domingo, 11 de setembro de 2011

Amor a Deus e ao próximo no entendimento da criança

Quem ainda pensa que a criança é inculta de arte, música, ética, religiosidade e espiritualidade está equivocado. Dia 6 de junho, Maria Maltauro Bernardi completou 4 anos de idade. Alegre e fervorosamente, reza diariamente pela manhã e à noite Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai, Santo-Anjo, Ato de Contrição, Credo, Salve Rainha e outras preces. Tão logo que aprende uma oração pede para que ensinem outra. Recita corretamente os Mandamentos da Lei de Deus e da Igreja e faz complementos por conta própria, sem ninguém ensinar.

Para ela, o primeiro Mandamento é: Amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a mim mesma; o quinto: Não matar outra vez Jesus e as pessoas. O nono: Não desejar a mulher e nem o homem dos outros. E assim por diante; faz acréscimos nas orações com sabedoria, profundidade e precisão. Por essas habilidades, merece total atenção e palmas de ouro.

Principalmente durante conversas com coleguinhas, brincadeiras, dança, canto e nas telas que pinta com arte e beleza, Maria impressiona por integrar, com visão de gente grande, três entes: Deus, a pessoa e a natureza. Bem da verdade, entende-se por educação integral e de qualidade aquela que abrange a inteligência, o coração e o corpo todo da Criatura; as obras e a bondade operativa do Criador; a Natureza como abrigo e meio de subsistência dos seres vivos. São de autoria desta menina as frases: Quando o homem deteriora a natureza está matando a si próprio e o Papai do Céu; Há Pilatos por todos os cantos dispostos a entregar outra vez Jesus para ser condenado e crucificado; Para ensinar e convencer, não precisa gritar, bater e ofender.

Quando Maria quer conquistar confiança, refletir em conjunto e fazer-se ouvir, reúne dentro de si e nas ideias que vai comunicar todo o potencial de envolvimento, imaginação, simpatia, criatividade, amor e carinho. Em contrapartida, basta ver uma pessoa jogar papel ou toco de cigarro no chão, pisar na grama, chutar cachorro, para reclamar e disparar: Veja como essa pessoa é mal educada.

Vê-se, portanto, que é fundamental prestar mais atenção à comunicação e atitudes pedagógicas das crianças. Às vezes, são elas que transmitem às gerações mais velhas ensinamentos que podem modificar, restaurar e melhorar ações, comportamentos e decisões das pessoas. Creio estar superado o conceito que diz que a característica da sociedade humana reside na capacidade de transmitir de uma geração mais velha para uma geração mais nova heranças, experiências e produtos acumulados no decorrer da vida e da história.
Crianças e jovens são muito mais habilidosos de percepção e criação do que a gente imagina. De fato, eles não se prendem muito a definições e conceitos: vão direto ao cerne das linguagens e à essência do bem e das coisas, ao valor dos testemunhos e à alma da dignidade, à consistência da solidariedade e aos pilares da fraternidade, ao poder sinergético da cooperação e a solidez infinita da caridade.

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Pedro Antônio Bernardipedro.professor@gmail.comJornalista, economista e professor.

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