O Conselho Estadual de Alimentação Escolar (CEAE) irá empossar novos membros em solenidade no dia 20 deste mês, no auditório da Escola Estadual “Presidente Médici”, em Cuiabá. A nova composição do CEAE está na Portaria n.º 732, da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), publicada no Diário Oficial do Estado do dia 14 de dezembro.
Após a posse, será eleita a nova direção do órgão. A atual presidente é Vânia Maria Rodrigues Miranda, representante de uma escola pública de Várzea Grande.
O CEAE foi criado pela Lei Estadual n.º 7.352, de 13 de dezembro de 2000. É um órgão deliberativo, fiscalizador e de assessoramento da execução do Programa Estadual de Alimentação Escolar (PEAE) em Mato Grosso, quanto à aplicação dos recursos financeiros repassados à Seduc pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
O conselho tem atualmente 28 membros, sendo 14 titulares e 14 suplentes. O mandato é de quatro anos. Estão representados quatro segmentos: Poder Executivo; Sociedade Civil Organizada; Servidores da Educação Pública Estadual (indicados pelo Sintep) e Representante de Pais de Alunos (indicados pelos Conselhos Deliberativos da Comunidade Escolar).
Essas são as atribuições do CEAE: - Divulgar, em locais públicos, o montante de recursos do PNAE recebidos pelas entidades executoras. acompanhar a elaboração dos cardápios, opinando sobre sua adequação à realidade local. cuidar para que a qualidade dos alimentos seja mantida, desde a compra até a distribuição, zelando para que sejam observadas as boas práticas higiênicas e sanitárias, orientar o armazenamento dos alimentos nos depósitos e/ou nas escolas.
E ainda, comunicar à entidade executora quando houver problemas com os alimentos, como perda da validade, deterioração, desvio ou furto. receber e analisar a prestação de contas da entidade executora e encaminhá-la ao FNDE, comunicar ao FNDE sobre o descumprimento das orientações legais por parte da entidade executora durante toda a execução da utilização dos recursos do PEAE.
Esta é a nova Composição do conselho:
Representantes do Poder Executivo
Titulares:
Francisvaldo Pereira de Assunção e Telma Regina Ferreira
Suplentes:
Paulo Eduardo Toschi e Ana Benedita Monteiro da Costa
(todos da Seduc)
Representantes da Sociedade Civil Organizada
Titulares:
Vania Varine de David Pinto e Nensmorena Gonçalves Preza (ambas do Conselho Regional de Nutrição – CRN)
Fátima Aparecida G. Moura e Ivane Almeida da Costa (ambas do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - Consea)
Suplentes:
Tânia Norberto Nunes de Souza e Carla Regina Thomazini (ambas do CRN)
Eurípia de Faria Silva (Consea)
Nilton José de Macedo (Fetagtri)
Representantes dos servidores da Educação Pública Estadual
Titulares:
Vania Maria Rodrigues Miranda (Várzea Grande)
Eduardo Filho de Assunção Rodrigues (Vila Bela)
Doralice Vieira de Castro (Jaciara)
João Eudes da Anunciação (Rondonópolis)
Suplentes:
Ziquidalto de Castro Rodrigues (Itiquira)
Gilberto Pereira de Almeida (Luciara)
Edina Martins de Oliveira (Colíder)
Ailton de Amorim (Cotriguaçu)
Representantes de Pais
Titulares:
Cícero Felix da Silva e Luldnéia Zark Cruz (Cuiabá)
José Anastácio do Espírito Santo e Rosa Claudia de Souza (Várzea Grande)
Suplentes:
Ângela Aparecida Schoten e Irene Marques Carvalho Moreira (Cuiabá)
Lindalva Matos Alves Cabral e Luciana Alves da Silva (Várzea Grande)
SERGIO LUIZ FERNANDES
Assessoria/Seduc-MT
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Escola Professor Benedito Carvalho encerra atividades do Mais Educação/Seduc/MT
Nesta sexta-feira (17/12 ), a partir das 18 horas, a Escola Estadual Professor Benedito de Carvalho promove o encerramento das atividades do Programa “Mais Educação”. O evento será realizado no Centro Comunitário do CPA II (localizado ao lado da escola).
A programação prevê atividades como exposições de cartões e mensagens natalinas (produzidas nas oficinas de letramento); apresentações eletrônicas (trabalhos das oficinas de informática); Banda Fanfarra, Capoeira, canto coral, homenagem a uma das professoras da escola (Euza Maria) e o Auto de Natal.
A Escola possui cerca de 600 alunos e só atende o Ensino Fundamental. Está localizada na Rua Acre, Quadra G, nº 1 - CPA II - Morada da Serra. Outras informações pelo blog www.escolabeneditocarvalho.blogspot.com.
SERGIO LUIZ FERNANDES
Assessoria/Seduc-MT
A programação prevê atividades como exposições de cartões e mensagens natalinas (produzidas nas oficinas de letramento); apresentações eletrônicas (trabalhos das oficinas de informática); Banda Fanfarra, Capoeira, canto coral, homenagem a uma das professoras da escola (Euza Maria) e o Auto de Natal.
A Escola possui cerca de 600 alunos e só atende o Ensino Fundamental. Está localizada na Rua Acre, Quadra G, nº 1 - CPA II - Morada da Serra. Outras informações pelo blog www.escolabeneditocarvalho.blogspot.com.
SERGIO LUIZ FERNANDES
Assessoria/Seduc-MT
Programa melhora aprendizagem de estudantes de Nova Ubiratã/MT
A Escola 19 de Dezembro, de Nova Ubiratã, implantou uma prática alternativa que conseguiu melhorar o rendimento e elevar a auto – estima dos estudantes. Desde o segundo semestre de 2010, a escola oferece reforço extra sala de aula para reduzir a defasagem de conhecimento nas áreas de Língua Portuguesa e Matemática.
A prática consiste em reforço para os estudantes com baixo rendimento escolar, aulas mais dinâmicas em que são utilizadas as várias mídias e a troca de aprendizado entre os estudantes com bom desempenho nas matérias. Os programas denominados Professor Fora de Hora e Aluno Monitor, tem reduzido as dificuldades de muitos estudantes que chegaram despreparados na escola.
Dois professores se dispuseram a dar aulas após o turno regular e selecionaram entre os estudantes aptos os interessados em participar do programa, desenvolvendo a proposta de monitoria. “Eles passaram a compartilhar os conhecimentos com os colegas”, relata a diretora Lucy Ramires Guimarães. (com escola)
ROSELI RIECHELMANN
Assessoria/Seduc-MT
A prática consiste em reforço para os estudantes com baixo rendimento escolar, aulas mais dinâmicas em que são utilizadas as várias mídias e a troca de aprendizado entre os estudantes com bom desempenho nas matérias. Os programas denominados Professor Fora de Hora e Aluno Monitor, tem reduzido as dificuldades de muitos estudantes que chegaram despreparados na escola.
Dois professores se dispuseram a dar aulas após o turno regular e selecionaram entre os estudantes aptos os interessados em participar do programa, desenvolvendo a proposta de monitoria. “Eles passaram a compartilhar os conhecimentos com os colegas”, relata a diretora Lucy Ramires Guimarães. (com escola)
ROSELI RIECHELMANN
Assessoria/Seduc-MT
Alunos de Cláudia/MT debatem Cidadania
Alunos de Cláudia debatem Cidadania
Cidadania, seus direitos e deveres. Com esse enfoque alunos da Escola Estadual Manoel Soares de Campos, da cidade de Cláudia, desenvolveram o ‘Projeto Pátria’ durante as aulas de artes. História, produção de textos, geometria, foram disciplinas empregadas para o desenvolvimento das atividades.
Além de incentivar o debate de idéias sobre o tema, os alunos tiveram a oportunidade de expressar por meio de pinturas o que entendiam sobre o assunto. As paredes da unidade foram utilizadas com telas e receberam as mais distintas obras, confeccionadas pelos ‘artistas locais’ do Ensino Médio.
A coordenadora da ação, professora Marlene da Silva Batista, explica que a ideia nasceu devido à falta de interesse por parte de alguns dos estudantes no momento diário de apresentação do hino nacional. Percebendo a possibilidade de despertar a avaliação crítica sobre a questão, a professora levou a discussão para sala de aula. A ação terminou incentivando a busca pelo conhecimento da história do Brasil, bem como a compreensão da importância das datas cívicas.
Na justificativa do projeto a professora Marlene cita que “alguns valores devem ser resgatados dentro da escola. A idéia do projeto é conscientizar os alunos do significado das palavras e a importância do mesmo, assim formar nos educandos o conceito pátria e que refletiam a importância da nossa nação. A fim de proporcionar-lhes maior compreensão, amor e espírito de luta pelo Brasil”.
PATRÍCIA NEVES
Assessoria/Seduc-MT
Cidadania, seus direitos e deveres. Com esse enfoque alunos da Escola Estadual Manoel Soares de Campos, da cidade de Cláudia, desenvolveram o ‘Projeto Pátria’ durante as aulas de artes. História, produção de textos, geometria, foram disciplinas empregadas para o desenvolvimento das atividades.
Além de incentivar o debate de idéias sobre o tema, os alunos tiveram a oportunidade de expressar por meio de pinturas o que entendiam sobre o assunto. As paredes da unidade foram utilizadas com telas e receberam as mais distintas obras, confeccionadas pelos ‘artistas locais’ do Ensino Médio.
A coordenadora da ação, professora Marlene da Silva Batista, explica que a ideia nasceu devido à falta de interesse por parte de alguns dos estudantes no momento diário de apresentação do hino nacional. Percebendo a possibilidade de despertar a avaliação crítica sobre a questão, a professora levou a discussão para sala de aula. A ação terminou incentivando a busca pelo conhecimento da história do Brasil, bem como a compreensão da importância das datas cívicas.
Na justificativa do projeto a professora Marlene cita que “alguns valores devem ser resgatados dentro da escola. A idéia do projeto é conscientizar os alunos do significado das palavras e a importância do mesmo, assim formar nos educandos o conceito pátria e que refletiam a importância da nossa nação. A fim de proporcionar-lhes maior compreensão, amor e espírito de luta pelo Brasil”.
PATRÍCIA NEVES
Assessoria/Seduc-MT
Evento “Infância e Adolescência no Parlamento” estreou no Pará
Enviado por criancanoparlamento
Pará foi escolhida como primeiro estado para receber a oficina “Infância e Adolescência no Parlamento” que passará em nove capitais brasileiras. O evento aconteceu na quinta-feira, dia 11 de novembro, na Assembléia Legislativa do Estado do Pará. Temas como a importância da atuação da Frente Parlamentar pelos Direitos da Criança e do Adolescente e a apresentação da metodologia do Orçamento Criança e Adolescente (OCA) foram tratados durante o evento, que contou com a presença de instituições que trabalham com a defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes.
O evento foi realizado pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC) juntamente com o Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef), o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), o Fórum Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente e uma rede de instituições locais tais como: Grupo de Estudos em Educação em Direitos Humanos, Observatório Amazônico da Criança e do Adolescente e Fórum Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Um dos destaques da explanação foi a apresentação do projeto “Criança e adolescente: prioridade no parlamento”. Entre os especialistas que ministraram a Oficina estão: Cleomar Manhas, coordenadora do projeto “Criança e adolescente: prioridade no parlamento”; Lucídio Bicalho, assessor político do INESC e Márcia Acioli, responsável pelo projeto “Onda: adolescente em movimento pelos direitos”, que atende adolescentes de escolas públicas de Brasília. A próxima parada da Oficina “Infância e Adolescência no Parlamento” será na cidade de Goiânia.
Pará foi escolhida como primeiro estado para receber a oficina “Infância e Adolescência no Parlamento” que passará em nove capitais brasileiras. O evento aconteceu na quinta-feira, dia 11 de novembro, na Assembléia Legislativa do Estado do Pará. Temas como a importância da atuação da Frente Parlamentar pelos Direitos da Criança e do Adolescente e a apresentação da metodologia do Orçamento Criança e Adolescente (OCA) foram tratados durante o evento, que contou com a presença de instituições que trabalham com a defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes.
O evento foi realizado pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC) juntamente com o Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef), o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), o Fórum Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente e uma rede de instituições locais tais como: Grupo de Estudos em Educação em Direitos Humanos, Observatório Amazônico da Criança e do Adolescente e Fórum Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Um dos destaques da explanação foi a apresentação do projeto “Criança e adolescente: prioridade no parlamento”. Entre os especialistas que ministraram a Oficina estão: Cleomar Manhas, coordenadora do projeto “Criança e adolescente: prioridade no parlamento”; Lucídio Bicalho, assessor político do INESC e Márcia Acioli, responsável pelo projeto “Onda: adolescente em movimento pelos direitos”, que atende adolescentes de escolas públicas de Brasília. A próxima parada da Oficina “Infância e Adolescência no Parlamento” será na cidade de Goiânia.
Adolescentes apresentam sugestões de emendas para deputados
Enviado por criancanoparlamento
Adolescentes de cinco escolas do Distrito Federal apresentaram sugestões de emendas para a proposta do orçamento (PLOA 2011). Os alunos, todos do projeto “Onda: adolescente em movimento pelos direitos”*, se reuniram e elencaram os principais problemas encontrados nas suas escolas e nas suas comunidades. Esse processo resultou em seis sugestões de emendas para os parlamentares do DF, apresentadas pelos jovens no dia 11 de novembro.
Para Lucídio Bicalho, assessor do Instituto de Estudos Socioeconômicos, “essa foi uma estratégia de amadurecimento dos integrantes do Onda. Vale ressaltar o protagonismo dos adolescentes em irem apresentar as sugestões diretamente para os parlamentares”.
Além disso, para reforçar os pedidos dos meninos e meninas, o Fórum do Orçamento Criança e Adolescente também acolheu as sugestões de emendas e irá apresentar para o legislativo e para a equipe de transição do novo governo.
Segundo Márcia Acioli, coordenadora do projeto Onda, o fato dos “adolescentes participarem da elaboração de emendas ao orçamento, é um exercício pleno de cidadania. O mais importante é que isso se dê com a compreensão do contexto de direitos de um grupo maior de pessoas e não apenas de seus direitos”. Ela ainda afirma que seria interessante as demandas da população jovem serem aceitas nesse momento “em que o Distrito Federal tenta se recuperar de um sério abalo na sua administração.
Raquel Ferreira, que mora na Estrutural, detectou que na sua comunidade não existe nenhuma escola de ensino médio, por isso acredita ser de grande importância que o governo coloque o item como prioridade. “Os alunos que cursam ensino médio e moram na Estrutural precisam se deslocar para outras cidades como o Cruzeiro e o Guará, isso acaba dificultando a participação da comunidade na vida escolar dos filhos, diz a adolescente.
Brenda Sousa acredita que a contribuição dos alunos, professores e comunidade foi muito importante. “Conseguimos mais de duas mil assinaturas para as nossas sugestões. Nossa quadra, por exemplo, não é coberta, e nos impossibilita de participar das atividades em dias de chuva ou de calor”, ressalta a aluna da escola de Planaltina.
Pedro, um dos responsáveis por conversar com vários parlamentares na Câmara Legislativa do DF, diz que dialogar com os deputados “foi um verdadeiro exercício político e de protagonismo juvenil. Se dessas sugestões que foram apresentadas para os parlamentares, pelo menos uma figurar na LOA de 2011, isso já será um grande ganho para nós, pois assim teremos um marco legal para exigir a garantia de direitos dos/das adolescentes”.
Confirme as sugestões apresentadas pelos/as adolescentes:
Comunidade da Estrutural – construção de Escola do Ensino Médio
Centro de Ensino Carlos Mota (Lago Oeste) – reforma da quadra e aquisição de materiais esportivos
Elefante Branco – reforma do colégio e aquisição de equipamentos
Centro de Ensino Médio da Asa Norte - reforma da infraestrutura da escola e a construção de auditório
Centro de Ensino Médio 02 de Planaltina – cobertura da quadra, reforma da caixa dagua e construção do auditório.
* O que é o projeto “Onda”? é um trabalho realizado pelo Inesc com apoio da Kindernothilfe. O projeto visa introduzir o tema dos direitos humanos e do orçamento público em escolas do Distrito Federal. O objetivo do projeto é assegurar o envolvimento de crianças e adolescentes na discussão sobre direitos e cidadania, observando como se relacionam com o orçamento público. A idéia é fortalecer a capacidade de atuação dos(as) jovens na conquista de seus direitos e no monitoramento das políticas públicas a eles(as) destinados. As oficinas nas escolas partem de um momento estético onde aos poucos são introduzidos conceitos e debates mais aprofundados sobre direitos humanos, orçamento público e caminhos para monitorá-los.
Adolescentes de cinco escolas do Distrito Federal apresentaram sugestões de emendas para a proposta do orçamento (PLOA 2011). Os alunos, todos do projeto “Onda: adolescente em movimento pelos direitos”*, se reuniram e elencaram os principais problemas encontrados nas suas escolas e nas suas comunidades. Esse processo resultou em seis sugestões de emendas para os parlamentares do DF, apresentadas pelos jovens no dia 11 de novembro.
Para Lucídio Bicalho, assessor do Instituto de Estudos Socioeconômicos, “essa foi uma estratégia de amadurecimento dos integrantes do Onda. Vale ressaltar o protagonismo dos adolescentes em irem apresentar as sugestões diretamente para os parlamentares”.
Além disso, para reforçar os pedidos dos meninos e meninas, o Fórum do Orçamento Criança e Adolescente também acolheu as sugestões de emendas e irá apresentar para o legislativo e para a equipe de transição do novo governo.
Segundo Márcia Acioli, coordenadora do projeto Onda, o fato dos “adolescentes participarem da elaboração de emendas ao orçamento, é um exercício pleno de cidadania. O mais importante é que isso se dê com a compreensão do contexto de direitos de um grupo maior de pessoas e não apenas de seus direitos”. Ela ainda afirma que seria interessante as demandas da população jovem serem aceitas nesse momento “em que o Distrito Federal tenta se recuperar de um sério abalo na sua administração.
Raquel Ferreira, que mora na Estrutural, detectou que na sua comunidade não existe nenhuma escola de ensino médio, por isso acredita ser de grande importância que o governo coloque o item como prioridade. “Os alunos que cursam ensino médio e moram na Estrutural precisam se deslocar para outras cidades como o Cruzeiro e o Guará, isso acaba dificultando a participação da comunidade na vida escolar dos filhos, diz a adolescente.
Brenda Sousa acredita que a contribuição dos alunos, professores e comunidade foi muito importante. “Conseguimos mais de duas mil assinaturas para as nossas sugestões. Nossa quadra, por exemplo, não é coberta, e nos impossibilita de participar das atividades em dias de chuva ou de calor”, ressalta a aluna da escola de Planaltina.
Pedro, um dos responsáveis por conversar com vários parlamentares na Câmara Legislativa do DF, diz que dialogar com os deputados “foi um verdadeiro exercício político e de protagonismo juvenil. Se dessas sugestões que foram apresentadas para os parlamentares, pelo menos uma figurar na LOA de 2011, isso já será um grande ganho para nós, pois assim teremos um marco legal para exigir a garantia de direitos dos/das adolescentes”.
Confirme as sugestões apresentadas pelos/as adolescentes:
Comunidade da Estrutural – construção de Escola do Ensino Médio
Centro de Ensino Carlos Mota (Lago Oeste) – reforma da quadra e aquisição de materiais esportivos
Elefante Branco – reforma do colégio e aquisição de equipamentos
Centro de Ensino Médio da Asa Norte - reforma da infraestrutura da escola e a construção de auditório
Centro de Ensino Médio 02 de Planaltina – cobertura da quadra, reforma da caixa dagua e construção do auditório.
* O que é o projeto “Onda”? é um trabalho realizado pelo Inesc com apoio da Kindernothilfe. O projeto visa introduzir o tema dos direitos humanos e do orçamento público em escolas do Distrito Federal. O objetivo do projeto é assegurar o envolvimento de crianças e adolescentes na discussão sobre direitos e cidadania, observando como se relacionam com o orçamento público. A idéia é fortalecer a capacidade de atuação dos(as) jovens na conquista de seus direitos e no monitoramento das políticas públicas a eles(as) destinados. As oficinas nas escolas partem de um momento estético onde aos poucos são introduzidos conceitos e debates mais aprofundados sobre direitos humanos, orçamento público e caminhos para monitorá-los.
Parlamentares e entidades de defesa dos direitos infanto-juvenis definem estratégias para 2011
Enviado por criancanoparlamento
Instituições de defesa dos direitos de crianças e adolescentes se reuniram na última quarta-feira, 17, em um café da manhã, na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM), com os membros da Frente Parlamentar pelos Direitos das Crianças e dos Adolescentes.
Além de fortalecer a parceria entre a sociedade civil e a Frente Parlamentar pelos Direitos das Crianças e dos Adolescentes, o encontro avaliou o futuro das ações de monitoramento e mobilização acerca dos direitos de crianças e adolescentes, bem como a estratégia de mobilização de novos parlamentares para a Frente.
De acordo com o deputado Paulo Rubem (PDT-PE), integrante da Frente, para que avanços significativos ocorram na área da criança e do adolescente é necessário monitorar “a execução dos orçamentos federal, estaduais e municipais para a criança e o adolescente, e mapear e enfrentar os projetos de lei em tramitação no Congresso que representam retrocessos na luta pelos direitos humanos e pela efetiva concretização do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente”.
Como desafios para a nova legislatura, os representantes apontaram a reorganização da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, o monitoramento e publicação dos dados da execução orçamentária, a intensificação da publicidade institucional e a realização de um seminário ou encontro, no começo da próxima legislatura, para debater temas como os mecanismos de controle social, conferências e conselhos, com destaque para os orçamentos da área da criança e do adolescente.
O deputado Paulo Lustosa lembrou que para montar uma nova Frente Parlamentar “é preciso detectar quais os deputados que foram eleitos nos estados que trabalham na área da criança e do adolescente”. Pedro Wilson foi incisivo ao dizer que “muito se deixou de fazer em relação às crianças e aos adolescentes nos últimos quatro anos porque o orçamento não é executado como deveria ser”. Ele ainda expressou a preocupação com o funcionamento dos Conselhos de Políticas Públicas que tem apresentado problemas graves e distorções inaceitáveis Brasil afora.
A assessora Márcia Acioli do Inesc reforçou a questão levantada pelo deputado Paulo Rubem, que é “o desafio de discutir a macroeconomia e a necessária destinação de recursos para a realização dos direitos”. Acioli lembra ainda que é necessário um trabalho interno no parlamento para conquistar parlamentares para a ótica de direitos da criança e do adolescente.
A grande preocupação do grupo é em relação aos novos parlamentares que irão assumir seus mandatos em 2011. “Não sabemos como essa nova legislatura irá se posicionar culturalmente em relação aos direitos humanos da criança e do adolescente. E não podemos esquecer que alguns temas, como o rebaixamento da idade penal, são permanentes na agenda dentro do Congresso”, ressaltou Malu Moura, representante do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda).
Para a assessora política do Inesc, Cleomar Manhas, “o evento foi de extrema importância, pois delimitou quais serão as novas estratégias de incidência política, acerca dos direitos de crianças e adolescentes, junto aos parlamentares eleitos para atuarem nos próximos quatro anos”.
Entre as instituições que se uniram para realizar a atividade estão: Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC), Ágere Cooperação em Advocacy, Conselho Federal de Psicologia, Comunidade Bahá'í do Brasil, Fórum Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Instituições de defesa dos direitos de crianças e adolescentes se reuniram na última quarta-feira, 17, em um café da manhã, na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM), com os membros da Frente Parlamentar pelos Direitos das Crianças e dos Adolescentes.
Além de fortalecer a parceria entre a sociedade civil e a Frente Parlamentar pelos Direitos das Crianças e dos Adolescentes, o encontro avaliou o futuro das ações de monitoramento e mobilização acerca dos direitos de crianças e adolescentes, bem como a estratégia de mobilização de novos parlamentares para a Frente.
De acordo com o deputado Paulo Rubem (PDT-PE), integrante da Frente, para que avanços significativos ocorram na área da criança e do adolescente é necessário monitorar “a execução dos orçamentos federal, estaduais e municipais para a criança e o adolescente, e mapear e enfrentar os projetos de lei em tramitação no Congresso que representam retrocessos na luta pelos direitos humanos e pela efetiva concretização do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente”.
Como desafios para a nova legislatura, os representantes apontaram a reorganização da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, o monitoramento e publicação dos dados da execução orçamentária, a intensificação da publicidade institucional e a realização de um seminário ou encontro, no começo da próxima legislatura, para debater temas como os mecanismos de controle social, conferências e conselhos, com destaque para os orçamentos da área da criança e do adolescente.
O deputado Paulo Lustosa lembrou que para montar uma nova Frente Parlamentar “é preciso detectar quais os deputados que foram eleitos nos estados que trabalham na área da criança e do adolescente”. Pedro Wilson foi incisivo ao dizer que “muito se deixou de fazer em relação às crianças e aos adolescentes nos últimos quatro anos porque o orçamento não é executado como deveria ser”. Ele ainda expressou a preocupação com o funcionamento dos Conselhos de Políticas Públicas que tem apresentado problemas graves e distorções inaceitáveis Brasil afora.
A assessora Márcia Acioli do Inesc reforçou a questão levantada pelo deputado Paulo Rubem, que é “o desafio de discutir a macroeconomia e a necessária destinação de recursos para a realização dos direitos”. Acioli lembra ainda que é necessário um trabalho interno no parlamento para conquistar parlamentares para a ótica de direitos da criança e do adolescente.
A grande preocupação do grupo é em relação aos novos parlamentares que irão assumir seus mandatos em 2011. “Não sabemos como essa nova legislatura irá se posicionar culturalmente em relação aos direitos humanos da criança e do adolescente. E não podemos esquecer que alguns temas, como o rebaixamento da idade penal, são permanentes na agenda dentro do Congresso”, ressaltou Malu Moura, representante do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda).
Para a assessora política do Inesc, Cleomar Manhas, “o evento foi de extrema importância, pois delimitou quais serão as novas estratégias de incidência política, acerca dos direitos de crianças e adolescentes, junto aos parlamentares eleitos para atuarem nos próximos quatro anos”.
Entre as instituições que se uniram para realizar a atividade estão: Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC), Ágere Cooperação em Advocacy, Conselho Federal de Psicologia, Comunidade Bahá'í do Brasil, Fórum Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Coordenadoria de EJA realiza reunião com Escolas nesta sexta-feira (17)
A Coordenadoria de Educação de Jovens e Adultos, da Secretaria de Estado de Educação informa às escolas que ofertam a Educação de Jovens e Adultos (EJA), bem como as Assessorias Pedagógicas dos municípios de Cuiabá e Várzea Grande, que está confirmada para o dia 17 de dezembro, a reunião coletiva, no auditório da Seduc, a partir das 8 horas. As discussões abordarão esclarecimentos sobre dúvidas referentes as novas Regras de Negócios da EJA para o ano letivo de 2011.
Devem participar desse encontro além dos gestores, coordenadores, os secretários das escolares e técnicos administrativos. Outras informações pelos telefones (65) 3613-6325 ou 3613-6447.
Assessoria/Seduc-MT
Devem participar desse encontro além dos gestores, coordenadores, os secretários das escolares e técnicos administrativos. Outras informações pelos telefones (65) 3613-6325 ou 3613-6447.
Assessoria/Seduc-MT
Plano Nacional de Educação tem 20 metas; 20% são ligadas à valorização do professor
Brasília
O ministro da Educação, Fernando Haddad, entregou hoje (14) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva o projeto de lei do novo Plano Nacional de Educação (PNE) que irá vigorar na próxima década. O documento de 14 páginas estabelece 20 metas a serem alcançadas pelo país até 2020. Cada uma delas é acompanha de estratégias para que se atinjam os objetivos delimitados. Algumas determinações já foram previstas em leis aprovadas recentemente ou fazem parte do PNE ainda em vigor.
Pelo menos 20% das metas tratam diretamente da valorização e formação dos profissionais do magistério. Entre elas a garantia de que todos os sistemas de ensino elaborem planos de carreira no prazo de dois anos, que todos os professores da educação básica tenham nível superior e metade deles formação continuada com pós-graduação – com a previsão de licenças para qualificação. O PNE ainda determina que o rendimento médio do profissional da educação não seja inferior ao dos demais trabalhadores com escolaridade equivalente.
O plano inclui metas de acesso à educação infantil, ensino médio e superior. Ele reafirma a proposta de emenda à Constituição (PEC) aprovada neste ano que determina a universalização da pré-escola até 2016 e acrescenta que 50% das crianças de até 3 anos devam ter acesso à creche até 2020, patamar que já estava apontado no atual PNE mas não foi atingido. Hoje, esse atendimento é inferior a 20%.
No ensino superior, o PNE estabelece que 33% dos jovens de 18 a 24 anos estejam matriculados nesta etapa – hoje esse percentual é inferior a 15%, longe da meta de 30% que havia sido estabelecida no plano aprovado em 2001. Considerando toda a população, a taxa de matrícula deverá atingir 50% até 2020. No ensino técnico a matrícula deverá ser duplicada. O plano também determina que se atinja a titulação anual de 60 mil mestres e 25 mil doutores.
Outra meta é que todas as crianças sejam alfabetizadas até os 8 anos de idade e o analfabetismo na população com mais de 15 anos erradicado até o fim da década – essa última também já estava prevista no PNE em vigor, mas a taxa ainda é de 9,7%. A educação em tempo integral deverá ser oferecida em 50% das escolas públicas e os cargos de direção ocupados mediantes critérios técnicos e mérito. Hoje é comum que os diretores sejam indicações políticas das secretarias de educação.
O Ministério da Educação (MEC) também incluiu no documento as metas de crescimento do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que funciona como um termômetro da qualidade da educação. Até 2021 o país deverá atingir média 6 em uma escala de 0 a 10 – em 2009 a nota foi 4,6. Como Haddad já havia adiantado, o plano inclui a meta de investimento de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) na área.
O presidente Lula encaminhará o projeto de lei ao Congresso Nacional que começará a discussão do texto na próxima legislatura. A previsão é que o novo PNE possa ser aprovado até o fim do primeiro semestre de 2011.
Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil
O ministro da Educação, Fernando Haddad, entregou hoje (14) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva o projeto de lei do novo Plano Nacional de Educação (PNE) que irá vigorar na próxima década. O documento de 14 páginas estabelece 20 metas a serem alcançadas pelo país até 2020. Cada uma delas é acompanha de estratégias para que se atinjam os objetivos delimitados. Algumas determinações já foram previstas em leis aprovadas recentemente ou fazem parte do PNE ainda em vigor.
Pelo menos 20% das metas tratam diretamente da valorização e formação dos profissionais do magistério. Entre elas a garantia de que todos os sistemas de ensino elaborem planos de carreira no prazo de dois anos, que todos os professores da educação básica tenham nível superior e metade deles formação continuada com pós-graduação – com a previsão de licenças para qualificação. O PNE ainda determina que o rendimento médio do profissional da educação não seja inferior ao dos demais trabalhadores com escolaridade equivalente.
O plano inclui metas de acesso à educação infantil, ensino médio e superior. Ele reafirma a proposta de emenda à Constituição (PEC) aprovada neste ano que determina a universalização da pré-escola até 2016 e acrescenta que 50% das crianças de até 3 anos devam ter acesso à creche até 2020, patamar que já estava apontado no atual PNE mas não foi atingido. Hoje, esse atendimento é inferior a 20%.
No ensino superior, o PNE estabelece que 33% dos jovens de 18 a 24 anos estejam matriculados nesta etapa – hoje esse percentual é inferior a 15%, longe da meta de 30% que havia sido estabelecida no plano aprovado em 2001. Considerando toda a população, a taxa de matrícula deverá atingir 50% até 2020. No ensino técnico a matrícula deverá ser duplicada. O plano também determina que se atinja a titulação anual de 60 mil mestres e 25 mil doutores.
Outra meta é que todas as crianças sejam alfabetizadas até os 8 anos de idade e o analfabetismo na população com mais de 15 anos erradicado até o fim da década – essa última também já estava prevista no PNE em vigor, mas a taxa ainda é de 9,7%. A educação em tempo integral deverá ser oferecida em 50% das escolas públicas e os cargos de direção ocupados mediantes critérios técnicos e mérito. Hoje é comum que os diretores sejam indicações políticas das secretarias de educação.
O Ministério da Educação (MEC) também incluiu no documento as metas de crescimento do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que funciona como um termômetro da qualidade da educação. Até 2021 o país deverá atingir média 6 em uma escala de 0 a 10 – em 2009 a nota foi 4,6. Como Haddad já havia adiantado, o plano inclui a meta de investimento de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) na área.
O presidente Lula encaminhará o projeto de lei ao Congresso Nacional que começará a discussão do texto na próxima legislatura. A previsão é que o novo PNE possa ser aprovado até o fim do primeiro semestre de 2011.
Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil
Confira as 20 metas que compõem o Plano Nacional de Educação 2011-2020
Conheça as metas que compõem o Plano Nacional de Educação 2011-2020:
Meta 1: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar da população de 4 e 5 anos, e ampliar, até 2020, a oferta de educação infantil de forma a atender a 50% da população de até 3 anos.
Meta 2: Criar mecanismos para o acompanhamento individual de cada estudante do ensino fundamental.
Meta 3: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos e elevar, até 2020, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85%, nesta faixa etária.
Meta 4: Universalizar, para a população de 4 a 17 anos, o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino.
Meta 5: Alfabetizar todas as crianças até, no máximo, os 8 anos de idade.
Meta 6: Oferecer educação em tempo integral em 50% das escolas públicas de educação básica.
Meta 7: Atingir as médias nacionais para o Ideb já previstas no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE)
Meta 8: Elevar a escolaridade média da população de 18 a 24 anos de modo a alcançar mínimo de 12 anos de estudo para as populações do campo, da região de menor escolaridade no país e dos 25% mais pobres, bem como igualar a escolaridade média entre negros e não negros, com vistas à redução da desigualdade educacional.
Meta 9: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015 e erradicar, até 2020, o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional.
Meta 10: Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de educação de jovens e adultos na forma integrada à educação profissional nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio.
Meta 11: Duplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta.
Meta 12: Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurando a qualidade da oferta.
Meta 13: Elevar a qualidade da educação superior pela ampliação da atuação de mestres e doutores nas instituições de educação superior para 75%, no mínimo, do corpo docente em efetivo exercício, sendo, do total, 35% doutores. Sete estratégias.
Meta 14: Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu de modo a atingir a titulação anual de 60 mil mestres e 25 mil doutores. Nove estratégias.
Meta 15: Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os municípios, que todos os professores da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.
Meta 16: Formar 50% dos professores da educação básica em nível de pós-graduação lato e stricto sensu, garantir a todos formação continuada em sua área de atuação.
Meta 17: Valorizar o magistério público da educação básica a fim de aproximar o rendimento médio do profissional do magistério com mais de onze anos de escolaridade do rendimento médio dos demais profissionais com escolaridade equivalente.
Meta 18: Assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos de carreira para os profissionais do magistério em todos os sistemas de ensino.
Meta 19: Garantir, mediante lei específica aprovada no âmbito dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, a nomeação comissionada de diretores de escola vinculada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à participação da comunidade escolar.
Meta 20: Ampliar progressivamente o investimento público em educação até atingir, no mínimo, o patamar de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Agência Brasil
Meta 1: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar da população de 4 e 5 anos, e ampliar, até 2020, a oferta de educação infantil de forma a atender a 50% da população de até 3 anos.
Meta 2: Criar mecanismos para o acompanhamento individual de cada estudante do ensino fundamental.
Meta 3: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos e elevar, até 2020, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85%, nesta faixa etária.
Meta 4: Universalizar, para a população de 4 a 17 anos, o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino.
Meta 5: Alfabetizar todas as crianças até, no máximo, os 8 anos de idade.
Meta 6: Oferecer educação em tempo integral em 50% das escolas públicas de educação básica.
Meta 7: Atingir as médias nacionais para o Ideb já previstas no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE)
Meta 8: Elevar a escolaridade média da população de 18 a 24 anos de modo a alcançar mínimo de 12 anos de estudo para as populações do campo, da região de menor escolaridade no país e dos 25% mais pobres, bem como igualar a escolaridade média entre negros e não negros, com vistas à redução da desigualdade educacional.
Meta 9: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015 e erradicar, até 2020, o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional.
Meta 10: Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de educação de jovens e adultos na forma integrada à educação profissional nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio.
Meta 11: Duplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta.
Meta 12: Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurando a qualidade da oferta.
Meta 13: Elevar a qualidade da educação superior pela ampliação da atuação de mestres e doutores nas instituições de educação superior para 75%, no mínimo, do corpo docente em efetivo exercício, sendo, do total, 35% doutores. Sete estratégias.
Meta 14: Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu de modo a atingir a titulação anual de 60 mil mestres e 25 mil doutores. Nove estratégias.
Meta 15: Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os municípios, que todos os professores da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.
Meta 16: Formar 50% dos professores da educação básica em nível de pós-graduação lato e stricto sensu, garantir a todos formação continuada em sua área de atuação.
Meta 17: Valorizar o magistério público da educação básica a fim de aproximar o rendimento médio do profissional do magistério com mais de onze anos de escolaridade do rendimento médio dos demais profissionais com escolaridade equivalente.
Meta 18: Assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos de carreira para os profissionais do magistério em todos os sistemas de ensino.
Meta 19: Garantir, mediante lei específica aprovada no âmbito dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, a nomeação comissionada de diretores de escola vinculada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à participação da comunidade escolar.
Meta 20: Ampliar progressivamente o investimento público em educação até atingir, no mínimo, o patamar de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Agência Brasil
Haddad defende 7% do PIB para o setor em 2015
Por: Valeska Andrade
O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que a melhoria da qualidade do ensino nos últimos dez anos, divulgada pelo Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), não é motivo de comemoração.
Para ele, os dados indicam o caminho certo para se recuperar do atraso e do descaso de mais de meio século. Haddad admitiu que, apesar dos avanços, não será uma tarefa trivial cumprir a meta de alcançar um patamar de ensino próximo ao dos países desenvolvidos.
Ele ressaltou que, para atingir 477 pontos no Pisa 2021, como estabelece o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), o ritmo dos investimentos deve ser ainda maior que o financiamento atual. Como solução, Haddad defende a ideia de antecipar a meta de investimento de 7% do PIB para 2015, prevista apenas para 2020.
Fonte: O Globo (RJ)
O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que a melhoria da qualidade do ensino nos últimos dez anos, divulgada pelo Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), não é motivo de comemoração.
Para ele, os dados indicam o caminho certo para se recuperar do atraso e do descaso de mais de meio século. Haddad admitiu que, apesar dos avanços, não será uma tarefa trivial cumprir a meta de alcançar um patamar de ensino próximo ao dos países desenvolvidos.
Ele ressaltou que, para atingir 477 pontos no Pisa 2021, como estabelece o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), o ritmo dos investimentos deve ser ainda maior que o financiamento atual. Como solução, Haddad defende a ideia de antecipar a meta de investimento de 7% do PIB para 2015, prevista apenas para 2020.
Fonte: O Globo (RJ)
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Estudantes se manifestam em toda a Itália contra o governo
Milhares de estudantes se manifestavam nesta terça-feira nas grandes cidades da Itália para protestar contra o governo e sua reforma das universidades, em um dia crucial para o futuro político do chefe de Governo, Silvio Berlusconi.
Em Palermo (Sicília), mais de 500 estudantes bloquearam por alguns instantes o aeroporto ao ocupar a pista de aterrissagem e exibir um cartaz onde se podia ler: "Vamos bloquear tudo, vão todos embora". Nenhum avião pôde aterrissar ou descolar, segundo a empresa que gerencia o aeroporto.
Outros estudantes tomaram estações ferroviárias interrompendo o tráfego dos trens, antes de se dirigirem para o porto.
Em Milão (norte), 50 estudantes invadiram a sede da Bolsa de Valores e exibiram o cartaz dizendo "Vocês são um bando de especuladores racistas, e tem que nos dar dinheiro". Quando foram expulsos do prédio, começaram a jogar pedras e a gritar contra a reforma.
Em Roma, 100.000 manifestantes se manifestaram, segundo os organizadores, em sua maioria estudantes, mas também desempregados, trabalhadores insatisfeitos e moradores de L'Aquila, a cidade que foi destruída pelo terremoto de abril 2009.
As forças de segurança controlavam o centro da capital, bloqueando os acesos ao Senado e à Câmara dos Deputados, onde tinham lugar respectivamente a votação de uma moção de apoio e outras duas de censura a Berlusconi.
As manifestações provocaram também engarrafamentos em outras cidades, como Cagliari (Sardenha, norte) e Bari (sul).
A reforma da universidade prevê a fusão dos estabelecimentos menores, o acesso aos conselhos de administração de especialista externos ao mundo acadêmico e a redução dos mandatos dos reitores. Segundo seus detratores, as medidas buscam principalmente a poupança.
Em Palermo (Sicília), mais de 500 estudantes bloquearam por alguns instantes o aeroporto ao ocupar a pista de aterrissagem e exibir um cartaz onde se podia ler: "Vamos bloquear tudo, vão todos embora". Nenhum avião pôde aterrissar ou descolar, segundo a empresa que gerencia o aeroporto.
Outros estudantes tomaram estações ferroviárias interrompendo o tráfego dos trens, antes de se dirigirem para o porto.
Em Milão (norte), 50 estudantes invadiram a sede da Bolsa de Valores e exibiram o cartaz dizendo "Vocês são um bando de especuladores racistas, e tem que nos dar dinheiro". Quando foram expulsos do prédio, começaram a jogar pedras e a gritar contra a reforma.
Em Roma, 100.000 manifestantes se manifestaram, segundo os organizadores, em sua maioria estudantes, mas também desempregados, trabalhadores insatisfeitos e moradores de L'Aquila, a cidade que foi destruída pelo terremoto de abril 2009.
As forças de segurança controlavam o centro da capital, bloqueando os acesos ao Senado e à Câmara dos Deputados, onde tinham lugar respectivamente a votação de uma moção de apoio e outras duas de censura a Berlusconi.
As manifestações provocaram também engarrafamentos em outras cidades, como Cagliari (Sardenha, norte) e Bari (sul).
A reforma da universidade prevê a fusão dos estabelecimentos menores, o acesso aos conselhos de administração de especialista externos ao mundo acadêmico e a redução dos mandatos dos reitores. Segundo seus detratores, as medidas buscam principalmente a poupança.
Ensino do Holocausto pode se tornar obrigatório na rede pública de Porto Alegre
Ensino do Holocausto pode se tornar obrigatório na rede pública de Porto Alegre
Amanda Jansson
Ana Paula Aprato/JC
Autor do projeto, então vereador Valter Nagelstein, defende a importância do tema nas escolas.O ensino do Holocausto poderá se tornar obrigatório nas escolas da rede municipal de Porto Alegre. O Projeto de Lei que prevê o tema como parte impreterível do conteúdo programático da disciplina de História na Capital gaúcha deve ser votado nesta quinta-feira (15) pela Câmara dos Vereadores.
Caso a lei seja aprovada, Porto Alegre se tornará a primeira cidade brasileira a transformar o extermínio em massa dos judeus da Europa nazista em tema escolar indispensável através de lei. Segundo o autor do projeto, o então vereador Valter Nagelstein - atual titular da Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic) de Porto Alegre - houve uma identificação de que o assunto era mal abordado e, ao lado de líderes da comunidade israelita, apresentou-se o tema ao então prefeito, José Fogaça.
"É só abrirmos qualquer livro para percebermos a maneira superficial como o tema é abordado", diz Nagelstein em entrevista ao Jornal do Comércio. "Foi o próprio prefeito quem sugeriu que se fizesse um projeto de lei sobre o tema, para que se consiga do ensino público uma atenção maior ao assunto", completa.
Os detalhes do projeto, se aprovado, devem ser definidos pela Secretaria de Eduação. Ainda assim, Nagelstein adianta que a ideia é abordar o tema entre alunos da 7ª e 8ª séries. Segundo ele, o Projeto "é uma assunto de Direitos Humanos para não deixar que seja esquecido um assunto importante da História".
De acordo com o presidente da Federação Israelita do Rio Grande do Sul (Firs), Henry Chmelnisky, em nota, a lei contribuirá para um melhor entendimento da sociedade portoalegrense sobre o perigo que representam ideologias racistas e totalitárias, valorizando assim uma sociedade democrática, pluralista e que respeite as diferenças.
A comunidade judaica de Porto Alegre deve comparecer em massa à Câmara Municial para acompanhar a votação do projeto.
Amanda Jansson
Ana Paula Aprato/JC
Autor do projeto, então vereador Valter Nagelstein, defende a importância do tema nas escolas.O ensino do Holocausto poderá se tornar obrigatório nas escolas da rede municipal de Porto Alegre. O Projeto de Lei que prevê o tema como parte impreterível do conteúdo programático da disciplina de História na Capital gaúcha deve ser votado nesta quinta-feira (15) pela Câmara dos Vereadores.
Caso a lei seja aprovada, Porto Alegre se tornará a primeira cidade brasileira a transformar o extermínio em massa dos judeus da Europa nazista em tema escolar indispensável através de lei. Segundo o autor do projeto, o então vereador Valter Nagelstein - atual titular da Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic) de Porto Alegre - houve uma identificação de que o assunto era mal abordado e, ao lado de líderes da comunidade israelita, apresentou-se o tema ao então prefeito, José Fogaça.
"É só abrirmos qualquer livro para percebermos a maneira superficial como o tema é abordado", diz Nagelstein em entrevista ao Jornal do Comércio. "Foi o próprio prefeito quem sugeriu que se fizesse um projeto de lei sobre o tema, para que se consiga do ensino público uma atenção maior ao assunto", completa.
Os detalhes do projeto, se aprovado, devem ser definidos pela Secretaria de Eduação. Ainda assim, Nagelstein adianta que a ideia é abordar o tema entre alunos da 7ª e 8ª séries. Segundo ele, o Projeto "é uma assunto de Direitos Humanos para não deixar que seja esquecido um assunto importante da História".
De acordo com o presidente da Federação Israelita do Rio Grande do Sul (Firs), Henry Chmelnisky, em nota, a lei contribuirá para um melhor entendimento da sociedade portoalegrense sobre o perigo que representam ideologias racistas e totalitárias, valorizando assim uma sociedade democrática, pluralista e que respeite as diferenças.
A comunidade judaica de Porto Alegre deve comparecer em massa à Câmara Municial para acompanhar a votação do projeto.
Entrevista
"Trabalho há mais de 30 anos com escola que não tem aula, série e prova, e dá certo", diz educador português
Simone Harnik
Em São Paulo
Idealizador da Escola da Ponte, em Portugal, instituição que, em 1976, iniciou um projeto no qual os estudantes aprendem sem salas de aula, divisão de turmas ou disciplinas, o educador português José Pacheco afirma que as escolas tradicionais são um desperdício para os estudantes e os professores.
"O que fiz por mais de 30 anos foi uma escola onde não há aula, onde não há série, horário, diretor. E é a melhor escola nas provas nacionais e nos vestibulares", diz. "Dar aula não serve para nada. É necessário um outro tipo de trabalho, que requer muito estudo, muito tempo e muita reflexão."
O formato tradicional das escolas está ultrapassado? Opine
Aos 58 anos, o professor que classifica autores como Jean Piaget como "fósseis", fez uma peregrinação pelo país. No trabalho de prospecção de boas iniciativas em colégios brasileiros, Pacheco só não conheceu instituições do Acre e do Amapá e diz ter somado cerca de 300 voos no último ano.
Com a experiência das viagens, escreveu dois livros de crônicas: o "Pequeno Dicionário de Absurdos em Educação", da editora Artmed, e o "Pequeno Dicionário das Utopias da Educação", da editora Wak. Aponta ainda que a educação brasileira não precisa de mais recursos para melhorar: "O Brasil tem tudo o que precisa, tem todos os recursos e os desperdiça". Veja a entrevista:
O educador português José Pacheco
UOL Educação - Em suas andanças pelo país, qual o absurdo que mais chamou sua atenção?
Pacheco - O maior absurdo é que a educação do Brasil não precisa de recursos para melhorar. O Brasil tem tudo o que precisa, tem todos os recursos e os desperdiça.
UOL Educação - Desperdiça como?
Pacheco - Pelo tipo de organização. A começar pelo próprio Ministério da Educação. Eu brinco, por vezes, dizendo que o melhor que se poderia fazer pela educação no Brasil era extinguir o Ministério da Educação. Era a primeira grande política educativa.
UOL Educação - Qual o problema do ministério?
Pacheco - Toda a burocracia do Ministério da Educação que se estende até a base, porque a burocracia também existe nas escolas, à imagem e semelhança do ministério. No próprio ministério, o contraste entre a utopia e o absurdo também existe. Conheço gente da máxima competência, gente honesta. O problema é que, com gente tão boa, as coisas não funcionam porque o modo burocrático vertical não funciona. É um desperdício tremendo.
UOL Educação - Como resolver?
Pacheco - Teria de haver uma diferente concepção de gestão pública, uma diferente concepção de educação e uma revisão de tudo o que é o trabalho.
UOL Educação - O que teria de mudar na concepção de educação?
Pacheco - O essencial seria que o Brasil compreendesse que não precisa ir ao estrangeiro procurar as suas soluções. Esse é outro absurdo. Quais são hoje os autores que influenciam as escolas? Vygotsky [Lev S. Vygotsky (1896-1934)], Piaget [Jean Piaget (1896-1980)]? Não vejo um brasileiro. Mas podem dizer: "E Paulo Freire?". Não vejo Paulo Freire em nenhuma sala de aula. Fala-se, mas não se faz.
Identifiquei, nos últimos anos, autores brasileiros da maior importância que o Brasil desconhece. Esse é outro absurdo. Quem é que ouviu falar de Eurípedes Barsanulfo (1880-1918)? De Tomás Novelino (1901-2000)? De Agostinho da Silva (1906-1994)? Ninguém fala deles. Como um país como este, que tem os maiores educadores que eu já conheci, não quer saber deles nem os conhece?
Há 102 anos, em 1907, o Brasil teve aquilo que eu considero o projeto educacional mais avançado do século 20. Se eu perguntar a cem educadores brasileiros, 99 não conhecem. Era em Sacramento, Minas Gerais, mas agora já não existe. O autor foi Eurípedes Barsanulfo, que morreu em 1918 com a gripe espanhola. Este foi, para mim, o projeto mais arrojado do século 20, no mundo.
UOL Educação - O que tinha de tão arrojado?
Pacheco - Primeiro, na época, era proibida a educação de moços e moças juntos. Só durante o governo Getúlio Vargas é que se pôde juntar os dois gêneros nos colégios. Ele [Barsanulfo] fez isso. Ele tinha pesquisa na natureza, tinha astronomia no currículo oficial. Não tinha série nem turma nem aula nem prova. E os alunos desse liceu foram a elite de seu tempo. Tomás Novelino foi um deles e Roberto Crema, que hoje está aí com a educação holística global, foi aluno de Novelino.
UOL Educação - Por que o senhor fala desses autores?
Pacheco - Digo isso para que o brasileiro tenha amor próprio, compreenda aquilo que tem para que não importe do estrangeiro aquilo que não precisa. É um absurdo ter tudo aqui dentro e ir pegar lá fora.
UOL Educação - Qual foi a maior utopia que o senhor viu?
Pacheco - O Brasil é um país de utopias, como a de Antônio Conselheiro e a de Zumbi dos Palmares. Fui para a história, para não falar em educação. Na educação, temos Agostinho da Silva, que é um utópico coerente, cuja utopia é perfeitamente viável no Brasil. Ou seja, é possível ter uma educação que seja de todos e para todos. O Brasil, dentro de uns 30 ou 40 anos, será um país bem importante pela educação. São os absurdos que têm de desaparecer, para dar lugar à concretização das utopias. Acredito nisso, por isso estou aqui.
Pacheco ministra curso no colégio Pueri Domus, na zona sul da capital
UOL Educação - Os professores são resistentes às mudanças?
Pacheco - Os professores são um problema e são a solução. Eu prefiro pensar naqueles professores que são a solução, conheço muitos que estão afirmando práticas diferentes.
UOL Educação - Práticas diferentes como a da Escola da Ponte?
Pacheco - Não são "como", mas inspiradas, com certeza. São práticas que fazem com que a escola seja para todos e proporcione sucesso para todos.
UOL Educação - Dentro da escola tradicional, onde ocorre o desperdício de recursos?
Pacheco - Se considerarmos o dinheiro que o Estado gasta por aluno, daria para ter uma escola de elite. Onde o dinheiro se desperdiça? Por que em uma escola qualquer, que tem turmas de 40 alunos, a relação entre o número de professores e de alunos é de um para nove? Por que os laudos e os atestados médicos são tantos? Porque a situação que se criou nas escolas é a do descaso. Esse é um absurdo.
UOL Educação - Onde mais ocorre o desperdício nas escolas?
Pacheco - O desperdício de tempo também é enorme em uma aula. Pelo tipo de trabalho que se faz, quando se dá aula, uma parte dos alunos não tem condições de perceber o que está acontecendo, porque não têm os chamados pré-requisitos, e se desliga. Há um outro conjunto de crianças que sabem mais do que o professor está explicando - e também se desliga. Há os que acompanham, mas nem todos entendem o que o professor fala. Em uma aula de 50 minutos, o professor desperdiça cerca de 20 horas. Se multiplicarmos o número de alunos que não aproveitam a aula pelo tempo, vai dar isso.
O desperdício maior tem a ver com o funcionamento das escolas. Os professores são pessoas sábias, honestas, inteligentes e que podem fazer de outro modo: não dando aula, porque dar aula não serve para nada. É necessário um outro tipo de trabalho, que requer muito estudo, muito tempo e muita reflexão.
UOL Educação - As famílias não estão acostumadas com escolas que não têm classe, professor ou disciplinas. Querem o conteúdo para o vestibular. Como se rompe com esse tipo de mentalidade?
Pacheco - Pode-se romper mostrando que é possível. Eu falo do que faço, e não de teorias. O que fiz por mais de 30 anos foi uma escola onde não há aula, onde não há série, horário, diretor. E é a melhor escola nas provas nacionais e nos vestibulares. Justamente por não ter aulas e nada disso.
UOL Educação - Por que uma escola que não tem provas forma alunos capazes de ter boas notas em provas e concursos?
Pacheco - Exatamente por ser uma escola, enquanto as que dão aulas não são. As pessoas têm de perceber que não é impossível. E mais, que é mais fácil. Posso afirmar, porque já fiz as duas coisas: estive em escolas tradicionais, com aulas, provas, com tudo igualzinho a qualquer escola; e estive também 32 anos em outra escola que não tem nada disso. É mais fácil, os resultados são melhores.
UOL Educação - Na concepção do senhor, o que é uma boa escola?
Pacheco - É a aquela que dá a todos condições de acesso, e a cada um, condições de sucesso. Sucesso não é só chegar ao conhecimento, é a felicidade. É uma escola onde não haja nenhuma criança que não aprenda. E isso é possível, porque eu sei que é. Na prática.
UOL Educação - O professor que está em uma escola tradicional tem espaço para fazer um trabalho diferente? O senhor vê espaço para isso?
Pacheco - Não só vejo, como participo disso. No Brasil, participei de vários projetos onde os professores conseguiram escapar à lógica da reprodução do sistema que lhe é imposto. Só que isso requer várias condições: primeiro, não pode ser feito em termos individuais; segundo, a pessoa tem de respeitar que os outros também têm razão. Se, dentro da escola, os processos começam a mudar e os resultados aparecem, os outros professores se aproximam. Não tem de haver divisionismo.
UOL Educação - O senhor acha que a mudança na estrutura da escola poderia partir do poder público ou depende da base?
Pacheco - Acredito que possa partir do poder público, mas duvido que aconteça. As secretarias têm projetos importantes, mas são de quatro anos. Uma mudança em educação precisa de dezenas de anos. Precisa de continuidade. E isso é difícil de assegurar em uma gestão. Precisa partir de cada unidade escolar e do poder público juntos.
UOL Celular
Simone Harnik
Em São Paulo
Idealizador da Escola da Ponte, em Portugal, instituição que, em 1976, iniciou um projeto no qual os estudantes aprendem sem salas de aula, divisão de turmas ou disciplinas, o educador português José Pacheco afirma que as escolas tradicionais são um desperdício para os estudantes e os professores.
"O que fiz por mais de 30 anos foi uma escola onde não há aula, onde não há série, horário, diretor. E é a melhor escola nas provas nacionais e nos vestibulares", diz. "Dar aula não serve para nada. É necessário um outro tipo de trabalho, que requer muito estudo, muito tempo e muita reflexão."
O formato tradicional das escolas está ultrapassado? Opine
Aos 58 anos, o professor que classifica autores como Jean Piaget como "fósseis", fez uma peregrinação pelo país. No trabalho de prospecção de boas iniciativas em colégios brasileiros, Pacheco só não conheceu instituições do Acre e do Amapá e diz ter somado cerca de 300 voos no último ano.
Com a experiência das viagens, escreveu dois livros de crônicas: o "Pequeno Dicionário de Absurdos em Educação", da editora Artmed, e o "Pequeno Dicionário das Utopias da Educação", da editora Wak. Aponta ainda que a educação brasileira não precisa de mais recursos para melhorar: "O Brasil tem tudo o que precisa, tem todos os recursos e os desperdiça". Veja a entrevista:
O educador português José Pacheco
UOL Educação - Em suas andanças pelo país, qual o absurdo que mais chamou sua atenção?
Pacheco - O maior absurdo é que a educação do Brasil não precisa de recursos para melhorar. O Brasil tem tudo o que precisa, tem todos os recursos e os desperdiça.
UOL Educação - Desperdiça como?
Pacheco - Pelo tipo de organização. A começar pelo próprio Ministério da Educação. Eu brinco, por vezes, dizendo que o melhor que se poderia fazer pela educação no Brasil era extinguir o Ministério da Educação. Era a primeira grande política educativa.
UOL Educação - Qual o problema do ministério?
Pacheco - Toda a burocracia do Ministério da Educação que se estende até a base, porque a burocracia também existe nas escolas, à imagem e semelhança do ministério. No próprio ministério, o contraste entre a utopia e o absurdo também existe. Conheço gente da máxima competência, gente honesta. O problema é que, com gente tão boa, as coisas não funcionam porque o modo burocrático vertical não funciona. É um desperdício tremendo.
UOL Educação - Como resolver?
Pacheco - Teria de haver uma diferente concepção de gestão pública, uma diferente concepção de educação e uma revisão de tudo o que é o trabalho.
UOL Educação - O que teria de mudar na concepção de educação?
Pacheco - O essencial seria que o Brasil compreendesse que não precisa ir ao estrangeiro procurar as suas soluções. Esse é outro absurdo. Quais são hoje os autores que influenciam as escolas? Vygotsky [Lev S. Vygotsky (1896-1934)], Piaget [Jean Piaget (1896-1980)]? Não vejo um brasileiro. Mas podem dizer: "E Paulo Freire?". Não vejo Paulo Freire em nenhuma sala de aula. Fala-se, mas não se faz.
Identifiquei, nos últimos anos, autores brasileiros da maior importância que o Brasil desconhece. Esse é outro absurdo. Quem é que ouviu falar de Eurípedes Barsanulfo (1880-1918)? De Tomás Novelino (1901-2000)? De Agostinho da Silva (1906-1994)? Ninguém fala deles. Como um país como este, que tem os maiores educadores que eu já conheci, não quer saber deles nem os conhece?
Há 102 anos, em 1907, o Brasil teve aquilo que eu considero o projeto educacional mais avançado do século 20. Se eu perguntar a cem educadores brasileiros, 99 não conhecem. Era em Sacramento, Minas Gerais, mas agora já não existe. O autor foi Eurípedes Barsanulfo, que morreu em 1918 com a gripe espanhola. Este foi, para mim, o projeto mais arrojado do século 20, no mundo.
UOL Educação - O que tinha de tão arrojado?
Pacheco - Primeiro, na época, era proibida a educação de moços e moças juntos. Só durante o governo Getúlio Vargas é que se pôde juntar os dois gêneros nos colégios. Ele [Barsanulfo] fez isso. Ele tinha pesquisa na natureza, tinha astronomia no currículo oficial. Não tinha série nem turma nem aula nem prova. E os alunos desse liceu foram a elite de seu tempo. Tomás Novelino foi um deles e Roberto Crema, que hoje está aí com a educação holística global, foi aluno de Novelino.
UOL Educação - Por que o senhor fala desses autores?
Pacheco - Digo isso para que o brasileiro tenha amor próprio, compreenda aquilo que tem para que não importe do estrangeiro aquilo que não precisa. É um absurdo ter tudo aqui dentro e ir pegar lá fora.
UOL Educação - Qual foi a maior utopia que o senhor viu?
Pacheco - O Brasil é um país de utopias, como a de Antônio Conselheiro e a de Zumbi dos Palmares. Fui para a história, para não falar em educação. Na educação, temos Agostinho da Silva, que é um utópico coerente, cuja utopia é perfeitamente viável no Brasil. Ou seja, é possível ter uma educação que seja de todos e para todos. O Brasil, dentro de uns 30 ou 40 anos, será um país bem importante pela educação. São os absurdos que têm de desaparecer, para dar lugar à concretização das utopias. Acredito nisso, por isso estou aqui.
Pacheco ministra curso no colégio Pueri Domus, na zona sul da capital
UOL Educação - Os professores são resistentes às mudanças?
Pacheco - Os professores são um problema e são a solução. Eu prefiro pensar naqueles professores que são a solução, conheço muitos que estão afirmando práticas diferentes.
UOL Educação - Práticas diferentes como a da Escola da Ponte?
Pacheco - Não são "como", mas inspiradas, com certeza. São práticas que fazem com que a escola seja para todos e proporcione sucesso para todos.
UOL Educação - Dentro da escola tradicional, onde ocorre o desperdício de recursos?
Pacheco - Se considerarmos o dinheiro que o Estado gasta por aluno, daria para ter uma escola de elite. Onde o dinheiro se desperdiça? Por que em uma escola qualquer, que tem turmas de 40 alunos, a relação entre o número de professores e de alunos é de um para nove? Por que os laudos e os atestados médicos são tantos? Porque a situação que se criou nas escolas é a do descaso. Esse é um absurdo.
UOL Educação - Onde mais ocorre o desperdício nas escolas?
Pacheco - O desperdício de tempo também é enorme em uma aula. Pelo tipo de trabalho que se faz, quando se dá aula, uma parte dos alunos não tem condições de perceber o que está acontecendo, porque não têm os chamados pré-requisitos, e se desliga. Há um outro conjunto de crianças que sabem mais do que o professor está explicando - e também se desliga. Há os que acompanham, mas nem todos entendem o que o professor fala. Em uma aula de 50 minutos, o professor desperdiça cerca de 20 horas. Se multiplicarmos o número de alunos que não aproveitam a aula pelo tempo, vai dar isso.
O desperdício maior tem a ver com o funcionamento das escolas. Os professores são pessoas sábias, honestas, inteligentes e que podem fazer de outro modo: não dando aula, porque dar aula não serve para nada. É necessário um outro tipo de trabalho, que requer muito estudo, muito tempo e muita reflexão.
UOL Educação - As famílias não estão acostumadas com escolas que não têm classe, professor ou disciplinas. Querem o conteúdo para o vestibular. Como se rompe com esse tipo de mentalidade?
Pacheco - Pode-se romper mostrando que é possível. Eu falo do que faço, e não de teorias. O que fiz por mais de 30 anos foi uma escola onde não há aula, onde não há série, horário, diretor. E é a melhor escola nas provas nacionais e nos vestibulares. Justamente por não ter aulas e nada disso.
UOL Educação - Por que uma escola que não tem provas forma alunos capazes de ter boas notas em provas e concursos?
Pacheco - Exatamente por ser uma escola, enquanto as que dão aulas não são. As pessoas têm de perceber que não é impossível. E mais, que é mais fácil. Posso afirmar, porque já fiz as duas coisas: estive em escolas tradicionais, com aulas, provas, com tudo igualzinho a qualquer escola; e estive também 32 anos em outra escola que não tem nada disso. É mais fácil, os resultados são melhores.
UOL Educação - Na concepção do senhor, o que é uma boa escola?
Pacheco - É a aquela que dá a todos condições de acesso, e a cada um, condições de sucesso. Sucesso não é só chegar ao conhecimento, é a felicidade. É uma escola onde não haja nenhuma criança que não aprenda. E isso é possível, porque eu sei que é. Na prática.
UOL Educação - O professor que está em uma escola tradicional tem espaço para fazer um trabalho diferente? O senhor vê espaço para isso?
Pacheco - Não só vejo, como participo disso. No Brasil, participei de vários projetos onde os professores conseguiram escapar à lógica da reprodução do sistema que lhe é imposto. Só que isso requer várias condições: primeiro, não pode ser feito em termos individuais; segundo, a pessoa tem de respeitar que os outros também têm razão. Se, dentro da escola, os processos começam a mudar e os resultados aparecem, os outros professores se aproximam. Não tem de haver divisionismo.
UOL Educação - O senhor acha que a mudança na estrutura da escola poderia partir do poder público ou depende da base?
Pacheco - Acredito que possa partir do poder público, mas duvido que aconteça. As secretarias têm projetos importantes, mas são de quatro anos. Uma mudança em educação precisa de dezenas de anos. Precisa de continuidade. E isso é difícil de assegurar em uma gestão. Precisa partir de cada unidade escolar e do poder público juntos.
UOL Celular
Estudantes animam-se com possível flexibilização do currículo do ensino médio
Da Agência Brasil
A possibilidade de o aluno do ensino médio escolher parte das disciplinas que quer estudar, flexibilizando o currículo desta etapa, parece animar os estudantes secundaristas. A proposta foi apresentada na semana passada pelo MEC (Ministério da Educação). O projeto chamado de "ensino médio inovador " está em discussão no CNE (Conselho Nacional de Educação), colegiado responsável por elaborar diretrizes curriculares.
A opinião da estudante Esther Arraes Drigati, que cursa o 3° ano em um colégio particular de Brasília, resume o que pensam vários alunos do ensino médio. "A gente estuda muita coisa que não vai precisar", diz. Pesquisas mostram que o atual modelo é desinteressante para os jovens, o que aumenta a evasão e diminui o tempo do brasileiro nos bancos escolares.
Além da possibilidade de o aluno escolher as disciplinas que complementam as básicas, está previsto que o atual modelo da grade curricular, dividido em 12 disciplinas tradicionais, seja dividido em eixos mais amplos como linguagens e ciências humanas. Outra mudança é o aumento da carga horária de 2,4 mil para 3 mil horas/ano e a inclusão de atividades práticas para complementar o aprendizado.
Para Rosa Lúcia Nascimento, professora de História de uma escola pública de Brasília, a possibilidade de um currículo flexível, montado a partir das prioridades do aluno é "fantástica". "O ensino médio hoje ficou inserido como etapa conclusiva do ensino fundamental. Ele se torna desinteressante porque a gente não consegue aproximar os conteúdos da realidade deles", avalia. Mas ela ressalta que é necessário investir na formação continuada dos professores para que o novo modelo dê certo.
Rebeca Oliveira Martins, aluna do 1° ano, acha que o novo modelo pode aumentar o interesse do aluno pela escola. "Desanima muito fazer as disciplinas que a gente não gosta", diz. João Guilherme Machado, aluno do 3° ano, aposta que o novo modelo vai permitir uma formação mais voltada ao mercado. "Ao concentrar-se nas disciplinas de interesse, a escola pode gerar até um profissional mais focado", aponta.
O projeto do MEC sugere ainda que programas de incentivo à leitura estejam previstos na nova organização pedagógica. Outra orientação é valorizar as atividades artísticas e culturais dentro do currículo. O CNE vai realizar audiências públicas para discutir o novo modelo de ensino médio. O processo deve ser concluído até julho. Depois dessa etapa, o ministério começará as negociações com os estados, já que o ensino médio é responsabilidade das redes estaduais.
Amanda Cieglinski
A possibilidade de o aluno do ensino médio escolher parte das disciplinas que quer estudar, flexibilizando o currículo desta etapa, parece animar os estudantes secundaristas. A proposta foi apresentada na semana passada pelo MEC (Ministério da Educação). O projeto chamado de "ensino médio inovador " está em discussão no CNE (Conselho Nacional de Educação), colegiado responsável por elaborar diretrizes curriculares.
A opinião da estudante Esther Arraes Drigati, que cursa o 3° ano em um colégio particular de Brasília, resume o que pensam vários alunos do ensino médio. "A gente estuda muita coisa que não vai precisar", diz. Pesquisas mostram que o atual modelo é desinteressante para os jovens, o que aumenta a evasão e diminui o tempo do brasileiro nos bancos escolares.
Além da possibilidade de o aluno escolher as disciplinas que complementam as básicas, está previsto que o atual modelo da grade curricular, dividido em 12 disciplinas tradicionais, seja dividido em eixos mais amplos como linguagens e ciências humanas. Outra mudança é o aumento da carga horária de 2,4 mil para 3 mil horas/ano e a inclusão de atividades práticas para complementar o aprendizado.
Para Rosa Lúcia Nascimento, professora de História de uma escola pública de Brasília, a possibilidade de um currículo flexível, montado a partir das prioridades do aluno é "fantástica". "O ensino médio hoje ficou inserido como etapa conclusiva do ensino fundamental. Ele se torna desinteressante porque a gente não consegue aproximar os conteúdos da realidade deles", avalia. Mas ela ressalta que é necessário investir na formação continuada dos professores para que o novo modelo dê certo.
Rebeca Oliveira Martins, aluna do 1° ano, acha que o novo modelo pode aumentar o interesse do aluno pela escola. "Desanima muito fazer as disciplinas que a gente não gosta", diz. João Guilherme Machado, aluno do 3° ano, aposta que o novo modelo vai permitir uma formação mais voltada ao mercado. "Ao concentrar-se nas disciplinas de interesse, a escola pode gerar até um profissional mais focado", aponta.
O projeto do MEC sugere ainda que programas de incentivo à leitura estejam previstos na nova organização pedagógica. Outra orientação é valorizar as atividades artísticas e culturais dentro do currículo. O CNE vai realizar audiências públicas para discutir o novo modelo de ensino médio. O processo deve ser concluído até julho. Depois dessa etapa, o ministério começará as negociações com os estados, já que o ensino médio é responsabilidade das redes estaduais.
Amanda Cieglinski
Projeto propõe inclusão de filmes nacionais no currículo
Projeto de lei do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que está prestes a ser examinado na Comissão de Educação do Senado, propõe que os estudantes brasileiros das escolas públicas e privadas assistam no período de um mês a pelos menos duas horas de filmes nacionais. A medida, de caráter obrigatório, recebeu do mesmo relator, a senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN), dois pareceres totalmente diferentes.
Em maio, a relatora defendeu a rejeição do projeto. Alegou que "esse tipo de norma, por sua rigidez, conquanto possa servir a interesses diversos e estranhos à escola, pouco ou nada contribui para a melhoria do ensino". Ao contrário, afirmou a senadora, pode diminuir a margem de autonomia e de flexibilidade dos estabelecimentos de ensino."
Já em novembro, coincidindo com o lançamento do filme "Lula, o Filho do Brasil", Rosalba só teve elogios para a proposta, sob a alegação de que a obrigatoriedade das escolas exibirem filmes nacionais "será benéfica para ambos, estudantes e indústria cinematográfica". E vai além, ao dizer que a produção nacional, "com raras exceções, tem qualidade plástica e conteudista irretorquível, diversidade temática e de público-alvo".
A senadora diz que mudou de opinião, "convencida" pelo autor da proposta. "Não tem sentido pensar que o filme de Lula teve alguma influência", afirma. "Fui procurada pelo autor do projeto e ele me convenceu que era algo bom, pois também serão exibidos documentários e filmes históricos."
Cristovam Buarque apresentou o projeto em maio de 2008. O texto altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) para incluir nos currículos do ensino fundamental e médio - de 4 a 18 anos - a obrigatoriedade de exibir para os alunos, por no mínimo duas horas mensais, "filmes de produção nacional".
O texto não especifica como os filmes serão selecionados ou quem vai custear sua aquisição. A justificativa anexa à proposta ressalta, sobretudo, a necessidade de apoiar a indústria cinematográfica nacional. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Em maio, a relatora defendeu a rejeição do projeto. Alegou que "esse tipo de norma, por sua rigidez, conquanto possa servir a interesses diversos e estranhos à escola, pouco ou nada contribui para a melhoria do ensino". Ao contrário, afirmou a senadora, pode diminuir a margem de autonomia e de flexibilidade dos estabelecimentos de ensino."
Já em novembro, coincidindo com o lançamento do filme "Lula, o Filho do Brasil", Rosalba só teve elogios para a proposta, sob a alegação de que a obrigatoriedade das escolas exibirem filmes nacionais "será benéfica para ambos, estudantes e indústria cinematográfica". E vai além, ao dizer que a produção nacional, "com raras exceções, tem qualidade plástica e conteudista irretorquível, diversidade temática e de público-alvo".
A senadora diz que mudou de opinião, "convencida" pelo autor da proposta. "Não tem sentido pensar que o filme de Lula teve alguma influência", afirma. "Fui procurada pelo autor do projeto e ele me convenceu que era algo bom, pois também serão exibidos documentários e filmes históricos."
Cristovam Buarque apresentou o projeto em maio de 2008. O texto altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) para incluir nos currículos do ensino fundamental e médio - de 4 a 18 anos - a obrigatoriedade de exibir para os alunos, por no mínimo duas horas mensais, "filmes de produção nacional".
O texto não especifica como os filmes serão selecionados ou quem vai custear sua aquisição. A justificativa anexa à proposta ressalta, sobretudo, a necessidade de apoiar a indústria cinematográfica nacional. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Emendas incham currículo escolar com novos conteúdos
São Paulo - Além de português, matemática, história, geografia e ciências, nos últimos três anos os alunos do ensino básico de todo o País se viram obrigados a estudar filosofia, sociologia, artes, música e até conteúdos como cultura afro-brasileira e indígena e direitos de crianças e adolescentes. Também incham o currículo escolar temas como educação para o trânsito, direitos do idoso e meio ambiente.
De 2007 até o mês passado, emendas incluíram seis novos conteúdos na Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da educação. Há ainda leis específicas, que datam a partir de 1997, que complementam a LDB. Outras dezenas de projetos com novas inclusões tramitam no Congresso. Esses acréscimos representam um desafio a todos os gestores, mas em especial aos da rede pública, onde a maioria dos alunos não consegue aprender satisfatoriamente português e matemática.
Na rede estadual de São Paulo, por exemplo, a Secretaria da Educação teve de cortar aulas de história no ensino médio em 2008 para cumprir a lei e aumentar as de filosofia e incluir sociologia na grade. Na época, os estudantes do período diurno tiveram uma redução de cerca de 80 aulas de história, na soma dos três anos letivos do ensino médio.
Paula Louzano, pesquisadora da Fundação Lemann, defende a discussão do currículo do ensino básico de forma integral como forma de combater os remendos na LDB, muitas vezes com tendências corporativistas. "Não sou contra as aulas de música, mas quero discutir o todo, não que cada grupo vá individualmente e faça pressão." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
De 2007 até o mês passado, emendas incluíram seis novos conteúdos na Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da educação. Há ainda leis específicas, que datam a partir de 1997, que complementam a LDB. Outras dezenas de projetos com novas inclusões tramitam no Congresso. Esses acréscimos representam um desafio a todos os gestores, mas em especial aos da rede pública, onde a maioria dos alunos não consegue aprender satisfatoriamente português e matemática.
Na rede estadual de São Paulo, por exemplo, a Secretaria da Educação teve de cortar aulas de história no ensino médio em 2008 para cumprir a lei e aumentar as de filosofia e incluir sociologia na grade. Na época, os estudantes do período diurno tiveram uma redução de cerca de 80 aulas de história, na soma dos três anos letivos do ensino médio.
Paula Louzano, pesquisadora da Fundação Lemann, defende a discussão do currículo do ensino básico de forma integral como forma de combater os remendos na LDB, muitas vezes com tendências corporativistas. "Não sou contra as aulas de música, mas quero discutir o todo, não que cada grupo vá individualmente e faça pressão." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Tramitam no Congresso mais de 250 projetos para criar novas disciplinas ou alterar currículo escolar
Parlamentares propõem inclusão de disciplinas no currículo; especialista acha que discussão deveria ficar no âmbito da escola
Um em quatro projetos de lei sobre educação que tramitam na Câmara e no Senado é sobre alteração curricular -- com criação e inclusão de disciplinas ou mudança no conteúdo ensinado na escola. São mais de 250 propostas com essa intenção, segundo levantamento realizado pelo Observatório da Educação, da ONG Ação Educativa.
Na visão dos parlamentares, os alunos deveriam aprender esperanto, leis e regras de trânsito, como lidar com o dinheiro ou direitos do consumidor, por exemplo. Segundo a Ação Educativa, a maioria dos projetos que incluem novas disciplinas no currículo escolar é voltada para as áreas do meio ambiente e da cultura de paz -- 15 membros do legislativo federal possuem propostas sobre pelo menos um desses dois temas.
O projeto para incluir o esperanto no ensino médio é de autoria do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) e está sendo analisado pela Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados. Criado com o objetivo de se tornar uma língua usada por todos os povos, o esperanto é falado por menos de 0,1% da população mundial.
Outro projeto, do deputado federal Lobbe Neto (PSDB-SP), visa criar a disciplina de educação financeira para os currículos de 5ª a 8ª séries do ensino fundamental e do ensino médio. Aprovado no ano passado pela Câmara, o texto foi apensado a outros que abordavam a mesma temática no Senado.
Além de novas disciplinas, também há propostas de incluir matérias que já existem nos currículos escolares, como o projeto de lei do deputado Gilmar Machado (PT-MG), que torna obrigatório o ensino da geografia em todas as séries do ensino médio.
Nas assembleias legislativas estaduais, as propostas de criação de disciplinas também são recorrentes: somente na Assembleia Legislativa de São Paulo, tramitam mais de 30 proposições desse tipo, segundo a Ação Educativa. Os projetos tratam desde “iniciação ao turismo” até o retorno da educação moral e cívica.
Para "mostrar serviço"
Para Dermeval Saviani, professor emérito da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), a elaboração do currículo escolar não é da alçada dos parlamentares. “É no âmbito das escolas que as normas gerais fixadas pelo Congresso Nacional, pelas Assembleias e pelos Conselhos, devem ser traduzidas na sua composição curricular”, explica.
Na opinião do professor Saviani, esse tipo de iniciativa é para “mostrar serviço” -- e, em sua maioria, as leis nem chegam à aprovação. “Nos casos em que vingam, essas leias aparecem como distorções, porque vão na contramão da educação na forma de um sistema articulado”, afirma.
A ONG Ação Educativa organiza um debate sobre a atuação dos parlamentares no setor da educação. Gratuito, o evento vai acontecer na manhã do dia 21 de setembro, em São Paulo. As inscrições estão abertas no site da instituição.
*Com informações do Observatório da Educação
Um em quatro projetos de lei sobre educação que tramitam na Câmara e no Senado é sobre alteração curricular -- com criação e inclusão de disciplinas ou mudança no conteúdo ensinado na escola. São mais de 250 propostas com essa intenção, segundo levantamento realizado pelo Observatório da Educação, da ONG Ação Educativa.
Na visão dos parlamentares, os alunos deveriam aprender esperanto, leis e regras de trânsito, como lidar com o dinheiro ou direitos do consumidor, por exemplo. Segundo a Ação Educativa, a maioria dos projetos que incluem novas disciplinas no currículo escolar é voltada para as áreas do meio ambiente e da cultura de paz -- 15 membros do legislativo federal possuem propostas sobre pelo menos um desses dois temas.
O projeto para incluir o esperanto no ensino médio é de autoria do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) e está sendo analisado pela Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados. Criado com o objetivo de se tornar uma língua usada por todos os povos, o esperanto é falado por menos de 0,1% da população mundial.
Outro projeto, do deputado federal Lobbe Neto (PSDB-SP), visa criar a disciplina de educação financeira para os currículos de 5ª a 8ª séries do ensino fundamental e do ensino médio. Aprovado no ano passado pela Câmara, o texto foi apensado a outros que abordavam a mesma temática no Senado.
Além de novas disciplinas, também há propostas de incluir matérias que já existem nos currículos escolares, como o projeto de lei do deputado Gilmar Machado (PT-MG), que torna obrigatório o ensino da geografia em todas as séries do ensino médio.
Nas assembleias legislativas estaduais, as propostas de criação de disciplinas também são recorrentes: somente na Assembleia Legislativa de São Paulo, tramitam mais de 30 proposições desse tipo, segundo a Ação Educativa. Os projetos tratam desde “iniciação ao turismo” até o retorno da educação moral e cívica.
Para "mostrar serviço"
Para Dermeval Saviani, professor emérito da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), a elaboração do currículo escolar não é da alçada dos parlamentares. “É no âmbito das escolas que as normas gerais fixadas pelo Congresso Nacional, pelas Assembleias e pelos Conselhos, devem ser traduzidas na sua composição curricular”, explica.
Na opinião do professor Saviani, esse tipo de iniciativa é para “mostrar serviço” -- e, em sua maioria, as leis nem chegam à aprovação. “Nos casos em que vingam, essas leias aparecem como distorções, porque vão na contramão da educação na forma de um sistema articulado”, afirma.
A ONG Ação Educativa organiza um debate sobre a atuação dos parlamentares no setor da educação. Gratuito, o evento vai acontecer na manhã do dia 21 de setembro, em São Paulo. As inscrições estão abertas no site da instituição.
*Com informações do Observatório da Educação
Senado aprova projeto que garante ensino a deficientes em casa
Da Agência Brasil
Em Brasília
O Senado concluiu hoje (14) a votação de projeto de lei que garante educação em domicílio à deficientes que, por incapacidade física que impeça a locomoção, possam frequentar a escola regularmente. O projeto de lei foi aprovado em caráter terminativo na Comissão de Educação e agora vai à apreciação na Câmara dos Deputados.
O autor do projeto, Augusto Botelho (sem partido-RR), destacou que a legislação brasileira que trata da educação da pessoa com deficiência em escolas especiais e em instituições hospitalares onde o aluno esteja internado nada diz sobre o aluno com deficiência que não tenha condições de sair de casa para frequentar a escola.
“É certo que essa dificuldade é real e não pode servir de motivo para que a pessoa com deficiência deixe de ter garantido seu direito constitucional à educação”, acrescentou o parlamentar. Segundo ele, compete ao Poder Público prover todos os meios e recursos para que o estudante tenha seu desenvolvimento educacional garantido, inclusive em sua residência
Em Brasília
O Senado concluiu hoje (14) a votação de projeto de lei que garante educação em domicílio à deficientes que, por incapacidade física que impeça a locomoção, possam frequentar a escola regularmente. O projeto de lei foi aprovado em caráter terminativo na Comissão de Educação e agora vai à apreciação na Câmara dos Deputados.
O autor do projeto, Augusto Botelho (sem partido-RR), destacou que a legislação brasileira que trata da educação da pessoa com deficiência em escolas especiais e em instituições hospitalares onde o aluno esteja internado nada diz sobre o aluno com deficiência que não tenha condições de sair de casa para frequentar a escola.
“É certo que essa dificuldade é real e não pode servir de motivo para que a pessoa com deficiência deixe de ter garantido seu direito constitucional à educação”, acrescentou o parlamentar. Segundo ele, compete ao Poder Público prover todos os meios e recursos para que o estudante tenha seu desenvolvimento educacional garantido, inclusive em sua residência
Gasto em educação não teve resultado esperado, diz Banco Mundial
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ANGELA PINHO
DE BRASÍLIA
O gasto em educação no Brasil cresceu nos últimos anos, mas não alcançou os resultados esperados, avalia o Banco Mundial em relatório cujo resumo divulgado nesta segunda-feira. A conclusão é rebatida pelo ministro Fernando Haddad (Educação), para quem o país precisa ainda aumentar o investimento no setor.
Em 2009, ano com dados mais recentes, o Brasil colocava na educação pública 5,2% do PIB (Produto Interno Bruto), percentual maior do que a média de 4,8% dos países da OCDE (organização que reúne países desenvolvidos). Por outro lado, tem um dos gastos por aluno mais baixos entre essas nações, já que o PIB per capita é menor e o número de jovens em idade escolar, maior.
Para o Banco Mundial, "o nível de gastos atual do Brasil deveria estar produzindo resultados melhores". Entre os exemplos de ineficiência citados pela instituição estão o alto nível de repetência, que é um dos maiores do mundo e o fato de o país gastar cerca de seis vezes mais por aluno do ensino superior do que do ensino básico.
Durante o lançamento do relatório, o ministro defendeu que, pelo contrário, o país precisa aumentar seu gasto em educação. Ele argumentou que o patamar de investimento de 5% em educação no PIB só foi atingido no ano passado e os resultados não são imediatos. Disse que o país melhorou o nível de escolaridade e a qualidade do ensino em avaliações recentes, o que prova a "alta taxa de retorno" que os investimentos têm tido.
Ao defender um aumento dos gastos em educação, o ministro afirmou ainda que o professor brasileiro deveria ganhar 60% mais do que recebe hoje. Esse é o percentual correspondente à diferença entre o salário de quem está no magistério e de quem é formado em outras áreas de nível superior.
ANGELA PINHO
DE BRASÍLIA
O gasto em educação no Brasil cresceu nos últimos anos, mas não alcançou os resultados esperados, avalia o Banco Mundial em relatório cujo resumo divulgado nesta segunda-feira. A conclusão é rebatida pelo ministro Fernando Haddad (Educação), para quem o país precisa ainda aumentar o investimento no setor.
Em 2009, ano com dados mais recentes, o Brasil colocava na educação pública 5,2% do PIB (Produto Interno Bruto), percentual maior do que a média de 4,8% dos países da OCDE (organização que reúne países desenvolvidos). Por outro lado, tem um dos gastos por aluno mais baixos entre essas nações, já que o PIB per capita é menor e o número de jovens em idade escolar, maior.
Para o Banco Mundial, "o nível de gastos atual do Brasil deveria estar produzindo resultados melhores". Entre os exemplos de ineficiência citados pela instituição estão o alto nível de repetência, que é um dos maiores do mundo e o fato de o país gastar cerca de seis vezes mais por aluno do ensino superior do que do ensino básico.
Durante o lançamento do relatório, o ministro defendeu que, pelo contrário, o país precisa aumentar seu gasto em educação. Ele argumentou que o patamar de investimento de 5% em educação no PIB só foi atingido no ano passado e os resultados não são imediatos. Disse que o país melhorou o nível de escolaridade e a qualidade do ensino em avaliações recentes, o que prova a "alta taxa de retorno" que os investimentos têm tido.
Ao defender um aumento dos gastos em educação, o ministro afirmou ainda que o professor brasileiro deveria ganhar 60% mais do que recebe hoje. Esse é o percentual correspondente à diferença entre o salário de quem está no magistério e de quem é formado em outras áreas de nível superior.
Conselho quer fim da reprovação de crianças até 8 anos
São Paulo - Novas diretrizes curriculares aprovadas pelo Conselho Nacional da Educação (CNE) e homologadas pelo Ministério da Educação (MEC) recomendam que os três primeiros anos do ensino fundamental, que abrangem crianças de 6 a 8 anos, sejam feitos em um ciclo, sem reprovação. As regras foram publicadas hoje no Diário Oficial.
Discutida ao longo dos últimos anos, a proposta já é colocada em prática por algumas cidades e Estados, como Minas Gerais e São Paulo. "Estudos mostram que essa iniciativa pode trazer ótimos resultados", afirma a secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda. O principal deles seria evitar que crianças que apresentam um baixo desempenho no primeiro ano se sintam desestimuladas. "A experiência mostra que as maiores taxas de abandono escolar ocorrem entre alunos que repetiram nos primeiros anos de escola", completa.
Para críticos da proposta, a medida seria uma forma de mascarar o problema de má qualidade de ensino. O relator do processo no CNE, o conselheiro Cesar Callegari, diz que o propósito da medida é proteger o estudante. "A todas as crianças é dado o direito de estar alfabetizada aos 8 anos. Muitos alunos apresentam diferenças no ritmo do aprendizado, mas, até o 3.º ano, todos têm condições de ler e escrever", diz.
Em uma escola de qualidade ruim, o problema poderia ser revelado antes do terceiro ano. "Não é para o aluno ficar solto. A ideia é que seja feita uma série de avaliações. Qualquer problema no desenvolvimento do aluno poderia ser captado", afirma Callegari. De acordo com o conselheiro, o MEC está definindo quais são as expectativas de aprendizagem para cada etapa, para que em cada ciclo o aluno seja acompanhado.
"As avaliações deverão ser feitas sobretudo em procedimentos de observação, registros de atividades", diz Maria do Pilar. A secretária de Educação Básica argumenta ainda que a avaliação da escola não é feita por meio dos índices de repetência.
As escolas têm autonomia para adotar ou não as diretrizes publicadas hoje. Maria do Pilar salienta que mesmo as escolas que preferirem manter o regime seriado serão recomendadas a manter os três anos num bloco pedagógico. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Discutida ao longo dos últimos anos, a proposta já é colocada em prática por algumas cidades e Estados, como Minas Gerais e São Paulo. "Estudos mostram que essa iniciativa pode trazer ótimos resultados", afirma a secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda. O principal deles seria evitar que crianças que apresentam um baixo desempenho no primeiro ano se sintam desestimuladas. "A experiência mostra que as maiores taxas de abandono escolar ocorrem entre alunos que repetiram nos primeiros anos de escola", completa.
Para críticos da proposta, a medida seria uma forma de mascarar o problema de má qualidade de ensino. O relator do processo no CNE, o conselheiro Cesar Callegari, diz que o propósito da medida é proteger o estudante. "A todas as crianças é dado o direito de estar alfabetizada aos 8 anos. Muitos alunos apresentam diferenças no ritmo do aprendizado, mas, até o 3.º ano, todos têm condições de ler e escrever", diz.
Em uma escola de qualidade ruim, o problema poderia ser revelado antes do terceiro ano. "Não é para o aluno ficar solto. A ideia é que seja feita uma série de avaliações. Qualquer problema no desenvolvimento do aluno poderia ser captado", afirma Callegari. De acordo com o conselheiro, o MEC está definindo quais são as expectativas de aprendizagem para cada etapa, para que em cada ciclo o aluno seja acompanhado.
"As avaliações deverão ser feitas sobretudo em procedimentos de observação, registros de atividades", diz Maria do Pilar. A secretária de Educação Básica argumenta ainda que a avaliação da escola não é feita por meio dos índices de repetência.
As escolas têm autonomia para adotar ou não as diretrizes publicadas hoje. Maria do Pilar salienta que mesmo as escolas que preferirem manter o regime seriado serão recomendadas a manter os três anos num bloco pedagógico. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Internet: uma nova forma de fazer Jornais Estudantis
Mais de 700 jovens do Ceará irão produzir jornais online, em iniciativa do Comunicação e Cultura apoiada pelo Instituto Oi Futuro.
Produzir jornais em um ambiente virtual online, difundindo opiniões e pensamentos através de seus textos. Essa será a realidade de mais de 700 estudantes de Ensino Médio no Ceará, que se inscreveram através de internet para participar do Clube do Jornal de suas escolas. A escolha dos jovens que participarão das capacitações presenciais – 5 por escola – está em curso, e as atividades de capacitação e produção dos jornais começarão ainda o primeiro semestre de 2009.
O Clube do Jornal até agora publicava exclusivamente jornais em papel. Com o apoio dos Novos Brasis, inicia-se uma transição que levará à publicação de jornais multimídia, com versões em papel e internet. Inicialmente a nova proposta será testada em nove escolas do Ceará, sendo quatro de Fortaleza e outras cinco em municípios do interior do estado (Iguatu, Brejo Santo, Crato, Barbalha, Horizonte e Jaguaribe).
O site do Clube do Jornal será um ponto de encontro destes grupos e funcionará como espaço dinâmico de fabricação e exposição de jornais, trazendo galeria de publicações, seleção de artigos mais votados, noticias atualizadas e ferramentas de capacitação à distância, entre outros recursos. Tudo para propiciar um verdadeiro intercâmbio entre os jovens, que irão trocar conhecimentos e experiências relevantes para sua vivência e aprendizado.
SAIBA MAIS
Clube do Jornal
Criado em 1995, o Clube do Jornal é uma iniciativa da ONG Comunicação e Cultura, que conta hoje com o apoio do Oi Futuro para o seu desdobramento. Até agora o Clube do Jornal realizava jornais estudantis impressos. No entanto, diante do crescimento da democratização da Internet entre o público jovem, o programa adaptou-se aos novos tempos e surgiu uma idéia ousada: por que não realizar jornais utilizando essa poderosa ferramenta e conectar ainda mais pessoas em torno deste propósito? Assim, foram definidas as atuais diretrizes para o Clube do Jornal, que passa a integrar o fazer jornal ao contexto de convergência de mídias e saberes, em um ambiente na Web.
A inovação permitirá incluir novos conteúdos, como vídeo, áudio, fotografias e outros. Ela permitirá, sobretudo, aumentar a interatividade e a participação dos estudantes, professores e familiares através de diversos recursos, realizando pesquisas, formulando opiniões e comentários, pensando textos cooperativos, upload de imagens, vídeos e áudio, entre diversas possibilidades.
Idéia central
Em um ambiente online, jovens do Ceará irão desenvolver jornais estudantis, trabalhando da apresentação gráfica da publicação à escolha dos temas e redação dos textos. O site do Clube do Jornal funcionará como um verdadeiro ponto de encontro e intercâmbio de experiências entre os alunos envolvidos, os leitores e todos os interessados.
Valores
A iniciativa valoriza socialmente a escrita e a leitura, aproveitando o fato de os jornais estudantis abordarem assuntos interessantes de seu universo. Além disso, a atividade deve aprimorar o entendimento dos jovens acerca do universo da Internet e suas possibilidades de comunicação.
Os conteúdos são inteiramente livres, determinados pelas alunas e alunos sócios do Clube, respeitado o Código de Ética do programa.
Outras informações:
Comunicação e Cultura – Clube do Jornal
Rua Castro e Silva, 121 – Centro
60030.010 — Fortaleza-CE
Telefone/fax: (85) 3455.2150
E-mail: clubedojornal@comcultura.org.br
Produzir jornais em um ambiente virtual online, difundindo opiniões e pensamentos através de seus textos. Essa será a realidade de mais de 700 estudantes de Ensino Médio no Ceará, que se inscreveram através de internet para participar do Clube do Jornal de suas escolas. A escolha dos jovens que participarão das capacitações presenciais – 5 por escola – está em curso, e as atividades de capacitação e produção dos jornais começarão ainda o primeiro semestre de 2009.
O Clube do Jornal até agora publicava exclusivamente jornais em papel. Com o apoio dos Novos Brasis, inicia-se uma transição que levará à publicação de jornais multimídia, com versões em papel e internet. Inicialmente a nova proposta será testada em nove escolas do Ceará, sendo quatro de Fortaleza e outras cinco em municípios do interior do estado (Iguatu, Brejo Santo, Crato, Barbalha, Horizonte e Jaguaribe).
O site do Clube do Jornal será um ponto de encontro destes grupos e funcionará como espaço dinâmico de fabricação e exposição de jornais, trazendo galeria de publicações, seleção de artigos mais votados, noticias atualizadas e ferramentas de capacitação à distância, entre outros recursos. Tudo para propiciar um verdadeiro intercâmbio entre os jovens, que irão trocar conhecimentos e experiências relevantes para sua vivência e aprendizado.
SAIBA MAIS
Clube do Jornal
Criado em 1995, o Clube do Jornal é uma iniciativa da ONG Comunicação e Cultura, que conta hoje com o apoio do Oi Futuro para o seu desdobramento. Até agora o Clube do Jornal realizava jornais estudantis impressos. No entanto, diante do crescimento da democratização da Internet entre o público jovem, o programa adaptou-se aos novos tempos e surgiu uma idéia ousada: por que não realizar jornais utilizando essa poderosa ferramenta e conectar ainda mais pessoas em torno deste propósito? Assim, foram definidas as atuais diretrizes para o Clube do Jornal, que passa a integrar o fazer jornal ao contexto de convergência de mídias e saberes, em um ambiente na Web.
A inovação permitirá incluir novos conteúdos, como vídeo, áudio, fotografias e outros. Ela permitirá, sobretudo, aumentar a interatividade e a participação dos estudantes, professores e familiares através de diversos recursos, realizando pesquisas, formulando opiniões e comentários, pensando textos cooperativos, upload de imagens, vídeos e áudio, entre diversas possibilidades.
Idéia central
Em um ambiente online, jovens do Ceará irão desenvolver jornais estudantis, trabalhando da apresentação gráfica da publicação à escolha dos temas e redação dos textos. O site do Clube do Jornal funcionará como um verdadeiro ponto de encontro e intercâmbio de experiências entre os alunos envolvidos, os leitores e todos os interessados.
Valores
A iniciativa valoriza socialmente a escrita e a leitura, aproveitando o fato de os jornais estudantis abordarem assuntos interessantes de seu universo. Além disso, a atividade deve aprimorar o entendimento dos jovens acerca do universo da Internet e suas possibilidades de comunicação.
Os conteúdos são inteiramente livres, determinados pelas alunas e alunos sócios do Clube, respeitado o Código de Ética do programa.
Outras informações:
Comunicação e Cultura – Clube do Jornal
Rua Castro e Silva, 121 – Centro
60030.010 — Fortaleza-CE
Telefone/fax: (85) 3455.2150
E-mail: clubedojornal@comcultura.org.br
Escolas do Mais Educação recebem apoio para publicar jornais escolares
O MEC, através da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD), o Instituto C&A e a ONG Comunicação e Cultura fecharam parceria para dar apoio às escolas de todo o Brasil que participam do Programa Mais Educação e desejam publicar jornais escolares.
O Comunicação e Cultura tem uma experiência de 14 anos de apoio à sistemas educacionais para a publicação de jornais escolares, desde a capacitação dos realizadores até a impressão das publicações. Mais de mil escolas fazem parte dos programas da ONG atualmente.
A partir de agora, em parceira com o Instituto C&A, o Comunicação e Cultura dará apoio e capacitação à distância aos monitores do Programa Mais Educação, além de fornecer serviços de impressão e estimular a articulação de uma comunidade de monitores e alunos. A metodologia a ser utilizada é a do Fala Escola, atualmente implantada em 239 escolas no Ceará, com a particularidade de mesclar atividades em sala de aula e atividades de tempo complementar.
Hoje o Programa Mais Educação beneficia 5 mil escolas de áreas metropolitanas e tem como objetivo ampliar o tempo e o espaço educacionais dos alunos da rede pública. Para conhecer mais sobre os fundamentos do programa, acesse o link.
Além das escolas que optarem por realizar jornais escolares, outras poderão receber apoio para incluir essa ferramenta em seu dia-a-dia. O jornal, instrumento de comunicação e uso social de escrita, pode ser utilizado por diversas atividades previstas no programa do Ministério da Eduação, como História em Quadrinho, Letramento e outras atividades.
O Comunicação e Cultura tem uma experiência de 14 anos de apoio à sistemas educacionais para a publicação de jornais escolares, desde a capacitação dos realizadores até a impressão das publicações. Mais de mil escolas fazem parte dos programas da ONG atualmente.
A partir de agora, em parceira com o Instituto C&A, o Comunicação e Cultura dará apoio e capacitação à distância aos monitores do Programa Mais Educação, além de fornecer serviços de impressão e estimular a articulação de uma comunidade de monitores e alunos. A metodologia a ser utilizada é a do Fala Escola, atualmente implantada em 239 escolas no Ceará, com a particularidade de mesclar atividades em sala de aula e atividades de tempo complementar.
Hoje o Programa Mais Educação beneficia 5 mil escolas de áreas metropolitanas e tem como objetivo ampliar o tempo e o espaço educacionais dos alunos da rede pública. Para conhecer mais sobre os fundamentos do programa, acesse o link.
Além das escolas que optarem por realizar jornais escolares, outras poderão receber apoio para incluir essa ferramenta em seu dia-a-dia. O jornal, instrumento de comunicação e uso social de escrita, pode ser utilizado por diversas atividades previstas no programa do Ministério da Eduação, como História em Quadrinho, Letramento e outras atividades.
Ceja de Confresa/MT investe na Economia Solidária
O Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja) “Creuslhi de Souza Ramos”, de Confresa, além de seu trabalho pedagógico, está investindo na Economia Solidária da região. Em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) a unidade, da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), está promovendo oficinas com essa perspectiva econômica.
Conforme a coordenadora da área de Ciências Humanas e Sociais do Ceja, Maria José Gomes Coelho Castilho, a intenção é “valorizar, promover e articular as formas cooperativas e autogestionárias de produção, comercialização, consumo, crédito e outras, sem destruir o meio ambiente”.
De acordo com ela, a Economia Solidária está inclusa na grade curricular dos Cejas e nas formações continuadas dos professores. Em algumas áreas de conhecimento do Ceja de Confresa, foram ministrados conteúdos voltados para Economia Solidária.
Em 2010, o Ceja contou com a colaboração do Senar para desenvolver as seguintes oficinas profissionalizantes: Pintura em tecidos; Plantio de mandioca; Derivados do peixe; Educação ambiental; Fabricação caseira de produtos de higiene e limpeza; Associativismo; Cooperativismo e Produção e conservação de vegetais, compotas, frutas cristalizadas e licores.
A coordenadora esclarece que a Economia Solidária é uma forma de produção, consumo e distribuição de riqueza, centrada na valorização do ser humano e não do capital. É uma economia com base associativista e cooperativista, e é voltada para a produção, consumo e comercialização de bens e serviços de modo autogerido.
Maria Castilho ressalta ainda que a Economia Solidária não se confunde com o chamado "Terceiro Setor". Para ela, este substitui o Estado nas suas obrigações legais “e inibe a emancipação de trabalhadoras e trabalhadores, enquanto sujeitos protagonistas de direitos”.
A coordenadora revela a intenção, a partir dos empreendimentos econômicos solidários existentes no município ou da região, de identificar possíveis articulações de redes ou de cadeias produtivas entre esses empreendimentos. O objetivo seria pensar a criação de um fórum regional envolvendo toda comunidade em ações coletivas e solidárias.
SERGIO LUIZ FERNANDES
Assessoria/Seduc-MT
Conforme a coordenadora da área de Ciências Humanas e Sociais do Ceja, Maria José Gomes Coelho Castilho, a intenção é “valorizar, promover e articular as formas cooperativas e autogestionárias de produção, comercialização, consumo, crédito e outras, sem destruir o meio ambiente”.
De acordo com ela, a Economia Solidária está inclusa na grade curricular dos Cejas e nas formações continuadas dos professores. Em algumas áreas de conhecimento do Ceja de Confresa, foram ministrados conteúdos voltados para Economia Solidária.
Em 2010, o Ceja contou com a colaboração do Senar para desenvolver as seguintes oficinas profissionalizantes: Pintura em tecidos; Plantio de mandioca; Derivados do peixe; Educação ambiental; Fabricação caseira de produtos de higiene e limpeza; Associativismo; Cooperativismo e Produção e conservação de vegetais, compotas, frutas cristalizadas e licores.
A coordenadora esclarece que a Economia Solidária é uma forma de produção, consumo e distribuição de riqueza, centrada na valorização do ser humano e não do capital. É uma economia com base associativista e cooperativista, e é voltada para a produção, consumo e comercialização de bens e serviços de modo autogerido.
Maria Castilho ressalta ainda que a Economia Solidária não se confunde com o chamado "Terceiro Setor". Para ela, este substitui o Estado nas suas obrigações legais “e inibe a emancipação de trabalhadoras e trabalhadores, enquanto sujeitos protagonistas de direitos”.
A coordenadora revela a intenção, a partir dos empreendimentos econômicos solidários existentes no município ou da região, de identificar possíveis articulações de redes ou de cadeias produtivas entre esses empreendimentos. O objetivo seria pensar a criação de um fórum regional envolvendo toda comunidade em ações coletivas e solidárias.
SERGIO LUIZ FERNANDES
Assessoria/Seduc-MT
Escolas passarão a usar giz antialérgico/MT
Todas as Escolas do Estado (Públicas e Privadas) terão que substituir o giz de gesso, atualmente utilizado nas salas de aula, pelo giz antialérgico. Esta é a obrigatoriedade prevista na Lei 9.476, publicada no Diário Oficial do Estado do dia 10 de dezembro.
Pelo artigo 2º da Lei, as escolas terão um ano para se adequarem à nova legislação. A Lei sancionada pelo Executivo foi uma proposta da deputada estadual Professora Wilma.
A Gerência de Qualidade de Vida, da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), tem feito levantamentos sobre as causas de afastamento dos profissionais da Educação. Sabe-se que reações alérgicas ao giz são responsáveis por alguns casos de afastamento. No entanto, é difícil precisar o número, em função de que os sintomas de reações alérgicas estão distribuídos em diversos grupos de patologias, quer sejam estas respiratórias ou dermatológicas.
SERGIO LUIZ FERNANDES
Assessoria/Seduc-MT
Pelo artigo 2º da Lei, as escolas terão um ano para se adequarem à nova legislação. A Lei sancionada pelo Executivo foi uma proposta da deputada estadual Professora Wilma.
A Gerência de Qualidade de Vida, da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), tem feito levantamentos sobre as causas de afastamento dos profissionais da Educação. Sabe-se que reações alérgicas ao giz são responsáveis por alguns casos de afastamento. No entanto, é difícil precisar o número, em função de que os sintomas de reações alérgicas estão distribuídos em diversos grupos de patologias, quer sejam estas respiratórias ou dermatológicas.
SERGIO LUIZ FERNANDES
Assessoria/Seduc-MT
Nova prova do Enem será para 9,5 mil
Agência Estado
Número de prejudicados é maior do que estimativa inicial do governo; aplicação ocorrerá em cerca de 200 municípios
O Ministério da Educação terminou ontem a revisão das atas das salas de aula onde foi aplicado o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no mês passado e concluiu que 9,5 mil estudantes foram prejudicados por erros no caderno de questões amarelo. Segundo o governo, todos esses alunos já receberam um comunicado por e-mail, carta ou mensagem de celular para refazerem a prova na quarta-feira.
O número é bem maior do que o estimado pelo próprio ministério logo após a aplicação da primeira prova, no início de novembro. Na ocasião, o governo afirmou que cerca de 2,5 mil alunos haviam recebido cadernos de questões com problemas.
Alunos que receberam o comunicado, mas não se sentiram prejudicados ou não querem fazer um novo exame não são obrigados a comparecer. Quem não realizar a nova versão, terá a prova original corrigida.
A prova será reaplicada em cerca de 200 municípios das 13 às 17 horas. As normas de segurança do edital do Enem 2010 são as mesmas para a nova prova. Os alunos devem se apresentar com uma hora de antecedência no local da prova, com o novo cartão de inscrição (que estará disponível no site www.inep.gov.br) e um documento de identidade com foto, além de caneta esferográfica preta. Lápis, relógio e qualquer outro aparelho eletrônico continuam proibidos.
Confusão
Apesar de todos os esforços do ministério, como dispensa de licitação para contratar o consórcio responsável pelo exame, ajuda da Polícia Federal para fazer a segurança e dos Correios para distribuir as provas, o Enem deste ano foi novamente marcado por falhas - no ano passado, houve vazamento da prova, denunciado pelo Estado.
Além dos cadernos de cor amarela com problemas, o caderno de resposta trazia o cabeçalho invertido, o que provocou confusão entre os estudantes. Em muitos locais, alunos usaram relógio e chegaram a conversar no celular. No interior da Bahia, uma professora vazou o tema da redação para o filho.
Aula de Matemática ou de música
Carlos Alberto Sardenberg*
Que tal ensinar música para nossos alunos do ensino fundamental? E Sociologia, incluindo, por exemplo, cultura indígena e negra? Faz sentido, parece uma boa causa. Mas o último Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, na sigla em inglês) - testes aplicados a estudantes de 15 anos de 65 países -, cujos resultados foram divulgados na semana passada, mostrou que nossos rapazes e moças ainda não são bons em língua, Matemática e Ciências (Física, Química e Biologia, no essencial). Na verdade, ficaram nos últimos lugares, embora tenham melhorado em relação ao teste anterior, de 2006. Não seria o caso de concentrar os esforços de todos em aperfeiçoar o ensino daquelas disciplinas?
Muitos argumentam que não. Dizem que a escola deve formar bons cidadãos, com formação em humanidades, artes e socialização. Faz sentido, de novo. Seria possível argumentar que a função principal da escola é ensinar justamente aquelas disciplinas do Pisa - como se entende amplamente pelo mundo afora. Mas podemos evitar perder tempo com essa discussão.
Ocorre que os alunos brasileiros não estão propriamente com o seu tempo todo tomado. Comparando com países que vão melhor, temos menos dias de frequência à escola e menos horas por dia. Logo, é possível reforçar o ensino das disciplinas básicas e, ao mesmo tempo, introduzir humanidades, artes e cidadania.
Qual é a melhor maneira de ensinar música? Ou qual o começo mais interessante para as crianças? Tocar instrumentos - na verdade, começar brincando com eles - e, com o tempo, formar bandas, conjuntos e orquestras. Eis uma excelente atividade para os fins de semana nas escolas.
Qual a melhor e mais atraente maneira de conhecer a cultura indígena? Visitando as aldeias, estando com o povo. Outra excelente atividade para feriados e mesmo para parte das férias, por que não?
O problema, reconhecemos, é que isso dá trabalho e toma tempo. Também custa algum dinheiro. Vai daí que, pode apostar, essas boas intenções terminam em desastres. Colocam na grade uma aula de música, pura falação, sem instrumentos; outra de Sociologia e culturas antigas, sem sequer boas fotos em PowerPoint, e acabou. Vamos falar francamente: além de dar emprego a formados nessas matérias, não serve para nada.
Assim, o ensino, que já é precário em língua, Matemática e Ciências Exatas e Biológicas, se torna ainda ruim em humanidades, artes e cidadania. Isso é grave problema pessoal, social e econômico.
A educação tem duas funções: uma, a de igualar as oportunidades; outra, de permitir o avanço pessoal e, com isso, entregar à sociedade profissionais e cidadãos que gerem riqueza para si e para o País. No regime capitalista, a desigualdade é inevitável, mas ao fim das histórias. Como funciona pelo mérito, pela capacidade de empreender, pelo trabalho duro e eficiente, pelas ideias inovadoras e pelo talento, o capitalismo premia os mais bem-sucedidos. Alguns vão ganhar mais, outros ficarão pelo caminho.
O Estado pode reparar algumas situações dramáticas - atendendo, por exemplo, os muito pobres - ou ainda oferecer condições básicas de vida, mas não tem como igualar a renda, a riqueza e o bem-estar das pessoas. O melhor que o Estado pode fazer está na partida, no início da vida das pessoas, na preparação para a atividade profissional. Pode igualar as oportunidades ou chegar muito perto disso. Ou, inversamente, quando falha, pode ser a causa de mais desigualdade.
No Pisa, a melhora de nossos alunos, significativa na média, esconde um fato grave. Levando em conta a renda familiar dos alunos, a realidade é triste: melhoram os nossos alunos mais ricos; os mais pobres ficaram no mesmo lugar.
Ou seja, os mais pobres já chegam à escola em desvantagem. E o sistema educacional amplia essa desigualdade ao longo dos anos. Considerando que estamos em plena era do conhecimento, o desastre não poderia ser maior.
A escola pública fundamental e média, no conjunto da obra, não cumpre suas funções, senão muito parcialmente. Há unidades boas aqui e ali, mas as deficiências são nacionais. A falha é de políticas públicas, para usar expressão tão utilizada por aqui e tão mal utilizada. Oferecer igualdade na partida é função essencial do Estado - todos dizem isso. Mas, nos orçamentos públicos - como nota a diretora da Fundação Lemann, Ilona Becskeházy -, só 3% do gasto total vai para educação e cultura. É claramente insuficiente. Como o governo arrecada um monte de impostos, a conclusão é óbvia: não falta dinheiro, falta gastar de acordo com as reais prioridades.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, nos mostrou como o gasto público geral em educação (da União, Estados e municípios) tem sido elevado todos os anos. Está hoje em torno de 5% do PIB e ele acredita que pode chegar em 7% em quatro anos. O ministro aponta também que não basta aumentar o gasto, mas aplicar os recursos com mais competência e eficiência, no que também está certo. Sem o dinheiro não se vai a lugar algum, mas os dados mostram que nem sempre mais dinheiro equivale a melhores escolas.
O certo é que se precisa de um trabalho de convencimento e persuasão, de modo a pôr a escola no topo de nossas prioridades. E encarar mudanças fortes. Por exemplo: Haddad está preparando um Exame Nacional de Professores, que trará avanços em diversas direções. A primeira, claro, é a melhor avaliação dos mestres, condição essencial para estruturar a carreira. A segunda é melhorar a qualidade dos professores no País todo.
Hoje, para uma prefeitura do interior recrutar cinco professores precisa fazer algum tipo de concurso. Coisa pequena, não atrai as empresas de concurso, a seleção custa dinheiro e sai precária. O Exame Nacional de Professores, feito de maneira mais eficiente, elimina essa dificuldade. Basta à prefeitura anunciar que contrata pela classificação na prova nacional.
Trata-se de uma providência simples, mas com enormes vantagens. Pode ser o ponto de partida para uma reorganização de carreiras, inclusive com melhores salários e planos de evolução, de modo a trazer os melhores para ensinar nas escolas públicas.
...Jornalista E-MAIL: SARDENBERG@CBN.COM.BRSITE: WWW.SARDENBERG.COM.BR
Que tal ensinar música para nossos alunos do ensino fundamental? E Sociologia, incluindo, por exemplo, cultura indígena e negra? Faz sentido, parece uma boa causa. Mas o último Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, na sigla em inglês) - testes aplicados a estudantes de 15 anos de 65 países -, cujos resultados foram divulgados na semana passada, mostrou que nossos rapazes e moças ainda não são bons em língua, Matemática e Ciências (Física, Química e Biologia, no essencial). Na verdade, ficaram nos últimos lugares, embora tenham melhorado em relação ao teste anterior, de 2006. Não seria o caso de concentrar os esforços de todos em aperfeiçoar o ensino daquelas disciplinas?
Muitos argumentam que não. Dizem que a escola deve formar bons cidadãos, com formação em humanidades, artes e socialização. Faz sentido, de novo. Seria possível argumentar que a função principal da escola é ensinar justamente aquelas disciplinas do Pisa - como se entende amplamente pelo mundo afora. Mas podemos evitar perder tempo com essa discussão.
Ocorre que os alunos brasileiros não estão propriamente com o seu tempo todo tomado. Comparando com países que vão melhor, temos menos dias de frequência à escola e menos horas por dia. Logo, é possível reforçar o ensino das disciplinas básicas e, ao mesmo tempo, introduzir humanidades, artes e cidadania.
Qual é a melhor maneira de ensinar música? Ou qual o começo mais interessante para as crianças? Tocar instrumentos - na verdade, começar brincando com eles - e, com o tempo, formar bandas, conjuntos e orquestras. Eis uma excelente atividade para os fins de semana nas escolas.
Qual a melhor e mais atraente maneira de conhecer a cultura indígena? Visitando as aldeias, estando com o povo. Outra excelente atividade para feriados e mesmo para parte das férias, por que não?
O problema, reconhecemos, é que isso dá trabalho e toma tempo. Também custa algum dinheiro. Vai daí que, pode apostar, essas boas intenções terminam em desastres. Colocam na grade uma aula de música, pura falação, sem instrumentos; outra de Sociologia e culturas antigas, sem sequer boas fotos em PowerPoint, e acabou. Vamos falar francamente: além de dar emprego a formados nessas matérias, não serve para nada.
Assim, o ensino, que já é precário em língua, Matemática e Ciências Exatas e Biológicas, se torna ainda ruim em humanidades, artes e cidadania. Isso é grave problema pessoal, social e econômico.
A educação tem duas funções: uma, a de igualar as oportunidades; outra, de permitir o avanço pessoal e, com isso, entregar à sociedade profissionais e cidadãos que gerem riqueza para si e para o País. No regime capitalista, a desigualdade é inevitável, mas ao fim das histórias. Como funciona pelo mérito, pela capacidade de empreender, pelo trabalho duro e eficiente, pelas ideias inovadoras e pelo talento, o capitalismo premia os mais bem-sucedidos. Alguns vão ganhar mais, outros ficarão pelo caminho.
O Estado pode reparar algumas situações dramáticas - atendendo, por exemplo, os muito pobres - ou ainda oferecer condições básicas de vida, mas não tem como igualar a renda, a riqueza e o bem-estar das pessoas. O melhor que o Estado pode fazer está na partida, no início da vida das pessoas, na preparação para a atividade profissional. Pode igualar as oportunidades ou chegar muito perto disso. Ou, inversamente, quando falha, pode ser a causa de mais desigualdade.
No Pisa, a melhora de nossos alunos, significativa na média, esconde um fato grave. Levando em conta a renda familiar dos alunos, a realidade é triste: melhoram os nossos alunos mais ricos; os mais pobres ficaram no mesmo lugar.
Ou seja, os mais pobres já chegam à escola em desvantagem. E o sistema educacional amplia essa desigualdade ao longo dos anos. Considerando que estamos em plena era do conhecimento, o desastre não poderia ser maior.
A escola pública fundamental e média, no conjunto da obra, não cumpre suas funções, senão muito parcialmente. Há unidades boas aqui e ali, mas as deficiências são nacionais. A falha é de políticas públicas, para usar expressão tão utilizada por aqui e tão mal utilizada. Oferecer igualdade na partida é função essencial do Estado - todos dizem isso. Mas, nos orçamentos públicos - como nota a diretora da Fundação Lemann, Ilona Becskeházy -, só 3% do gasto total vai para educação e cultura. É claramente insuficiente. Como o governo arrecada um monte de impostos, a conclusão é óbvia: não falta dinheiro, falta gastar de acordo com as reais prioridades.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, nos mostrou como o gasto público geral em educação (da União, Estados e municípios) tem sido elevado todos os anos. Está hoje em torno de 5% do PIB e ele acredita que pode chegar em 7% em quatro anos. O ministro aponta também que não basta aumentar o gasto, mas aplicar os recursos com mais competência e eficiência, no que também está certo. Sem o dinheiro não se vai a lugar algum, mas os dados mostram que nem sempre mais dinheiro equivale a melhores escolas.
O certo é que se precisa de um trabalho de convencimento e persuasão, de modo a pôr a escola no topo de nossas prioridades. E encarar mudanças fortes. Por exemplo: Haddad está preparando um Exame Nacional de Professores, que trará avanços em diversas direções. A primeira, claro, é a melhor avaliação dos mestres, condição essencial para estruturar a carreira. A segunda é melhorar a qualidade dos professores no País todo.
Hoje, para uma prefeitura do interior recrutar cinco professores precisa fazer algum tipo de concurso. Coisa pequena, não atrai as empresas de concurso, a seleção custa dinheiro e sai precária. O Exame Nacional de Professores, feito de maneira mais eficiente, elimina essa dificuldade. Basta à prefeitura anunciar que contrata pela classificação na prova nacional.
Trata-se de uma providência simples, mas com enormes vantagens. Pode ser o ponto de partida para uma reorganização de carreiras, inclusive com melhores salários e planos de evolução, de modo a trazer os melhores para ensinar nas escolas públicas.
...Jornalista E-MAIL: SARDENBERG@CBN.COM.BRSITE: WWW.SARDENBERG.COM.BR
As despesas escolares e a taxa de inflação
O Estado de S.Paulo
O governo lamenta que as mensalidades escolares aumentem mais do que a inflação, visto que as despesas com educação têm peso significativo no orçamento familiar. No entanto, não busca uma explicação para o que considera como uma anomalia.
As despesas escolares têm caráter sazonal: caem a cada mês do ano, no que se refere às mensalidades, mas mostram-se particularmente elevadas nos primeiros meses do ano, quando há gastos com livros e, eventualmente, uniformes. O peso maior das mensalidades é com crianças que não estão em escolas públicas, o que hoje é o caso das crianças de muitas famílias que entram no cálculo do índice oficial da inflação (IPCA), que inclui famílias cujos rendimentos variam de 1 até 40 salários mínimos.
É preciso lembrar que as escolas privadas são obrigadas, por lei, a fixar o valor das mensalidades para o exercício seguinte até o fim do ano escolar. Um cálculo que se faz num quadro de grande incerteza: ainda sem conhecer a inflação do ano que termina e que vai influenciar os preços administrados a serem fixados em geral no mês de janeiro (transporte, energia elétrica, gás), que afetarão as despesas correntes da escola no ano seguinte. Sem falar que a inflação quase sempre dá um salto no último mês do ano.
Mas a maior incerteza é relativa ao reajuste dos professores, cuja folha representa cerca de 80% das despesas de uma escola. E, pelo menos no Estado de São Paulo, o dissídio dos professores ocorre em março - quando, pela obrigação legal, o valor das mensalidades foi definido em dezembro do ano anterior, e não pode ser modificado.
Essa diferença de pelo menos três meses entre a fixação do valor das mensalidades e o reajuste do corpo docente traz inúmeros inconvenientes. Naturalmente, os professores procuram obter um reajuste ao menos igual e, de preferência, superior ao das mensalidades pagas pelos alunos. Mas o grande fator de incerteza está no fato de que o sindicato dos professores sempre consegue um reajuste muito acima do reajuste das mensalidades escolares. Já houve ano em que o dissídio demorou diversos meses e as escolas tiveram de reajustar os salários dos professores em quase o dobro do que havia sido previsto.
É uma situação que explica por que as mensalidades são fixadas acima da inflação, porque as escolas têm de prever uma margem que lhes permita enfrentar o reajuste dos salários do corpo docente. A solução seria ou mudar a data do dissídio ou permitir reajuste à luz do acordo salarial.
Valorização do professor é eixo central do PNE
Valorização do professor é eixo central do novo Plano Nacional de Educação, diz Haddad,Ministro afirmou que texto terá metas para cada etapa do ensino
Da Agência Brasil.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (13) que a valorização do professor será o eixo central do novo PNE (Plano Nacional de Educação), que deve ser entregue pelo governo ao Congresso Nacional na próxima quarta-feira (16).
Durante participação no programa Café com o Presidente, Haddad afirmou que o texto terá metas para cada etapa da educação, desde a infantil até a profissional. Mas, segundo ele, a próxima década precisa ser do professor.
- O professor brasileiro ainda ganha, em média, 60% do que ganham os demais profissionais de nível superior, e nós queremos encurtar essa distância para que a carreira do magistério não perca talentos para as demais profissões.
O ministro lembrou que, na semana passada, dados do Pisa (Programa Internacional de Avaliação Estudantil) indicaram que o Brasil foi o terceiro país avaliado que mais evoluiu na qualidade da educação – ficando atrás de Luxemburgo e do Chile.
Para Haddad, o estudo demonstra que a educação brasileira está “no rumo certo”, crescendo em quantidade mas também em qualidade.
- Agora, trata-se de acelerar o passo.
Lei que cria produto específico para a área da educação está em estudo
Por: Valeska Andrade
Os produtos para crianças da previdência privada, sucesso de venda no mercado nos últimos seis anos, costumam registrar crescimento substancial no último trimestre do ano.
De janeiro a setembro de 2010, o setor captou cerca de R$ 1 bilhão, frente a R$ 3,3 bilhões em todo o ano de 2009, segundo os dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi).
Tais planos vêm superando o crescimento dos produtos destinados aos adultos. Como no Brasil não há um plano de previdência especificamente educacional, os juvenis cumprem essa função.
Está em negociação a aprovação de lei que crie um produto educacional com previsão de incentivo fiscal. Não haveria incidência de tributo sobre o benefício, se efetivamente usado para gastos com educação.
Fonte: Valor Econômico (SP)
Repetência no Brasil é uma das mais altas
Por: Valeska Andrade
A taxa de repetência dos alunos da primeira série da educação primária no Brasil é de 24,5%, uma das maiores da América Latina e Caribe. É o que aponta a publicação Situação da Educação na América Latina e Caribe 2010, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
O estudo também mostra que a taxa de matrícula na educação pré-primária ainda é baixa no País. Apenas 50% dos meninos e meninas entre 4 e 5 anos estavam matriculados nesse nível educacional, enquanto a média dos outros países da América Latina era de 65,3%.
Já o percentual de matriculas na educação primária (6 a 11 anos) era de 95%, perto da média da região (95,3%). No entanto, o aumento entre 2000 a 2008 foi de apenas 2,6%. Ontem, foram anunciados só parte dos dados. A pesquisa completa será divulgada em 2011.
Fonte: O Globo (RJ); Estado de Minas (MG)
A taxa de repetência dos alunos da primeira série da educação primária no Brasil é de 24,5%, uma das maiores da América Latina e Caribe. É o que aponta a publicação Situação da Educação na América Latina e Caribe 2010, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
O estudo também mostra que a taxa de matrícula na educação pré-primária ainda é baixa no País. Apenas 50% dos meninos e meninas entre 4 e 5 anos estavam matriculados nesse nível educacional, enquanto a média dos outros países da América Latina era de 65,3%.
Já o percentual de matriculas na educação primária (6 a 11 anos) era de 95%, perto da média da região (95,3%). No entanto, o aumento entre 2000 a 2008 foi de apenas 2,6%. Ontem, foram anunciados só parte dos dados. A pesquisa completa será divulgada em 2011.
Fonte: O Globo (RJ); Estado de Minas (MG)
MUDANÇAS Lula diz que envia novo Plano Nacional de Educação
Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje (13) que vai enviar o novo Plano Nacional de Educação (PNE) ao Congresso Nacional na próxima quarta-feira (15). “Estaremos deixando público o compromisso do governo brasileiro até 2020”, disse em seu programa semanal Café com o Presidente.
Entidades da área educacional já haviam pedido urgência na divulgação do texto. Uma carta foi enviada ao Ministério da Educação (MEC) e à Presidência da República para que o projeto fosse encaminhado ao Congresso Nacional antes do recesso parlamentar, que deve começar nesta semana, logo que for votado o Orçamento de 2011.
Lula lembrou que o novo PNE não deve ser visto como um programa de governo, uma vez que tem a duração de dez anos. “O que é importante é que as metas são ambiciosas”, disse, ao citar a previsão de chegar a 7% do Produto Interno Bruto (PIB) investidos em educação até 2020.
“[A qualidade da educação] é um desafio para a futura presidenta do Brasil, a companheira Dilma Rousseff. É um desafio para quem for escolhido por ela para ser ministro da Educação”, afirmou.
Lula destacou os investimentos em educação superior feitos nos últimos oito anos, mas avaliou que é preciso, a partir de agora, “mais ousadia” no ensino fundamental.
O atual Plano Nacional de Educação vigora até 31 de dezembro
domingo, 12 de dezembro de 2010
Aula de pintura estimula criatividade de pessoas com deficiência
Alunas expressam sentimentos e personalidade nas telas
DO G1
Pessoas com deficiências físicas e intelectuais recorrem à pintura para auxiliar no desenvolvimento da criatividade. Em Campo Grande, aulas permitem que os alunos expressem sentimentos e sua personalidade nas telas.
A estudante Priscila Cardoso, de 17 anos, tem síndrome de down. A aula de pintura tem ajudado a estimular seu raciocínio e sua criatividade. O mesmo acontece com Stefany Capuri, de 19 anos, que nasceu com uma doença hereditária e ficou com sequelas.
Na aula de pintura, as alunas aprendem a desenvolver seu próprio estilo, o que pode ser notado nas telas. Elas expressam, na arte, sua personalidade, seus sonhos e suas emoções. Aninha, 35 anos, é a mais velha da turma. Ela teve meningite na infância e por isso teve alguns movimentos limitados. Aninha não fala, mas a arte, segundo sua mãe, Maria Aparecida Gonçalves, é capaz de traduzir os sentimentos da filha.
"É uma interação muito legal. Elas têm muito o que ensinar para nós. Lições de vida, de superação, de não se deixar abater, superar os limites, essa alegria de viver apesar da deficiência", diz a professora Lucia Maria Pereira.
Alunos de projeto social expõem fotos na Capital
"Poesia Necessária" leva cursos a adolescentes desde 2006
DIÁRIO DE CUIABÁ
A exposição "Jovens Olhares" reúne 50 fotografias do Centro Histórico de Cuiabá e tem a curadoria do fotógrafo André Rondon e da jornalista e fotógrafa Isa Sousa. Ambos ministraram as aulas de fotografia para o projeto Poesia Necessária em 2010. Essa exposição é o resultado das aulas de campo que foram realizadas no centro de Cuiabá. Também esta na exposição um varal de poesias que reúne mais de 50 poemas escritos pelos estudantes das escolas Estaduais Cesário Neto e Nilo Povoas, que participaram das oficinas.
O Poesia Necessária surgiu no ano de 2006 com o intuito de incentivar a leitura e divulgar a poesia nas escolas públicas de Cuiabá - MT. Esta iniciativa vem para colaborar e contribuir no ensino de Literatura e Linguagem. Dessa forma, busca ampliar e fomentar a temática no âmbito escolar, para educando e educadores.
Produção poética
O projeto nesses cinco anos de atividades atendeu 323 alunos nas escolas Estaduais Raimundo Pinheiro, Ferreira Mendes, Nilo Póvoas e Cesário Neto localizadas em Cuiabá. Possui dois livros publicados, e no final de 2008 foi contemplado pelo Prêmio Pontinho de Leitura que dispõem de um espaço equipado e com mais de 500 títulos em diversas categorias de literatura Brasileira, infanto-juvenil e Infantil, além de gibis que dão suporte ao trabalho desenvolvido.
O Poesia Necessária tem a leitura, a escrita e a literatura como matéria-prima.
A difusão de iniciativas como essa que privilegiam práticas de incentivo a leitura e a produção poético-literária e textual são importantes à medida que constituem em alimento intelectual para o crescimento do indivíduo, o que reflete a toda sociedade, segundo a coordenadora pedagógica do Projeto, Viviene Lozi.
O projeto se articula muito na formação de leitores autônomos e críticos capazes de ler e escrever e assim promover novas práticas de leitura.
As linguagens também se misturam na medida em que ela transversalisa (cultura e educação) e descobre a fotografia e os blogs, que despertam a percepção do olhar, do designer, da semiótica e do conceito da educação 2.0, formando uma rede de saberes e fazeres provocadas pela era do conhecimento e das artes.
Em linhas gerais, a iniciativa destina-se a realização de oficinas e palestras em escolas públicas, tendo como público-alvo estudantes do ensino médio, voltada para fomentar a leitura, por intermédio da literatura e da poesia, estimulando a produção poético-literária pelos participantes, para a posterior edição em um livro. O trabalho conta ainda com a participação de fotógrafos, designers, blogueiros, escritores, poetas, artistas e produtores culturais, além dos professores das escolas.
Em 2010 uma nova fase iniciou-se cheia de novidades, mas nunca se esquecendo do objetivo pioneiro de levar de forma mais aprofundada e também criativa a poesia para escolas públicas. Oficinas envolvendo poesia, fotografia, cultura digital, design e muito mais puderam ser praticadas e desenvolvidas pelos alunos das escolas participantes que trabalharam a temática do Centro Histórico de Cuiabá.
As escolas escolhidas em 2010 foram o Nilo Póvoas e o Antônio Cesário Neto, ambas localizadas no entorno do Museu de Arte Sacra de Mato Grosso, onde o Pontão Ação Cultural em Rede sedia as oficinas do projeto e as atividades do pontinho de leitura.
Aula de Blog
O projeto tem oficineiros de peso. Se a produção poética ficou por conta de Antônio Sodré e de Irmar Chaves (Neneto), a criação e designer de blog com Anderson Mostrinho e na fotográfica com André Rondon e Isa Sousa. O projeto recebeu o Superintendente Regional de Mato Grosso do IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Cláudio Conte, que ministrou uma palestra a convite do projeto na Escola Cesário Neto Sobre o Centro Histórico de Cuiabá.
Aula de Fotografia
Neste ano o Poesia Necessária foi contemplado pelo edital do Instituto HSBC Solidariedade em que a Ação Cultural foi a proponente. Além deste edital, o projeto ganhou novos reforços com editais do Ministério da Cultura como o Bolsa Agente Escola Viva e o Bolsa Agente Cultura Viva que estão em fase de conveniamento.
Durante o ano, muitas atividades foram realizadas e criações diversas surgiram a partir do conteúdo ministrado nas oficinas. Poesias, Blogs e Fotografias puderam ser conferidas na primeira exposição que marcou o encerramento do primeiro semestre, realizado no final do mês de junho, no MASMT - Museu de Arte Sacra. A exposição trouxe alguns dos produtos gerados com a realização do projeto e que puderam ser visualizados pelas escolas, turistas e comunidade em geral. A 1ª exposição teve duração de um mês e recebeu um público de aproximadamente duas mil pessoas, também foi uma maneira das instituições envolvidas mensurarem os resultados obtidos pela iniciativa.
A exposição "Jovens Olhares" foi aberta nesta semana e reúne belíssimas fotos que foram tiradas na Casa Barão de Melgaço, Palácio da Instrução, Museu Histórico de Mato Grosso, Museu de Arte Sacra, Igrejas, Praças, Ruas do Centro Histórico de Cuiabá que retratam o olhar poético dos participantes através das lentes.
SERVIÇO
O QUE: Exposição "Jovens Olhares"
LOCAL: Museu de Arte Sacra de Mato Grosso (MASMT)
QUANDO: a partir de 09/12
HORÁRIO: a partir das 14 horas
AGENDAMENTO: 3028-6286
MAIS INFORMAÇÕES: www.acaocultural.org ou www.poesianecessaria.blogspot.com
Mortalidade infantil brasileira
Por: Valeska Andrade
O Brasil mantém queda acelerada na taxa de mortalidade infantil. Mas, o índice ainda está longe dos níveis estipulados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, em 2009, houve 22,47 óbitos de meninos e meninas com um ano de idade para cada mil crianças nascidas vivas.
Em 1980, o número era três vezes maior (69,12). Entre os 29 países que lideram um ranking com os menores índices, os cinco primeiros são desenvolvidos. Neles, o número de mortes não passa de quatro para cada mil crianças nascidas.
O Brasil está em 22º lugar, atrás da Venezuela (19º), Colômbia (20º) e El Salvador (21º). Ganha apenas de Serra Leoa, (104,3), Costa do Marfim (86,8), Haiti (62,4), Índia (54,6) e China (22,9). Desafio para a nova presidente!
Fonte: Hoje em Dia – Online (MG)
O Brasil mantém queda acelerada na taxa de mortalidade infantil. Mas, o índice ainda está longe dos níveis estipulados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, em 2009, houve 22,47 óbitos de meninos e meninas com um ano de idade para cada mil crianças nascidas vivas.
Em 1980, o número era três vezes maior (69,12). Entre os 29 países que lideram um ranking com os menores índices, os cinco primeiros são desenvolvidos. Neles, o número de mortes não passa de quatro para cada mil crianças nascidas.
O Brasil está em 22º lugar, atrás da Venezuela (19º), Colômbia (20º) e El Salvador (21º). Ganha apenas de Serra Leoa, (104,3), Costa do Marfim (86,8), Haiti (62,4), Índia (54,6) e China (22,9). Desafio para a nova presidente!
Fonte: Hoje em Dia – Online (MG)
Educação básica só terá nível adequado em 2050
Por: Valeska Andrade
Mantido o atual ritmo, a educação básica brasileira atingirá um nível de qualidade considerado adequado apenas daqui a 40 anos, conforme projeção de estudo divulgado no último dia 1º de dezembro pela ONG Todos pela Educação.
O movimento, formado por empresários, educadores e gestores, fixou como meta para 2022 que 70% dos estudantes tenham conhecimento adequado para a sua série.
Hoje o melhor desempenho aparece no 5º ano do ensino fundamental, em português, no qual 34,2% dos alunos alcançaram a nota esperada.
O movimento defende cinco ações para que os objetivos sejam alcançados no tempo esperado, como valorização do professor e punição de gestores que não cumprirem normas ou metas da área.
De positivo, a ONG aponta o aumento do investimento na educação básica e a expansão de matrículas de crianças de baixa renda.
Mantido o atual ritmo, a educação básica brasileira atingirá um nível de qualidade considerado adequado apenas daqui a 40 anos, conforme projeção de estudo divulgado no último dia 1º de dezembro pela ONG Todos pela Educação.
O movimento, formado por empresários, educadores e gestores, fixou como meta para 2022 que 70% dos estudantes tenham conhecimento adequado para a sua série.
Hoje o melhor desempenho aparece no 5º ano do ensino fundamental, em português, no qual 34,2% dos alunos alcançaram a nota esperada.
O movimento defende cinco ações para que os objetivos sejam alcançados no tempo esperado, como valorização do professor e punição de gestores que não cumprirem normas ou metas da área.
De positivo, a ONG aponta o aumento do investimento na educação básica e a expansão de matrículas de crianças de baixa renda.
Apresentada coleção da Unesco com versão em português
www.educacaoatarde.com.br
Gabriela Mangabeira
A coleção História Geral da África, em língua portuguesa, foi apresentada ontem (9), em Brasília, pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, e pelo representante no Brasil da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), Vincent Defourny.
O conjunto da obra, que conta a pré-história do continente africano e sua história até a década de 1980, será distribuído pelo Ministério da Educação nas bibliotecas públicas do país, em universidades, conselhos estaduais de educação e ministérios públicos estaduais, em janeiro de 2011. A tiragem será de oito mil exemplares.
A coleção, formada por oito livros, estará disponível também por meio eletrônico, para leitura e impressão, nas páginas eletrônicas do MEC e da Unesco.
Fonte: http://www.nota10.com.br/noticia-detalhe/6445_Apresentada-colecao-da-Unesco-com-versao-em-portugues
Gabriela Mangabeira
A coleção História Geral da África, em língua portuguesa, foi apresentada ontem (9), em Brasília, pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, e pelo representante no Brasil da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), Vincent Defourny.
O conjunto da obra, que conta a pré-história do continente africano e sua história até a década de 1980, será distribuído pelo Ministério da Educação nas bibliotecas públicas do país, em universidades, conselhos estaduais de educação e ministérios públicos estaduais, em janeiro de 2011. A tiragem será de oito mil exemplares.
A coleção, formada por oito livros, estará disponível também por meio eletrônico, para leitura e impressão, nas páginas eletrônicas do MEC e da Unesco.
Fonte: http://www.nota10.com.br/noticia-detalhe/6445_Apresentada-colecao-da-Unesco-com-versao-em-portugues
Diversidade cultural é chave para o desenvolvimento
www.educacaoatarde.com.br
Gabriela Mangabeira
O representante da Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil, Vincent Defourny, afirmou hoje (9) que o reconhecimento da diversidade cultural brasileira é uma das chaves para o desenvolvimento do país.
Durante o lançamento de uma coleção sobre a história geral da África, produzida pela Unesco e traduzida para o português, Defourny elogiou a cooperação sul-sul e se referiu ao Brasil como “um jogador cada vez mais de primeira divisão e estratégico, que quer reconstruir a ponte da escravidão, mas no sentido oposto”.
A coleção, inicialmente prevista para ser lançada em novembro, é formada por oito volumes. Para o representante da Unesco no Brasil, os livros representam “a pedra fundamental” do conhecimento brasileiro sobre o continente africano.
“Durante séculos, se falou que a África era um continente sem história. A Unesco assumiu esse desafio e conseguiu reunir mais de 350 historiadores, a maioria africanos, para fazer um trabalho que demorou mais de 30 anos”, contou.
O adido cultural da Embaixada da República de Angola no Brasil, Carlos Lamartine, elogiou a iniciativa e cobrou que os livros sejam distribuídos também aos países africanos de língua portuguesa. “É nosso desejo trabalharmos também no sentido da disseminação da coleção pelos territórios dos nossos países, para que se generalize esse conhecimento”, disse.
Para a professora e ex-integrante do Conselho Nacional de Educação (CNE), Petronilha Gonçalves, o lançamento dos livros em português representa o fruto de um trabalho de séculos. “Um trabalho dos nossos antepassados, que vieram para o Brasil de forma tão triste e difícil, mas que construíram um outro povo, os africanos brasileiros.”
Fonte: http://educacao.uol.com.br/ultnot/2010/12/09/reconhecimento-da-diversidade-cultural-e-chave-para-o-desenvolvimento-diz-unesco.jhtm
Gabriela Mangabeira
O representante da Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil, Vincent Defourny, afirmou hoje (9) que o reconhecimento da diversidade cultural brasileira é uma das chaves para o desenvolvimento do país.
Durante o lançamento de uma coleção sobre a história geral da África, produzida pela Unesco e traduzida para o português, Defourny elogiou a cooperação sul-sul e se referiu ao Brasil como “um jogador cada vez mais de primeira divisão e estratégico, que quer reconstruir a ponte da escravidão, mas no sentido oposto”.
A coleção, inicialmente prevista para ser lançada em novembro, é formada por oito volumes. Para o representante da Unesco no Brasil, os livros representam “a pedra fundamental” do conhecimento brasileiro sobre o continente africano.
“Durante séculos, se falou que a África era um continente sem história. A Unesco assumiu esse desafio e conseguiu reunir mais de 350 historiadores, a maioria africanos, para fazer um trabalho que demorou mais de 30 anos”, contou.
O adido cultural da Embaixada da República de Angola no Brasil, Carlos Lamartine, elogiou a iniciativa e cobrou que os livros sejam distribuídos também aos países africanos de língua portuguesa. “É nosso desejo trabalharmos também no sentido da disseminação da coleção pelos territórios dos nossos países, para que se generalize esse conhecimento”, disse.
Para a professora e ex-integrante do Conselho Nacional de Educação (CNE), Petronilha Gonçalves, o lançamento dos livros em português representa o fruto de um trabalho de séculos. “Um trabalho dos nossos antepassados, que vieram para o Brasil de forma tão triste e difícil, mas que construíram um outro povo, os africanos brasileiros.”
Fonte: http://educacao.uol.com.br/ultnot/2010/12/09/reconhecimento-da-diversidade-cultural-e-chave-para-o-desenvolvimento-diz-unesco.jhtm
Renda familiar impacta mais no Pisa que investimento por aluno
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Gabriela Mangabeira
O investimento médio anual por aluno de cada Estado brasileiro não tem impacto direto no desempenho do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), divulgado nesta semana. Isso significa que a quantidade de dinheiro aplicada por estudante não está surtindo efeito nas notas. Segundo levantamento do Movimento Todos pela Educação, a renda familiar tem peso maior.
É o caso de Roraima, o segundo Estado brasileiro que mais investe em valores anuais por aluno – um total de R$ 4.365,37 -, mas figura em 18.º no ranking do Pisa. A situação inversa – menos gasto e melhor desempenho – é observada em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Os três Estados, que ficaram entre os quatro mais bem colocados no ranking do Pisa, investem anualmente menos que R$ 2,5 mil por estudante.
Segundo o levantamento do Todos pela Educação, feito com base nos dados de leitura, a relação só se aplica no Distrito Federal, que obteve a maior média do País no exame, com 439 pontos, e detém também o maior investimento médio (R$ 4.834,43). Já São Paulo, 7.ª posição entre as notas dos Estados, tem o 9.º maior gasto.
Para Mozart Neves Ramos, do Todos Pela Educação, as verbas destinadas à educação só têm efeito quando realmente são revertidas em políticas estaduais eficientes. “Isso só se traduz quando o Estado aplica bem o dinheiro. É o caso de Minas Gerais, por exemplo, que tem uma renda mais baixa, mas aparece entre os primeiros no Pisa.”
Um fator que demonstra maior influência no desempenho é a renda familiar por pessoa – quanto maior ela for, maior a pontuação do Estado no Pisa. Novamente é citado o caso do Distrito Federal, que, além da maior nota, tem a maior renda do País – R$ 1.324. Já Alagoas, além de ter o menor rendimento mensal per capita (R$ 339), tem a pior nota no Pisa: 354 pontos.
A avaliação também ressalta as desigualdades do Brasil. Entre o primeiro e o último colocado, percebem-se 85 pontos de diferença no Pisa e R$ 985 na renda per capita. “A relação entre renda e escolaridade no Brasil é algo natural”, afirma Daniel Cara, coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.
Objetivos.
A falta de relação entre a quantidade de dinheiro investido pelos governos e as notas é apontada também entre os países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que não inclui o Brasil. Segundo o relatório do Pisa, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita de um país explica apenas 6% da diferença de desempenho. Os outros 94% refletem o potencial da política pública dos sistemas.
O novo Plano Nacional de Educação (PNE), que vai ditar as metas do País na próxima década, deve ser apresentado no dia 27, como o Estado adiantou ontem. O plano deve alcançar um investimento de 7% do PIB na área – hoje, o gasto público é de 5%.
Para Ilona Becskeházy, diretora executiva da Fundação Lemann, destacar uma parcela do PIB não garante dinheiro na educação. “Temos de ancorar esse gasto. O governo acredita que o PIB vai crescer, mas e se houver recessão? Nossa sociedade precisa escolher sua prioridade.”
Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101210/not_imp651964,0.php
Gabriela Mangabeira
O investimento médio anual por aluno de cada Estado brasileiro não tem impacto direto no desempenho do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), divulgado nesta semana. Isso significa que a quantidade de dinheiro aplicada por estudante não está surtindo efeito nas notas. Segundo levantamento do Movimento Todos pela Educação, a renda familiar tem peso maior.
É o caso de Roraima, o segundo Estado brasileiro que mais investe em valores anuais por aluno – um total de R$ 4.365,37 -, mas figura em 18.º no ranking do Pisa. A situação inversa – menos gasto e melhor desempenho – é observada em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Os três Estados, que ficaram entre os quatro mais bem colocados no ranking do Pisa, investem anualmente menos que R$ 2,5 mil por estudante.
Segundo o levantamento do Todos pela Educação, feito com base nos dados de leitura, a relação só se aplica no Distrito Federal, que obteve a maior média do País no exame, com 439 pontos, e detém também o maior investimento médio (R$ 4.834,43). Já São Paulo, 7.ª posição entre as notas dos Estados, tem o 9.º maior gasto.
Para Mozart Neves Ramos, do Todos Pela Educação, as verbas destinadas à educação só têm efeito quando realmente são revertidas em políticas estaduais eficientes. “Isso só se traduz quando o Estado aplica bem o dinheiro. É o caso de Minas Gerais, por exemplo, que tem uma renda mais baixa, mas aparece entre os primeiros no Pisa.”
Um fator que demonstra maior influência no desempenho é a renda familiar por pessoa – quanto maior ela for, maior a pontuação do Estado no Pisa. Novamente é citado o caso do Distrito Federal, que, além da maior nota, tem a maior renda do País – R$ 1.324. Já Alagoas, além de ter o menor rendimento mensal per capita (R$ 339), tem a pior nota no Pisa: 354 pontos.
A avaliação também ressalta as desigualdades do Brasil. Entre o primeiro e o último colocado, percebem-se 85 pontos de diferença no Pisa e R$ 985 na renda per capita. “A relação entre renda e escolaridade no Brasil é algo natural”, afirma Daniel Cara, coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.
Objetivos.
A falta de relação entre a quantidade de dinheiro investido pelos governos e as notas é apontada também entre os países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que não inclui o Brasil. Segundo o relatório do Pisa, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita de um país explica apenas 6% da diferença de desempenho. Os outros 94% refletem o potencial da política pública dos sistemas.
O novo Plano Nacional de Educação (PNE), que vai ditar as metas do País na próxima década, deve ser apresentado no dia 27, como o Estado adiantou ontem. O plano deve alcançar um investimento de 7% do PIB na área – hoje, o gasto público é de 5%.
Para Ilona Becskeházy, diretora executiva da Fundação Lemann, destacar uma parcela do PIB não garante dinheiro na educação. “Temos de ancorar esse gasto. O governo acredita que o PIB vai crescer, mas e se houver recessão? Nossa sociedade precisa escolher sua prioridade.”
Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101210/not_imp651964,0.php
Brasil terá escola para pesquisar sistema carcerário
www.educacaoatarde.com.br
Gabriela Mangabeira
O Brasil deve inaugurar, no segundo semestre de 2012, uma escola para estudar o sistema penitenciário nacional e propor estratégias para modernizá-lo. A ideia é que a escola analise a eficiência de penas alternativas e proponha meios para implantar um sistema educacional para a população carcerária.
A Escola Penitenciária Nacional deverá produzir pesquisas sobre direito penitenciário e direito penal, a partir de parceiras com universidades e com programas de mestrado e doutorado. “Visamos montar um centro de professores mestres e doutores, que, inclusive produzam comparações do Brasil com outros países”, afirma o diretor geral do Departamento Penitenciário Nacional, Airton Michels.
O início das obras de construção da escola, que será sediada em Brasília (DF), está previsto para 2011 e o término para a metade de 2012, quando a escola deve começar a funcionar. Até lá, o Ministério da Justiça, responsável pela iniciativa, deve elaborar as matrizes curriculares da instituição.
Já está previsto, porém, que ela aborde nas pesquisas temas como os motivos do aumento da criminalidade, meios de potencializar penas alternativas, o por que da reincidência e estratégias para implantar um sistema de educação nos presídios. “Esse ponto é um desafio, porque o tempo de detenção varia muito e cada estado deve ter uma política própria”, avalia Michels.
Além das pesquisas, a escola vai oferecer cursos de formação para agentes penitenciários federais. Ela também prevê parcerias com estados para capacitar gestores e profissionais da área. “Vamos produzir um conhecimento que será repassado para os estados, por meio, por exemplo, da formação de psicólogos, assistentes sociais e psiquiatras”, conta do diretor.
“Queremos buscar na ciência formas mais eficientes de trabalharmos o sistema prisional, principalmente porque observamos que há muitas prisões e não há redução na criminalidade”, diz Michels. “As pesquisas podem nos ajudar a encontrar soluções para problemas de reincidência e de dificuldade de cumprir penas sociais”.
Fonte: http://aprendiz.uol.com.br/content/clotopithi.mmp
Gabriela Mangabeira
O Brasil deve inaugurar, no segundo semestre de 2012, uma escola para estudar o sistema penitenciário nacional e propor estratégias para modernizá-lo. A ideia é que a escola analise a eficiência de penas alternativas e proponha meios para implantar um sistema educacional para a população carcerária.
A Escola Penitenciária Nacional deverá produzir pesquisas sobre direito penitenciário e direito penal, a partir de parceiras com universidades e com programas de mestrado e doutorado. “Visamos montar um centro de professores mestres e doutores, que, inclusive produzam comparações do Brasil com outros países”, afirma o diretor geral do Departamento Penitenciário Nacional, Airton Michels.
O início das obras de construção da escola, que será sediada em Brasília (DF), está previsto para 2011 e o término para a metade de 2012, quando a escola deve começar a funcionar. Até lá, o Ministério da Justiça, responsável pela iniciativa, deve elaborar as matrizes curriculares da instituição.
Já está previsto, porém, que ela aborde nas pesquisas temas como os motivos do aumento da criminalidade, meios de potencializar penas alternativas, o por que da reincidência e estratégias para implantar um sistema de educação nos presídios. “Esse ponto é um desafio, porque o tempo de detenção varia muito e cada estado deve ter uma política própria”, avalia Michels.
Além das pesquisas, a escola vai oferecer cursos de formação para agentes penitenciários federais. Ela também prevê parcerias com estados para capacitar gestores e profissionais da área. “Vamos produzir um conhecimento que será repassado para os estados, por meio, por exemplo, da formação de psicólogos, assistentes sociais e psiquiatras”, conta do diretor.
“Queremos buscar na ciência formas mais eficientes de trabalharmos o sistema prisional, principalmente porque observamos que há muitas prisões e não há redução na criminalidade”, diz Michels. “As pesquisas podem nos ajudar a encontrar soluções para problemas de reincidência e de dificuldade de cumprir penas sociais”.
Fonte: http://aprendiz.uol.com.br/content/clotopithi.mmp
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