia.

Divulgação de resultado de exame da OAB reabre debate sobre legalidade da prova

Agência Brasil
 
 
A divulgação do resultado preliminar da segunda  fase final  do exame nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) reacendeu o debate  sobre a legalidade da  prova que qualifica o bacharel em direito a exercer a profissão.

Para os favoráveis à manutenção do exame, nada deve ser alterado. Os contrários defendem a extinção da prova, argumentando que depois de cinco anos nos bancos universitários não há razão para serem submetidos a um teste geral de aptidão. A OAB divulgou ontem (13) os nomes dos aprovados na segunda fase.

De acordo com o  presidente do Movimento Nacional dos Bacharéis em Direito (MNBD), Emerson Rodrigues, o índice de aprovados no exame deste ano foi apenas 4%. Formado em direito em 2005, Rodrigues afirma nunca ter se submetido às provas. “Sou contra. A qualificação é adquirida por meio do ensino dado pelos  professores em uma instituição, estudamos cinco anos em uma universidade, é bastante tempo para nos qualificarmos e não é um exame de aptidão que nos qualifica. A OAB  joga a sociedade contra os bacharéis em direito, afirmando que somos analfabetos jurídicos, sendo que a função da Ordem não é essa, e sim a de fiscalizar o profissional de direito que agir contra a ética no exercício de sua  função. Não somos contra a OAB, somos contra a barreira por ela imposta, nossa luta é pela valorização do diploma e pelo respeito à Constituição Federal”, disse Rodrigues.

O conselheiro da OAB Gustavo Gaião fala sobre a importância da prova. “O exame da Ordem  no Brasil deveria ter uma conotação maior, a prova aplicada hoje é rasa, uma prova mínima para avaliar os futuros advogados". Em outros países, segundo ele, é aplicada uma prova para cada área do direito. "Como exemplo disso, temos os Estados Unidos. Lá, se o bacharel quer exercer uma determinada área, seja civil ou  penal,  é necessária uma prova específica para aquela função dentro do direito. Gaião explicou que, no Brasil, é aplicada uma prova como avaliação geral,que serve para todas as ramificações do direito. "O exame da ordem é necessário para avaliar se o bacharel está qualificado para exercer a função de advogado”, disse.

O  exame da OAB foi criado em 1963 e, à época, poderia ser substituído por estágio pelo estudante que trabalhasse em escritório de advocacia cujo titular tivesse cinco anos de inscrição na Ordem. Em 1972, o ministro da Educação, Jarbas Passarinho, extinguiu o exame, o que  permitia que o estágio fosse feito nas próprias faculdades, que atestariam o aproveitamento do aluno para inscrição na OAB. Em 1994, um novo estatuto instituiu a exigência do exame para admissão nos quadros da advocacia.

O último exame da Ordem, realizado no início deste ano, reprovou 88, 275% dos 106.891 bacharéis em direito inscritos. Do total, 12.534 candidatos foram aprovados, de acordo com a OAB. O índice de reprovação da edição anterior quase chegou a 90%.

Em março, a Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) do Senado rejeitou por unanimidade a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que considerava o diploma de curso superior comprovante da qualificação profissional e extinguia o exame.

A constitucionalidade da aplicação do teste da OAB para o ingresso na carreira deve ser decidida em breve pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Enquanto o assunto não chega ao plenário, especialistas alertam que o cancelamento da avaliação poderia causar grandes prejuízos à sociedade. De acordo com os profissionais, a ausência do exame tiraria a confiança mínima na qualidade dos advogados que estão no mercado.

Seminário de pesquisa da Unemat discute Fronteira Oeste com participação de pesquisadores do Brasil e exterior

 

Assessoria/Unemat
 
 
 
O Departamento de História da Universidade do Estado de Mato Grosso-Campus Universitário “Jane Vanini”, realiza de 17 a 19 de outubro em Cáceres o I Seminário Nacional e II Seminário de Pesquisa Fronteira Oeste: Poder , Economia e Sociedade. O evento, uma realização do grupo de pesquisa que leva o mesmo nome do seminário, visa promover discussões acerca das produções de pesquisas e tenham como objeto a fronteira oeste do Brasil, entre os séculos XVIII ao XX em seus diferentes olhares e perspectivas. Para isso serão oferecidas conferências, mesas redondas e sessões de comunicação.

A intenção, de acordo com seus organizadores, é que o seminário torne-se um espaço de discussão e reflexão a partir do contato com pesquisadores e grupos de pesquisas que trabalhem a temática em outras universidades e instituições, gerando assim o fortalecimento dessa linha de pesquisa na Unemat. “Queremos com o evento estabelecer o diálogo de pesquisadores sobre o tema fronteira, proporcionando dessa forma o fortalecimento dessa linha de pesquisa e consequentemente abrindo perceptivas para um futuro programa de mestrado que a englobe” explicou o professor doutor Domingos Sávio da Cunha Garcia, que é coordenador do curso de História da Unemat e do evento.

O seminário conta na programação com conferencias que serão proferidas pesquisadores renomados como Paulo Miceli, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), da professora Silvia Helena Zanirato, da Universidade de São Paulo (USP) e pelo convidada do Universidade Autonoma Gabriel René Moreno – de Santa Cruz de La Sierra - Bolívia, Paula Penã Hasbún, cuja a participação também é uma forma de estabelecer relações de cooperação e diálogo com a universidade boliviana.

De caráter específico, o seminário está estruturado para participação de até 150 pessoas entre professores universitários, acadêmicos, professores das redes de ensino e interessados na temática fronteira.

Inscrições

Inscrições para apresentação de trabalho podem ser feitas até o dia 26 de setembro pelo e-mail: 2fronteiraoeste@gmail.com com pagamento feito no ato do credenciamento. O investimento é de R$ 30. Para participantes o prazo de inscrição vai até o dia 07 de outubro no Departamento de História, localizado no Campus Universitário Jane Vanini, bairro Cavalhada. O pagamento deve ser feito no ato da inscrição e a taxa para participantes sem apresentação de trabalho é de R$ 10.

O evento é financiado pela Fundação de Amparo e Pesquisa em Mato Grosso (Fapemat) e conta com o apoio da Coordenação Regional do Campus de Cáceres, pró-reitorias de Pesquisa e Pós-graduação (PRPPG) e Extensão e Cultura (Proec).

Consultoria Técnica

Logo após a realização do seminário, o departamento de História promoverá no dia 20 e 21 de setembro, no período da manhã, com a participação de professores e comunidade acadêmica do curso da Unemat uma reunião juntamente com o professores Paulo Miceli e Silvia Zanirato para discutir a reformulação da matriz curricular do curso e projeto de pós-graduação.

Como outros curso de graduação da universidade que passam pela reformulação da matriz curricular, o curso de História buscou a consultoria do professor Paulo Miceli para colaborar no processo. Reconhecido no meio acadêmico pelos inúmeros trabalhos nas diversas áreas de História, com ênfase na História Moderna e Contemporânea, Miceli trabalhou em comissões e consultoria de várias universidades entre elas o curso de História da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

MT- Inscrições para mestrado em Ciências Ambientais estão abertas

Da Assessoria/Unemat
 
 
 
O Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) está com o período de inscrições para a seleção aberta. Os interessados em disputar uma das 15 vagas para ingressso no mestrado podem se inscrever até o dia 21 de outubro por meio do endereço: www.unemat.br/ppgca .

O curso é gratuito e conta com duas linhas de pesquisa: “Uso sustentável e conservação da biodiversidade do Pantanal, Amazônia e Cerrado” e “Análise socioambiental do Pantanal, Amazônia e Cerrado”.

Os interessados em se inscrever devem ler com atenção o edital disponível no site www.unemat.br/ppgca, preencher os requisitos e formulários necessários. A prova escrita e as entrevistas classificatórias serão realizadas nos municípios de Cáceres, Alta Floresta, Tangará da Serra e Nova Xavantina. A prova escrita será escrita no dia 21 de novembro.

O resultado parcial será divulgado por meio do site www.unemat.br/ppgca no dia 22 de novembro, e o resultado final no dia 28 de novembro. As matrículas serão efetuadas na Secretaria do Mestrado no período de 29 de novembro a 16 de dezembro.

MEC economizou em compras o equivalente ao custo de construção de 2 mil creches

Agência Brasil
O Ministério da Educação (MEC) economizou R$ 866 milhões entre os anos de 2008 e 2010. Segundo o ministro Fernando Haddad, o montante poupado graças à implementação de um novo modelo de compras governamentais é o equivalente ao custo de construção de 2 mil creches.
“Não é trivial economizarmos em tão pouco tempo recursos que nós traduzimos [contabilizamos] em creches – já que o atendimento [o número de creches] ainda é pequeno no Brasil”, disse o ministro durante a abertura de um seminário sobre a experiência e os resultados obtidos pelo ministério com a nova sistemática de compras.
“Essa economia vai gerar 2 mil creches e, quem sabe, não sai de 6 para 8 mil creches que vamos construir no seu mandato”, declarou Haddad, dirigindo-se à presidenta Dilma Rousseff, presente ao evento. A meta de construir 6 mil creches está prevista no Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (ProInfância), que faz parte da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
De acordo com o MEC, o modelo adotado nos últimos anos – com a utilização de pregões eletrônicos e Atas de Registro de Preços (espécie de contrato no qual as empresas se comprometem a fornecer bens e serviços pelo preço registrado no momento em que o órgão administrativo julgar conveniente) – resultou em uma redução média de 18% nos preços dos produtos adquiridos pelo ministério, tais como material escolar, móveis, alimentos e medicamentos.
Além da economia, o ministro também destacou que os esforços do ministério para qualificar seus procedimentos de aquisição de bens e serviços teve efeitos não só sobre o preço, mas também sobre a qualidade dos produtos adquiridos. Como exemplo, Haddad mencionou o decreto presidencial com o qual o governo federal determinou que as obras distribuídas aos alunos da rede pública de ensino pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) sejam produzidas com papel certificado.
“Descobrimos que tínhamos mais de 60 milhões de pessoas que consomem uniformes, computadores, mobiliários, medicamentos. Por que, então, não usar este poder para organizar as compras governamentais e, com isso, melhorar a qualidade dos itens adquiridos, usando a escala de compras para que os preços baixem. Por que não utilizar este poder para impactar a política industrial do governo?”, questionou Haddad.
Destacando a importância de um Estado eficiente, a presidenta Dilma Rousseff afirmou que a experiência do MEC deve ser propagada por todos os ministérios e órgãos da administração pública. E que a criação da Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade (CGDC), vinculada ao conselho de Governo da Presidência, foi criada, em maio, justamente com o objetivo de mapear e estimular as melhores práticas do governo federal, aprimorando a gestão pública.
“Não seremos competitivos com um Estado aquém das necessidades de nossas empresas e diferentes setores produtivos”, comentou Dilma, destacando que, nos últimos anos, o governo federal tomou “consciência do mercado”, algo que, segundo ela, é fundamental para os gestores públicos.
“O gestor público tem que se afirmar para obter a melhor qualidade pelos melhores preços, ao mesmo tempo que perceba o inequívoco poder de compra do Estado como instrumento de crescimento econômico”, concluiu Dilma, referindo-se à exigência do governo federal de que a Petrobras passasse a priorizar a compra de plataformas, sondas, navios e equipamentos em geral com componentes nacionais. “Isso foi responsável pelo desenvolvimento da indústria de petróleo e gás e levou o país a um processo de crescimento bastante acentuado, a ponto de termos ressucitado a indústria naval, que tinha falecido nos anos 1990”.

Educação brasileira teve avanços, aponta relatório da OCDE

G1
 
Um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgado nesta terça-feira (13) mostrou avanços na educação brasileira. Por outro lado, o estudo também revela a distância que separa o Brasil dos países desenvolvidos.

O estudo tem indicadores educadores de 42 países e mostra o avanço do ensino entre as gerações.

No Brasil o percentual de pessoas com ensino superior mudou pouco ao longo dos anos. 9% de pessoas com idades entre 55 e 64 têm ensino superior, entre os mais jovens com 25 e 24 anos, 12% fizeram faculdade. O crescimento de três pontos percentuais é considerado muito baixo. Na Coreia do Sul esse crescimento foi de 50 pontos percentuais. Entre os 42 países pesquisados, o Brasil ficou em 33º lugar.

O estudo também compara quanto cada país investe por aluno. O Brasil está abaixo da média. Na educação básica, por exemplo, o custo de um aluno no Brasil é de cerca de R$ 3.600, por ano. O investimento médio dos países pesquisados, quase todos desenvolvidos, é de cerca de R$ 12.200.

Julio Queiroz, de 25 anos, percebeu que só o ensino médio não ia conseguir abrir portas profissionalmente. Hoje estuda direito e faz estágio em um escritório. "Faculdade muda a vida de uma pessoa", afirma.

MT- Alunos do CPA IV visitam a Câmara pelo Projeto "Jovem Cidadão"

Fonte:Olhar Direto 
O vereador Domingos Sávio (PMDB) recebeu ontem (13.09), os alunos do 1º, 2º e 3º ano da Escola Estadual “Profª. Dione Augusta Silva e Souza”, do bairro CPA IV na Câmara Municipal de Cuiabá. A visita faz parte do Projeto “Jovem Cidadão”, que a mais de seis anos leva conhecimento e cidadania a jovens da capital.
Durante a manhã os 46 alunos que visitaram a Casa do Povo, aprenderam as competências do Poder Legislativo e suas diferenças em relação ao Executivo e Judiciário e ainda assistiram a uma palestra sobre a história da Casa. Também foi distribuída uma cartilha que reúne informações para que os jovens entendam o processo político brasileiro.
A aluna do terceirão, Reidiany Aparecida Borges dos Santos já é veterana no “Jovem Cidadão”, ela está na sua terceira vista a Câmara pelo Projeto. “Durante esses três anos, o único político que demostrou interesse com os jovens foi o Domingos, ele ,por exemplo, é o único que entrega um matérial didático para os alunos. É bom saber que tem vereadores que se preocupam com os jovens”, afirmou.
As escolas interessadas a visitarem a Câmara, podem agendar um dia de visita pelo site: www.domingossaviomt.com.br ou pelo telefone (65) 3617-1552. O público alvo do projeto são alunos do 9º ano do ensino fundamental e do 1º, 2º e 3º ano do ensino médio das escolas públicas e particulares. Os encontros ocorrerão sempre as terças e quintas-feiras dia de sessão na Câmara. Ainda é disponibilizado um ônibus para buscar e deixar os alunos na escola.










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MT- Jayme Campos pede melhoria da educação

O senador Jayme Campos (DEM-MT) defendeu um amplo entendimento nacional pela melhoria da educação no país. Ele lamentou os resultados obtidos pelas escolas públicas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), organizado pelo Ministério da Educação.

O parlamentar informou que 99% das escolas públicas obtiveram uma nota média inferior à meta do ministério. O senador informou que duas escolas de Várzea Grande (MT), sua terra natal, estão entre as piores do país. Afirmou que a Secretaria de Educação de seu estado "está partidarizada" e é alvo de inúmeras denúncias de corrupção.

Em pronunciamento na última quarta (14), o representante do Mato Grosso no Senado Federal disse que "os pobres estão confinados em escolas com poucos recursos técnicos e didáticos" e os abastados estudam em escolas particulares com um ensino de altíssima qualidade, formando "uma cena quase desumana".


Da Redação / Agência Senado

Seduc/MT é parceira no 15° 'Simuladão da Gazeta'

 Estudantes do Ensino Médio da rede estadual de todo Mato Grosso poderão participar do 15° “Simuladão da Gazeta”. A Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT) e o grupo Gazeta de Comunicação ofertarão as provas do exame em 11 polos no Estado, em parceria firmada a partir deste ano.

O objetivo é que os alunos sejam inseridos nesse processo de autoavaliação que antecede o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). Os alunos de Ensino Médio interessados no processo terão até o dia 20 de setembro para fazer a inscrições on line, no endereço www.gazetadigital.com.br.

A Seduc viabilizou onze polos no Estado para a realização das provas, que ocorrerão no dia 2 de outubro. Tais polos concentram-se em Rondónopolis, Sinop, Tangará da Serra, Cáceres, Barra do Garças, Sorriso, Primavera do Leste, Lucas do Rio Verde, Poconé e Alta Floresta e os coordenadores dos mesmos estão ligados às Assessorias Pedagógicas, aos Cefapros e a algumas Escolas dos municípios citados.

Se você ainda não se inscreveu, não perca tempo!


Fonte: ROSELI RIECHELMANN
Assessoria/Seduc-MT

Escolas de MT aderem ao Programa Ficai

 A secretária de Estado de Educação de Mato Grosso, Rosa Neide Sandes de Almeida, representando os secretários municipais de educação, assinou na tarde da última terça (13.09) a adesão ao Ficha de Comunicação de Aluno Infrequente (Ficai), realizado em parceria com o Ministério Público Estadual (MPE).

O projeto prevê a parceria entre escola, família e meio jurídico com o objetivo de diminuir a evasão escolar e a infrequência constante, principalmente entre as séries finais do ensino básico. A assinatura foi realizada durante o Encontro de Assessores Pedagógicos, que acontece até a próxima sexta (16.09), no Hotel Fazenda Mato Grosso.

De acordo com o projeto, existirá um acompanhamento daqueles estudantes que possuírem mais que cinco faltas consecutivas. A partir daí, a unidade deverá comunicar a família e caso o problema não seja resolvido, seguirá para o Conselho Tutelar. Em casos mais graves, em que o estudante e os familiares serão convocados pela promotoria de justiça para que as providências cabíveis sejam adotadas.

No município de Marcelândia (710 km ao Norte de Cuiabá), um dos poucos onde o Ficai já se encontra atuante, houve a diminuição de crimes como a pedofilia. Segundo a assessora pedagógica da região, Marileuza Alexandra Prada, a adesão ao projeto mobilizou a secretaria municipal de educação, a assessoria pedagógica, a direção das unidades escolares do município e o conselho de pais da região.

A assessora destacou que a pedofilia era um dos problemas antigos do município e somente após o Ficai obteve diminuição, devido à colaboração das demais entidades. “Não é terceirizar o serviço e dizer que a escola é a única responsável pela educação, mas que todos devem colaborar. É óbvio que não conseguimos erradicar, mas mostramos que ele (problema) existe e como deve ser tratado”, conclui.

Para o presidente do CEE, Aguinaldo Garrido, “o Ficai é um documento novo que trata de um problema velho”. Ele ainda defende que a escola seja um setor desalienante, por isso, comemorar o abandono e a infrequência escolar, por ser mais fácil lidar com turmas menores, é a atitude contrária do verdadeiro educador.

Violência e Bulling

Para o promotor Miguel Slhessarenko, o projeto pode auxiliar na diminuição de infrações no ambiente escolar. O envolvimento da família e do meio judiciário contribui para o fortalecimento da escola. Mas , o projeto só irá adquirir bons resultados se possuir um regime interno estruturado e conhecido por toda a comunidade escolar.

O promotor ainda exaltou a atitude da Escola Estadual Ulisses Cuiabano, instalada na capital do Estado, onde a direção deixa exposta as normas da unidade para que os estudantes possam conhecer durante os intervalos de aula. Segundo o promotor, “a partir de quando o aluno entra na unidade, a responsabilidade é da escola”, porém, deve ser realizado um acompanhamento pelos pais para verificar se o estudante está desempenhando corretamente o seu papel de aluno.

A secretária de educação, Rosa Neide, defende que antes do programa ser colocado em prática, a comunidade deve ser colocada dentro da escola. Ela avalia aque a disseminação da ideia é um passo largo para a incrementação do termo educação para a sociedade.

Para ela, essa ação do Ministério Público fortalece a educação em todos os campos. A tarefa de cada setor é somente colaborar. “Assino o termo em nome de todos os assessores e conto com a colaboração dos Cefapros, das Assessorias e das Secretarias nos respectivos municípios”, conclui.

Além da representante da Seduc, o evento reúne os responsáveis pelos principais setores educacionais do Estado. Presente ao evento estava o presidente da União Mato-grossense de Secretários Municipais (Undime), Sirineu Moletta, a presidente da União dos Conselhos Municipais de Educação (UNCME), Maridilva Oliveira e Silva, o presidente do Conselho Estadual de Educação (CEE), Aguinaldo Garrido e o promotor de justiça, Miguel Slhessarenko Junior.


Fonte: ASSESSORIA
Seduc-MT

UFMT seleciona de professores substitutos na área de Química

 A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) oferece duas vagas para professor substituto no Instituto de Ciências Exatas e Naturais (Icen), campus de Cuiabá, na área de Química Geral e Analítica. Os candidatos devem ser graduados em Química – bacharelado ou licenciatura – ou em Engenharia Química. Devem ter disponibilidade para trabalhar em regime de 40 horas nos períodos matutino e vespertino.
 
As inscrições poderão ser feitas nos dias 19 e 20 de setembro. Os interessados deverão procurar a secretaria do Departamento de Química, campus de Cuiabá, das 8h às 11h e das 14h às 17h, munidos de cópia do diploma e histórico escolar, curriculum-vitae documentado e assinado, documentos pessoais, título de eleitor e declaração de que o candidato não foi contratado nos últimos 24 meses.

O processo de seleção será realizado nos dias 26 e 27 de setembro. Os candidatos serão avaliados por meio de análise de currículo e prova didática.

Mais informação pelo telefone (65) 3615-8762.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Nacional - Quase metade dos estudantes tirou nota acima da média

Amanda Cieglinski

de Brasília


Dos 1 milhão de estudantes que participaram do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2010, 47,02% tiveram nota igual ou acima da média nacional na prova objetiva, que foi 511, 21 pontos. Esse percentual é superior ao registrado em 2009, quando 44,55% superaram a nota média, segundo dados do Ministério da Educação (MEC).


Entre 2009 e 2010, a nota dos concluintes do ensino médio cresceu 10 pontos no Enem. O MEC divulgou hoje (12) as notas das 23 mil escolas que participaram da avaliação no ano passado. O resultado mostra que 63% das escolas, na maioria públicas, apresentaram resultado médio abaixo dos 511,21 pontos.

Mas, na avaliação do ministro da Educação, Fernando Haddad, o desempenho da rede pública melhorou, já que elas são responsáveis por 88% das matrículas do ensino médio no país. Segundo ele, os colégios privados não poderiam ter sido responsáveis, de forma isolada, pela elevação da média. “Dizer que um percentual de escolas está abaixo da média não faz sentido porque não é uma medida importante para análise da desigualdade educacional”, defendeu.

Segundo Haddad, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) irá calcular agora a dispersão das notas: se o número de escolas que se aproximam da média aumentou ou diminuiu. “A média pode aumentar e a desigualdade também. Essa análise ainda não foi feita”, explicou.

Entre as 20 escolas que atingiram as melhores notas, considerando as provas  objetivas e a redação, apenas uma é pública: Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa (UFV) com 726,42 pontos. A lista leva em consideração apenas as escolas que tiveram taxa de participação no Enem superior a 75%. Os alunos com melhor desempenho foram os do Colégio São Bento, no Rio de Janeiro, com 761 pontos (250 pontos acima da média nacional).




MT- Saguas volta a Seduc; escolas estão sucateadas


Edilson Almeida
Redação 24 Horas News


O médico Saguas Moraes, suplente de deputado federal e atual presidente do Partido dos Trabalhadores no Estado, terá seu nome oficializado ainda esta semana para o cargo de secretário de Educação do Estado. Ele retorna a função que ocupou por três anos na administração passada e que deixou para ser candidato a uma vaga na Câmara Federal – que conquistou, mas acabou perdendo por conta da exclusão da Lei da Ficha Limpa do cenário eleitoral. E Moraes volta ao cargo num quadro não muito diferente do que deixou: escolas sucateadas e a educação no Estado enfrentado baixos índices de qualidade.

Dados do Exame Nacional do Ensino Médio não deixam dúvidas de que o Governo
precisa adotar medidas urgentes para mudar o atual quadro da educação no Estado.
Para se ter uma idéia, a melhor unidade pública de ensino mantido pelo Estado
está quase 3 mil posições. É o Colégio Estadual La Salle, de Rondonópolis.
Precisamente, na posição 2.963. No Exame ficou com a nota 574.69.


Os números sobre a educação em Mato Grosso foram divulgados no momento em que
profissionais da rede estadual de ensino em Mato Grosso mantém uma  vigília na
Secretaria de Estado de Educação (Seduc) para reivindicar piso salarial de R$
1.312,00, hora atividade para os interinos e infraestrutura adequada para as
escolas. Eles apresentaram também dossiês sobre as condições das escolas e
cartas aos deputados também estão expostos.


De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino  Público
de Mato Grosso, Gilmar Soares, cerca de 200 das 730 escolas da rede estadual
apresentam péssimas condições de infraestrutura. Algumas estão há mais de 30
anos sem passar por reformas, outras enfrentam problemas nas instalações
elétricas, falta de climatização, entre outros.


Um exemplo é a Escola Estadual Licínio Monteiro, em Várzea Grande. “A reforma
teve início em 2008, mas até agora não terminou. Alguns alunos da EJA (Educação
de Jovens e Adultos), com idade avançada, desistiram de frequentar as aulas em
função da falta de ar condicionado que até hoje não foi instalado”, contou a
coordenadora pedagógica Cecília Aparecida Duarte. Segundo ela, que leciona na
Licínio Monteiro há 21 anos, o forro colocado recentemente na instituição, que
já tem 37 anos, começou a cair.


A situação também é delicada no interior do Estado. Segundo a vice-presidente
da subsede do Sintep/MT em Canarana, a 838 km de Cuiabá, Maira Pertile, a
vigília é um momento importante de denunciar a falta de investimento na
Educação. “Esperamos avançar no piso salarial, que já demonstramos ser possível,
e também nas condições do ensino”, frisou. Na Escola Estadual Paulo Freire, onde
a sindicalista dá aulas, os cerca de 850 alunos treinam Educação Física no pátio
da escola, pois não há quadra de esportes.

Nacional - Escola líder no ranking do Enem não aceita mulheres

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R7

O Colégio São Bento, do Rio de Janeiro, chegou ao topo do ranking do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) divulgado nesta segunda-feira (12), derrubando o Colégio Vértice, de São Paulo, campeão do ano passado. Fundada no século 19, a instituição particular teve a melhor nota entre as mais de 20 mil escolas brasileiras que participaram da avaliação.

A escola carioca recebeu a maior média: 761,7 pontos no Enem. São 18 pontos a mais do que o Vértice, que desta vez ficou na terceira posição (743,75 pontos), atrás também do Instituto Dom Barreto, colégio particular do Piauí que obteve nota de 754,13.

O bom desempenho do São Bento é resultado do ensino voltado para disciplinas humanísticas e da permanência dos alunos dentro dos muros do colégio durante boa parte do dia. Com horário integral e 40 horas de aula semanais, a escola centenária conta com 1.108 alunos.

Para se tornar campeão, o São Bento contou com uma soma de fatores, afirma a supervisora pedagógica, Maria Elisa Penna-Firme Pedrosa. Ela aponta a experiência dos professores, participação ativa dos pais, metas rígidas e aulas extracurriculares como parte do diferencial do colégio.

- A experiência acumulada ao longo de todos estes anos, adaptando-se de acordo com o tempo, é essencial para o bom desempenho de um colégio e para a nossa maior meta, que é o aprendizado dos alunos.

Para evitar distorções, o R7 considerou o corte de 50% ou mais de participação dos alunos no Enem como forma de comparar escolas em situação parecida. A recomendação vem do ministro da Educação, Fernando Haddad, que sugeriu ser "coerente" comparar escolas dentro da média nacional de participação. Os dados do Enem são de 2010, os últimos divulgados pelo MEC (Ministério da Educação). As notas das escolas tipo EJA (Ensino de Jovens e Adultos, o antigo supletivo) não foram divulgadas.

Só meninos

O Colégio São Bento só aceita meninos como seus alunos. Quando se trata de currículo pedagógico, o São Bento realmente se diferencia dos outros colégios. Além das disciplinas tradicionais, a escola oferece aulas de história da arte, apreciação musical, filosofia, cultura clássica e sociologia.

Um dos responsáveis pelo bom desempenho da escola no Enem, João Gabriel Pontes, de 18 anos - atual estudante de direito da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), um dos cursos mais concorridos do Rio - conta que só conseguiu ser aprovado em uma boa universidade por ter o estudo diferenciado.

Segundo Maria Elisa, a maior parte dos professores do São Bento tem mestrado e doutorado. No entanto, há muitos professores jovens, “mas estes chegam apenas se tiverem experiência ou por uma indicação muito boa”, diz ela.

MT- Professores realizam ato de protesto


Profissionais da Educação e estudantes participaram na manhã desta segunda (12), em frente à Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc/MT), de uma vigília pela melhoria do setor e implantação imediata do piso salarial de R$ 1.312.

Com apitos, cartazes e nariz de palhaço o ato de protesto contou com a participação de quinhentas pessoas da Baixada Cuiabana. No período da tarde, a partir das 14h, os manifestantes fazem uma passeata nas principais vias da Avenida do CPA.  

Durante o protesto, os manifestantes expuseram um dossiê contendo cartas de professores e alunos relatando o sucateamento das unidades escolares pertencentes ao Estado. Além disso,  denúncias expondo a falta de estrutura das unidades escolares públicas serão feitas ao longo do dia.

De acordo com a presidente da subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Helena Maria Bortolo, 98% das escolas estaduais de Cuiabá, paralisaram suas atividades em decorrência do manifesto.

Para Gilmar Soares, presidente do Sintep-MT,  a manifestação demonstra o descontentamento da categoria com o Governo do Estado. “Caso não haja o reajuste no mês de setembro do piso salarial e garantia de hora atividade para os professores contratados, podemos paralisar as atividades já no começo de outubro.

A educadora Maria da Consolação, da escola Jupiara em Campo Verde (131 km ao sul da capital) há 28 anos, reclama da falta de compromisso com a educação nos últimos anos.

Um carta, escrita pela professora Margareth Shoms de Souza, da escola Estadual Olímpio João Pissinati Guerra de Sinop (500 km ao Norte) relata que, desde 2000, os educadores estão cobrando a implantação do sistema de escola ciclada que visa a formação humana e a promoção do aluno sem a retenção. Além disso, Souza denuncia a falta de estrutura e funcionários. 


Regina Botelho - Da Redação

Nacional - FIES pode ser abatido com prestação deserviços


 
Poderá ser votado na quarta (14) projeto (PLS 109/11) que permite aos professores e aos médicos, odontólogos e enfermeiros que estudaram com recursos do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) abater em até 12 meses as parcelas em débito com prestação de serviços na área de educação e da saúde.Essa é uma das quatro propostas que estão na pauta da reunião da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), que terá início as 9h.
De acordo com a proposta, de autoria do senador Paulo Davim (PV-RN), para ser beneficiado o professor deverá exercer atividade profissional em instituições da rede pública de educação básica. Já os graduados em Medicina, Odontologia e Enfermagem deverão atuar em instituições vinculadas ao Sistema Único de Saúde (SUS). O exercício profissional deve ser realizado por período de até 12 meses.

Usina

A autorização para a implantação da Usina Hidrelétrica e da Eclusa "Bem Querer", com hidrovia, no Rio Branco (RR), também está na pauta da CAS.

O objetivo do projeto (PDS 201/07), do ex-senador Augusto Botelho, é aumentar a garantia de abastecimento de energia em Roraima e ainda assegurar a navegabilidade do Rio Branco até Boa Vista. Conforme destacou ele, na justificativa do projeto, "é muito importante levar adiante usinas hidrelétricas que permitirão diversificar as fontes de energia e ainda provocar menos danos ao meio ambiente".

Coleta de material

Outro projeto que está na pauta da CAS determina que os medicamentos de uso humano e veterinário sejam incluídos entre os produtos sujeitos ao sistema de logística reversa - que trata da coleta e restituição dos resíduos sólidos às empresas para reaproveitamento ou destinação final ambientalmente adequada.

A proposta (PLS 148/11), de autoria do senador Cyro Miranda (PSDB-GO),altera a lei que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/10) para obrigar fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes desses medicamentos a assegurar sistema de logística reversa para que os consumidores devolvam esses produtos aos comerciantes ou distribuidores, após o uso.

Psicólogos e fonoaudiólogos

A CAS também poderá votar, em turno suplementar e decisão terminativa , substitutivo da senadora Marta Suplicy (PT-SP) que prevê jornada de trabalho de 30 horas semanais para psicólogos e fonoaudiólogos. A proposta (PLC 150/2009) foi aprovada em primeiro turno no dia 31 de agosto último.

Anvisa

Após a votação de projetos, ainda está prevista a realização de votação secreta para a recondução do farmacêutico Dirceu Brás Aparecido Barbano ao cargo de diretor presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) por mais dois anos. Antes da votação, os senadores sabatinam o indicado pela Presidência da República.

Ele tem especialidade em Biofarmacognosia, curso de aperfeiçoamento em Farmacoterapia Racional, além de mais de 20 anos de experiência profissional em cargos que vão desde a docência, a gestão do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo e do Sistema Único de Saúde (SUS), bem como funções exercidas dentro da própria Anvisa.


Valéria Castanho / Agência Senado