quinta-feira, 28 de julho de 2011

CÉREBRODE PIPOCA

por Gilberto Dimenstein*

"Quem faz muitas tarefas ao mesmo tempo, condicionando seu cérebro, ficamenos funcional. Não sabe perceber as emoções e trabalhar em equipe, não sabefocar o que é relevante e tem dificuldade de estabelecer um projeto que exigeum mínimo de linearidade"

O Google anunciou, na semana passada, um projeto para enfrentar o Facebook,disposto a reinventar a mídia social. A notícia teve óbvio impacto mundial edespertou a curiosidade sobre mais uma rodada de inovações tecnológicas,capazes de nos fazer ainda mais conectados.

Nodia seguinte, porém, o Facebook reagiu e anunciou para esta semana uma novidadetambém de grande impacto, possivelmente em celulares. Para alguns psicólogosamericanos, esse tipo de disputa produz um efeito colateral, um distúrbio jábatizado de “cérebro de pipoca”.

Esse distúrbio é provocado pelomovimento caótico e constante de informações, exigindo que se executemsimultaneamente várias tarefas. Por causa de alterações químicas cerebrais, a vítima passa a terdificuldade de se concentrar em apenas um assunto e de lidar com coisas simplesdo cotidiano, como ler um livro, conversar com alguém sem interrupção oudirigir sem falar ao celular. É como se as pessoas tivessem dentro da cabeça aagitação do milho explodindo no óleo quente.

Afalta de foco gera entre os portadores do tal “cérebro de pipoca”um novo tipo de analfabetismo: o analfabetismo emocional, ou seja, adificuldade de ler as emoções no rosto, na postura ou na voz dos indivíduos, oque torna complicado o relacionamento interpessoal.

Souum tanto desconfiado de notícias alarmantes provocadas pelo surgimento de novastecnologias. Toda ruptura desencadeia uma onda de nostalgia e de temores emrelação ao futuro.

Masalgumas pesquisas em torno do “cérebro de pipoca” merecem atençãopor afetar o processo de aprendizagem. Uma delas foi realizada em Stanford, auniversidade que, por ajudar a criar o Vale do Silício, na Califórnia,impulsionou a tecnologia da informação.

Nesteano, Clifford Nass, professor de psicologia social na Universidade Stanford,apresentou, num seminário sobre tecnologia da informação, a pesquisa que fezcom jovens que passam muitas horas por dia na internet, acostumados a tocarmuitas tarefas ao mesmo tempo.

Elemostrou fotos com diversas expressões e pediu que os jovens identificassem asemoções. Constatou a dificuldade dos entrevistados. “Relacionamento é algo que se aprende lendo asemoções dos outros”, afirma Nass.

Oproblema, segundo ele, está tanto na falta de contato cara a cara com aspessoas como na dificuldade de manter o foco e verificar o que é relevante,percebendo sutilezas, o que exige atenção.

Ospesquisadores estão detectando há tempos uma série de distorções, como acompulsão para se manter conectado, semelhante a um vício.

Trata-sede uma inquietude permanente, provocada pela sensação de que o outro, naquelemomento, está fazendo algo mais interessante do que aquilo que se está fazendo.Tome o Facebook ou qualquer outra rede social.

Chegarama desenvolver um programa que envia para o celular da pessoa um aviso sempreque um amigo dela está se aproximando de onde ela está.

Oestímulo, porém, começa no mercado de trabalho. Vemos nos anúncios de empregouma demanda por pessoas que façam muitas coisas ao mesmo tempo.
Maso que Nass, o professor de Stanford, entre outros pesquisadores, defende é ocontrário. Quem faz muitas tarefas ao mesmo tempo, condicionando seu cérebro,fica menos funcional. Nãosabe perceber as emoções e trabalhar em equipe, não sabe focar o que érelevante e tem dificuldade de estabelecer um projeto que exige um mínimo delinearidade. Não sabe, em suma, diferenciar o valor das informações.

Não deixa de ser um pouco absurdo valorizar tanto os recursos tecnológicos que aproximamas pessoas virtualmente, mas que as afastam na vida real.
Daíse entende, em parte, segundo os pesquisadores, por que, em todo o mundo, estáexplodindo o consumo de remédios de tarja preta para tratar males como aansiedade e a hiperatividade.

PS– Perto da minha casa, aqui em Cambridge, há uma padaria artesanal, commesas comunitárias, que decidiu ir contra a corrente. Seus proprietáriossimplesmente proibiram que se usasse celular lá dentro para diminuir a poluiçãosonora e a agitação. Sucesso total. O efeito colateral: ficou difícil conseguir lugar.

*Gilberto Dimenstein é colunista e membro do Conselho Editorial da Folha deS.Paulo, comentarista da rádio CBN, e fundador da Associação Cidade EscolaAprendiz.

** Publicadooriginalmente no Portal Aprendiz.

Recbi do Korumbah

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Onde está a nossa história?

Iza Aparecida Saliés



Sabe que até agora estou passada de ver como foi e está sendo a repercussão da morte do Governador Dr. Garcia Neto, por parte dos ilustres políticos, por que não dizer, também de muitos mato-grossenses.

É uma pena que isso esteja acontecendo, parece que poucos sabem quem foi Garcia Neto, ou não conhecem a história de Mato Grosso.

Acho que não precisa, neste momento descrever o currículo desse político que até hoje carrega sobre os ombros o legado da divisão do estado. Dr.Garcia Neto ao assumir a gestão do estado recebeu do Governo Federal a missão de preparar o povo para a divisão do estado, isso aconteceu nos idos de 1977.

Fiquei pasma ao saber que o velório do Dr. Garcia Neto ocorreu na Capela dos Jardins. Como pode um homem que ajudou a desenvolver o estado antes e depois de dividido, realizando grandes obras para Cuiabá e para a região, não recebeu honras de estadista, ficou deselegante para Mato Grosso, por que não dizer foi uma gafe.

Confesso que nós cuiabanos tínhamos receio da divisão do estado, mas no bojo dessa intenção, tinha um projeto de colonização do norte do estado, ainda assim, continuamos temerosos com a nova situação, tivemos que engolir a divisão, pois não havia retorno era uma proposta do Governo Federal e pronto.

E o respeito a nossa história onde esta? Dr. Garcia Neto, político companheiro, homem de não deixar correligionário na estrada, amigo fiel. Ao solicitar para ele um pedido político, seus companheiros de partido podiam esperar sem resposta a pessoa não ficava, mesmo que não fosse naquele momento, depois você recebia o comunicado em sua residência, e na maioria das vezes, era positiva.

Professor Eduardo de Brito Ferreira da UDN de Rosário Oeste, já falecido, companheiro de Dr. Garcia Neto de partido, acompanhou sua trajetória política, era defensor ferrenho dele na cidade, juntos discutiam as estratégias políticas para o município, ao tomar o saudoso cafezinho, tomado escondido na porta do quintal da sua casa.

Sou admiradores da sua postura política, era homem público de palavra, de fidelidade partidária, de ideologia, a política para ele estava no sangue, nos gestos, na postura como ser humano, no sentimento, no simples aperto de mão, e no respeito aos seus companheiros de trajetória política.

Ainda bem que fiz parte dessa história, que não sabemos onde está.

Não ouve a voz da experiência, sofre.

Iza Aparecida Saliés - iza.salies.ap@gmail.com


Ao fazer as minhas leituras diárias na mídia, deparei novamente com notícia sobre o concurso, dizendo que as provas serão realizadas em três datas, o que não altera em quase nada o que já aconteceu.

A questão é como realizar um concurso de tamanha envergadura de diferentes áreas técnicas da gestão pública, que exige cargos e funções próprias para o desempenho do profissional no trabalho?

Os cargos oferecidos no concurso, possuem teorias e concepções próprias que demandam saberdes de diversas áreas do conhecimento como direito, contabilidade, física, química, matemática, português, estatística, geografia, geologia e outros mais.

Fiquei pensando, o problema do concurso é a gestão dele, parece que o grupo que está conduzindo o certame não domina as artimanhas do serviço público, ou não quer ouvir que sabe.

Cada dia que passa sai uma notícia sobre o concurso parece até que estão tentando várias possibilidades, sem a certeza do sucesso.

Não podemos negar que o vexame foi maior que a encomenda. Qualquer funcionário público de carreira sabe, e creio que profetizou que esse concurso não daria certo da forma que eles queria fazer, não porque estavam torcendo para não dar certo, pelo contrário, pela experiência que temos de fazer concurso e nunca deu errado.

Sabemos selecionar as instituições que queremos, sabemos que prova queremos e precisamos, sabemos selecionar conteúdos, sabemos o perfil de entrada que precisamos para cada cargo, e mais, conhecemos as instituições do mercado que trabalham com concurso.

Ficou visível a total demonstração de falta de visão de gestão pública por parte dos organizadores do concurso ou não quis ouvir quem tem experiência.

Sei que na Sad e em qualquer órgão do Estado que está participando desse evento, possui técnicos competentes para conduzir o concurso, ciente dos passos necessários para realizá-lo o concurso é um processo, tem todo um ritual obrigatório que precisa ser cumprido, caso deixe de fazer, pode esperar, vai dar tudo errado depois, como deu.

Era notório que o governo queria realizar um hiper mega concurso público, e acabou colocando Mato Grosso no cenário nacional como incompetente coisa que nunca fomos, sabemos fazer bem feito, isso para nós servidores é café pequeno. Só para citar um exemplo, a educação é uma área do governo bastante específica, que requer funções próprias, que devem ser cobradas e selecionadas para compor o perfil do futuro docente, assim como a segurança, o planejamento, a fazenda, todas requerem especificidades de finalidades.

Não entendo por que o governo deixou a cargo da Unemat todas as fases e procedimentos para a realização do concurso, a inscrição, a prova, a logística. Não é função de a Sad acompanhar e monitorar a instituição realizadora do evento em todo o percurso e verificar os problemas? Será que os organizadores não sabiam que a instituição estava com problemas internos de gestão?

Qualquer pessoa comum viu pelos jornais os problemas de inscrição, dificuldades de acesso à web da Sad e da Unemat para o atendimento ao público, enfim, situações que não foram solucionados antes da realização do mesmo, seja, pelo órgão responsável (Sad) ou pela instituição contratada para o serviço (Unemat).

É sabido que a Unemat não tinha aporte técnico e estrutural suficiente para atender tal demanda, ainda assim, o governo insiste em quer que a mesma instituição? Só que agora “pediu ajuda aos universitários” (UFMT).

Sem sal e sem graça.

Iza Aparecida Saliés

Tive uma grande surpresa ao assisti a minissérie Dalva e Herivelto, da rede globo, depois do segundo capítulo percebi que não vivenciaria grandes emoções, pois faltou enredo e beleza. Percebi também, que a obra estava empobrecida de texto e contexto significativos sobre a história dos protagonistas.

A obra da autora estava centrada em situações comportamentais, a cenas foram direcionadas para o cotidiano da vida deles, sem aprofundar nos tramas que pareciam conquistas, sucesso. As cenas de brigas, discussões, gritos e agressões foram a tônica da minissérie.

Ao expor a vida profana e tumultuosa dos atores principais, a autora deixou de explorar o lado profissional deles, as conquistas, as lutas para cantar na Rádio Nacional. Pouco se sabe sobre trajetória de sucesso que eles tiveram e como isso repercutiu e ainda repercute para a história da música brasileira.

As composições musicais não foram exploradas pela autora, ou seja, como foi escrita? Em que momento da vida deles, elas surgiram? E o trio? Seu sucesso? Vejo que houve fragilidade quanto ao aspecto histórico do trio e a contribuição do grupo para a música brasileira da época e de agora.

As cenas foram mornas, pouco instigantes e provocativas, ficaram na superficialidade do texto, sem aprofundar na realidade dos fatos, parece até que não podia expor mais sobre o assunto.

Confesso que assisti pálidas cenas de conflito, urgias, empobrecidas no seu texto e contexto, não despertando o encantamento esperado.

Esperei por muito, e acabei assistindo uma trama sem sal e sem graça.

Futilidade também tem utilidade

Iza Aparecida Saliés

Desta vez resolvi assistir o BBB, com atenção, observado os acontecimentos e as situações inusitadas que acontecem no cotidiano do programa.

No dia da abertura do programa percebi um fato, que me causou estranheza, foi no momento em que a Angélica disse para Eliane ficar quieta, como se ela não pudesse fazer parte da conversa, em que todos estavam participando.

Mas, Angélica não satisfeita com o ocorrido na sala, teve um papo particular com a mesma, momento em que soltou suas fúrias pessoais na humilde da Eliana, que nem percebeu ter incomodado a princesa.

As contestações da Angélica com a menina não passaram de coisa pequena, porque não dizer insignificante, a menina ficou assustada, sem entender o acontecido. Quem quer aparecer mais?

Bom, agora vamos falar do apresentador Pedro Bial, ao dizer que a banca que fez a seleção “tem pluralismo, um conceito inteligente” será que ele sabe o que significa pluralismo?

Pluralismo inteligente não é colocar pessoas de opção sexual, o seja, homo no programa e explorar sua condição pessoal, isso não quer dizer que a globo está agindo com pluralismo de idéias, pensamento e concepções, assim sendo, não estão sendo inteligentes, retratando desconhecimento sobre o assunto.

Percebi também que perguntas feitas por eles na maioria das vezes são indiscretas, as brincadeiras são jocosas conduzindo a atitudes desprovidas de sensatez e colocando as pessoas em situação constrangedora. Agindo assim, o apresentador precisa aprofundar seus conhecimentos sobre os conceitos de alteridade, diversidade e pluralismo.

O que parece é que os gays estão no programa para agirem como os palhaços do BBB, se não sabem ou não foi acordado, sinto muito, estão sendo.
Qual a necessidade de apresentar a opção sexual deles? Sei que não tem problemas em declarar a sexualidade deles, então, com que intenção está fazendo isso?

A diversidade sexual não está sendo respeitada pelo programa, Bial precisa entender o devido conceito, posto que a perspectiva seja de aceitação das pessoas do jeitinho que elas são dessa forma estaremos contribuindo com a formação dos jovens que estão assistindo o programa.

Outro detalhe percebido é a improvisação, as atitudes tomadas pelo apresentador no programa, ora o líder é fulano ora é sicrano, demonstrando despreparo por parte da produção do programa.

Ah! Quero falar também, sobre o beijo entre Serginho e Dicesar que para mim, pareceu coisa combinada, a revelação e a euforia dos dois estavam muito aparente, transbordante, o foco da atenção do programa estava direcionado para eles, os gays, ou seja, os coloridos.

Para chocar de verdade o beijo deveria ser entre um gay e um homem, ai sim, seria um beijo estarrecedor, mas, de uma dupla homossexual isso não caracteriza beijo colorido.

Outra coisa que me chamou a atenção foi à discussão sobre a tatuagem nas costas de um rapaz que parece ter sido eliminado por isso, Marcelo Dourado e o ex-brother Rafael Valente estavam conversavam sobre o caso quando Elenita entrou na conversa e aproveitou para dar uma aula sobre os aspectos históricos e o que representa para a humanidade esse símbolo, seus significados e ressignificados.

Cabe ressaltar que toda essa discussão sobre as inépcias atitudes dos participantes e do apresentador, é permeada por desconhecimentos culturais, históricos, por que não dizer de conhecimento acadêmico, também.
Então digo “vivendo e aprendendo e morrendo sem saber” ditado popular que explicita muito bem o que estamos assistindo no BBB.

Mesmo num universo fútil surgem atitudes, comportamentos e conhecimentos úteis.

Universidades federais concluíram 1.697 obras, 53 estão com problemas

O Ministério da Educação (MEC) coordena, no momento, juntamente com as reitorias das universidades federais 3.608 obras. Nada menos do que 1.697 estão concluídas, 998 em execução e as demais em fase de planejamento, licitação ou outros procedimentos administrativos. Apenas 53 obras se encontram paralisadas em 20 universidades federais. Em todos os casos, a paralisação deve-se a problemas com a empresa responsável. Em todas essas situações a empresa abandonou o canteiro de obras ou demonstrou incapacidade operacional da empresa vencedora da licitação, levando a rescisão contratual.

Desde 2003, com o Programa de Expansão, e posteriormente em 2007 com o Programa Reuni (Reestruturação e Expansão das Universidades Federais), as universidades federais tiveram condições de realizar reformas e iniciar obras para a ampliação de suas estruturas.

Entre as obras já entregues às comunidades acadêmicas, estão 368 laboratórios, 383 salas de aula, 82 bibliotecas, 51 restaurantes universitários, 53 instalações de moradias estudantis, além de novas instalações administrativas, áreas de vivência, de circulação e infraestrutura viária e de urbanização.

Contabilizando as obras em andamento, são 3,5 milhões de metros quadrados de novas instalações nas instituições.

Com o programa de expansão, também foi possível interiorizar o ensino superior público. Cidades que antes não possuíam universidades federais passaram a contar com estruturas universitárias. Em 2003, os 148 câmpus das 45 universidades até então existentes estavam presentes em 114 municípios. Atualmente, são 59 universidades federais com 274 campus – sendo 126 novos – em 230 cidades.

A oferta de vagas nas universidades federais mais que dobrou. Eram 109,2 mil em 2003 e são 235,6 mil em 2011. Como consequência da expansão, as matrículas nos cursos de graduação presenciais também aumentaram passando de 527,7 mil em 2003 para 696,7 em 2009.

terça-feira, 26 de julho de 2011

MT- Escola Presidente Médici é assaltada

Mais uma escola foi assaltada na capital. Dessa vez foi da rede estadual. Trata-se da Escola Estadual Presidente Médici, assaltada na madrugada desta segunda (25). Ao todo cinco notebooks, três projetores multimídia, uma filmadora digital, dois aparelhos celulares, uma máquina fotográfica digital e um HD foram levados da escola. Este último aparelho era onde ficavam armazenadas as imagens registradas pelas câmeras de segurança. Nos últimos 20 dias, este é o terceiro caso de escola assaltada em Cuiabá.

De acordo com informações da diretora do Presidente Médici, Maria Antônia, quando os funcionários chegaram à escola, por volta das 7h30 da manhã, se depararam com uma cena de total confusão. Havia muita coisa revirada e vários papéis espalhados pelo chão. “Num primeiro momento a única coisa que fizemos foi ‘tomar pé’ da situação e verificar as coisas que haviam sido levadas, posteriormente é que fui até a delegacia registrar o Boletim de Ocorrência”, afirma.

Ainda de acordo com informações da diretora, os bandidos teriam quebrado grades que ficam perto da sala da direção, andando pelo forro até chegar ao local onde estavam os equipamentos. Nenhuma porta foi arrombada, os dois vigias que estavam na escola na hora do assalto não perceberam nenhuma movimentação suspeita na escola.

Até o momento ainda não se tem nenhuma informação sobre os assaltantes e nenhum equipamento foi recuperado. “Nós ficamos com o prejuízo material, mas, felizmente, a nossa vontade e as nossas ideias jamais serão roubadas”, assegura Maria Antonia.


Camila Ribeiro – especial para o Circuito Mato Grosso

MT precisa de melhorias na Educação

A Educação de qualidade é o mínimo que um cidadão merece dos seus governantes. A Educação como um todo começa desde os primeiros passos até a fase adulta. De acordo com o secretário do Estado de Ciência e Tecnologia (Secitec), Eliene Lima, o Brasil tem evoluído na área da Educação, e Mato Grosso tem acompanhado o desenvolvimento.

“Nós temos buscado a melhor qualidade de ensino. Pois visamos a inteligência do Estado de Mato Grosso. Há pouco tempo fui a uma viagem à Rússia e vi que aquele país não é melhor que o Brasil. Estamos em fase de desenvolvimento. Temos melhorado ano a ano”, declarou.

De acordo com pesquisa da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), 10% das pessoas entre 25 e 34 anos tem ensino superior concluído. “Nós temos que ter metas ousadas para melhorar a Educação de Mato Grosso. Para isso nos preocupamos com a construção do primeiro Parque Tecnológico de Mato Grosso onde são necessários R$ 100 milhões”, afirmou.

Lima explica que Mato Grosso, por não ter ainda nenhum empreendimento do porte tecnológico e por ser um dos estados sedes da Copa de 2014, já se torna apto a ter o apoio financeiro do Governo Federal. “O nosso Estado é basicamente alavancado pelo agronegócio, setor que exige novas tecnologias e agregação de valor, e tem 980 quilômetros de fronteira seca com a Bolívia. Se o País quer combater o contrabando de armas e drogas e continuar a ser líder na produção de grãos, terá que ajudar Mato Grosso a investir em projetos tecnológicos nas áreas de Segurança e Agronegócio”, explica.

Ainda de acordo com informações do secretário, hoje oito escolas técnicas estão sendo construídas no Estado. “Estas escolas vão melhorar ainda mais o desenvolvimento da Educação estadual onde há mais de cinco mil alunos matriculados. Após dois anos de curso profissionalizante, o aluno sai com o diploma na mão, conseguindo assim, um trabalho com carteira assinada. Isso faz com que a economia do Estado super aqueça, pois assim não temos que trazer pessoas de fora para trabalhar aqui, dando mais valor aos mato-grossenses”, disse.

“Temos várias reivindicações para ampliar as escolas técnicas em Estado, mas temos um orçamento pequeno. Em 2006 o ex-deputado José Riva (PP), atual presidente da Assembleia Legislativa, e eu aprovamos a vinculação de 2,5% da Receita Federal para arrecadação da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), mas o Ministério Público questiona demanda para o Estado, isso dificulta do desenvolvimento de Mato Grosso. Estamos fazendo acompanhamento com advogados para mostrar que é necessário para Mato Grosso”, finalizou.


Kethulin Lopes - Da Redação

Concurso público é aberto na UFMT

Nesta terça (26) começam as inscrições da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) para concurso público de provas e títulos para provimento de cargos na carreira do magistério superior. São 17 vagas remanescentes, distribuídas entre os cargos de professor adjunto (duas vagas), de professor assistente (14 vagas) e professor auxiliar (uma vaga) para os campi de Cuiabá, Araguaia e Rondonópolis. As inscrições seguem até 4 de agosto.

As inscrições serão realizadas somente pela internet, clique aqui. Será cobrada uma taxa de R$ 100,00. A isenção da taxa de inscrição será concedida ao candidato que estiver inscrito no cadastro único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), até o próximo domingo (31). As inscrições confirmadas serão divulgadas no dia 10 de agosto.

Os locais e horários das provas serão divulgados no dia 15 de agosto. O concurso público será feito por meio de prova escrita, no dia 23 de agosto, e prova didática, no dia 25 de agosto. Os candidatos classificados na prova escrita serão convocados para apresentar currículo documentado, compreendendo toda experiência e produção didática, científica, acadêmica, profissional, cultural e artística, devidamente comprovadas. O resultado final será divulgado no dia 30 de agosto.

Da Redação

O Individualismo

A conduta pessoal do ser humano está sendo modificada pela influênciada globalização em nossa sociedade. Como? Podemos perceber pelo número de mudanças em nosso comportamento, na antiga e, até agora, imortal divisão do trabalho, impostas pela nova forma de convívio social. Em casa, morando com os pais ou com quaisquer outras pessoas, sempre, de uma forma ou de outra, acabamos dividindo responsabilidades: contas apagar, valor do conserto da televisão, louças sujas, pagar o cartão de crédito, etc.

Na escola, quando crianças ou adolescentes, somos preparados para enfrentar a vida adulta e apresentados à concorrência, mesmo que disfarçada pelo processo social do coleguismo e convívio grupal. Asnovas tecnologias estão cada vez mais dominando as relações pessoais,afastando o indivíduo do hábito da convivência com outras pessoas e aproximando-no de forma gradativa do mundo virtual, onde aquelas nossas relações essenciais, a divisão de responsabilidades dentro de um lar, estão se dissolvendo. A Internet, o MP3, o vídeo game,notebook e tantos outros produtos desta nova geração são contribuintes, senão, causadores, da diminuição do diálogo entreindivíduos. Eis o novo valor da palavra individualismo, pessoas reclusas em sua própria solidão e, o pior, sem sentirem falta do calor humano.

Estamos passando por uma mudança de paradigmas, por uma mutação histórica que deve seu início à industrialização e urbanização e que,atualmente, tem o poder de soberana nesta era da informação e do consumo. Essas transformações se fazem sentir de maneira profunda no modo de vida da sociedade de tradicional, aquela cujos valores enraizados demoravam muito tempo para serem alterados. Agora, na erada globalização, tudo flui rapidamente, responsabilizando mudança de costumes e uma diversificação nunca vista do modo de vida, das crença se dos papéis desempenhados pelos indivíduos na família, no trabalho e em todas as esferas do comportamento humano. Com isso, entramos em nova fase na história do individualismo ocidental. Dizemos individualismo e não individualidade.


Everaldo Galdino é repórter do Circuito Mato Grosso

Enem é requisito para bolsas no exterior; veja como será seleção

Terra

O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, lançou nesta terça-feira, em Brasília (DF), o programa "Ciência sem Fronteiras", que financiará bolsas de intercâmbio em universidades do exterior. Para ter acesso a uma das 100 mil bolsas previstas no programa, o estudante terá que mostrar bom desempenho acadêmico. Para os cursos de graduação, por exemplo, a nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será um dos requisitos.

De acordo com as informações divulgadas hoje, para conquistar uma das 27,1 mil bolsas de graduação no exterior, o estudante precisa ter atingido nota acima de 600 pontos no Enem. Além disso, o aluno deve ter completado no mínimo 40% e no máximo 80% dos créditos necessários para obter o diploma. Premiação em olimpíadas científicas, como de matemática, e o bom desempenho em programas de iniciação científica são diferenciais que serão levados em conta.

A bolsa para estudantes de graduação terá duração de um ano, sendo de 6 a 9 meses de atividades acadêmicas e o restante de estágios em empresas ou centros de pesquisa. O benefício inclui passagem aérea, bolsa mensal, seguro-saúde, auxílio instalação e taxas de uso de infraestrutura. Os créditos realizados no exterior serão reconhecidos pelas universidades brasileiras.

Além das bolsas de graduação, serão oferecidas 24,6 mil bolsas de doutorado de um ano de duração, 9.790 bolsas de doutorado integral (4 anos de duração), 8,9 mil bolsas de pós-doutorado (até dois anos de duração), 2.660 bolsas de estágio (com seis meses de duração), 700 bolsas para treinamento de especialistas (até um ano de duração), 860 bolsas para jovens cientistas e 390 para pesquisadores visitante no Brasil (brasileiros radicados no exterior que assumem o compromisso de desenvolver pesquisas no País).

Melhores universidades do mundo

De acordo com o ministério, os estudantes terão seu treinamento nas melhores instituições de ensino, prioritariamente entre as 50 mais bem classificadas nos rankings da Times Higher Education e QS World University Rankings. Entre as universidades estão Cambridge e Oxford, no Reino Unido; Harvard, MIT (sigla em inglês para Instituto de Tecnologia de Massachusetts) e Stanford, nos Estados Unidos.

domingo, 24 de julho de 2011

Metas do Plano de Educação custarão R$ 17,6 bi aos municípios

A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) apresentou estudo sobre o impacto financeiro do Plano Nacional de Educação (PNE) nas contas municipais. De acordo com a entidade, o custo seria de R$ 52 bilhões, considerando apenas as metas relacionadas à ampliação do atendimento escolar. O novo PNE estabelece 20 metas educacionais que o país deverá atingir na próxima década. O documento está em tramitação na Câmara.

Presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski. (Foto José Cruz/ABr) De acordo com o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, os recursos previstos no Fundo de Desenvolvimento e Manutenção da Educação Básica (Fundeb), que é composto também por verbas da União e dos estados, cobrem 66% das despesas. O investimento adicional dos municípios seria, portanto, R$ 17,6 bilhões.

O PNE prevê que até 2020 50% das crianças com menos de 3 anos de idade sejam atendidas em creche. Hoje, esse percentual não chega a 20%. Os municípios precisariam investir R$ 9,9 bilhões para cumprir a meta. O plano também estabelece que a matrícula na pré-escola, para crianças de 4 e 5 anos, seja universalizada até 2020. isso significa, segundo a CNM, incluir mais 1 milhão de alunos na rede de ensino, com custo adicional de R$ 700 milhões às prefeituras, além da complementação do Fundeb.

Outra mudança prevista no plano é a de que 50% das escolas do ensino fundamental ofereçam ensino em tempo integral. A ampliação da jornada, modelo que hoje atende aproximadamente 10% dos alunos das redes municipais, teria um custo de R$ 30,9 bilhões, com participação de R$ 7 bilhões dos municípios.

A entidade defende um aumento da participação da União no financiamento da educação básica, pois hoje a maior parte das despesas é custeadas por estados e municípios. Para isso, apresentou emendas ao projeto de lei do PNE que está em análise por uma comissão especial da Câmara. A matéria recebeu quase 3 mil emendas. A previsão é que o texto seja aprovado na até novembro, para então seguir ao Senado.

A desarticulação do ensino público brasileiro

As notícias da área educacional veiculadas nas últimas semanas lançam luz sobre um problema crucial para o Brasil: a desarticulação do ensino público. Os dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e, agora, do Programa Internacional de Avaliação dos Alunos (Pisa) ajudam a entender a gravidade da situação.

Os dados explicam por que o país se encontra em uma encruzilhada: apesar de estar entrando em um período de “bônus demográfico”, no qual há predominância de pessoas em idade economicamente ativa, o Brasil ainda se debate com o apagão de mão de obra, qualificada ou não.

O mercado de trabalho formal está aquecido, mas as empresas não conseguem preencher as vagas, enfrentando dificuldades até para as funções básicas, que não exigem experiência anterior, normalmente destinadas aos chamados “jovens de primeiro emprego”. As indústrias, que demandam profissionais muito mais qualificados, do engenheiro ao soldador, enfrentam dificuldades ainda maiores.

A única forma de entender essa contradição está na falta de qualidade do ensino nas etapas iniciais da formação dos jovens que hoje tentam ingressar no mercado de trabalho. E por trás de tudo está um sistema desarticulado, que gera desigualdade, perpetua a exclusão e, do ponto de vista do mercado de trabalho, produz mão de obra despreparada. Barrado pelos critérios de qualidade das empresas, um grande contingente de jovens tem nos projetos de qualificação profissional a última esperança. Mas, para as ONGs que atuam com a capacitação de jovens, o desafio é imenso. Para conseguir oferecer a formação específica, essas entidades precisam ir além da tarefa inicial, que seria qualificar para as funções de auxiliar administrativo, por exemplo. O desafio diário dos formadores é nivelar o conhecimento básico dos alunos, um grupo incrivelmente heterogêneo, que abriga normalmente rapazes e moças de 15 a 29 anos nos mais variados níveis de aprendizado.

Mas voltemos ao perfil da educação brasileira, esquadrinhado recentemente por uma série de pesquisas e levantamentos. Um deles, realizado pelo Programa Internacional de Avaliação dos Alunos (Pisa), situa o Brasil em 53° lugar em uma lista de 65 países que tiveram o nível de aprendizado de seus alunos avaliado. Esse resultado preocupa, principalmente porque a comparação se fez no âmbito de uma entidade voltada para o desenvolvimento econômico das nações, a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Desenvolvimento pressupõe educação e um país que exibe taxas de expansão tão exuberantes como o Brasil precisa enfrentar o desafio de nivelar por cima a qualidade do ensino público, sob o risco de desperdiçar oportunidades de crescimento que exijam profissionais qualificados.

A média geral dos alunos brasileiros, da 7ª à 9ª séries, avaliados pelo Pisa em 2009, foi de 401 pontos, abaixo de Bulgária, Romênia, México, Chile e Uruguai – apenas para citar países que não são páreo para o Brasil do ponto de vista econômico. Se isso já é ruim, a comparação das médias desagregadas dá ainda mais o que pensar.

A média nacional foi puxada para baixo pela péssima avaliação do ensino público estadual e municipal, que obteve apenas 387 pontos. As escolas particulares obtiveram 502 pontos, abaixo da pontuação das escolas federais (528 pontos). Se o ensino nacional fosse padronizado pelo nível de qualidade das escolas particulares, o Brasil estaria entre as 20 nações melhor avaliadas. Se o modelo fosse o das escolas federais, o país subiria para a lista dos oito países com os melhores resultados.

O estudo evidencia que o ensino público não é necessariamente ruim (a pontuação das federais as coloca agora no mesmo patamar do ensino universitário público, reconhecidamente o melhor do país) e que o desafio brasileiro é elevar a qualidade da educação oferecida por estados e municípios. As escolas particulares cobram bem caro pela qualidade que oferecem, enquanto as federais só aceitam os candidatos que passam por exame de seleção. A grande massa de crianças e jovens é atendida, obrigatoriamente, na rede pública, que se responsabiliza pelos nove anos do Ensino Fundamental. E que não se chama fundamental à toa: o futuro dos jovens brasileiros depende dele.

Olhando a educação pelo nível dos alunos que chegam aos projetos de qualificação profissional, a conclusão é que não podemos mais aceitar que a rede municipal, responsável pelo primeiro ciclo do ensino fundamental, faça menos que sua obrigação de alfabetizar as crianças e continue mandando-as para a rede estadual, após cinco anos de estudos, ainda despreparadas para enfrentar a complexidade do segundo ciclo (6º ao 9º ano) e, depois, o Ensino Médio. Também não podemos aceitar que a rede estadual, por sua vez, faça menos que sua obrigação, mandando para a vida e para o mercado de trabalho jovens que, após mais quatro anos de estudos, saem sem preparo para ser aprovados no mais elementar teste de ingresso em uma empresa e, menos ainda, passar em um concurso ou tentar o ingresso em uma faculdade ou escola técnica de qualidade.

Aparentemente, a divisão de responsabilidades entre estados e municípios funcionou quando a meta era universalizar o acesso ao ensino e a tarefa maior era construir e equipar escolas e contratar professores. Agora, o desafio é elevar a qualidade do ensino em âmbito nacional, o que requer, acima de tudo, trabalho conjunto, articulação de metas e um plano de cargos e salários que valorize todos os professores, independentemente da esfera administrativa. O ensino não pode continuar sendo gerido de maneira fragmentada. O Brasil quer e precisa de um padrão de qualidade único, em todas as esferas administrativas e ciclos educacionais. Por enquanto, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) não conseguiu promover a necessária articulação entre os níveis educacionais. Basta lembrar outra notícia recente: levantamento da ONG Ação Educativa mostrou que 16 Estados e o Distrito Federal não têm até hoje um plano estadual de educação (uma das premissas da LDB).

Não se pode negar a importância da redistribuição de renda e da elevação do padrão de consumo de camadas da população antes excluídas do mercado. Também é louvável o esforço do Governo Federal em projetos destinados à inserção social e profissional de jovens excluídos. Mas, em um país que apresenta taxas de crescimento elevadas, não é admissível que os frutos da expansão fiquem apenas nisso. Como já disseram os Titãs, “a gente não quer só comida”. A educação é a porta de entrada para todos os mundos: o do trabalho, da comunicação, das relações pessoais e do prazer de desfrutar de diversão e da arte.

*Marcelo Rocha é presidente da ONG Horizontes

Bullying: procedimento vital ao grupo e mortal para quem o sofre

Vítima constante de apelidos humilhantes e gozações inadequadas durante toda a infância e adolescência, um jovem aluno, de 18 anos, entra na escola onde estudava e, com um revólver calibre 38, faz vários disparos, ferindo oito pessoas, e se suicida em seguida. Esse triste fato aconteceu em 2004, na cidade de Taiuva, no interior de São Paulo.

Passados sete anos, em abril de 2011, um jovem ex-aluno entra na escola onde cursou parte do Ensino Fundamental e com dois revólveres, calibre 32 e 38, faz muitos disparos, ferindo e matando vários alunos para suicidar-se em seguida, após a intervenção de um policial militar.

Esses trágicos acontecimentos, felizmente, não são comuns na realidade brasileira, porém sua natureza nos leva à perplexidade e angústia. Assim, interrogamo-nos: por que esses jovens escolheram suicidar-se em um cenário em que outros, sem culpa pela sua decisão, precisam morrer com eles? Por que voltar à escola e provocar a morte de inocentes?

Certamente as respostas não são evidentes e nem singulares; todavia há uma possibilidade para tão bárbara determinação: trata-se de pessoas gravemente perturbadas mentalmente, portadores de males que lhes tiram a percepção da realidade.

Diante da violência praticada nos episódios de 2004 e 2011 há, entre outras, uma questão que merece reflexão: os dois jovens eram introspectivos, de pouco ou nenhum relacionamento. E, segundo relatos da mídia, sofreram bullying durante a vida escolar. As pessoas vitimizadas por bullying não alcançam a solidariedade imediata das escolas. Há poucos dias, uma cena gravada ganhou contornos midiáticos por conta do efeito YouTube: um rapaz australiano obeso, farto de ser vítima de bullying na escola, resolveu reagir e agredir com violência quem o insultava. O vídeo se tornou sucesso na internet e só então foi notado e discutido pelos educadores da escola.

Quando se trata de um jovem adolescente, a negação dos pares causa muito sofrimento, uma vez que, para construir sua autonomia, é preciso o “rompimento simbólico” das referências familiares, principalmente em relação aos pais, e a aquisição de outras referências que são exclusivas de seu grupo. Nessa direção, não ser aceito ou sofrer humilhação dos elementos do grupo pode significar a impossibilidade de se tornar autônomo, crescer, fazer escolhas e tomar decisões independentes. Em outras palavras, se ele não existe para seu grupo, não existe para ninguém, inclusive para si mesmo.

O grupo, por sua vez, escolhe alguns membros e os elege como “vítimas sacrificiais”, são os “bodes expiatórios” nos quais o grupo projeta as limitações e imperfeições dos demais elementos. Isso para que o grupo sobreviva.

As pessoas todas, sem exceção, vivem conflitos grupais e o único meio de se livrarem desses conflitos é escolher um bode expiatório e depositar nele suas frustrações. Se tal procedimento é vital ao grupo, torna-se mortal para quem o sofre.

Não estou aqui para fazer a defesa dos jovens que cometeram os bárbaros disparos nas duas escolas, mesmo porque não conseguimos vislumbrar qualquer justificativa possível.

Todavia, não podemos esquecer que os dois jovens violentos foram alunos daquelas escolas. Talvez pelo fato de serem “silenciosos”, não foram motivo de discussão ou atenção nas reuniões de conselho de classe, uma vez que ficavam quietos em seus cantos, sem incomodar o transcurso das aulas. Ou talvez, por serem distanciados de si mesmos e dos outros, não foram alvo de uma relação pessoal e mais presente de algum educador.

É simplificar demais, mas, sendo professora, faço-me uma pergunta: será que tais barbáries tiveram, para eles, o objetivo de manifestar uma dor insuportável? Queriam ser reconhecidos como colegas abarbarados e temidos? Queriam ser notados? Gostariam de ser chamados pelo nome e não pelo número? Desejariam ter um olhar educador que os reconhecesse como de fato eram e não como o grupo os definia? Termino sem respostas, citando Bertolt Brecht: “A árvore que não dá fruto / É xingada de estéril. / Quem examinou o solo?/ O galho que quebra / É xingado de podre, mas não haveria neve sobre ele? Do rio que tudo arrasta / se diz que é violento / Ninguém diz violentas / as margens que o cerceiam”.

*Francisca Romana Giacometti Paris é mestre em Educação e diretora Pedagógica do Agora Sistema de Ensino, de São Paulo.

Formação X Experiência: o melhor é unir os dois

Analisar o histórico de profissionais bem-sucedidos para que sirvam de exemplo é um processo comum e natural do comportamento humano, pois, se um determinado executivo conta com uma trajetória profissional bem-sucedida, é natural que as pessoas tomem seus passos e decisões como referência para alcançar a excelência em sua carreira. No entanto, descobrir os próprios objetivos e as formas de alcançá-los pode ser uma estratégia mais eficaz, pois não existem fórmulas prontas para se alcançar o tão esperado desenvolvimento profissional.

Acima de tudo, é preciso descobrir o que faz sentido para cada um de nós: alguns sonham desde a adolescência em ser diretor de uma grande empresa e outros gostam de ficar em laboratórios, atuando com pesquisas, descobrindo o que o mundo ainda nem imagina que vai precisar.

Nos dias de hoje, a evolução profissional está atrelada ao desempenho e à formação do indivíduo: o mais importante é gerar resultados e que a empresa reconheça as metas alcançadas e o alinhamento com seus valores. Assim, o profissional é reconhecido pelo que é capaz de gerar e não só pelo que está escrito em seu diploma.

Preparar-se muito bem sempre contará pontos. Cursar uma boa universidade, fazer pós-graduação, MBA e dominar um segundo ou terceiro idioma ajudam em processos seletivos, porém somente esses fatores não garantem uma colocação.

Para ingressar em uma grande empresa, possuir diploma universitário e falar inglês fluentemente passaram a ser requisitos básicos nos filtros dos sistemas de recrutamento e seleção, principalmente para determinados cargos e, sem os quais os currículos sequer são levados a uma segunda análise. E aqueles que já estão em uma grande companhia e ainda não deram a devida atenção aos cursos técnicos ou de graduação são candidatos potenciais a estagnarem em seus atuais lugares, sem direito a almejar novas posições.

Falando em especial de companhias que atuam em setores em que há escassez de mão de obra qualificada – como é o caso de TI – quem detém conhecimento técnico pode encontrar terreno fértil para mostrar sua capacidade e conquistar reconhecimento.

Segundo pesquisa da Fundação Dom Cabral com 130 empresas de TI, 91% delas têm encontrado dificuldade para selecionar profissionais capacitados. Outro grande percentual, 81%, diz que há escassez de mão de obra qualificada e outras 54% afirmam que reduziram as exigências para preencher o quadro de colaboradores.

Segundo pesquisa da Fundação Dom Cabral com 130 empresas de TI, 91% delas têm encontrado dificuldade para selecionar profissionais capacitados. Outro grande percentual, 81%, diz que há escassez de mão de obra qualificada e outras 54% afirmam que reduziram as exigências para preencher o quadro de colaboradores.

*Jussara Dutra é gerente de Desenvolvimento Humano e organizacional da Senior.

Especialista diz que diagnóstico da discalculia é subjetivo

luan.santos

Rita Lucena é neuropediatra e professora adjunta da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (Ufba), especialista para falar sobre discalculia, distúrbio que afeta 6% da população mundial e que muitas vezes é confundido com uma simples dificuldade com matemática. Em entrevista ao A TARDE Educação, Rita fala sobre um importante processo desse distúrbio: o diagnóstico, que, segundo ela, possui um caráter subjetivo.

A TARDE Educação: Como a senhora, brevemente, caracteriza a discalculia?

Rita Lucena: A discalculia é um distúrbio que atinge as áreas temporo-parientais do cérebro, afetando assim o desenvolvimento da atividade da matemática. Atinge 4 domínios da matemática: operacional, contextual, espacial e terminologia. É uma espécie de imaturidade na forma como o cérebro processa as informações relacionadas à matemática. Ocorre mais no hemisfério direito do cérebro.

A TARDE Educação: Como é feito o diagnóstico?

Rita Lucena: Normalmente é identificada durante os 8 ou 9 anos da criança. É uma questão muito subjetiva. O diagnóstico é feito quando nós identificamos que há uma discrepância muito grande entre o desempenho da criança em outras áreas em comparação com a matemática. O diagnóstico é confirmado mediante testes neuropsicológicos, onde observamos que a criança tem bom nível cognitivo nas outras áreas, mas não na matemática. No diagnóstico, avalia fatores sociais, onde mora, relação com os pais, relação com os coleguinhas na escola. Todos estes, e muitos outros fatores, podem levar a criança a ficar desestimulada a estudar matemática, não se caracterizando em uma discalculia. Muitas vezes, inicia-se um trabalho de recuperação para ajudar aquela criança que tem dificuldade com a matemática, enquanto as normais avançam, as que tem discalculia não conseguem fazê-lo.

A TARDE Educação: Existem aparelhos ou exames médicos capazes de diagnosticar a discalculia?

Rita Lucena: Não há um exame nem aparelhos específicos que identifiquem a discalculia. Atinge as áreas temporo-parientais do cérebro. Isso não é visto em nenhum exame, por que é uma forma como os neurônios transmitem as informações, não é algo que pode ser percebido numa ultrassonografia, por exemplo.

A TARDE Educação: Diagnóstico feito, é possível reverter o quadro?

Rita Lucena: O diagnóstico tem que ser feito logo no começo, logo que se percebe a dificuldade com a matemática, para que se possa fazer a intervenção, mesmo que mais à frente se descubra que não era discalculia. Pode ser revestido e a pessoa conseguir fazer normalmente operações, compreender as formas matemáticas, as terminologias. A discalculia acontece quando o cérebro não consegue ativar a área afetada, daí o tratamento é iniciado, mas chega um momento em que não consegue mais avançar e ocorre o que chamamos de discalculia irreversível. Quando a criança chega neste estágio, é necessário uma adequação pedagógica.

A TARDE Educação: Qual a importância do diagnóstico para minimização dos sintomas da discalculia?

Rita Lucena: O diagnóstico é importante por que quanto mais cedo o distúrbio é identificado, o tratamento trará melhores resultados. Mas, mais importante que o diagnóstico é a intervenção. Intervir no momento que a criança apresente dificuldades, mesmo que estas dificuldades não sejam sintomas da discalculia. É preciso intervir de maneira a ajudar a criança naquele momento para que no futuro aquela dificuldade não se torne um problema grave na vida da criança, ou para identificar a discalculia e tratar o distúrbio.

A TARDE Educação: Como é o tratamento?

Rita Lucena: O tratamento é baseado em um processo de reabilitação neuropsicológica. Fazemos um acompanhamento, visando ajudar a crianças em suas dificuldades, trabalhando em parceria com a escola, para que esta saiba lidar com aquele aluno. Um novo método para tratamento é a Estimulação transcraniana não-invasiva. Este método provoca estímulos elétricos no couro cabeludo visando atingir aquela área do cérebro que está afetada pela discalculia.

Bolsas esportivas levam brasileiros para estudar nos EUA

luan.santos


Com o crescente número de brasileiros procurando vagas em universidades americanas, sai na frente quem consegue se destacar em futebol, natação, tênis, golfe, entre outros esportes. As bolsas atléticas se tornam cada vez mais procuradas e levam estudantes para faculdades nos Estados Unidos com tudo pago, ou quase tudo, mas sob uma condição: vestir a camisa da instituição em competições esportivas.

De acordo com a última edição do relatório anual Open Doors, feito pelo Instituto de Educação Internacional (IIE), 8.786 brasileiros estavam matriculados em escolas de ensino superior nos Estados Unidos, cursando graduação, pós-graduação ou inglês, em 2010. O número garante ao Brasil a primeira colocação entre os países latinos.

Segundo Denise Pires, gerente da agência de intercâmbio World Study, o interesse dos estudantes brasileiros em formação no exterior se concentra principalmente nos Estados Unidos. Ela explica que isso acontece devido à língua inglesa e pelas oportunidades que as universidades americanas têm oferecido.

De acordo a gerente, existem duas formas de conseguir ingressar em universidades estrangeiras, mas a mais comum tem sido por meio das bolsas atléticas. “As faculdades no exterior buscam brasileiros esportistas, especialmente bons de futebol. Então, a instituição oferece bolsa parcial ou total para o futuro aluno”, conta.

Gustavo Zanette, gerente do departamento esportivo da empresa Daqui Pra Fora, especializada em graduação nos Estados Unidos, afirma que anualmente cerca de 350 brasileiros conseguem bolsa em universidades americanas. Ele conta que os atletas mais procurados pelas instituições de ensino são tenistas e jogadores de futebol. “O Brasil é famoso pelo futebol, então os treinadores buscam futuros talentos aqui. Tênis também tem sido bem procurado”, diz.

É o caso do paulista Bruno Rosa, que conseguiu uma bolsa de estudos na Rice University, em Houston, para estudar economia e jogar tênis. Hoje, aos 25 anos e com um diploma de graduação no exterior no currículo, Bruno trabalha em um banco internacional de investimentos, em São Paulo, como analista de fusões e aquisições. “Estou onde sempre sonhei. Estudar lá fez toda a diferença, pois quem vem de fora é considerado diferenciado. Hoje eu estou do outro lado e sei disso”, conta.

Mas não é somente tenistas e jogadores de futebol que têm chance no exterior, natação e golfe universitário também são bem procurados. Em empresas como Daqui Pra Fora, World Study e CI, as modalidades disponíveis para bolsa são tênis, futebol, natação, golfe, vela, tênis de mesa, basquete, vôlei, esgrima, ginástica olímpica, atletismo e pólo-aquático.

Em agências de intercâmbio como World Study e CI, o programa para conseguir uma bolsa esportiva nos Estados Unidos consiste em uma viagem para que alunos façam testes práticos no país. Lá, olheiros de universidades americanas podem oferecer bolsa parcial (50%) ou total. Os pré-requisitos para participar são ter de 16 a 25 anos, inglês fluente e estar formado no ensino médio.

A viagem para tentativa é paga pelo aluno, mas, segundo dados da World Study, a chance de conseguir uma bolsa depende da técnica do estudante no esporte proposto. De acordo com eles, se o aluno é muito talentoso, vai receber propostas de bolsas acima de 80%, já se o aluno for bom, mas sem destaque, o número fica entre 60% e 80%. Ainda de acordo com a agência, os melhores atletas chegam a receber de quatro a cinco propostas de diferentes universidades.

No Daqui Pra Fora, é semelhante, porém, a equipe esportiva da agência treina os alunos antes da viagem e é responsável por todas as burocracias, sobrando para os atletas somente a concentração nos treinamentos e preparação para as provas de inglês. Para participar do programa, o estudante precisa ter nível técnico avançado, já tendo participado de competições estaduais e nacionais. As turmas viajam em janeiro e agosto de cada ano, e é importante que a preparação seja iniciada entre oito e 18 meses antes da data da viagem.

Fonte: http://noticias.terra.com.br

Coordenador pedagógico: um profissional em busca de identidade

Pesquisa da FVC conclui que a formação de professores começa a ser o foco da atuação do coordenador, mas ele ainda sofre com a falta de apoio Paola Gentile (pagentile@abril.com.br)

Percalços da formação na América Latina, por Denise Villant

Em algumas redes de ensino, ele é chamado de orientador, supervisor ou, simplesmente, pedagogo. Em outras, de coordenador pedagógico, que é como GESTÃO ESCOLAR sempre se refere ao profissional responsável pela formação da equipe docente nas escolas. Nas unidades que contam com sua presença, ele faz parte da equipe gestora e é o braço direito do diretor. Num passado não muito remoto, essa figura nem sequer existia. Começou a aparecer nos quadros das Secretarias de Educação quando os responsáveis pelas políticas públicas perceberam que a aprendizagem dos alunos depende diretamente da maneira como o professor ensina.

Diante desse cenário, a Fundação Victor Civita (FVC) decidiu descobrir quem é e o que pensa esse personagem relativamente novo no cenário educacional brasileiro, escolhendo-o como tema de uma pesquisa intitulada O Coordenador Pedagógico e a Formação Continuada de Professores: Intenções, Tensões e Contradições. Realizado pela Fundação Carlos Chagas (FCC), sob a supervisão de Cláudia Davis, o estudo teve a coordenação de Vera Maria Nigro de Souza Placco e de Laurinda Ramalho de Almeida, ambas da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), e de Vera Lúcia Trevisan de Souza, da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Graças a ela, fizemos esta edição especial, com reportagens e seções tratando de temas relativos à coordenação pedagógica.

Uma das principais conclusões da pesquisa é que, apesar de ser um educador com experiência, inclusive na função (saiba mais sobre o perfil desse profissional no quadro abaixo), ainda lhe faltam identidade e segurança para realizar um bom trabalho. Ele se sente muito importante no processo educacional, mas não sabe ao certo como agir na escola frente às demandas e mostra isso por meio de algumas contradições: ao mesmo tempo em que afirma que sua atuação pode contribuir para o aprendizado dos alunos e para a melhoria do trabalho dos professores, não percebe quanto isso faz diferença nos resultados finais da aprendizagem (veja mais no quadro da próxima página). "A identidade profissional se constrói nas relações de trabalho. Ela se constitui na soma da imagem que o profissional tem de si mesmo, das tarefas que toma para si no dia a dia e das expectativas que as outras pessoas com as quais se relaciona têm acerca de seu desempenho", afirma Vera Placco.

Quem são os coordenadores pedagógicos no Brasil

Um resumo das características do profissional que atua nessa função

90% são mulheres

88% já deram aula na Educação Básica

76% têm entre 36 e 55 anos

A maioria tem mais de 5 anos de experiência na função

Conheça 12 filmes em que a Educação é protagonista De ficção a documentários

Papel principal: Conheça 12 filmes em que a Educação é protagonista De ficção a documentários, as obras retratam diferentes realidades escolares Arte TPE/Reprodução


Carolina Vilaverde
Da Redação do Todos Pela Educação
O professor não é um grande ator apenas na sala de aula: em filmes e documentários, a profissão assume papel de destaque. O Todos Pela Educação selecionou 12 obras que contam histórias de docentes dedicados, discutem a importância do magistério e falam do complexo processo do ensino-aprendizagem.
Confira os filmes abaixo e, se você conhecer outros bons exemplos da Educação no cinema, deixe seu comentário aqui.

As Melhores Coisas do Mundo


Um adolescente de 15 anos, cujo apelido é "Mano", precisa aprender a lidar com o bullying e com as reações de colegas, no momento em que seus pais estão se separando. O local principal da trama é a escola, palco para debates sobre a iniciação sexual, o amor entre aluna e professor, a democracia no ambiente do ensino, entre outros. A obra pretende retratar os dilemas dos jovens na perspectiva deles.
Ficha técnica
Direção: Laís Bodanzky
Duração: 107 min
Ano: 2010
País: Brasil


Entre os Muros da Escola

Baseado em livro homônimo, o filme mostra as experiências do professor de literatura François Marin em uma escola de Ensino Médio, localizada na periferia de Paris. O docente tenta estimular os estudantes, mesmo tendo que lidar com o descaso dos alunos. A obra foi indicada ao Oscar 2009 de Melhor Filme Estrangeiro e ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes 2008.
Ficha técnica
Direção: Laurent Cantet
Duração: 128 min
Ano: 2007
País: França


Escritores da Liberdade

Uma professora tenta combater um sistema deficiente e fazer com que a sala de aula faça a diferença na vida de seus alunos, criados em meio à violência e à agressividade. Por meio de diários, os adolescentes escrevem suas histórias e têm a chance de ter uma voz própria. O longa foi inspirado em eventos reais, relatados pela professora Erin Gruwell e seus alunos no livro "O Diário dos Escritores da Liberdade".
Ficha técnica
Direção: Richard LaGravenese
Duração: 123 min
Ano: 2007
País: Estados Unidos



Pro Dia Nascer Feliz

O documentário mostra as situações que o adolescente brasileiro enfrenta nas escolas, envolvendo casos de preconceito, violência e também de esperança. São apresentados jovens de três estados do País, de classes sociais diferentes, que falam de suas vidas na escola e contam seus projetos, sonhos e inquietações.
Ficha técnica
Direção: João Jardim
Duração: 88 min
Ano: 2006
País: Brasil



O Sorriso de Mona Lisa

O filme conta a história de uma recém-graduada professora, interpretada por Julia Roberts, que consegue emprego em um tradicional colégio feminino para lecionar história da arte. Incomodada com o conservadorismo do colégio, que educa as melhores e mais brilhantes jovens mulheres do Estados Unidos para serem esposas cultas e respeitáveis mães, ela decide lutar contra as normas e inspirar suas alunas a enfrentarem os desafios da vida.
Ficha técnica
Direção: Mike Newell
Duração: 117 min
Ano: 2003
País: Estados Unidos



O Clube do Imperador

William Hundert é professor de uma escola preparatória para rapazes que recebe como alunos a nata da sociedade americana. Lá, Hundert dá lições de moral, por meio do estudo de filósofos gregos e romanos. Com a chegada do rebelde filho de um senador, que questiona a importância das aulas de Hundert, o professor vê sua rotina perturbada. Apesar da rebeldia, o docente tenta aprender a lidar com o estudante.
Ficha técnica
Direção: Michael Hoffman
Duração: 109 min
Ano: 2002
País: Estados Unidos



Nenhum a Menos

Quando o professor da escola primária de um pequeno vilarejo tem que se ausentar durante um mês, a única opção para substituí-lo é uma menina de 13 anos. Antes de partir, ele recomenda à garota que não deixe nenhum aluno abandonar a escola durante sua ausência. Pouco mais velha do que seus alunos, ela sente dificuldades para dar aula e manter os estudantes na escola. Um deles foge em busca de trabalho para ajudar no sustento da família, e a jovem professora decide ir atrás para trazê-lo de volta.
Ficha técnica
Direção: Yimou Zhang
Duração: 106 min
Ano: 1999
País: China



Mr. Holland: Adorável Professor

Para ter mais dinheiro e poder se dedicar a compor uma sinfonia, um músico decide começar a dar aulas. Ele é obrigado a encarar o desinteresse dos alunos pela música, e as coisas se complicam quando sua esposa dá à luz uma criança surda. Para conseguir pagar os estudos e o tratamento médico do filho, o professor se envolve cada vez mais com a escola e acaba deixando de lado seu sonho de se tornar um grande compositor.
Ficha técnica
Direção: Stephen Herek
Duração: 140 min
Ano: 1995
País: Estados Unidos



Madadayo

Trata-se da história de um professor universitário que se aposenta depois de 30 anos lecionando. Tendo conquistado o respeito e a admiração de seus alunos com seu humor e carisma, ele recebe uma homenagem todos os anos. Sempre na data de aniversário do professor, os ex-alunos se reúnem e perguntam ao mestre "Mada kai?" ("Pronto?"), ao que ele responde com "Madadayo!" ("Ainda não!"), demonstrando o desejo de que o mestre seja eterno.
Ficha técnica
Direção: Akira Kurosawa
Duração: 134 min
Ano: 1993
País: Japão



Meu Mestre, Minha Vida

O professor Joe Clark é convidado a assumir o cargo de diretor em uma escola de Nova Jersey, marcada por casos de disputas entre gangues e tráfico de drogas. Autoritário, o docente decide fazer uma verdadeira revolução no colégio, que é considerado um “caldeirão de violência”. Com seu método nada ortodoxo, ganha alguns admiradores, mas também muitos inimigos.
Ficha técnica
Direção: John G. Avildsen
Duração: 104 min
Ano: 1989
País: Estados Unidos



A Sociedade dos Poetas Mortos

Em 1959, o novo professor de literatura de uma escola preparatória tradicional (interpretado por Robin Williams) entra em choque com a rígida direção do colégio por causa de seus métodos pouco comuns, que estimulam os alunos a pensarem por si mesmos e a perseguirem suas paixões individuais. O filme foi vencedor do prêmio de Melhor Roteiro Original no Oscar 1990.
Ficha técnica
Direção: Peter Weir
Duração: 128 min
Ano: 1989
País: Estados Unidos



Ao Mestre com Carinho

Mark Thackeray é um engenheiro desempregado que decide dar aulas no bairro operário de East End, em Londres. O novo professor tem que enfrentar uma turma cheia de alunos desinteressados e indisciplinados, que fazem de tudo para que ele desista de sua missão de ensinar. Mesmo assim, o professor consegue resultados importantes. Ao receber um convite para voltar para a engenharia, Mark tem de decidir se continua ou não no magistério.
Ficha técnica
Direção: James Clavell
Duração: 105 min
Ano: 1967
País: Inglaterra

Pesquisa aponta tendências de consumo e perfil de usuários de lan houses

Por: Valeska Andrade

Uma pesquisa desenvolvida pela empresa de consultoria paulista Plano CDE, em parceria com a Organização Não Governamental CDI Lan, revela que os serviços mais procurados por brasileiros que acessam a Internet em lan houses são os ligados aos cursos de qualificação, trabalho e busca de empregos.

O levantamento apontou ainda que os usuários são, em sua maioria, jovens entre 14 a 24 anos e 59% deles têm renda própria de até R$ 2 mil mensais.

A antropóloga Luciana Aguiar, diretora da Plano CDE, considerou os resultados como uma consequência da mobilidade social vivida atualmente pelas classes C, D e E. “Os adolescentes estão cada vez mais escolarizados do que os pais. Por isso, buscam mais informações fora de casa”, argumenta.

Correio Braziliense (DF)

Consumo: a lógica que rege a sociedade

Ao pensarmos em consumo, lembramonos do ato de comprar, de despender dinheiro para algo. Mas consumir vai muito além das compras. Estas representam apenas uma etapa do processo que engloba a decisão do que consumir, as razões, o modo e origem do produto ou serviço. Só após essa primeira etapa tem-se a compra e, ainda, o uso. No caso de bens perecíveis, também envolve o descarte.

Como podemos perceber, consumir não é um ato simplista, que se encerra em comprar algo. O consumo faz parte da sociedade contemporânea e se apresenta de maneira tal que nem sempre percebemos quando o fazemos. Ao estarmos numa sala de aula, por exemplo, consumimos a eletricidade que move os aparelhos elétricos, as cadeiras em que sentamos, a lousa que o professor usa etc. A diversidade de consumo nos acompanha da hora que acordamos ao momento em que dormimos.

Marcas do capitalismo

Existe uma lógica que rege a sociedade pautada no consumismo. E poucas pessoas refletem sobre os impulsos que conduzem suas atividades. À medida que a economia passa a girar em torno da acumulação do capital e o trabalho passa a ser dirigido para a produção de mercadorias, a sociedade caminha por valores que a induzem ao consumo de produtos, produzidos no intuito de manter o ciclo de reprodução do capital.

A acumulação do capital só se processa a partir da venda da mercadoria, que a transforma em um capital maior do que foi investido na sua produção. Esse ciclo só é possível se houver consumidores que garantam o consumo do que foi produzido. Por isso, numa análise um pouco mais aprofundada, chegaremos à ideologia do sistema produtivo em vigor que será disseminada pelos capitalistas: a ideologia do consumo. Ela é a base de sustentação do lucro das vendas. Quanto mais se consome, mais rápido e em maior quantidade o capital gira e é produzido.

Nesse aspecto, interessa ao capital que um produto seja consumido o mais rápido possível, para que seja substituído por outro com a mesma peculiaridade. É a obsolescência programada. Na fase atual do capitalismo, não interessa a produção de bens duráveis, pois freiam a rápida substituição, tornando o ciclo do capital mais lento e longo. Os avanços tecnológicos, então, tornam-se os principais aliados do processo produtivo, fornecendo-lhe inovações que permitem a constante produção de bens inovadores. É preciso considerar que, sob os moldes pelos quais se processam o referido sistema, há implicação sobre nós, a sociedade e a natureza.

O papel de cada um

O nosso comportamento e os nossos valores são direcionados por uma lógica maior, na qual estamos inseridos. Constantemente somos induzidos através das propagandas em massa a adquirir os produtos disponíveis no mercado para atender a necessidades criadas para tal. E, ao mesmo tempo, somos convencidos da obsolescência dos produtos que possuímos. O necessário é algo efêmero e que está sendo constantemente reinventado. Além disso, tudo tem um dono, tudo tem um valor. Subsistir não nos basta. É preciso ser dono para também valer. Somos impelidos a ser individuais e o outro se torna indiferente para nós - a menos que nos valha para algo.

Os impactos sobre a natureza são irremissíveis, afinal, é ela que nos fornece as matérias-primas de que necessitamos para produzir as mercadorias que consumimos. E o caótico quadro ambiental que vivenciamos reside no fato da desproporcionalidade da disposição dos recursos em relação à sua exploração. Retiramos do ambiente as matérias que produzem os bens para a nossa insaciável sede de consumo, múltiplas vezes mais do que ele é capaz de repor, deixando a natureza sempre com um déficit.

Já que não podemos fugir do consumo, reflitamos sobre a lógica que nos mantém consumidores e sobre as posturas que podemos adotar frente ao sistema que nos move. Compreender os reflexos e os impactos desse consumo diz respeito a um consumidor consciente. É preciso pensar nas possibilidades de adotar uma atitude de consciência frente aos nossos atos, visando a minimizar os efeitos nocivos na natureza que se revertem em males ao próprio ser humano. Convido, também, a repensar os nossos valores enquanto humanos, dotados de sentimentos e emoções que não podem ser contabilizados.

Atividade Mapa de consumo Objetivo:

Contribuir para a reflexão de que é possível nos comprometermos com o ato de consumir conscientemente.

Atividade:

Dividir os jovens em grupo e sugerir que construam um mapa, identificando quais são os bens de consumo que mais adquiriram no último mês. É impor tante que sejam registrados bens de consumo alimentar, eletrônico, vestuário etc.

Após o registro, o grupo pode debater: O que compramos era realmente necessário? Por que escolhemos estes bens e não outros? Qual a origem dos produtos? Quem são os trabalhadores que os produziram? Em que condições de trabalho? Onde descar tamos o que consumimos?

As conclusões do grupo podem ser apresentadas a par tir da perspectiva do consumo consciente, indicando o que é possível mudar na nossa sociedade, em nossa vida e na natureza.
Sugestão de Leitura:
BAUMAN, Zygmunt. Vida para o consumo: a transformação das pessoas em mercadorias. Rio de Janeiro: Zahar, 2008. O sociólogo Zygmunt Bauman dá uma interessante e coerente contribuição no sentido de desvelar essa lógica do consumo que dirige a sociedade da economia de mercado.
Edilene Alves Rodrigues,
geógrafa, docente de Geografia da Rede Pública de Ensino,
com especialização em Análise do Espaço Geográfico,
Vitória da Conquista, BA.
Endereço eletrônico: geo_edilene@hotmail.com
Artigo da edição nº 412, jornal Mundo Jovem, novembro de 2010, página 9.

Abençoada seja a paixão de ensinar

"Conte-me e eu vou esquecer. Mostrou-me e eu vou te lembrar. Envolva-me e eu vou entender". (Confúcio)

Vivemos tempos em que é permitido pisotear flores, ignorar pérolas, subjugar pessoas e a mãe natureza. Mas, em especial, também é um tempo em que é permitido menosprezar aquelas e aqueles que, heroicamente, tecem histórias suas, e de outros, construindo o mundo da vida e da sabedoria. Estes são tempos em que aqueles que cuidam, não são cuidados. Aqueles que educam, não são valorizados. Aqueles que amam, sofrem com o deboche e o desprezo daqueles que não acreditam mais no amor.

A vida daqueles que denominamos mestres, educadores, professores, infelizmente, também é triste e desmotivada. Sim, logo aqueles e aquelas dos quais a sociedade ainda espera muito (saber, sabor e sabedoria). Pouco valorizados e feridos em sua dignidade, estes resistem bravamente. Os educadores e educadoras, como os demais humanos, são movidos por suas utopias e paixões. Mas a realidade cotidiana é sempre dura, reveladora e cheia de contradições. A escola tornou-se um lugar de onde se espera muitas soluções; muitas delas estão muito além das demandas de ensino-aprendizagem e das competências a partir das quais a mesma se organiza.

Os professores não deveriam, mas já se acostumaram. Acostumaram a ganhar baixos salários. Acostumaram a ter de trabalhar 60 horas semanais para garantir mais dignidade à sua família. Acostumaram a aceitar todo o tipo de pressão que a sociedade e os governos exercem sobre seu ofício e sobre a escola. E agora, pasmem, alguns já estão se acostumando com a desesperança, que pode ser lida na expressão de seus rostos e de seus olhares. Uma constatação triste, pois sempre foram e são vistos pelos adolescentes e jovens como um alento da esperança.

Nossos professores e nossas professoras estão doentes e estressados. Cuidaram, encaminharam e salvaram vidas alheias, mas não dedicaram o devido tempo para cuidar de sua própria vida. Como contemporiza a escritora Marina Colasanti, “eu sei que a gente se acostuma, mas não devia. A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto. E a lutar para ganhar o dinheiro com que paga. E a ganhar menos do que precisa. A gente se acostuma para poupar a vida, que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma”.

Apesar de já terem se acostumado com tantas coisas, a maioria mantém firme sua missão de semear esperanças. Converse com algum deles e você verá como resistem para não virarem números ou meras figuras decorativas. Muitos deles já pensaram em desistir, mas não conseguiram. “Desistir... eu já pensei seriamente nisso, mas nunca me levei realmente a sério; é que tem mais chão nos meus olhos do que cansaço nas minhas pernas, mais esperança nos meus passos, do que tristeza nos meus ombros, mais estrada no meu coração do que medo na minha cabeça” (Geraldo Estáquio de Souza). Ainda que tomados por uma imensa paixão de ensinar e por uma coragem que nem sempre sabem de onde vem, desejam compreensão e apoio para dar conta de grande missão de educar para a vida, para a cidadania, para o conhecimento. Abençoados sejam!

Nei Alberto Pies,
professor e ativista de direitos humanos.
Endereço eletrônico: pies.neialberto@gmail.com

Matutando sobre o ofício de ensinar

Iza Aparecida Saliés

As discussões no campo educacional estão centradas nos questionamentos quanto à atuação do professor, o que ensina, portanto, precisamos falar sobre as políticas de formação de professor que os Sistemas de Ensino oferecem, tanto a formação inicial como a continuada.

Apesar dos avanços na formação inicial e continuada dos professores, a formação de professor ainda encontra-se em período de estágio, havendo necessidade de uma discussão mais profunda, podendo ser até mesmo conceitual da formação continuada, seja ela reflexiva pesquisadora da ação ou teórica.

Considerando as diferentes concepções que pairam no movimento pedagógico dos intelectuais da educação, sabemos que são fortes as indagações sobre a qualidade da prática pedagógica do professor no ato de ensinar e aprender, o que acontece na sala de aula.

Ao falamos de qualidade do ato de ensinar na educação deparamos com inúmeras demandas que são necessárias, só para citar algumas, tais como; a estrutura física, a de gestão, a pedagógica de investimento, equipamentos tecnológicos e outros que contribuem com o desempenho do professor nas suas atividades pedagógicas na escola, são necessários sim para uma melhor atuação na sala de aula.

A qualidade na educação passou a ser o jargão que atribui ao professor o ônus da educação, como também, faz sérias indagações sobre a forma de ensinar a forma de aprender que consequentemente está afetando a prática e o ofício de dar aula. A prática do professor é uma das mais significativas que permeiam as questões pedagógicas.

A escola está ocupando um espaço social muito relevante, mais que nos tempos passados, além de cuidar das questões pedagógicas a escola precisa agir em momentos de conflito, indisciplina e violência ocasionando contraponto com o ato de ensinar, função precípua da educação.

A função do professor mudou, não é mais o de apenas dar aula, vai mais além, há momentos em que o professor precisa agir como conciliador orientador e amigo fraterno dos alunos. Os pais deixaram do orientar seus filhos e atribuiu à escola essa tarefa.

A escola precisa de professores que estejam preparados para enfrentar a escola que a sociedade quer e precisa uma escola que age com rapidez, que seja moderna atual e de qualidade. Com as transformações ocorridas na sociedade a escola passa a ser o lócus de conciliação das ocorrências que surgem no período de aula durante o tempo de escolarização do jovem, ou seja, o tempo que ele está na escola.

As escolas passaram a preocupar com o acolhimento, o apoio e a compreensão dos problemas dos alunos, o que passou a ser rotina no cotidiano escolar, que sem dúvida está interferindo no processo ensino e aprendizagem. Surgem os conflitos, a violência, a rebeldia, a indisciplina, provocando nos alunos desinteresse, apatia, eles estão muito desmotivados, desinteressados, dificultando a ação pedagógica.

Agora os professores precisam, além de ministrar suas aulas, precisa ainda trabalhar as questões humanitárias, sociais e de assistência aos jovens considerando que a grande maioria não dispõe de uma convivência amistosa com seus familiares.

O professor em muitos casos é a pessoa indicada para ser o mediador de situações conflituosas entre os alunos, fatos que ocorrem na sala de aula sedentos por explicações básicas, formativas que um simples diálogo pode aparar as arestas.

O papel social da escola modificou na medida em que as famílias passaram a preocupar com a sobrevivência, ou seja, com o trabalho e deixando em segundo plano a formação dos filhos, logo, quando surgem as dificuldades, dúvidas sobre suas necessidades íntimas, próprias da idade e dos jovens em formação, é na escola que surge fomenta essa preocupação.



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Iza Aparecida Saliés Sou professora da rede estadual de ensino, com 32 anos estudando, discutindo , pensando educação , gosto muito de ler e escrever , opinar sobre temas relacionados com o ensino.
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MT- Seminário Educação 2011

O Seminário Educação é uma realização do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso. Em 2011, realiza-se a 19ª Edição, tendo por tema “Relações raciais e educação: dez anos de estudos e pesquisas na UFMT”. Trata-se de um evento que já adquiriu dimensão nacional, caracterizado como um fórum privilegiado de discussão e intercâmbio entre profissionais da área, estudantes e pesquisadores.

Ascom/UFMT

Seduc/MT- Prorrogado prazo para inscrições no ProJovem Campo

Os jovens de Mato Grosso com idades entre 18 e 29 anos interessados em participar do ProJovem Campo, Saberes da Terra, terão mais prazo para fazer suas inscrições. O período final de alistamento programado para esta sexta-feira (22.07) foi prorrogado para o próximo dia 20 de agosto.

O programa é voltado para jovens que estão fora do sistema formal de ensino em comunidades tradicionais ou ribeirinhas, assentamentos, distritos, quilombolas entre outros grupos organizados no campo. Os participantes precisam saber ler e escrever e ter como objetivo concluir o ensino fundamental dentro da modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA). São ofertadas 800 vagas e as inscrições podem se feitas pelo site da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), nas Assessorias Pedagógicas e também nas escolas do campo.

O ProJovem possibilita o estudo com flexibilidade dos horários de acordo com a realidade da pedagogia da alternância desenvolvida nas escolas do campo do Estado. O Programa tem como proposta a elevação de escolaridade e qualificação social e profissional. Os alunos terão aulas integrais, com materiais didáticos específicos, contemplando teoria e prática entre o tempo escola e o tempo comunidade, além de receberem auxílio financeiro de R$100,00 a cada dois meses.

A meta é estimular o desenvolvimento sustentável e solidário como possibilidade de vida e constituição de sujeitos cidadãos. O programa fortalece o desenvolvimento de propostas pedagógicas e metodológicas adequadas à EJA no campo.

As turmas podem ser formadas por 25 a 35 estudantes coordenados por três educadores, de cada área de conhecimento, e um técnico com conhecimentos específicos em agricultura familiar. Os educadores envolvidos terão formação específica a título de especialização em Educação do Campo pelo Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) e poderão participar encaminhando currículo às Assessorias Pedagógicas para posterior seleção.

Os jovens interessados devem fazer a inscrição imprimindo a ficha anexa a esse material, preencher e encaminhar pelo Correio para o endereço Rua Eng. Edgar Prado Arze, 215, Centro Político Administrativo (CPA) CEP 78049-909 aos cuidados da Gerência de Educação do Campo. Ou ainda, responder e enviar por e-mail para o endereço eletrônico projovemcampomt@seduc.mt.gov.br. Mais informações 65-3613-6444.

FICHA DE INSCRIÇÃO



ROSELI RIECHELMANN E VOLNEY ALBANO
Assessoria/Seduc-MT

Crianças surdas podem frequentar escolas regulares?

Recentemente, o Ministro da Educação, Fernando Haddad, apresentou uma proposta que visa a estimular a inclusão de estudantes com deficiência visual e auditiva em escolas regulares. A iniciativa trouxe à tona, mais uma vez, a discussão em torno da educação adequada aos alunos com perda auditiva.

A meu ver, como profissional da área da fonoaudiologia, a escolha da instituição de ensino para uma criança com essa deficiência é sempre uma questão difícil. Esta decisão deve ser tomada com cautela, após muitas reflexões e conversas com profissionais e outras famílias que vivenciam ou passaram pela mesma situação.

Para alguns, a inclusão do surdo em uma classe de estudantes ouvintes auxiliará no seu desenvolvimento, mas, para outros, esta medida pode ser prejudicial à criança, que será impedida de se desenvolver segundo a própria cultura surda e, ainda, pode ser prejudicada em relação às avaliações e aos resultados, como as notas.

Quando refletimos sobre este tema, devemos pensar que existem diversos graus de perdas auditivas e que, para cada criança, pode-se pensar em uma solução educacional diferente. No caso dos pequenos com perda auditiva de grau leve a moderado e que estejam devidamente adaptados aos aparelhos auditivos, por exemplo, a inclusão em classes de alunos ouvintes pode ser positiva, desde que haja estrutura suficiente para que a criança tenha acesso a todas as informações em sala e vivência da escola.

Já para as crianças com surdez profunda, acredito que a escolha da escola ideal pode ser mais difícil, pois, nestes casos, o impacto da perda auditiva é maior.

Portanto, a análise das instituições deve ser feita pacientemente. Além disso, diversos fatores também precisam ser avaliados e discutidos, como estrutura e o preparo dos professores para lidarem com deficientes auditivos.

Para aqueles que defendem o desenvolvimento da capacidade de falar em crianças deficientes auditivas, a convivência com alunos ouvintes é fundamental. Para a comunidade surda, porém, escolas especiais proporcionam ambientes mais adequados para o desenvolvimento total da criança deficiente, por meio do bilinguismo.

Com base nesse cenário e até mesmo em casos de pacientes que já passaram pelo meu acompanhamento, é importante que a família entenda que existem diferentes a serem avaliadas e que se deve considerar a que melhor responde aos seus questionamentos e anseios. Importante ressaltar também que os professores e a direção da instituição de ensino devem ser avisados sobre alunos especiais, para que os educadores se preparem para conviver com eles e entendam suas necessidades e peculiaridades, como a expressão facial, que, no caso do deficiente auditivo, contribui para a compreensão da informação e dos conteúdos apresentados em sala de aula.

Maria do Carmo Branco maria.branco@microsom.com.brFonoaudióloga do Grupo Microsom, empresa de soluções auditivas do Brasil.

Hora de dormir...

Havia há alguns anos, uma excelente propaganda de uma fábrica de cobertores, que passava todos os dias exatamente às 21h na TV.

Ela foi o sinalizador para toda uma geração, de que o dia tinha acabado de verdade! Pena que não criaram mais nada parecido com aquele bonequinho, que carregava sua mantinha e ia cantando para cama!

Uma criança pode negar-se a ir para a cama ou demorar muito a adormecer por diversos motivos e todos eles causam grande inquietude em seus pais. Isso sem falar daqueles que tem um sono agitado, querem dormir com os pais, sofrem de enurese , entre outros.

A insegurança que o escuro e as figuras delineadas pelas sombras e tornadas verdadeiras pela imaginação, o sibilo do vento, o ruído de passos dos vizinhos de andar, assim como o próprio medo de não acordar mais, não ver os pais, ser raptado, entre outras causa, justificam essa “briga” que as crianças em sua maioria tem com o sono, na hora de deitar-se. Não contando com a questão do interesse sobre a programação da TV, a brincadeira com os irmãos, o filme, o jogo, etc.

Tudo isso é verdadeiro e comum, mas se os pais pretendem ter alguns momentos de sossego para si quando chegam do trabalho e se almejam que seus filhos durmam bem o suficiente para suas necessidades de um corpo e mente em desenvolvimento, devem estabelecer algumas regras para esse momento: a hora de ir para cama.

Independentemente da idade, vez por outra as crianças estão mesmo mais ansiosas e requerem mais um carinho, uma atenção, uma história. Mas sempre – sempre mesmo - precisam sentir que há um momento a partir do qual não há negociação, chantagem ou choro, que adie o ir para a cama e tentar adormecer.

Desde cedo os bebês devem se acostumar a dormir sozinhos, no berço e no escuro. Isso torna a tarefa muito mais simples quando por volta de um ano e meio a dois, descobrem que a TV não vai dormir....mas aprendem que o tempo de assisti-la sim.

Como tudo na educação, exige calma, serenidade e muita firmeza, já que estranho é uma criança não tentar burlar esse esquema: praticamente todas tentam! Cabe ao adulto ir impondo um horário limite e alguns rituais que preparam a criança para o sono noturno: jantar antes dos pais, tomar seu banho, colocar o pijama,escovar os dentes, ouvir uma pequena história, uma música calma, ganhar alguns carinhos (sempre bem vindos) e pronto: entrar na cama, acomodar-se, desligar o abajur...e boa noite!

Sentir-se segura é condição básica para uma criança crescer sadia. Portanto, dar limites, estabelecer normas e horários para as diferentes atividades, não é pernicioso para elas: ao contrário! Todas precisam ter um horário para acordar, tomar banho, fazer as refeições, ir ao parque, à escola, estudar, fazer deveres de casa, brincar, jogar, fazer esportes, ver um programa de TV ou fazer um jogo no computador e dormir um número de horas suficiente para que acorde bem e pronta pra mais um dia de descobertas e crescimento!

Maria Irene Maluf irenemaluf@uol.com.brPedagoga, especialista em Educação Especial e Psicopedagogia.

Aprimorando a prática da argumentação – pressupostos metodológicos

O debate funciona como recurso metodológico de grande eficácia, mediante o desenvolvimento de tal habilidade


A partir do momento em que nos dispomos a discorrer acerca da produção textual, torna-se inegável a importância de destacarmos suas habilidades. Em função disso, dada a importância do aprimoramento de tais habilidades, sobretudo no tocante à aprendizagem escolar, constata-se que o educador, muitas vezes, prioriza somente esse lado, deixando a desejar outras competências, que também precisam ser aprimoradas.
O que se pretende enfatizar é o fato de que nada adianta se manter familiarizado com todos os requisitos, se o discurso – elemento primordial da modalidade em questão – não estiver prontamente organizado para então se materializar. O resultado, não raro, pode ser catastrófico, pois ao se deparar com o vestibular e demais processos avaliativos, como concursos, por exemplo, o candidato se vê angustiado diante de um tema sobre o qual ele sequer possui ideias e argumentos. E, para piorar, as modalidades mais requisitadas são aquelas voltadas para este aspecto, ou seja, os textos dissertativo-argumentativos. Diante disso, como convencer nosso interlocutor se as ideias não estão baseadas em um posicionamento digno de credibilidade?
Eis aí um fato que motiva o repensar de algumas práticas, por vezes estereotipadas. Para tanto, a importância de capacitar os educandos rumo ao desenvolvimento da argumentação torna-se fator primordial perante a discussão que ora se evidencia. Obviamente que seria onírico obter resultados positivos de uma hora para outra, mesmo porque tal desenvolvimento ocorre tão somente de forma paulatina.
Sendo assim, uma das iniciativas a se tomar é motivar os alunos a desenvolverem a busca constante pelo conhecimento, sobretudo no que diz respeito à informação. E, como sabemos, existem múltiplas formas de adquiri-la, assim como a leitura de bons livros, jornais impressos ou difundidos pelos meios de comunicação, revistas, periódicos, entre outras fontes. Outros recursos metodológicos também se mostram bastante eficazes, tais como o trabalho com os diferentes gêneros orais, sobretudo o seminário e o debate.
Para reforçar ainda mais acerca de sua precisão, vejamos o que tem a nos dizer Cláudio Brazzoni, assessor de Língua Portuguesa da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo e selecionador do Prêmio Victor Civita Nota 10:
“Comunicar-se em diferentes contextos é questão de inclusão social, e é papel da escola ensinar isso”.
Em consonância com tais posicionamentos, por que não retratarmos os dizeres de Bernard Shneuwly, da Universidade de Genebra, por meio de sua obra Gêneros Orais e escritos na Escola:
“ É isso que permite aos alunos se apropriarem das noções, das técnicas e dos instrumentos necessários ao desenvolvimento de suas capacidades de expressão em situações de comunicação”.
Mediante a prática destes recursos, percebe-se um grande avanço no que se refere ao desenvolvimento da oralidade, principalmente àqueles que apresentam alguns entraves, como a dificuldade de falar em público, por exemplo. À medida que há um espaço para se debater ideias, analisar opiniões distintas, comparar e confrontar posicionamentos diferentes, torna-se possível elencar o poder de argumentação, conferir força à palavra ora proferida. Com isso, longe de quaisquer questionamentos, as conquistas que se pretende alcançar não mais estarão aquém das pretensões de todo educador e, dessa forma, o retorno estará garantido e a aprendizagem concretizada.

Por Vânia Duarte
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola
Português - Estratégias de Ensino - Educador - Brasil Escola

Representantes do IFMT afirmam que campus de Sorriso será referência

Redação 24 Horas News


“Sorriso será modelo para o Instituto”, disse o reitor do IFMT, José Bispo Barbosa. Ele esteve no município na última sexta-feira (15.07) juntamente com uma comitiva de representantes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso que estão diretamente envolvidos com a implantação do campus do IFMT em Sorriso.

Reunidos com o prefeito, Chicão Bedin, e com a secretária de Educação e Cultura, Avanice Lourenço Zanatta, os representantes do IFMT apresentaram detalhes sobre a estrutura que o instituto terá no município e sobre a perspectiva de expansão do IFMT no estado, que projeta atender nos próximos anos mais de 16 mil alunos.

“A vinda de uma escola técnica para Sorriso não é um sonho de hoje. O pioneiro Tonico Gemi falava desse assunto ainda na década de 80 e desde lá, ou seja, há mais de vinte anos, Sorriso trabalha para que isso fosse uma realidade”, lembrou o prefeito Chicão Bedin ao destacar a responsabilidade histórica que cabe aos primeiros professores do IFMT em Sorriso. Até a inauguração do campus do instituto, as aulas de cursos já implantados pelo IFMT em Sorriso acontecem em um espaço cedido pelo município.

O reitor da instituição agradeceu o suporte que recebeu da Prefeitura de Sorriso para a vinda dos primeiros cursos e disse que essas turmas iniciais foram decisivas para a decisão pela implantação do campus. Na oportunidade, Bispo também apresentou aos gestores e à equipe local do IFMT o diretor de ensino que atuará no campus de Sorriso, o professor Carlos Câmara.

De acordo com o diretor de ensino, Sorriso será como modelo para as demais unidades do IFMT, “tanto no aspecto da edificação quanto na gestão político-pedagógica e de inserção social”, condição que foi reafirmada pelo professor Ghilson Ramalho Corrêa, pró-reitor de ensino do IFMT, “Sorriso será uma maquete para os demais se basearem”.

Recompra de títulos do Fies pode ser feita até o dia 25

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), agente operador do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), disponibilizou R$ 312 milhões para a recompra de Certificados Financeiros do Tesouro (CFT-E) das instituições de ensino superior participantes do Fies.

Este é o terceiro lote de recompra aberto em 2011. O prazo termina na próxima segunda-feira, 25. As instituições de ensino superior que aderem ao Fies são remuneradas com os certificados, um tipo de título público usado para a quitação de contribuições previdenciárias e outros tributos federais. Pagos os tributos pelas instituições, os certificados restantes podem ser recomprados pelo FNDE.

Pode participar do processo de recompra a instituição mantenedora que não está em débito com a Receita Federal. O valor mínimo é de R$ 500,00. Para solicitar a recompra dos títulos, o representante legal da mantenedora deve acessar o Sistema Informatizado do Fies (SisFies) para consultar o saldo e fazer o pedido.

Após o fechamento do lote, no próximo dia 25, o valor será creditado pelo FNDE na conta corrente da entidade mantenedora em até quatro dias úteis.

Pesquisa etnorraciais mostra que maioria da população admite racismo

A pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre as características etnorraciais da população, divulgada hoje (22), constatou que 63,7% dos brasileiros admitem que a cor ou raça influencia a vida das pessoas. Para um dos coordenadores do estudo, José Luís Petruccelli, isso indica que a população reconhece a existência de racismo no país.

Por meio de questionário aplicado em 15 mil domicílios em cinco estados e no Distrito Federal, o levantamento do IBGE revela que, para os brasileiros, o racismo está mais evidente no trabalho (71%), na relação com a polícia e com a Justiça (68,3%) e no convívio social (65%). De oito categorias, a escola foi citada por 59,3% dos entrevistados e as repartições públicas, por 51,3%.

O estudo também destaca que é na unidade da Federação com maior renda per capita do país (mais de cinco salários mínimos), o Distrito Federal, onde a população mais percebe o racismo. Lá, 10,9% dos entrevistados, na resposta aberta, se declarou "negra" - categoria que não é usada pelo IBGE.

No Amazonas, menos pessoas notam o problema (54,8%). No estado, também foi registrado o menor percentual de autodeclarados "brancos" (16,2%) e a maior proporção de "morenas" (49,2%), termo que assim como "negra" também não é usada pelo instituto para a classificação etnorracial.

Segundo a pesquisa, 96% das população sabe se autoclassificar, sendo que 65% seguem os critérios do IBGE. Para ele, o fato de uma parcela se definir "morena" é uma forma de evitar se assumir "preto" ou "parda", categorias que somadas equivalem a "negros". "Moreno é um termo para fugir da questão. Pode ser quase qualquer um, pode ser bronzeado de sol ou afrodescendente", disse o pesquisador. No total, 21,7% dos entrevistados se declararam "morena" e 7,8%, negra.

A decisão de usar dados desagregados de raça nas pesquisas domiciliares pelo IBGE cumpre recomendações firmadas pelo Brasil na 3º Conferência Mundial contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância Correlata, realizada em Durban, na África do Sul, em 2001.

Saiba como recuperar e aumentar a autoestima de forma natural

Você já parou para pensar qual foi a última vez que você reservou um tempo para se cuidar e tirar um dia inteiro para chamar de seu? Este dia já existiu ou ainda é um sonho distante? Atropelados pelos afazeres do cotidiano, muitos acabam esquecendo do próprio bem-estar. Esquecemos que somos bonitos, que temos dons, amigos ótimos e mergulhamos em um mundo de pessimismo. E se não damos valor ao que é bom, o caminho para ficar deprimido é curto.

De acordo com o psiquiatra Maurício Lima, a depressão deve ser tratada. Há casos que só medicamentos têm o poder de tirar um paciente de um quadro clínico em estágio avançado, segundo o profissional. "Porém, quase na mesma proporção dos pró-remédios, existe uma grande parcela da população que busca ajuda em outras formas de recuperar o bem-estar emocional e, consequentemente, o amor próprio e a autoestima", pondera o psiquiatra.

A auto-observação, um exercício mental bastante dificil no começo, pois exige que se preste atenção e veja o tempo todo a forma de pensar e sentir, como se estivéssemos fora do corpo, assistindo a nós mesmos em um programa de TV é uma delas. Assim, é possível notar o que fazemos inconscientemente para nos auto-sabotar e quais as razões que nos levam a isso, até então imperceptíveis.

Atitudes consideradas naturais, como praticar exercícios, seja ao livre ou numa academia, também são recomendadas. "As atividades físicas liberam endorfina, que faz bem para o cérebro e causa sensação de bem-estar", diz o profissional.

Praticar a meditação, outra ótima aliada do bem-estar, ajuda a promover mudanças na maneira de pensar pois diminui a ansiedade. Aos que ficam tristes em dias sem sol, há a fototerapia como alternativa. O paciente é colocado com os olhos perto de uma lâmpada fluorescente de pelo menos 2,5 mil lux (unidade de medida de luz), em sessões de 30 minutos. Nesse caso, é importante que o aparelho não emita raios ultravioleta.

Se submeter a técnicas como acupuntura também é válido. Os efeitos de alívio surgem entre 5 e 15 aplicações, diz o especialista, que também recomenda a técnica aos pacientes. Segundo o psiquiatra, existem vários métodos para recuperar o amor próprio. "O desespero em ficar bem logo, de uma hora para outra, não ajuda. A busca quase obsessiva por medicamentos ansiolíticos e antidepressivos também não. Eles são prescritos e ajudam a tratar doenças graves, como depressão e crises de ansiedade, mas não são uma fórmula mágica para a vida inteira", afirma o médico. Entender seu próprio comportamento e não se mutilar com julgamentos ou avaliações severas são passos importantes para manter o equilíbrio e jamais precisar recorrer às fórmulas químicas ou qualquer outro método.

Pessoas agressivas e impulsivas ganham mais peso

Pessoas com personalidade forte e instável têm mais chances de enfrentar problemas com a balança ao longo da vida, de acordo com um estudo feito pelo Instituto Nacional do Envelhecimento, nos Estado Unidos, e publicado no jornal online da Associação Americana de Psicologia.

A análise durou 50 anos e envolveu 1.988 pesssoas, metade homens e metade mulheres. O objetivo era determinar como a personalidade está associada ao peso e ao índice de massa corporal (IMC). Todos foram avaliados segundo cinco grandes traços de personalidade e suas subcategorias: abertura para novas experiências, capacidade de fazer planos para atingir objetivos, extroversão, amabilidade e instabilidade emocional. Também foram pesados e medidos ao longo do tempo.

Apesar de o peso tender a aumentar gradualmente à medida que as pessoas envelhecem, os pesquisadores indentificaram que as pessoas que mais apresentaram problemas de ganho de peso foram as impulsivas, as que gostavam de correr riscos e as antagônicas - cínicas, competitivas e agressivas.

Os autores do estudo afirmam que, para manter um peso saudável, é necessário ter uma dieta balanceada e um programa regular de atividade física, que requerem compromisso e moderação. Tal controle pode ser difícil para indivíduos com essas características acima, já que eles tendem a ceder à tentação e não têm disciplina para permanecer na meta em meio a dificuldades e frustração.

A pesquisa também mostrou que os participantes com concienticismo, ou seja, capacidade de fazer planos para alcançar metas, tendem a ser mais magros e não possuir relações entre peso e mudanças na personalidade em toda a idade adulta.

Angelina Sutin, coordenadora do estudo, diz que pesquisas anteriores já haviam indicado que indivíduos impulsivos são mais propensos à compulsão alimentar e ao consumo de álcool. "Esses padrões de comportamento podem contribuir para o ganho de peso ao longo do tempo", conta.

A pesquisadora reconhece que identificar uma relação entre personalidade e obesidade é algo complexo, mas acredita ser um passo importante para conseguir desenvolver tratamentos mais personalizados que benefíciem diferentes pessoas. Exercícios que são feitos em grupo, por exemplo, podem ser mais eficazes para extrovertidos do que os introvertidos.Teste: você projeta as emoções na dieta?

Faça o teste e descubra se você projeta as suas emoções na dieta
Você já passou por alguma situação de estresse e, de repente, sentiu uma enorme vontade de comer um doce ou algo que goste muito? Professores da Universidade de Paris, na França, demonstraram em pesquisas que existe uma relação direta entre o sistema límbico, onde se formam as emoções, e o hipotálamo, onde se concentra a fome. Os pesquisadores ainda contam que a comunicação errada entre esses dois núcleos cerebrais pode resultar no impulso de comer, e que cerca 95% das mulheres saudáveis na França engordam porque comem para suprir emoções.