sábado, 17 de dezembro de 2011
Opinião: Uma hora e 17 minutos de aula
''As evidências de que um simples aumento dos gastos não vai melhorar a qualidade do ensino no Brasil estão se acumulando por todos os cantos'', afirma Naercio Menezes Filho Fonte: Valor Econômico (SP)
Está em discussão no Congresso Nacional o novo Plano Nacional de Educação (PNE), que deverá vigorar entre 2012 e 2020. Um dos pontos mais polêmicos do plano é a expansão do gasto público com Educação para 7% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2009 o valor foi de 5,7%.
O relator acaba de defender o aumento dessa meta para 8%, enquanto movimentos sociais e entidades sindicais defendem uma meta de 10% do PIB. Por outro lado, alguns especialistas acham que é possível utilizar melhor os recursos já disponíveis, pois existem sérios problemas no uso desse dinheiro. Quem tem razão nesse debate?
Uma pesquisa importante, realizada recentemente pelo Ibope-Inteligência em parceria com o Instituto Unibanco, ajuda a jogar luz nessa questão.
A pesquisa acompanhou 60 turmas do ensino médio em 18 Escolas, monitorando as aulas por meio do preenchimento diário de carga horária e fazendo uma pesquisa com os alunos para examinar o número de horas que eles se dedicam ao estudo dentro e fora da Escola. Os resultados são surpreendentes.
Dobrar os gastos em Educação em relação ao PIB resolveria o problema da falta de aula nas Escolas?
A pesquisa dividiu a Escola em três grupos, de acordo com grau de efetividade do uso do tempo. Primeiramente, a pesquisa se concentrou no lado da oferta. Ou seja, se todos os alunos da Escola estivessem presentes e quisessem aprender, quantas aulas eles efetivamente teriam?
No grupo das Escolas mais problemáticas, apenas 63% das aulas previstas foram dadas, nas Escolas intermediárias 78% e no grupo das melhores Escolas, 93%. No primeiro grupo, 20% das aulas não foram dadas porque o professor não estava presente! Nos restante dos dias não houve aulas devido a passeios, falta coletiva dos alunos etc..
Vale ressaltar que nas Escolas problemáticas, apenas 61% das aulas efetivamente oferecidas foram ministradas pelo professor responsável pela disciplina prevista. Além disso, a pesquisa mediu o tempo efetivo de aula, descontando os atrasos etc..
A conclusão é que nas Escolas mais problemáticas cada turma perdeu 19 dias letivos dos 48 que foram monitorados pela pesquisa. A pesquisa conclui que "os alunos desse grupo deixaram de ter acesso a 40% das potenciais oportunidades de ensinar previstas".
E com relação às faltas dos alunos? A pesquisa mostra que dos 41 alunos matriculados nas Escolas mais problemáticas, somente 24 (em média) estavam presentes nas aulas monitoradas, ou seja, uma frequência de 55%. Nas melhores Escolas, a taxa de frequência não foi tão melhor assim, atingindo 66% dos alunos.
A pesquisa então combina as oportunidades de ensinar com as oportunidades de aprender e conclui que apenas 32% do tempo previsto para aquisição de conhecimento foi efetivamente utilizado pelos alunos com esse fim.
Ou seja, das 4 horas de aula previstas por dia, apenas 1 hora e 17 minutos foi efetivamente utilizada pelos alunos para aprender nas Escolas mais problemáticas. Mesmo nas melhores Escolas, o tempo de aula efetivo foi de apenas 2 horas e 13 minutos.
Assim, fica claro porque nossos alunos têm um desempenho pífio nos exames internacionais. Eles simplesmente não têm aulas. Será que dobrando os gastos educacionais com relação ao PIB nós conseguiríamos resolver esse problema?
Uma pesquisa parecida, organizada pela pesquisadora Barbara Bruns do Banco Mundial, mediu o tempo da classe efetivamente utilizado para transmitir conhecimento em uma amostra de Escolas públicas do Rio de Janeiro, Pernambuco e Minas Gerais.
Os resultados mostraram que nessas Escolas (em média), apenas 62% do tempo total de uma aula são usados para ensino, em comparação com 85% nos países mais bem-sucedidos da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Assim, quase 40% do tempo de aula é utilizado para organizar a sala, fazer a chamada, manter a classe em silêncio ou o professor está fora da sala. Isso significa que, se o tempo de aula fosse melhor utilizado nas Escolas mais problemáticas, elas teriam 88 dias a mais de aulas (num total de 200), sem gastar um centavo a mais.
Por fim, uma pesquisa recente realizada por professores de Harvard investigou os fatores que fazem com que as Escolas "charter" americanas sejam mais efetivas, ou seja, que seus alunos aprendam mais. Essas Escolas atendem alunos da rede pública, mas são geridas pelo setor privado.
Os resultados mostram que aspectos relacionados a aumento de gastos, como tamanho da classe, gastos por aluno e Escolaridade dos professores não aumentam a qualidade da Escola. Os fatores que tiveram maior impacto foram "feedbacks" constantes para os professores, tutorias, mais horas efetivas de aula e foco constante no aprendizado dos alunos.
Em suma, as evidências de que um simples aumento dos gastos não vai melhorar a qualidade do ensino no Brasil estão se acumulando por todos os cantos. Medidas simples de gestão teriam impactos significativos no aprendizado do aluno, sem aumento de custos.
Enquanto isso, o debate na sociedade e no Congresso passa ao largo das evidências, concentrando-se no aumento dos gastos, que implicaria aumento de impostos sem contrapartida para a melhoria do ensino. Em 2012 será preciso mudar a agenda da Educação no Brasil. Boas festas!
"Getting Benath the Veil of Effective Schools: Evidence from New York City", por Will Dobbie e Roland Fryer.
* Naercio Menezes Filho; é professor titular - Cátedra IFB e coordenador do Centro de Políticas Públicas do Insper e professor associado da FEA-USP, escreve mensalmente às sextas-feiras naercioamf@insper.edu.br
Ver todas as notícias de Educação na Mídia
PNE e avaliações pautam a Educação em 2011
Tramitação do plano e aplicação da Prova ABC e do Enem foram os destaques deste ano Reprodução/SXC
Carolina Vilaverde
Da Redação do Todos Pela Educação*
Os debates sobre o Plano Nacional de Educação (PNE), enviado pelo Executivo ao Congresso em dezembro de 2010, tomaram conta da pauta da Educação em 2011. O plano será o principal guia para as políticas públicas de Educação no País para os próximos dez anos.
Estiveram em pauta também assuntos como a criação da Lei de Responsabilidade Educacional, a divulgação dos resultados da Avaliação Brasileira do Final do Ciclo de Alfabetização (Prova ABC), a edição 2011 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a realização do Congresso Internacional “Educação: uma Agenda Urgente” e o anúncio da proposta de um currículo nacional para a Educação Básica pelo Ministério da Educação (MEC).
Confira alguns dos temas que movimentaram a Educação em 2011:
PNE
O Plano Nacional de Educação é a principal diretriz para as políticas educacionais no Brasil. O projeto de lei foi encaminhado ao Congresso pelo Ministério da Educação (MEC) no fim do ano passado e vem gerando debates acalorados, principalmente no item de financiamento do setor. O plano define metas e estratégias também para assuntos como a valorização do professor e a universalização do ensino e permanece em debate no Congresso Nacional.
No último dia 6, após uma série de adiamentos desde outubro, o relatório final do deputado Angelo Vanhoni (PT-PR) foi apresentado e um período de cinco sessões legislativas foi aberto para a sugestão de emendas pelos parlamentares. Para vigorar, o plano deve ser aprovado pela Câmara e pelo Senado, e ainda passar pela sanção presidencial.
A Comissão Especial para analisar o plano foi criada em março. Em setembro, o deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES) assumiu a presidência, substituindo Gastão Vieira (PMDB-MA), que foi para o comando do Ministério do Turismo. A votação final na Câmara ficará para 2012, segundo o presidente da Comissão Especial.
Lei de Responsabilidade Educacional
Em outubro, a Câmara dos Deputados instituiu uma Comissão Especial para debater e formular uma Lei de Responsabilidade Educacional. A presidência está nas mãos do deputado Newton Lima (PT-SP), e a relatoria do projeto ficou a cargo de Raul Henry (PMDB-PE).
Mais de uma dezena de projetos de lei estão em análise da comissão, pois versam sobre o assunto. Um deles, de autoria do Executivo, foi enviado em dezembro de 2010 ao Congresso, pelo ministro da Educação, Fernando Haddad.
Na proposta do governo, a Lei de Ação Civil Pública seria alterada para que o Ministério Público possa fiscalizar os responsáveis pela gestão da Educação na União, nos estados e nos municípios. Os trabalhos da Comissão Especial serão iniciados no próximo ano.
Base curricular nacional para a Educação Básica
No início de dezembro, o MEC anunciou que vai propor uma base curricular nacional, com expectativas de aprendizagem para a Educação Básica. O texto, a ser apresentado pela pasta, ficará disponível para consulta pública e participação da sociedade.
Segundo Maria do Pilar Lacerda, secretária de Educação Básica do MEC, essa base não será “uma listagem de conteúdos”, mas sim “um instrumento de organização da vida do professor e do aluno”. Após a apresentação do texto-base, será aberto prazo para que um grupo de trabalho defina as expectativas por áreas do saber. A previsão de conclusão é a de que o documento ficará pronto no fim de 2012.
Prova ABC
Em 2011, a primeira aplicação da Prova ABC, exame inédito que verifica a qualidade da alfabetização das crianças que concluíram o 3º ano (2ª série), revelou uma situação preocupante logo no início do Ensino Fundamental.
Leia aqui a reportagem sobre a Prova ABC
De acordo com os resultados, 56,1% dos alunos avaliados aprenderam o que era esperado em leitura, e 42,8% em matemática. O exame ainda mostrou uma grande desigualdade entre as redes de ensino pública e privada, e entre as regiões do País. Em matemática, por exemplo, entre o melhor e o pior desempenho das regiões há uma diferença de 33 pontos – a região Sul tem a melhor média, com 185,6 pontos, e a média mais baixa fica com a região Norte, com 152,6 pontos.
A avaliação foi resultado de uma parceria entre o Todos Pela Educação, o Instituto Paulo Montenegro/Ibope, a Fundação Cesgranrio e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep). Ela foi aplicada no primeiro semestre de 2011 a cerca de 6 mil estudantes de escolas municipais, estaduais e particulares de todas as capitais do País.
Duas edições do Enem
A aplicação de duas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) por ano está programada para começar em 2012, com edições em abril e outubro. Para o ministro Fernando Haddad, essa seria uma forma de reduzir os seguidos problemas que o Enem vem enfrentando. O MEC, que pretendia realizar duas edições já em 2011, adiou seus planos.
Apesar da supervisão do Inmetro e da contratação de uma empresa de gestão de risco para evitar que os erros das edições anteriores se repetissem, o Enem teve novas complicações. Desta vez, alunos do Colégio Christus, de Fortaleza (CE), tiveram acesso prévio a questões da prova. De acordo com o MEC, o vazamento ocorreu na fase de pré-testes do exame, da qual a escola participou em outubro de 2010. O vazamento das perguntas escancarou a escassez de questões no banco nacional de itens e a fragilidade do processo de pré-teste do exame.
Congresso Internacional “Educação: uma Agenda Urgente”
O encontro, promovido pelo Todos Pela Educação, em parceira com instituições nacionais e internacionais, abordou diferentes temas fundamentais para acelerar a melhoria do aprendizado dos alunos e da Educação Básica no País.
Confira as reportagens sobre as sessões e os textos para consulta
Entre 13 e 16 de setembro, o congresso debateu, em oito sessões, assuntos como a carreira docente, a formação inicial do professor, o regime de colaboração entre os entes federados, o uso das avaliações nas práticas de sala de aula e na gestão educacional, a definição das expectativas de aprendizagem, a Educação integral, a equidade e inclusão, e a justiça pela qualidade da Educação.
No último dia, em uma sessão especial, o evento congregou movimentos de 13 países da América Latina que se articulam para melhorar a Educação em seus países. Durante a sessão, foi lançada a Rede Latino-Americana de Organizações da Sociedade Civil pela Educação.
O objetivo da rede é promover a Educação inclusiva e de qualidade como prioridade das agendas públicas nacionais e da região; estabelecer estratégias e metas de colaboração de longo prazo; e promover o intercâmbio e a disseminação de experiências que contribuam para objetivos comuns.
Prova nacional para professores
Anunciada pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, ainda no ano passado, a Prova Nacional de Concurso para o Ingresso na Carreira Docente foi regulamenta em março de 2011. De acordo com o Inep, responsável pela coordenação e aplicação da prova, ela será realizada uma vez por ano e a edição de 2012 está prevista para agosto.
O objetivo do exame é auxiliar estados e municípios a selecionar professores para trabalhar nas redes públicas, e a participação do docente na seleção será voluntária. De acordo com a presidente do Inep, Malvina Tuttman, cerca de 70 especialistas em Educação elaboraram a proposta de matriz de referência da prova.
Com a matriz fechada, o Inep começou a construir um banco de itens elaborados por especialistas em Educação convocados por chamada pública. A prova deve avaliar os docentes a partir de três dimensões: profissão docente e cidadania, trabalho pedagógico e domínio dos conteúdos curriculares. Serão exigidos conhecimentos em temas como políticas educacionais, gestão do trabalho pedagógico, além do domínio dos conteúdos como língua portuguesa, matemática, história e artes.
* Com informações da Agência Brasil e do Portal do MEC
CNM: piso do magistério é demagogia e vai quebrar municípios
Fonte: Terra
ANGELA CHAGAS
Três anos após ser sancionada a lei que instituiu o piso nacional dos professores, os municípios ainda encontram dificuldades para cumprir com o salário de R$ 1.187 para uma jornada de 40 horas semanais
Levantamento feito com exclusividade pelo Terra em todas as capitais brasileiras aponta que duas não cumprem com a legislação: Macapá (AP) e Porto Velho (RO). No entanto, segundo a Confederação Nacional dos Municípios, a situação é bem pior se levado em conta todas as prefeituras brasileiras.
"Muitos municípios e até Estados não têm como cumprir com a lei da maneira como ela foi proposta, isso quebra qualquer prefeitura. O MEC (Ministério da Educação) faz apenas demagogia com os professores e põe toda a culpa dos problemas da educação nos municípios", diz o presidente da CNM Paulo Ziulkoski.
De acordo com ele, as capitais estão em situação mais confortável porque o repasse dos recursos é maior, mas no geral a situação é crítica. Levantamento feito pela CNM em 1.851 municípios brasileiros, aponta que pelo menos 622 pagam valores inferiores ao estabelecido pela lei.
Para o presidente da CNM, além de um valor elevado, o maior problema para os municípios é que a lei define que um terço da carga horária de professores seja destinada para a realização de atividades extraclasse, como planejamento pedagógico.
"A lei fere a autonomia dos municípios ao definir que um terço do período é para ficar fora da sala. Para cumprir isso, 290 mil professores precisam ser contratados pelas prefeituras. Quem vai pagar a conta?", questiona Ziulkoski.
De acordo com o MEC, Estados e municípios podem pedir uma verba complementar para estender o piso nacional a todos os professores. Para conseguir o dinheiro, é preciso comprovar que aplica 25% da arrecadação em educação, como prevê a Constituição Federal, e que o pagamento do piso desequilibra as contas públicas.
Embora a portaria que aprova a complementação dos recursos tenha sido publicada em março, até o começo de dezembro nenhum Estado ou município havia cumprido com todos os requisitos para receber o dinheiro.
Segundo o presidente da CNM, o ministério estipulou diversas exigências que tornaram "impossível" garantir a verba. "Eles cobram até que se tenha uma contabilidade própria apenas para os recursos da educação. Eles dizem que é para ter transparência, mas é só demagogia para culpar as prefeituras", afirma.
Já o MEC, por meio de sua assessoria, informou que os municípios não conseguem cumprir com as exigência porque "não há foco na educação". De acordo com o ministério, os recursos estão disponíveis para auxiliar todas as prefeituras que "realmente precisam da complementação da verba".
Por que é difícil pagar o piso?
Ziulkoski aponta três fatores como determinantes para dificultar o cumprimento da lei pelos municípios:
O próprio valor do piso, que incide sobre o vencimento básico (assim todas as vantagens, como tempo de carreira, devem ser pagas a partir do mínimo), a correção do valor com base no custo do aluno pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e não pela inflação (com base no fundo, o reajuste para o ano que vem deve ficar em torno de 23%, o que seria insustentável pelos municípios já que a receita não cresceu nesta proporção), e ainda a necessidade de cumprir com um terço da carga horária fora da sala de aula.
"Não somos contra reajustar o salário dos professores. Eu acho que bons salários é um dos pilares para a qualidade da educação. Mas da forma como a lei foi feita e ratificada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) o que acontece é mais prejuízo para a educação, pois os municípios precisam gastar todo o seu orçamento com o salário e deixar de investir na manutenção das escolas, na construção de novas unidades, na melhoria da estrutura", aponta.
De acordo com ele, este ano mais de 800 municípios brasileiros gastaram 100% dos recursos do Fundeb apenas com o pagamento da folha dos docentes.
CNTE critica municípios: educação deve ser prioridade
O diretor de Assuntos Educacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), Heleno Araújo, critica a posição dos municípios.
"A confederação (CNM) deveria orientar os prefeitos a cumprir com a lei. Se o município não tiver condições, que peça recursos da União para complementar. Mas para isso precisa mostrar sua prestação de contas, quanto investe em educação. O problema é que os prefeitos não são orientados a ser transparentes, por isso não conseguem os recursos", diz.
Segundo Araújo, a educação precisa ser definida como uma prioridade dos governantes.
"Temos aqui uma grande contradição porque prefeitos e governadores, que na época das eleições dizem que o ensino é prioridade, esquecem-se disso ao assumir o cargo", afirma ao citar o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), que assinou a lei quando era ministro do governo Lula, em 2008, mas como governador do Estado ainda não cumpre com o pagamento do piso.
"Esse é um grande equívoco do governador. Os nossos sindicatos filiados estão orientados a cobrar no STF o pagamento imediato", completa.
Para o presidente da Confederação dos Municípios, essa "mudança de discurso" mostra que muitos políticos não conhecem a realidade dos Estados e municípios. "Escrever uma lei é muito fácil, o complicado é cumpri-la. Quero ver se o Haddad (ministro da Educação), se for eleito prefeito de São Paulo, vai seguir com o mesmo discurso", completa.
De acordo com a Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul, o governador Tarso Genro assumiu o compromisso de pagar o piso a todos os professores até 2014. Um cronograma de reajuste gradual deve ser apresentado à categoria.
ANGELA CHAGAS
Três anos após ser sancionada a lei que instituiu o piso nacional dos professores, os municípios ainda encontram dificuldades para cumprir com o salário de R$ 1.187 para uma jornada de 40 horas semanais
Levantamento feito com exclusividade pelo Terra em todas as capitais brasileiras aponta que duas não cumprem com a legislação: Macapá (AP) e Porto Velho (RO). No entanto, segundo a Confederação Nacional dos Municípios, a situação é bem pior se levado em conta todas as prefeituras brasileiras.
"Muitos municípios e até Estados não têm como cumprir com a lei da maneira como ela foi proposta, isso quebra qualquer prefeitura. O MEC (Ministério da Educação) faz apenas demagogia com os professores e põe toda a culpa dos problemas da educação nos municípios", diz o presidente da CNM Paulo Ziulkoski.
De acordo com ele, as capitais estão em situação mais confortável porque o repasse dos recursos é maior, mas no geral a situação é crítica. Levantamento feito pela CNM em 1.851 municípios brasileiros, aponta que pelo menos 622 pagam valores inferiores ao estabelecido pela lei.
Para o presidente da CNM, além de um valor elevado, o maior problema para os municípios é que a lei define que um terço da carga horária de professores seja destinada para a realização de atividades extraclasse, como planejamento pedagógico.
"A lei fere a autonomia dos municípios ao definir que um terço do período é para ficar fora da sala. Para cumprir isso, 290 mil professores precisam ser contratados pelas prefeituras. Quem vai pagar a conta?", questiona Ziulkoski.
De acordo com o MEC, Estados e municípios podem pedir uma verba complementar para estender o piso nacional a todos os professores. Para conseguir o dinheiro, é preciso comprovar que aplica 25% da arrecadação em educação, como prevê a Constituição Federal, e que o pagamento do piso desequilibra as contas públicas.
Embora a portaria que aprova a complementação dos recursos tenha sido publicada em março, até o começo de dezembro nenhum Estado ou município havia cumprido com todos os requisitos para receber o dinheiro.
Segundo o presidente da CNM, o ministério estipulou diversas exigências que tornaram "impossível" garantir a verba. "Eles cobram até que se tenha uma contabilidade própria apenas para os recursos da educação. Eles dizem que é para ter transparência, mas é só demagogia para culpar as prefeituras", afirma.
Já o MEC, por meio de sua assessoria, informou que os municípios não conseguem cumprir com as exigência porque "não há foco na educação". De acordo com o ministério, os recursos estão disponíveis para auxiliar todas as prefeituras que "realmente precisam da complementação da verba".
Por que é difícil pagar o piso?
Ziulkoski aponta três fatores como determinantes para dificultar o cumprimento da lei pelos municípios:
O próprio valor do piso, que incide sobre o vencimento básico (assim todas as vantagens, como tempo de carreira, devem ser pagas a partir do mínimo), a correção do valor com base no custo do aluno pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e não pela inflação (com base no fundo, o reajuste para o ano que vem deve ficar em torno de 23%, o que seria insustentável pelos municípios já que a receita não cresceu nesta proporção), e ainda a necessidade de cumprir com um terço da carga horária fora da sala de aula.
"Não somos contra reajustar o salário dos professores. Eu acho que bons salários é um dos pilares para a qualidade da educação. Mas da forma como a lei foi feita e ratificada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) o que acontece é mais prejuízo para a educação, pois os municípios precisam gastar todo o seu orçamento com o salário e deixar de investir na manutenção das escolas, na construção de novas unidades, na melhoria da estrutura", aponta.
De acordo com ele, este ano mais de 800 municípios brasileiros gastaram 100% dos recursos do Fundeb apenas com o pagamento da folha dos docentes.
CNTE critica municípios: educação deve ser prioridade
O diretor de Assuntos Educacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), Heleno Araújo, critica a posição dos municípios.
"A confederação (CNM) deveria orientar os prefeitos a cumprir com a lei. Se o município não tiver condições, que peça recursos da União para complementar. Mas para isso precisa mostrar sua prestação de contas, quanto investe em educação. O problema é que os prefeitos não são orientados a ser transparentes, por isso não conseguem os recursos", diz.
Segundo Araújo, a educação precisa ser definida como uma prioridade dos governantes.
"Temos aqui uma grande contradição porque prefeitos e governadores, que na época das eleições dizem que o ensino é prioridade, esquecem-se disso ao assumir o cargo", afirma ao citar o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), que assinou a lei quando era ministro do governo Lula, em 2008, mas como governador do Estado ainda não cumpre com o pagamento do piso.
"Esse é um grande equívoco do governador. Os nossos sindicatos filiados estão orientados a cobrar no STF o pagamento imediato", completa.
Para o presidente da Confederação dos Municípios, essa "mudança de discurso" mostra que muitos políticos não conhecem a realidade dos Estados e municípios. "Escrever uma lei é muito fácil, o complicado é cumpri-la. Quero ver se o Haddad (ministro da Educação), se for eleito prefeito de São Paulo, vai seguir com o mesmo discurso", completa.
De acordo com a Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul, o governador Tarso Genro assumiu o compromisso de pagar o piso a todos os professores até 2014. Um cronograma de reajuste gradual deve ser apresentado à categoria.
MEC homologa parecer para criar Arranjos de Desenvolvimento da Educação Medida é estratégia para implantar o regime de colaboração entre municípios
Da Redação do Todos Pela Educação
O Ministro da Educação, Fernando Haddad, homologou o parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE) sobre a criação de Arranjos de Desenvolvimento da Educação (ADEs), como estratégia para implantar o regime de colaboração entre municípios. O despacho foi publicado na edição desta terça-feira (22) do Diário Oficial da União.
Baixe aqui o parecer do CNE sobre os ADEs
O conselheiro do Todos Pela Educação Mozart Neves Ramos foi o relator da matéria no CNE, em comissão que composta também por Cesar Callegari (conselheiro do TPE), Adeum Hilário Sauer, José Fernandes de Lima e Rita Gomes do Nascimento. O parecer foi aprovado pela Câmara de Educação Básica do CNE em agosto deste ano e, deste então, aguardava a apreciação ministerial.
"Essa homologação é muito importante porque os arranjos são um instrumento eficaz no fortalecimento do regime de colaboração horizontal entre os municípios, e vertical, entre os estados e a União", aponta Mozart. "Eles contribuem para a implementação, de fato, do Sistema Nacional de Educação."
Segundo o parecer, os arranjos educacionais são ferramentas de gestão pública e uma forma de trabalhar em rede para estimular a colaboração entre prefeituras na oferta de Educação de qualidade.
As ações realizadas de maneira colaborativa devem agregar a participação do Estado e da União, e há a possibilidade de serem incluídas instituições privadas e não governamentais. O documento ainda frisa que a participação está condicionada ao fato de que não haja transferência de recursos públicos para esses organismos privados.
Antes dos arranjos, explica Mozart, já havia a figura jurídica dos consórcios. "Os consórcios se efetivam apenas entre entes públicos, envolvendo dinheiro do município. Os arranjos não precisam ter dinheiro, basta haver ações colaborativas. Além disso, os consórcios não contemplam fundações não governamentais. Já os arranjos oferecem um espaço pra sociedade civil colaborar", aponta.
Benefícios dos arranjos
De acordo com o documento homologado, os arranjos podem contribuir diretamente para reduzir os efeitos negativos das descontinuidades das políticas públicas na área de educação, superar as dificuldades da ausência de quadros técnicos especializados nos municípios, visando à elaboração de planos e projetos de financiamento da educação, e acelerar o desenvolvimento educacional mediante, quando necessário, a implantação de consórcios públicos intermunicipais.
O parecer ainda aponta que os ADEs promovem "o regime de colaboração horizontal, de forma articulada com o tradicional regime de colaboração vertical, visando, entre outros aspectos, a:
I – garantir o direito a Educação, por meio da oferta de uma Educação com qualidade social, refletida, dentre outros aspectos, pelo acesso, permanência, aprendizagem e conclusão dos estudos;
II – fortalecer a democratização das relações de gestão e de planejamento integrado, que possa incluir ações tais como: planejamento da rede física escolar, cessão mútua de servidores, transporte escolar, formação continuada de professores e gestores, e organização de um sistema integrado de avaliação;
III – promover a eficiente aplicação dos recursos de forma solidária para fins idênticos ou equivalentes;
IV – incentivar mecanismos de atuação na busca por recursos para prestação associada de serviços;
V – estruturar Planos Intermunicipais de Educação visando ao desenvolvimento integrado e harmonioso do território e a redução de disparidades sociais e econômicas locais, de forma que os Municípios de menor capacidade técnica possam efetivamente se valer desses planos na elaboração dos seus respectivos Planos Municipais de Educação;
VI – considerar tais planos, como referencia, para a elaboração, execução e avaliação dos projetos político-pedagógicos das escolas.
O Ministro da Educação, Fernando Haddad, homologou o parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE) sobre a criação de Arranjos de Desenvolvimento da Educação (ADEs), como estratégia para implantar o regime de colaboração entre municípios. O despacho foi publicado na edição desta terça-feira (22) do Diário Oficial da União.
Baixe aqui o parecer do CNE sobre os ADEs
O conselheiro do Todos Pela Educação Mozart Neves Ramos foi o relator da matéria no CNE, em comissão que composta também por Cesar Callegari (conselheiro do TPE), Adeum Hilário Sauer, José Fernandes de Lima e Rita Gomes do Nascimento. O parecer foi aprovado pela Câmara de Educação Básica do CNE em agosto deste ano e, deste então, aguardava a apreciação ministerial.
"Essa homologação é muito importante porque os arranjos são um instrumento eficaz no fortalecimento do regime de colaboração horizontal entre os municípios, e vertical, entre os estados e a União", aponta Mozart. "Eles contribuem para a implementação, de fato, do Sistema Nacional de Educação."
Segundo o parecer, os arranjos educacionais são ferramentas de gestão pública e uma forma de trabalhar em rede para estimular a colaboração entre prefeituras na oferta de Educação de qualidade.
As ações realizadas de maneira colaborativa devem agregar a participação do Estado e da União, e há a possibilidade de serem incluídas instituições privadas e não governamentais. O documento ainda frisa que a participação está condicionada ao fato de que não haja transferência de recursos públicos para esses organismos privados.
Antes dos arranjos, explica Mozart, já havia a figura jurídica dos consórcios. "Os consórcios se efetivam apenas entre entes públicos, envolvendo dinheiro do município. Os arranjos não precisam ter dinheiro, basta haver ações colaborativas. Além disso, os consórcios não contemplam fundações não governamentais. Já os arranjos oferecem um espaço pra sociedade civil colaborar", aponta.
Benefícios dos arranjos
De acordo com o documento homologado, os arranjos podem contribuir diretamente para reduzir os efeitos negativos das descontinuidades das políticas públicas na área de educação, superar as dificuldades da ausência de quadros técnicos especializados nos municípios, visando à elaboração de planos e projetos de financiamento da educação, e acelerar o desenvolvimento educacional mediante, quando necessário, a implantação de consórcios públicos intermunicipais.
O parecer ainda aponta que os ADEs promovem "o regime de colaboração horizontal, de forma articulada com o tradicional regime de colaboração vertical, visando, entre outros aspectos, a:
I – garantir o direito a Educação, por meio da oferta de uma Educação com qualidade social, refletida, dentre outros aspectos, pelo acesso, permanência, aprendizagem e conclusão dos estudos;
II – fortalecer a democratização das relações de gestão e de planejamento integrado, que possa incluir ações tais como: planejamento da rede física escolar, cessão mútua de servidores, transporte escolar, formação continuada de professores e gestores, e organização de um sistema integrado de avaliação;
III – promover a eficiente aplicação dos recursos de forma solidária para fins idênticos ou equivalentes;
IV – incentivar mecanismos de atuação na busca por recursos para prestação associada de serviços;
V – estruturar Planos Intermunicipais de Educação visando ao desenvolvimento integrado e harmonioso do território e a redução de disparidades sociais e econômicas locais, de forma que os Municípios de menor capacidade técnica possam efetivamente se valer desses planos na elaboração dos seus respectivos Planos Municipais de Educação;
VI – considerar tais planos, como referencia, para a elaboração, execução e avaliação dos projetos político-pedagógicos das escolas.
Oportunidades de aprendizado são desiguais entre escolas do Ensino Médio A conclusão é de estudo do Instituto Unibanco realizado com o Ibope João Bittar/MEC
Thiago Minami
Especial para o Todos Pela Educação
As oportunidades de aprender e de ensinar ocorrem de maneira desigual entre escolas de Ensino Médio que participaram da pesquisa "Audiência do Ensino Médio", realizada pelo Instituto Unibanco e pelo Ibope. De acordo com os resultados, divulgados nesta semana, em média, o aproveitamento do tempo em sala de aula é de 43%. Isso representa apenas 1h44 das quatro horas diárias previstas. A pesquisa comprovou também que, quanto menos aulas, pior o desempenho dos alunos nas avaliações.
Participaram do estudo alunos de 36 turmas de 18 escolas públicas de Ensino Médio, que foram divididos em três grupos. Os resultados não podem ser expandidos para o Brasil como um todo, mas oferecem um indício de como o tempo de aprendizado não é aproveitado.
Por terem características muito distintas entre si, as escolas foram divididas em três grupos, conforme a quantidade de tempo de ensino oferecido pela escola. O que apresentou desempenho mais baixo dos alunos tinha aulas mais concentradas no período noturno e oferecia cursos de Educação de Jovens e Adultos (EJA).
"Audiência"
Para avaliar o aproveitamento dos alunos, o Ibope aplicou o conceito de “audiência”, usado normalmente para programas de televisão. A audiência foi determinada por duas variáveis: o tempo destinado a atividades didáticas, chamado de “oportunidade de ensino”, e a quantidade de alunos presentes quando havia aula, chamada de “oportunidade de aprender”.
Ao longo de dez meses, ocorreu o acompanhamento da rotina de duas turmas de cada uma das 18 escolas. A pesquisa foi feita durante uma semana por mês, somando 8.689 aulas verificadas. Todas as participantes fazem parte de projetos do Instituto Unibanco. Avaliou-se também o uso do tempo de estudo fora da sala de aula. A variação foi de, em média, 1h03 a 1h15 por dia. “Isso é pouquíssimo, deveria ser de pelo menos quatro horas”, afirma Wanda Engel, superintendente executiva do Instituto Unibanco e doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).
A parte do tempo perdida deve-se à ausência de professores ou alunos. Um dos três grupos de escolas avaliados não teve 37% do total de aulas durante o período de visitas. Nesse mesmo grupo, 45% dos alunos não estavam presentes. “É um dado preocupante, pois é um sinal forte de que esses jovens podem abandonar os estudos”, afirma Wanda.
O estudo concluiu também que existe uma grande disparidade entre as instituições analisadas. Aquelas em melhores condições tiveram 117.753 minutos de aula, contra 77.617 das mais fracas. É como se as primeiras contassem com 11 dias letivos a mais no ano. “Por essa razão, as medidas para solucionar o problema devem levar em consideração as características de cada escola, e não podem ser uniformes”, diz Wanda.
Soluções
“Uma solução possível para evitar a evasão é ter agentes nas escolas que verifiquem as razões da evasão e tragam os estudantes de volta. Podem ser pessoas que já trabalham lá”, afirma Wanda. Ela acredita ainda que é preciso oferecer oportunidades de trabalho compatíveis com o horário da escola, pois muitos largam os estudos para trabalhar. Outra medida é orientar as mães adolescentes sobre creches em que podem deixar seus filhos.
Do lado docente, é necessário oferecer incentivos aos profissionais assíduos e aumentar a rigidez com os faltosos. “É um problema de gestão”, explica. Segundo a pesquisa, após mensurar a quantidade de aulas que são efetivamente dadas, o próximo passo é pesquisar a qualidade do ensino ofertado no nível médio.
A Liderança é uma benção
Andre Bellucci
Dias atrás lendo o livro Jogando Para Vencer, de John Wooden e Steve Jamison, me impressionei com a seguinte história contada por Bernardinho (técnico da seleção de vôlei do Brasil).
“Na minha caminhada junto à seleção masculina de voleibol, tive o privilégio de trabalhar com grandes atletas, tanto pelo elevado nível técnico quanto pelo altruísmo e a capacidade de doação. Foi assim no primeiro ciclo que culminou com a medalha de ouro em Atenas, onde o já campeão olímpico Giovane – medalha de ouro em Barcelona, em 1992 - permaneceu por muito tempo no banco de reservas, entendendo a importância de desafiar seus companheiros diariamente nos treinamentos para que eles pudessem crescer.
Hoje, percebo o mesmo comprometimento ao observar a postura do supercampeão e capitão Giba, muitas vezes na posição de reserva. Ele continua dando 100% nos treinos e participando ativamente dos jogos, numa função de apoio permanente aos seus colegas de equipe. Ao deixar o ego de lado em nome do time, Giba assumiu um papel fundamental, embora de menor visibilidade”.
Lendo essa passagem do livro fiquei pensando o que realmente representa a função de líder. E então escrevi algumas percepções que tive:
1) Para ser líder é necessário ser o exemplo. Imagine como o Giovane iria explicar para um atleta de alto nível do seu time hoje, que ele precisa ir para reserva porque não esta em condições melhores que outro companheiro, se o mesmo já não tivesse feito isso lá atrás.
2) Para ser líder é necessário aguentar a pressão, se manter no topo requer o dobro de trabalho, por isso a liderança é uma benção. Exige que você esteja cercado dos melhores sempre. Por vezes alguns se cercam de pessoas em nível intelectual e produtivo menor para assim se destacar, porém, neste momento o coletivo perde. Se você deseja que sua empresa cresça, comece a contratar pessoas melhores que você.
3) É possível liderar sem aparecer. Giba é um bom exemplo disso, quantos de nós não gostaríamos que no momento de pressão extrema saísse um craque do banco de reservas e nos conduzisse à vitória. Eu mesmo assisti algumas partidas onde isso aconteceu. Na maioria dos casos o trabalho do líder é simplesmente promover o crescimento dos outros, e em um momento de instabilidade fazer uma inserção rápida e colocar as coisas no lugar novamente.
4) É importante promover a renovação e valorizar a experiência daqueles que estão a mais tempo no grupo. Sempre haverá um novo time dentro da empresa, e cabe à liderança estimular cada um para que possam continuar vencedores.
Enquanto escrevo isso estou refletindo sobre quantas características destas citadas acima eu tenho e quantas eu preciso melhorar. Descobri ainda cedo que um cargo de liderança não representa nada se você está cercado de gente que apenas te admira.
Para que possamos manter a nossa empresa crescendo precisamos de pessoas que nos desafiem a serem melhores a cada dia. Só assim continuamos a evoluir. Como diria John Wooden.
“Não sou como deveria ser
Nem o que eu queria ser
Ou o que virei a ser
Mas estou grato por não ser mais quem costumava ser”.
André Luiz Bellucci é empresário, trainer da Dale Carnegie Training em Cuiabá e escreve neste blog todo sábado - engbellucci@uol.com.br
Dias atrás lendo o livro Jogando Para Vencer, de John Wooden e Steve Jamison, me impressionei com a seguinte história contada por Bernardinho (técnico da seleção de vôlei do Brasil).
“Na minha caminhada junto à seleção masculina de voleibol, tive o privilégio de trabalhar com grandes atletas, tanto pelo elevado nível técnico quanto pelo altruísmo e a capacidade de doação. Foi assim no primeiro ciclo que culminou com a medalha de ouro em Atenas, onde o já campeão olímpico Giovane – medalha de ouro em Barcelona, em 1992 - permaneceu por muito tempo no banco de reservas, entendendo a importância de desafiar seus companheiros diariamente nos treinamentos para que eles pudessem crescer.
Hoje, percebo o mesmo comprometimento ao observar a postura do supercampeão e capitão Giba, muitas vezes na posição de reserva. Ele continua dando 100% nos treinos e participando ativamente dos jogos, numa função de apoio permanente aos seus colegas de equipe. Ao deixar o ego de lado em nome do time, Giba assumiu um papel fundamental, embora de menor visibilidade”.
Lendo essa passagem do livro fiquei pensando o que realmente representa a função de líder. E então escrevi algumas percepções que tive:
1) Para ser líder é necessário ser o exemplo. Imagine como o Giovane iria explicar para um atleta de alto nível do seu time hoje, que ele precisa ir para reserva porque não esta em condições melhores que outro companheiro, se o mesmo já não tivesse feito isso lá atrás.
2) Para ser líder é necessário aguentar a pressão, se manter no topo requer o dobro de trabalho, por isso a liderança é uma benção. Exige que você esteja cercado dos melhores sempre. Por vezes alguns se cercam de pessoas em nível intelectual e produtivo menor para assim se destacar, porém, neste momento o coletivo perde. Se você deseja que sua empresa cresça, comece a contratar pessoas melhores que você.
3) É possível liderar sem aparecer. Giba é um bom exemplo disso, quantos de nós não gostaríamos que no momento de pressão extrema saísse um craque do banco de reservas e nos conduzisse à vitória. Eu mesmo assisti algumas partidas onde isso aconteceu. Na maioria dos casos o trabalho do líder é simplesmente promover o crescimento dos outros, e em um momento de instabilidade fazer uma inserção rápida e colocar as coisas no lugar novamente.
4) É importante promover a renovação e valorizar a experiência daqueles que estão a mais tempo no grupo. Sempre haverá um novo time dentro da empresa, e cabe à liderança estimular cada um para que possam continuar vencedores.
Enquanto escrevo isso estou refletindo sobre quantas características destas citadas acima eu tenho e quantas eu preciso melhorar. Descobri ainda cedo que um cargo de liderança não representa nada se você está cercado de gente que apenas te admira.
Para que possamos manter a nossa empresa crescendo precisamos de pessoas que nos desafiem a serem melhores a cada dia. Só assim continuamos a evoluir. Como diria John Wooden.
“Não sou como deveria ser
Nem o que eu queria ser
Ou o que virei a ser
Mas estou grato por não ser mais quem costumava ser”.
André Luiz Bellucci é empresário, trainer da Dale Carnegie Training em Cuiabá e escreve neste blog todo sábado - engbellucci@uol.com.br
Dr. Sócrates exemplo aos jovens?
Autor: Wilson Carlos Fuá
Para algumas profissões o envelhecimento chega muito cedo, principalmente para os atletas, e o futebol por ser o esporte mais importante do país, fica mais evidenciado. Vemos grandes ídolos esquecidos e abandonados aos 40 anos, e aos 60 anos se transformam em pessoas totalmente envelhecidas, achando que a vida acabou, com os filhos crescidos e formados, netos já seguindo seus caminhos e não tendo tempo para ouvir conversas repetidas do avô, lhe restam a depressão e os porres constantes, até que um dia o fígado não agüentando tanto álcool, finalmente deixa de funcionar.
O caso recente é do ídolo jogador e médico – Dr. Sócrates, que fez uso da bebida como fuga, sim ele queria fugir dele mesmo, e na solidão dos seus pensamentos, passava o filme da sua vida, onde as emoções e a importância pública ficaram para traz. Mesmo sendo médico, culto e ídolo, foi-se, suicidando dia após dia, até o álcool aniquilar as partes vitais do seu corpo irrecuperável.
Na verdade ele que deveria ser exemplo de vida e de comportamento, a todos os jovens deste país, simplesmente preferiu deixar a vida fugindo pela porta do fundo, não servindo de espelho para uma juventude, que em alguns casos vivem pior do que ele viveu. Ele e sua geração promoveram e participaram de grandes movimentos de contestação: discursando e manifestando em movimento pela redemocratização do país, ficou na memória de todos nós, aquele grande comício na Praça da Sé, onde o Dr. Sócrates aos gritos lutava pela aprovação da Emenda Dante de Oliveira, pela “Eleições Direta Já”, se posicionado contra a ditadura militar. E junto com jogadores do seu tempo, liderou a luta pelo direito dos jogadores participarem nas decisões dos Clubes. Transformou em ícone de liderança registrado na história do futebol brasileiro, e como o grande líder que implantou a democracia “Corinthiana”, onde tudo passou a ser decidido pelo voto e vontade dos jogadores, e que foi considerado como a grande revolução no mundo do futebol.
Ele como muitas pessoas apesar de ter toda a felicidade do mundo, viveu seus últimos dias a margem de suas limitações existenciais. Deixou de acreditar plenamente naquilo que dá fôlego e ânimo, que é estar sempre atento para descobrir coisas novas, objetivar metas, alcançá-las e não deixar de gostar de desafios. Nesta vida há sempre algo novo para se aprender ou ter novos interesses participativos que com certeza serão transformados nos elementos propulsores da grande saída e aliada no combate direto contra a tristeza da alma, constituindo no melhor remédio contra a depressão.
Hoje o consume de álcool já atingiu a camada mais jovem da sociedade, são meninas e meninos fazendo uso de bebidas destiladas em grande quantidade. “As noitadas estão cheias de jovens vazios” que usam a bebida como uma forma de achar motivo para viver, são transformados em caminhantes que cansam somente aos avistar os caminhos a serem percorridos, são jovens de mentes envelhecidas e entristecidas. Ao amanhecer vemos bares e lanchonetes repletos de jovens usando a droga liberada “Álcool”, são imagens desnudadas que mostram uma geração que precipitadamente estão desistindo dos enfrentamentos da sua existência, e há uma constatação que jovens estão decididamente firmando seu futuro nas limitações da falta de fé. A sua realidade é o nada real, e o que é pior, antes mesmo delas se tornarem futuros reais.
Ao invés de cultivarem novos sonhos, empreenderem novas realizações, ficam sentados em mesas lotadas de bebidas, esperando que a escuridão da madrugada seja destruída pelo brilho do nascer do sol, ficam procurando pelo que não perdeu e esperado pelo que não virá. Sentados a mesas curtem os últimos momentos da balada, enfim o dia chegou.
E, com a chegada de um novo dia ficam a olhar o mundo real, eles vêem a vida passar aos seus olhos, vêem a vida real que está dentro dos ônibus lotados, ao oposto deles, são pessoas que estão em busca da sobrevivência, é o novo dia que começa sem lhe pedir licença, composto de trabalhadores felizes a sua maneira, vida calcada na labuta diária.
A nossa desistência pela vida começa a acontecer quando nossos sonhos dão lugar às lamentações. Enquanto mantivermos acesa a chama do interesse pelas opções que a vida nos oferece, ela, a vida, nos alimentará com o oxigênio da motivação que nos manterá jovem e com mente sadia por muito tempo. O início do dia começa mesmo que você não queira. Fim de um dia início de outro, resta-lhe ir para casa para curar mais um porre, e lá irão encontrar os pais bonzinhos, que são os financiadores das baladas, das drogas e das bebidas que aniquilam os próprios filhos. Filhinhos transformados em viciados sociais dissimulados.
Sócrates escreveu sua bela e triste história!
Tinha muita coisa para fazer, mas se escondeu nos valores egoístas da chamada solidão, alimentada pela rotina do dizer “eu bebo socialmente”, e de gole em gole, a desmotivação tomou conta da sua única saída que era a alegria de viver, galgada no status quo e no desejo de se auto-afirmar como um ídolo esquecido e escondeu-se atrás da sua fama, que nunca foi a garantia real para o sucesso eterno.
A alegria da vida ainda é vivê-la intensamente solidarizando com as pessoas, amando nossos pais, filhos, familiares, amigos, vizinhos, e todos os estranhos necessitados que cruzam diariamente em nossos caminhos. Ser feliz é adotar como princípio básico as ações com sentimento de compaixão, respeito, solidariedade e compreensão às dores alheias, tão comuns a todos nós que cremos na verdade do Cristo: “amai o próximo com a ti mesmo”.
A diferença é que alguns choram mais baixo do que os outros e muitos outros desistem da solidariedade, levando a vida com aplicação de chutes para traz, ou seja, dando calcanhar na evolução espiritual.
Economista Wilson Carlos Fuá – É Especialista em Administração Financeira e Recursos Humanos
Fale com o Cronista: fuacba@hotmail.com
Para algumas profissões o envelhecimento chega muito cedo, principalmente para os atletas, e o futebol por ser o esporte mais importante do país, fica mais evidenciado. Vemos grandes ídolos esquecidos e abandonados aos 40 anos, e aos 60 anos se transformam em pessoas totalmente envelhecidas, achando que a vida acabou, com os filhos crescidos e formados, netos já seguindo seus caminhos e não tendo tempo para ouvir conversas repetidas do avô, lhe restam a depressão e os porres constantes, até que um dia o fígado não agüentando tanto álcool, finalmente deixa de funcionar.
O caso recente é do ídolo jogador e médico – Dr. Sócrates, que fez uso da bebida como fuga, sim ele queria fugir dele mesmo, e na solidão dos seus pensamentos, passava o filme da sua vida, onde as emoções e a importância pública ficaram para traz. Mesmo sendo médico, culto e ídolo, foi-se, suicidando dia após dia, até o álcool aniquilar as partes vitais do seu corpo irrecuperável.
Na verdade ele que deveria ser exemplo de vida e de comportamento, a todos os jovens deste país, simplesmente preferiu deixar a vida fugindo pela porta do fundo, não servindo de espelho para uma juventude, que em alguns casos vivem pior do que ele viveu. Ele e sua geração promoveram e participaram de grandes movimentos de contestação: discursando e manifestando em movimento pela redemocratização do país, ficou na memória de todos nós, aquele grande comício na Praça da Sé, onde o Dr. Sócrates aos gritos lutava pela aprovação da Emenda Dante de Oliveira, pela “Eleições Direta Já”, se posicionado contra a ditadura militar. E junto com jogadores do seu tempo, liderou a luta pelo direito dos jogadores participarem nas decisões dos Clubes. Transformou em ícone de liderança registrado na história do futebol brasileiro, e como o grande líder que implantou a democracia “Corinthiana”, onde tudo passou a ser decidido pelo voto e vontade dos jogadores, e que foi considerado como a grande revolução no mundo do futebol.
Ele como muitas pessoas apesar de ter toda a felicidade do mundo, viveu seus últimos dias a margem de suas limitações existenciais. Deixou de acreditar plenamente naquilo que dá fôlego e ânimo, que é estar sempre atento para descobrir coisas novas, objetivar metas, alcançá-las e não deixar de gostar de desafios. Nesta vida há sempre algo novo para se aprender ou ter novos interesses participativos que com certeza serão transformados nos elementos propulsores da grande saída e aliada no combate direto contra a tristeza da alma, constituindo no melhor remédio contra a depressão.
Hoje o consume de álcool já atingiu a camada mais jovem da sociedade, são meninas e meninos fazendo uso de bebidas destiladas em grande quantidade. “As noitadas estão cheias de jovens vazios” que usam a bebida como uma forma de achar motivo para viver, são transformados em caminhantes que cansam somente aos avistar os caminhos a serem percorridos, são jovens de mentes envelhecidas e entristecidas. Ao amanhecer vemos bares e lanchonetes repletos de jovens usando a droga liberada “Álcool”, são imagens desnudadas que mostram uma geração que precipitadamente estão desistindo dos enfrentamentos da sua existência, e há uma constatação que jovens estão decididamente firmando seu futuro nas limitações da falta de fé. A sua realidade é o nada real, e o que é pior, antes mesmo delas se tornarem futuros reais.
Ao invés de cultivarem novos sonhos, empreenderem novas realizações, ficam sentados em mesas lotadas de bebidas, esperando que a escuridão da madrugada seja destruída pelo brilho do nascer do sol, ficam procurando pelo que não perdeu e esperado pelo que não virá. Sentados a mesas curtem os últimos momentos da balada, enfim o dia chegou.
E, com a chegada de um novo dia ficam a olhar o mundo real, eles vêem a vida passar aos seus olhos, vêem a vida real que está dentro dos ônibus lotados, ao oposto deles, são pessoas que estão em busca da sobrevivência, é o novo dia que começa sem lhe pedir licença, composto de trabalhadores felizes a sua maneira, vida calcada na labuta diária.
A nossa desistência pela vida começa a acontecer quando nossos sonhos dão lugar às lamentações. Enquanto mantivermos acesa a chama do interesse pelas opções que a vida nos oferece, ela, a vida, nos alimentará com o oxigênio da motivação que nos manterá jovem e com mente sadia por muito tempo. O início do dia começa mesmo que você não queira. Fim de um dia início de outro, resta-lhe ir para casa para curar mais um porre, e lá irão encontrar os pais bonzinhos, que são os financiadores das baladas, das drogas e das bebidas que aniquilam os próprios filhos. Filhinhos transformados em viciados sociais dissimulados.
Sócrates escreveu sua bela e triste história!
Tinha muita coisa para fazer, mas se escondeu nos valores egoístas da chamada solidão, alimentada pela rotina do dizer “eu bebo socialmente”, e de gole em gole, a desmotivação tomou conta da sua única saída que era a alegria de viver, galgada no status quo e no desejo de se auto-afirmar como um ídolo esquecido e escondeu-se atrás da sua fama, que nunca foi a garantia real para o sucesso eterno.
A alegria da vida ainda é vivê-la intensamente solidarizando com as pessoas, amando nossos pais, filhos, familiares, amigos, vizinhos, e todos os estranhos necessitados que cruzam diariamente em nossos caminhos. Ser feliz é adotar como princípio básico as ações com sentimento de compaixão, respeito, solidariedade e compreensão às dores alheias, tão comuns a todos nós que cremos na verdade do Cristo: “amai o próximo com a ti mesmo”.
A diferença é que alguns choram mais baixo do que os outros e muitos outros desistem da solidariedade, levando a vida com aplicação de chutes para traz, ou seja, dando calcanhar na evolução espiritual.
Economista Wilson Carlos Fuá – É Especialista em Administração Financeira e Recursos Humanos
Fale com o Cronista: fuacba@hotmail.com
Difícil ser adolescente
Luiz Gonzaga Bertelli
Ser adolescente no Brasil é correr maior risco de sofrer vulnerabilidades e desigualdades, como demonstra o triste cotidiano de milhões de jovens brasileiros. Essa é a constatação do relatório Situação da adolescência 2001, recém divulgado pela Unicef. Para perceber que eles sofrem um impacto maior da pobreza, da violência, da exploração sexual, da baixa escolaridade, do uso de drogas e da gravidez precoce, basta uma comparação com a situação social dos demais segmentos etários. É evidente que nem todos os 21 milhões de jovens são afetados da mesma forma pelas vulnerabilidades. O que faz a diferença é a desigualdade social de conteúdo histórico, que – como uma herança maldita transmitida de geração a geração – molda perfis, acentua carências e tolhe o direito de ser adolescente.
Apesar dos ganhos sociais registrados nos últimos anos, a miséria ainda continua presente nas casas de milhões de adolescentes de 12 a 17 anos, segundo a o estudo da Unicef. Dentre as faixas etárias, a adolescência foi a única em que cresceu o nível de pobreza. O acesso universal à educação – em 2009, 97,9% das crianças de 7 a 14 anos estavam matriculados no ensino fundamental – não assegurou a qualidade de ensino. Além do gargalo no acesso, a evasão no ensino médio continua alta, prejudicando a escolaridade, o que certamente será um grande obstáculo à inserção dos jovens carentes mercado de trabalho.
É para atenuar distorções como essas que CIEE promove, há 47 anos, a inclusão profissional e cidadã dos estudantes, em empresas, órgãos públicos e entidades de terceiro setor parceiros nessa estratégica missão. Tanto o estágio quanto a aprendizagem asseguram a todos os beneficiados uma renda mensal, que lhes permite manter seus estudos, contribuir para o orçamento doméstico e, em milhares de casos, chegar à universidade.
O CIEE procura, também, aprimorar a formação dos futuros profissionais com atividades gratuitas, como os cursos presenciais de informática, de idiomas, de orientação profissional e de educação à distância para somar conteúdo que possa corrigir parte das deficiências da formação escolar dos estudantes brasileiros, em especial dos mais carentes. A capacitação prática, aliada à maior bagagem de conhecimentos, possibilita também que os jovens conheçam uma profissão ainda no ensino médio e adquiram posturas valorizadas no mundo corporativo e que poderão até mesmo fazer toda a diferença na conquista de um primeiro emprego efetivo ou no sucesso de um pequeno negócio próprio.
Luiz Gonzaga Bertelli é presidente executivo do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), e diretor da Fiesp
Ser adolescente no Brasil é correr maior risco de sofrer vulnerabilidades e desigualdades, como demonstra o triste cotidiano de milhões de jovens brasileiros. Essa é a constatação do relatório Situação da adolescência 2001, recém divulgado pela Unicef. Para perceber que eles sofrem um impacto maior da pobreza, da violência, da exploração sexual, da baixa escolaridade, do uso de drogas e da gravidez precoce, basta uma comparação com a situação social dos demais segmentos etários. É evidente que nem todos os 21 milhões de jovens são afetados da mesma forma pelas vulnerabilidades. O que faz a diferença é a desigualdade social de conteúdo histórico, que – como uma herança maldita transmitida de geração a geração – molda perfis, acentua carências e tolhe o direito de ser adolescente.
Apesar dos ganhos sociais registrados nos últimos anos, a miséria ainda continua presente nas casas de milhões de adolescentes de 12 a 17 anos, segundo a o estudo da Unicef. Dentre as faixas etárias, a adolescência foi a única em que cresceu o nível de pobreza. O acesso universal à educação – em 2009, 97,9% das crianças de 7 a 14 anos estavam matriculados no ensino fundamental – não assegurou a qualidade de ensino. Além do gargalo no acesso, a evasão no ensino médio continua alta, prejudicando a escolaridade, o que certamente será um grande obstáculo à inserção dos jovens carentes mercado de trabalho.
É para atenuar distorções como essas que CIEE promove, há 47 anos, a inclusão profissional e cidadã dos estudantes, em empresas, órgãos públicos e entidades de terceiro setor parceiros nessa estratégica missão. Tanto o estágio quanto a aprendizagem asseguram a todos os beneficiados uma renda mensal, que lhes permite manter seus estudos, contribuir para o orçamento doméstico e, em milhares de casos, chegar à universidade.
O CIEE procura, também, aprimorar a formação dos futuros profissionais com atividades gratuitas, como os cursos presenciais de informática, de idiomas, de orientação profissional e de educação à distância para somar conteúdo que possa corrigir parte das deficiências da formação escolar dos estudantes brasileiros, em especial dos mais carentes. A capacitação prática, aliada à maior bagagem de conhecimentos, possibilita também que os jovens conheçam uma profissão ainda no ensino médio e adquiram posturas valorizadas no mundo corporativo e que poderão até mesmo fazer toda a diferença na conquista de um primeiro emprego efetivo ou no sucesso de um pequeno negócio próprio.
Luiz Gonzaga Bertelli é presidente executivo do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), e diretor da Fiesp
Infância: 5 benefícios de brincar
Não subestime brincadeira de criança. Pode parecer um tempo “inútil”, mas quando as crianças estão brincando de casinha, lutando contra dragões imaginários ou organizando um jogo de amarelinha, elas estão desenvolvendo habilidades cruciais e preparando os seus cérebros para os desafios da vida adulta.
Segundo especialistas em desenvolvimento infantil, a única notícia ruim é que o tempo livre pra brincar tem diminuído para as crianças durante as últimas três décadas. Então confira cinco benefícios científicos das brincadeiras e estimule o seu filho a brincar:
1 – COMPORTAMENTO MELHOR
Tirar as férias ou recreios de crianças em idade escolar como punição pode ser contraproducente. De acordo com um estudo de 2009, as crianças se comportam melhor em sala de aula quando têm a chance de desabafar no playground durante o dia.
Os pesquisadores compararam classificações de professores sobre o comportamento de crianças com 8 e 9 anos com e sem períodos de recesso. As crianças que tinham mais de 15 minutos por dia de recesso se comportavam melhor durante o tempo letivo.
Infelizmente, 30% das mais de 10.000 crianças no estudo não tiveram recesso ou um inferior a 15 minutos por dia.
2 – APRENDER A VIVER EM SOCIEDADE
Brincar ensina as crianças a interagir. Uma pesquisa publicada em 2007 revelou que brincadeiras livres ou guiadas por adultos podem ajudar alunos pré-escolares a aprenderem a ter consciência dos sentimentos de outras pessoas. Brincar também ensina as crianças a regular suas próprias emoções, uma habilidade que lhes é muito útil ao longo da vida.
“Você pode ‘experimentar’ as coisas sem consequências”, disse Kathy Hirsch-Pasek, uma psicóloga de desenvolvimento infantil que pesquisa os benefícios de brincar. “Brincar também permite que você exiba várias personalidades, domine as regras sociais. Isso é muito bom”.
3 – SE EXERCITAR
Subir em árvores, andar de bicicleta, brincar de pega-pega, todas essas atividades fazem as crianças se movimentarem muito mais do que o tempo de televisão ou computador. A Associação Americana do Coração recomenda que crianças com idade superior a dois anos envolvam-se em pelo menos uma hora por dia de atividade física moderada.
Há evidências de que crianças ativas se tornam adultos ativos, diminuindo assim o risco de doenças cardíacas e outras condições causadas por um estilo de vida sedentário. Um estudo publicado em 2005 acompanhou cidadãos finlandeses com mais de 21 anos e descobriu que os mais ativos dos 9 aos 18 anos se mantiveram altamente ativos mais tarde na vida.
4 – AUMENTAR DESEMPENHO ESCOLAR
Um estudo de 2009 descobriu que quanto mais atividade física a criança faz, mais propensa fica a ir bem em testes acadêmicos. Isso sugere que o tempo em sala de aula pode não ser a melhor maneira de melhorar os resultados dos testes e aprendizagem.
“As crianças aprendem a contar quando estão brincando de amarelinha, por exemplo”, diz Hirsch-Pasek. “Elas contam histórias no playground, enquanto se exercitam, e assim por diante”.
5 – SE DIVERTIR É NECESSÁRIO
Brincar é um estado natural da infância, tanto que mesmo animais não mamíferos brincam. Até tartarugas já foram observadas brincando.
Os benefícios de brincar são evidentes nas escolas. As crianças se sentem mais seguras e gostam mais de ir pra escola. Não são só os adultos que precisam de pausa: as crianças também precisam se sentir livres para “curtir” um pouco.
Fonte: Hypescience.com | LiveScience
Fundação distribui 3 milhões de livros grátis
Ouvir ou contar histórias, o que é mais gostoso? O programa Itaú Criança, da Fundação Itaú Social, convida pais e filhos a compartilharem três contos: "Chapeuzinho Amarelo", clássico escrito por Chico Buarque, "A Festa no Céu", recontado por Angela Lago, e "Adivinha Quanto", delicado conto de Sam McBratney.
Os livros são voltados para crianças de até seis anos e foram distribuídos gratuitamente para quem se cadastrou no site www.itau.com.br/itaucrianca. Este é o segundo ano da campanha, que já distribuiu mais de 3 milhões de exemplares.
Um novo site de inscrições está sendo preparado. Enquanto isso, você pode conferir dicas de leituras e entrevistas com escritores, como Ziraldo, sobre a importância da leitura.
Fonte: FOLHA.COM
O medo é seu aliado ou adversário?
Dalmir Sant´Anna
A premiada banda de rock Titãs, interpreta uma composição de Arnaldo Antunes e Toni Bellotto chamada "Medo". Você já ouviu essa composição? O rock pesado da música poderia servir de inspiração para pessoas acomodadas, que usam o medo como frequente pretexto para não descobrir algo novo. Observe abaixo, algumas ações para colocar em prática, a emoção de perceber, que ao superar um desafio, o temor inicial passou a ser ínfimo.
Envolver as pessoas para superar o medo - Apresentei palestra recentemente para uma importante rede de supermercados no estado de Minas Gerais. Durante o evento, o Comitê Pró-Qualidade da empresa (CPQ) lançou uma interessante campanha. Cada loja da rede deveria gravar um vídeo, de maneira criativa, descrevendo algo interessante que aconteceu durante o ano. Os três melhores vídeos foram apresentados antes da minha palestra e eu, fiquei impressionado com o desempenho das pessoas, que no passado relataram possuir aversão de falar em público. Foi emocionante sentir a contribuição da empresa, em envolver seus funcionários para superar o medo, conquistando com essa ação, além do compromisso de reter talentos, melhor desenvoltura do clima organizacional e de trabalho em equipe. A empresa onde você trabalha, faz algo para superar os medos de seus funcionários? Você aceitaria participar de uma campanha como essa?
Superar a ansiedade de algo que há de acontecer - A etimologia da palavra medo, deriva do latim "metus". Significa inquietação, temor e ansiedade. No ambiente educacional, há acadêmicos que no momento de apresentar uma monografia ou trabalho de conclusão de curso, liberam um efeito paralisante capaz de gerar a perda de suas próprias referências pessoais. No ambiente comercial, há profissionais de vendas não sendo capazes de visitar um cliente de maior porte, provocando a ansiedade do medo de receber um "não". A composição da banda Titãs diz: "precisa perder o medo da música, o que se vê não se via. O que se crê não se cria". Pense em quantas possibilidades a felicidade pode estar presente, se você aceitar dar o primeiro passo. Mostre intrinsecamente sua capacidade de levantar a cabeça e sentir o gostinho encantador de uma vitória. Que tal oferecer, a partir de hoje, essa oportunidade de descobrir algo novo? Vamos tentar?
O pavor na fila do trem fantasma é gerado pela ansiedade do medo. Você imaginaria um general militar, diante de sua tropa dizendo: "Será que vamos vencer nosso inimigo?". O medo, para algumas pessoas é um aliado, no sentido de fortalecer suas reações de justificativas, mas para outras, é um adversário a ser superado. Se um time entrar em campo, para disputar a partida final de um campeonato com incertezas, terá grandes chances de ser derrotado, pois a insegurança e a ausência de confiabilidade serão maiores que o adversário. O medo para você é um aliado ou um adversário?
Dalmir Sant´Anna - Palestrante comportamental, Mestrando em Administração de Empresas, Pós-graduado em Gestão de Pessoas, Bacharel em Comunicação Social e Mágico profissional. Autor do livro "Menos pode ser Mais".
A premiada banda de rock Titãs, interpreta uma composição de Arnaldo Antunes e Toni Bellotto chamada "Medo". Você já ouviu essa composição? O rock pesado da música poderia servir de inspiração para pessoas acomodadas, que usam o medo como frequente pretexto para não descobrir algo novo. Observe abaixo, algumas ações para colocar em prática, a emoção de perceber, que ao superar um desafio, o temor inicial passou a ser ínfimo.
Envolver as pessoas para superar o medo - Apresentei palestra recentemente para uma importante rede de supermercados no estado de Minas Gerais. Durante o evento, o Comitê Pró-Qualidade da empresa (CPQ) lançou uma interessante campanha. Cada loja da rede deveria gravar um vídeo, de maneira criativa, descrevendo algo interessante que aconteceu durante o ano. Os três melhores vídeos foram apresentados antes da minha palestra e eu, fiquei impressionado com o desempenho das pessoas, que no passado relataram possuir aversão de falar em público. Foi emocionante sentir a contribuição da empresa, em envolver seus funcionários para superar o medo, conquistando com essa ação, além do compromisso de reter talentos, melhor desenvoltura do clima organizacional e de trabalho em equipe. A empresa onde você trabalha, faz algo para superar os medos de seus funcionários? Você aceitaria participar de uma campanha como essa?
Superar a ansiedade de algo que há de acontecer - A etimologia da palavra medo, deriva do latim "metus". Significa inquietação, temor e ansiedade. No ambiente educacional, há acadêmicos que no momento de apresentar uma monografia ou trabalho de conclusão de curso, liberam um efeito paralisante capaz de gerar a perda de suas próprias referências pessoais. No ambiente comercial, há profissionais de vendas não sendo capazes de visitar um cliente de maior porte, provocando a ansiedade do medo de receber um "não". A composição da banda Titãs diz: "precisa perder o medo da música, o que se vê não se via. O que se crê não se cria". Pense em quantas possibilidades a felicidade pode estar presente, se você aceitar dar o primeiro passo. Mostre intrinsecamente sua capacidade de levantar a cabeça e sentir o gostinho encantador de uma vitória. Que tal oferecer, a partir de hoje, essa oportunidade de descobrir algo novo? Vamos tentar?
O pavor na fila do trem fantasma é gerado pela ansiedade do medo. Você imaginaria um general militar, diante de sua tropa dizendo: "Será que vamos vencer nosso inimigo?". O medo, para algumas pessoas é um aliado, no sentido de fortalecer suas reações de justificativas, mas para outras, é um adversário a ser superado. Se um time entrar em campo, para disputar a partida final de um campeonato com incertezas, terá grandes chances de ser derrotado, pois a insegurança e a ausência de confiabilidade serão maiores que o adversário. O medo para você é um aliado ou um adversário?
Dalmir Sant´Anna - Palestrante comportamental, Mestrando em Administração de Empresas, Pós-graduado em Gestão de Pessoas, Bacharel em Comunicação Social e Mágico profissional. Autor do livro "Menos pode ser Mais".
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Crianças e adolescentes estão cada vez mais solitários
Rosângela Cadidé
As nossas crianças e adolescentes de hoje já não são mais os mesmos de alguns anos atrás. Eles têm participado avidamente do mundo dos adultos e se transformaram nos novos convidados da realidade orgástica do consumo e dos prazeres. Algumas pessoas até brincam dizendo: “antes as crianças nasciam com os olhos fechados, hoje elas já nascem de olhos bem abertos e futuramente vão nascer falando.”
As crianças, tendo nascido no seio de uma família e considerados como pertencentes a esta família, encontram-se, paradoxalmente, cada vez mais solitários e à mercê das influências de seus pares da rua, da escola e do apelo cultural para que se tornem, rapidamente, adultos esbeltos, ricos, formosos, na moda e plenamente sexualizados.
Isso tudo tem acontecido porque a maioria dos pais para garantir o sustento da família se ocupam diuturnamente com suas próprias vidas, se preocupam em ganhar dinheiro, em sobreviver e em não perder tempo. De todas as reflexões e estudos sobre a infância e adolescência da nossa atualidade, há algo que é consensual: as crianças estão mais sozinhas ou mais na convivência com seus pares da rua do que no seio de suas famílias. O pai, a mãe, ou qualquer outra figura de ligação familiar está se tornando rarefeita.
Dentro de sua casa, mas distante do convívio doméstico e familiar, o adolescente ou a criança está solitariamente assistindo à tevê, na internet ou está fora de casa, em bandos perambulando pelas ruas, nos shoppings, nos lugares de lazer. Por outro lado, parece razoável atenuar o peso atribuído à hegemonia da televisão, tendo em mente a redução das oportunidades de convivência e brincadeiras ao ar livre. Isso porque os espaços livres das ruas, antes utilizados pelas crianças e adolescentes para brincadeiras, já não estão mais disponíveis, estão intensamente habitados por carros, prédios, marginais, ladrões.
A rua perdeu seu lugar de expressão coletiva dos jogos e das brincadeiras. Como os tempos mudaram! Há mudanças que são inevitáveis, mas muitas vezes, elas não trazem progresso. A correria do dia dia-a-dia tem feito com que muitas famílias têm esquecido vida é uma passagem que só se enriquece quando temos por objetivo: compartilhar, dividir e contribuir para que outras pessoas vivam melhor, principalmente, aquelas com quem convivemos e amamos.
Rosângela Fernandes Cadidé é professora há 10 anos das redes pública e particular, formada em Letras com Especialização em Recreação e Lazer pela Universidade Federação de MT, coordena o Centro de Estudos às Forças Armadas (CEAM) e escreve neste blog às sextas -
As nossas crianças e adolescentes de hoje já não são mais os mesmos de alguns anos atrás. Eles têm participado avidamente do mundo dos adultos e se transformaram nos novos convidados da realidade orgástica do consumo e dos prazeres. Algumas pessoas até brincam dizendo: “antes as crianças nasciam com os olhos fechados, hoje elas já nascem de olhos bem abertos e futuramente vão nascer falando.”
As crianças, tendo nascido no seio de uma família e considerados como pertencentes a esta família, encontram-se, paradoxalmente, cada vez mais solitários e à mercê das influências de seus pares da rua, da escola e do apelo cultural para que se tornem, rapidamente, adultos esbeltos, ricos, formosos, na moda e plenamente sexualizados.
Isso tudo tem acontecido porque a maioria dos pais para garantir o sustento da família se ocupam diuturnamente com suas próprias vidas, se preocupam em ganhar dinheiro, em sobreviver e em não perder tempo. De todas as reflexões e estudos sobre a infância e adolescência da nossa atualidade, há algo que é consensual: as crianças estão mais sozinhas ou mais na convivência com seus pares da rua do que no seio de suas famílias. O pai, a mãe, ou qualquer outra figura de ligação familiar está se tornando rarefeita.
Dentro de sua casa, mas distante do convívio doméstico e familiar, o adolescente ou a criança está solitariamente assistindo à tevê, na internet ou está fora de casa, em bandos perambulando pelas ruas, nos shoppings, nos lugares de lazer. Por outro lado, parece razoável atenuar o peso atribuído à hegemonia da televisão, tendo em mente a redução das oportunidades de convivência e brincadeiras ao ar livre. Isso porque os espaços livres das ruas, antes utilizados pelas crianças e adolescentes para brincadeiras, já não estão mais disponíveis, estão intensamente habitados por carros, prédios, marginais, ladrões.
A rua perdeu seu lugar de expressão coletiva dos jogos e das brincadeiras. Como os tempos mudaram! Há mudanças que são inevitáveis, mas muitas vezes, elas não trazem progresso. A correria do dia dia-a-dia tem feito com que muitas famílias têm esquecido vida é uma passagem que só se enriquece quando temos por objetivo: compartilhar, dividir e contribuir para que outras pessoas vivam melhor, principalmente, aquelas com quem convivemos e amamos.
Rosângela Fernandes Cadidé é professora há 10 anos das redes pública e particular, formada em Letras com Especialização em Recreação e Lazer pela Universidade Federação de MT, coordena o Centro de Estudos às Forças Armadas (CEAM) e escreve neste blog às sextas -
Trabalho Infantil Escravo
Emanuel Pinheiro
Como cidadão brasileiro e presidente da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Amparo à Criança, ao Adolescente e ao Idoso, da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT), entendo que trabalho infantil no Brasil ainda é um grande problema social. Milhares de crianças deixam de ir à escola e ter seus direitos preservados, e trabalham desde a mais branda idade, em muitos dos casos sem receber remuneração alguma. Hoje em dia, em torno de 4,8 milhões de crianças e adolescentes entre cinco e 17 anos estão trabalhando.
No nosso país, o trabalho infantil é considerado ilegal para crianças e adolescentes entre cinco e 13 anos, porém, a realidade é outra. Para adolescentes entre 14 e 15 anos, o trabalho é legal desde que na condição de aprendiz.
Ao abandonarem escola , ou terem que dividir o tempo entre a escola e o trabalho, o rendimento escolar dessas crianças é muito ruim, e serão sérias candidatas ao abandono escolar e consequentemente ao despreparo para o mercado de trabalho, tendo que aceitar subempregos e assim continuarem alimentando o ciclo de pobreza.
A Constituição Brasileira é clara: menores de 16 anos são proibidos de trabalhar, exceto como aprendizes e somente a partir dos 14. Não é o que vejo nos noticiários. Há dois pesos e duas medidas. Acho um absurdo ver a exploração de crianças trabalhando nas lavouras de cana, carvoarias, quebrando pedras etc., mas costumamos aplaudir crianças e bebês que tornam-se estrelas mirins em novelas, apresentações em comerciais de TV.
A UNICEF declarou o Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil - 12 de junho, entretanto, acredito, não ser o suficiente, os esforços para acabar com o trabalho infantil não serão bem sucedidos sem um trabalho conjunto do governo brasileiro e a sociedade.
A erradicação do trabalho infantil tem sido alvo da Comissão de Direitos Humanos da AL, que tem promovido ações integradas para garantir à criança e ao adolescente o direito à vida e ao desenvolvimento total. Na base dos diversos mecanismos de proteção à infância e à juventude, principalmente nos que tangem à sua precoce inserção no mercado de trabalho, essa comissão que presido trabalha mantendo as parcerias com a sociedade.
Quero ressaltar que vários dispositivos enunciam a obrigatoriedade de proteger os direitos da criança e do adolescente, destacando-se o artigo 227 da Constituição Brasileira, que define: "É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão". Mais infelizmente as pessoas se “esquecem” disso.
A expressão concreta do compromisso do Estado, como promotor dos direitos infanto-juvenis, está prevista no artigo 227, ao dispor que “... o Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da criança e do adolescente, admitida a participação de entidades não-governamentais...". Esta assistência também está patenteada no artigo 203, que prevê a sua prestação a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, com ênfase no amparo às crianças e adolescentes carentes. Baseando-se nos artigos acima vamos cobrar os direitos das nossas crianças e adolescentes.
Na zona urbana de Mato Grosso, há crianças catadoras de lixo, que brincam, comem e tiram o sustento do dia a dia, tentando separar o lixo reciclável para vender.
E como já citei, quero reforçar que a Constituição Federal de 1988 dispõe que é proibido qualquer trabalho a menores de 14 (quatorze) anos, salvo na condição de aprendiz (cf. art. 7º, XXXIII c/c o art. 227, §3º, I), entretanto, essas normas é escancaradamente desrespeitada pelos seguintes motivos: 1º- O trabalho infantil é mais barato; 2º- Serve como complemento à renda familiar, muitas vezes, inexistente; 3º- falta de Programas do Poder Público que complementem a renda familiar.
O trabalho precoce de crianças e adolescentes é um ácido corrosivo que estrangula as perspectivas de aperfeiçoamento cultural e até mesmo físico. A sociedade e o Estado precisam despertar imediatamente para esta problemática que desafia, inclusive, o ordenamento jurídico pátrio.
O povo brasileiro precisa ver na criança e adolescente menos um caso de polícia, punição ou privação de liberdade e mais um caso de educação, ajuda e apoio. Precisa, também, desvencilhar-se dessa mentalidade arcaica e amoldar-se aos salutares princípios do Estatuto da Criança e Adolescência. Constata-se, facilmente, que a dificuldade não reside no compreender as idéias novas, mas no abandonar as antigas.
Emanuel Pinheiro é professor de Direito Constitucional e está no cargo de deputado estadual por Mato Grosso.
Como cidadão brasileiro e presidente da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Amparo à Criança, ao Adolescente e ao Idoso, da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT), entendo que trabalho infantil no Brasil ainda é um grande problema social. Milhares de crianças deixam de ir à escola e ter seus direitos preservados, e trabalham desde a mais branda idade, em muitos dos casos sem receber remuneração alguma. Hoje em dia, em torno de 4,8 milhões de crianças e adolescentes entre cinco e 17 anos estão trabalhando.
No nosso país, o trabalho infantil é considerado ilegal para crianças e adolescentes entre cinco e 13 anos, porém, a realidade é outra. Para adolescentes entre 14 e 15 anos, o trabalho é legal desde que na condição de aprendiz.
Ao abandonarem escola , ou terem que dividir o tempo entre a escola e o trabalho, o rendimento escolar dessas crianças é muito ruim, e serão sérias candidatas ao abandono escolar e consequentemente ao despreparo para o mercado de trabalho, tendo que aceitar subempregos e assim continuarem alimentando o ciclo de pobreza.
A Constituição Brasileira é clara: menores de 16 anos são proibidos de trabalhar, exceto como aprendizes e somente a partir dos 14. Não é o que vejo nos noticiários. Há dois pesos e duas medidas. Acho um absurdo ver a exploração de crianças trabalhando nas lavouras de cana, carvoarias, quebrando pedras etc., mas costumamos aplaudir crianças e bebês que tornam-se estrelas mirins em novelas, apresentações em comerciais de TV.
A UNICEF declarou o Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil - 12 de junho, entretanto, acredito, não ser o suficiente, os esforços para acabar com o trabalho infantil não serão bem sucedidos sem um trabalho conjunto do governo brasileiro e a sociedade.
A erradicação do trabalho infantil tem sido alvo da Comissão de Direitos Humanos da AL, que tem promovido ações integradas para garantir à criança e ao adolescente o direito à vida e ao desenvolvimento total. Na base dos diversos mecanismos de proteção à infância e à juventude, principalmente nos que tangem à sua precoce inserção no mercado de trabalho, essa comissão que presido trabalha mantendo as parcerias com a sociedade.
Quero ressaltar que vários dispositivos enunciam a obrigatoriedade de proteger os direitos da criança e do adolescente, destacando-se o artigo 227 da Constituição Brasileira, que define: "É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão". Mais infelizmente as pessoas se “esquecem” disso.
A expressão concreta do compromisso do Estado, como promotor dos direitos infanto-juvenis, está prevista no artigo 227, ao dispor que “... o Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da criança e do adolescente, admitida a participação de entidades não-governamentais...". Esta assistência também está patenteada no artigo 203, que prevê a sua prestação a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, com ênfase no amparo às crianças e adolescentes carentes. Baseando-se nos artigos acima vamos cobrar os direitos das nossas crianças e adolescentes.
Na zona urbana de Mato Grosso, há crianças catadoras de lixo, que brincam, comem e tiram o sustento do dia a dia, tentando separar o lixo reciclável para vender.
E como já citei, quero reforçar que a Constituição Federal de 1988 dispõe que é proibido qualquer trabalho a menores de 14 (quatorze) anos, salvo na condição de aprendiz (cf. art. 7º, XXXIII c/c o art. 227, §3º, I), entretanto, essas normas é escancaradamente desrespeitada pelos seguintes motivos: 1º- O trabalho infantil é mais barato; 2º- Serve como complemento à renda familiar, muitas vezes, inexistente; 3º- falta de Programas do Poder Público que complementem a renda familiar.
O trabalho precoce de crianças e adolescentes é um ácido corrosivo que estrangula as perspectivas de aperfeiçoamento cultural e até mesmo físico. A sociedade e o Estado precisam despertar imediatamente para esta problemática que desafia, inclusive, o ordenamento jurídico pátrio.
O povo brasileiro precisa ver na criança e adolescente menos um caso de polícia, punição ou privação de liberdade e mais um caso de educação, ajuda e apoio. Precisa, também, desvencilhar-se dessa mentalidade arcaica e amoldar-se aos salutares princípios do Estatuto da Criança e Adolescência. Constata-se, facilmente, que a dificuldade não reside no compreender as idéias novas, mas no abandonar as antigas.
Emanuel Pinheiro é professor de Direito Constitucional e está no cargo de deputado estadual por Mato Grosso.
MT- 1ª Mostra do Programa Escola Aberta será nesta sexta-feira
Redação 24 Horas News
A 1ª Mostra do Programa Escola Aberta será realizada, nesta sexta-feira (16-12), no auditório da Secretaria Municipal de Educação (SME) de Cuiabá. As 12 unidades escolares do Município que participam do programa estarão expondo os trabalhos produzidos durante o ano. A mostra será aberta à comunidade.
O programa foi implementado na rede de ensino da capital e oferece diversas ações sócio-educativas, como cursos profissionalizantes, oficinas culturais, atividades esportivas e educacionais com o objetivo de promover a integração e estreitar os laços entre a escola e a comunidade.
Segundo a coordenadora do projeto na SME, Dilma Camargo, o Escola Aberta é desenvolvido em parceria com o Ministério da Educação e é direcionado a toda a população. “Mensalmente cada escola atende cerca de 500 pessoas, que participam das diversas oficinas de artesanato, culinária e inclusão digital”.
A 1ª Mostra do Programa Escola Aberta será realizada, nesta sexta-feira (16-12), no auditório da Secretaria Municipal de Educação (SME) de Cuiabá. As 12 unidades escolares do Município que participam do programa estarão expondo os trabalhos produzidos durante o ano. A mostra será aberta à comunidade.
O programa foi implementado na rede de ensino da capital e oferece diversas ações sócio-educativas, como cursos profissionalizantes, oficinas culturais, atividades esportivas e educacionais com o objetivo de promover a integração e estreitar os laços entre a escola e a comunidade.
Segundo a coordenadora do projeto na SME, Dilma Camargo, o Escola Aberta é desenvolvido em parceria com o Ministério da Educação e é direcionado a toda a população. “Mensalmente cada escola atende cerca de 500 pessoas, que participam das diversas oficinas de artesanato, culinária e inclusão digital”.
Conferência nacional LGBT vai até domingo
Redação 24 Horas News
A 2ª Conferência Nacional de Políticas Públicas e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT), que foi aberto ontem (15) em Brasília, vai até o próximo domingo (18). O tema do evento é Por um País Livre da Pobreza e da Discriminação, Promovendo a Cidadania de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais.
Hoje, das 8h às 10h, haverá leitura e aprovação do regulamento interno do encontro. Das 10h às 13h, o painel é sobre o Poder Legislativo e os Direitos da População LGBT. No período da tarde, das 14h às 16h, os participantes analisam as políticas públicas para essa minoria. Das 16h30 às 19h30, o painel vai discutir políticas de inclusão social e cidadania.
A secretária de Cidadania Cultural do Ministério da Cultura, Márcia Rollemberg, participa desse último painel. Estarão presentes também no debate representantes da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, dos ministérios da Justiça e do Desenvolvimento Social.
A 2ª Conferência Nacional de Políticas Públicas e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT), que foi aberto ontem (15) em Brasília, vai até o próximo domingo (18). O tema do evento é Por um País Livre da Pobreza e da Discriminação, Promovendo a Cidadania de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais.
Hoje, das 8h às 10h, haverá leitura e aprovação do regulamento interno do encontro. Das 10h às 13h, o painel é sobre o Poder Legislativo e os Direitos da População LGBT. No período da tarde, das 14h às 16h, os participantes analisam as políticas públicas para essa minoria. Das 16h30 às 19h30, o painel vai discutir políticas de inclusão social e cidadania.
A secretária de Cidadania Cultural do Ministério da Cultura, Márcia Rollemberg, participa desse último painel. Estarão presentes também no debate representantes da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, dos ministérios da Justiça e do Desenvolvimento Social.
Para OAB, Lei da Palmada sem orientação familiar é inócua
Agência Brasil
Aprovado ontem (14) pela Câmara dos Deputados, o projeto de lei que proíbe que crianças e adolescentes sejam punidos com castigos físicos, incluindo a conhecida palmada, pode ser "inócuo", na avaliação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Para o presidente da ordem, Ophir Cavalcante, a lei só surtirá efeito se for implementada em conjunto com políticas públicas de educação familiar.
"A lei, sozinha, pode ficar sem eficácia, pois a palmada como forma de educar é algo cultural neste país, herdada do colonizador português. Temos de ter campanhas educativas e de planejamento por parte do Poder Público para informar as famílias sobre a melhor forma de ensinar as crianças. Esse é um dever do Estado que, lamentavelmente, não tem estrutura para isso. A lei pode cair no vazio", argumentou Cavalcante.
Conhecida como Lei da Palmada, o projeto foi aprovado por unanimidade, em caráter conclusivo (sem a necessidade de votação pelo plenário), na comissão especial criada para analisar a matéria. A proposta objetiva reforçar os mecanismos de controle da Justiça sobre casos de maus-tratos de crianças e adolescentes. O projeto segue para apreciação do Senado.
Na avaliação do presidente da OAB, a discussão sobre o tema já é importante por trazer à tona o debate sobre a violência contra crianças e adolescentes. "O mérito desse projeto é, na verdade, apontar um novo caminho. Talvez esse seja o maior objetivo, até por não estabelecer nenhum tipo de punição [para os agressores], apenas advertências, tratamento psicológico aos autores da violência e adesão a programas de proteção à família".
Aprovado ontem (14) pela Câmara dos Deputados, o projeto de lei que proíbe que crianças e adolescentes sejam punidos com castigos físicos, incluindo a conhecida palmada, pode ser "inócuo", na avaliação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Para o presidente da ordem, Ophir Cavalcante, a lei só surtirá efeito se for implementada em conjunto com políticas públicas de educação familiar.
"A lei, sozinha, pode ficar sem eficácia, pois a palmada como forma de educar é algo cultural neste país, herdada do colonizador português. Temos de ter campanhas educativas e de planejamento por parte do Poder Público para informar as famílias sobre a melhor forma de ensinar as crianças. Esse é um dever do Estado que, lamentavelmente, não tem estrutura para isso. A lei pode cair no vazio", argumentou Cavalcante.
Conhecida como Lei da Palmada, o projeto foi aprovado por unanimidade, em caráter conclusivo (sem a necessidade de votação pelo plenário), na comissão especial criada para analisar a matéria. A proposta objetiva reforçar os mecanismos de controle da Justiça sobre casos de maus-tratos de crianças e adolescentes. O projeto segue para apreciação do Senado.
Na avaliação do presidente da OAB, a discussão sobre o tema já é importante por trazer à tona o debate sobre a violência contra crianças e adolescentes. "O mérito desse projeto é, na verdade, apontar um novo caminho. Talvez esse seja o maior objetivo, até por não estabelecer nenhum tipo de punição [para os agressores], apenas advertências, tratamento psicológico aos autores da violência e adesão a programas de proteção à família".
MT- Professores de Cuiabá têm o 2º maior salário do país
Da Redação - Lucas Bólico
No ranking de melhores salários dos professores municipais em todo o país, Cuiabá só ‘perde’ para Campo Grande. No regime de 40 horas, os educadores de Cuiabá recebem R$ 2.657,02. Os professores de Campo Grande (MS) ganham R$ 266,46 a mais que os da capital mato-grossense. Na outra extremidade da lista, o município de Macapá (AP) amarga a última posição com R$ 839,00 mensais.
A liderança no ranking é consequência de um plano de valorização da educação municipal, iniciado na gestão do então prefeito peessedebista Wilson Santos (2005-2010). “Quando assumi a prefeitura, os professores recebiam R$ 1.040 por 40 horas de trabalho”, lembra o ex-prefeito. “Essa política de valorização do professor ofereceu aumento real no salário”.
“Essa questão salarial é só a ponta do iceberg”, diz Santos. “A educação foi a minha menina dos olhos e não podia ser diferente, sou professor”, completou. Além da ênfase nos subsídios, o tucano lembra de que enquanto estava à frente do Alencastro, cada um dos 2 mil professores da rede municipal recebeu um computador.
“A prefeitura entrava com dois terços do valor do computador e o professor pagava o resto”, lembra. Dentre as ações feitas para valorizar a educação municipal, o ex-prefeito, que hoje voltou a dar aulas, elenca o trabalho feito desde as creches até a preparação para o vestibular.
“Cuiabá tem hoje 49 creches e nós implantamos a gestão democrática. Não há mais indicação, é a própria comunidade que elege a diretoria”. Além de aumentar o número de crianças nas creches, durante o mandato de Wilson, 4 mil jovens entraram em universidades públicas e privadas por meio de programas sociais como o Cuiabá Vest e o Bolsa Universitária.
Antes de deixar o posto, o ex-prefeito conta que ainda teve o cuidado de garantir a continuidade na valorização da educação. Foi criado um plano de diretrizes da educação de 10 anos, que tem de ser cumprido independentemente de quem seja o prefeito.
Para finalizar, Santos justifica sua atenção especial à Educação. “Ninguém é melhor do que ninguém. O que falta às pessoas são oportunidades e essa é a principal função do Estado Brasileiro”, afirma.
No ranking de melhores salários dos professores municipais em todo o país, Cuiabá só ‘perde’ para Campo Grande. No regime de 40 horas, os educadores de Cuiabá recebem R$ 2.657,02. Os professores de Campo Grande (MS) ganham R$ 266,46 a mais que os da capital mato-grossense. Na outra extremidade da lista, o município de Macapá (AP) amarga a última posição com R$ 839,00 mensais.
A liderança no ranking é consequência de um plano de valorização da educação municipal, iniciado na gestão do então prefeito peessedebista Wilson Santos (2005-2010). “Quando assumi a prefeitura, os professores recebiam R$ 1.040 por 40 horas de trabalho”, lembra o ex-prefeito. “Essa política de valorização do professor ofereceu aumento real no salário”.
“Essa questão salarial é só a ponta do iceberg”, diz Santos. “A educação foi a minha menina dos olhos e não podia ser diferente, sou professor”, completou. Além da ênfase nos subsídios, o tucano lembra de que enquanto estava à frente do Alencastro, cada um dos 2 mil professores da rede municipal recebeu um computador.
“A prefeitura entrava com dois terços do valor do computador e o professor pagava o resto”, lembra. Dentre as ações feitas para valorizar a educação municipal, o ex-prefeito, que hoje voltou a dar aulas, elenca o trabalho feito desde as creches até a preparação para o vestibular.
“Cuiabá tem hoje 49 creches e nós implantamos a gestão democrática. Não há mais indicação, é a própria comunidade que elege a diretoria”. Além de aumentar o número de crianças nas creches, durante o mandato de Wilson, 4 mil jovens entraram em universidades públicas e privadas por meio de programas sociais como o Cuiabá Vest e o Bolsa Universitária.
Antes de deixar o posto, o ex-prefeito conta que ainda teve o cuidado de garantir a continuidade na valorização da educação. Foi criado um plano de diretrizes da educação de 10 anos, que tem de ser cumprido independentemente de quem seja o prefeito.
Para finalizar, Santos justifica sua atenção especial à Educação. “Ninguém é melhor do que ninguém. O que falta às pessoas são oportunidades e essa é a principal função do Estado Brasileiro”, afirma.
Férias: é tempo de mais leitura
Jacir José Venturi
É provável que haja um consenso entre a escola e a família: o aluno não precisa de dois meses de descanso nas férias de verão. Em meio às muitas opções de bem utilizar o tempo, uma das mais úteis – e para muitos, aprazível – é a leitura de livros, revistas, jornais. Desperta e consolida um bom hábito, tão valorizado nos vestibulares e na vida profissional. Cada vez mais os concursos priorizam o aluno leitor, aquele que melhor compreende e produz bons textos, consequentemente melhor verbaliza as ideias e é capaz de expô-las em público.
Aos que viajam a países da Europa, América do Norte, Argentina ou Chile, chama a atenção a presença de escolares nas bibliotecas, livrarias e museus. Uma cultura que é pouco difundida e pouco praticada no Brasil. Os efeitos são mensuráveis: nos testes do PISA, que medem o desenvolvimento dos alunos de 15 anos, patrocinado pela OCDE, órgão da UNESCO, ocupamos o penúltimo lugarem Compreensão Textual, de um total de 40 países. Não surpreende, destarte, que somos um dos campeões em analfabetismo funcional. O Instituto Paulo Montenegro revela que apenas 28% dos brasileiros com idade entre 15 e 64 anos têm domínio pleno da leitura e da escrita, ou seja, conseguem ler textos longos e relacionar informações.
É justificável: enquanto nos países desenvolvidos leem-se 8 livros por habitante/ano, no Brasil apenas 1,3 (entenda-se livros não adotados pela escola, ou seja, leitura espontânea). É recorrente a assertiva que se lê pouco, pois os livros são caros em nosso país. Verdade, pois baixas tiragens de impressão e baixa velocidade de vendas nas livrarias, implicam custos unitários mais elevados. No entanto, existem dezenas de opções de empréstimosem Curitiba. Só a Biblioteca Pública do PR possui um acervo de 550.000 títulos e a obtenção da Carteira do Leitor custa apenas R$ 2,50. O empréstimo é por 14 dias (renováveis) e 3 livros de cada vez. Nossa capital possui 45 Farois do Saber, com 7 mil livros cada. Somam-se as 110 bibliotecas escolares abertas à comunidade e a Estação da Leitura em alguns terminais de ônibus e na Rodoferroviária. Lembro que as principais livrarias da cidade e a Biblioteca Pública do PR têm espaços reservados para a leitura infantil e a contação de histórias.
Em tempo algum houve tanta facilidade, vivemos em um mundo com abundância de livros, revistas e jornais. Ademais, grandes clássicos da literatura podem ser obtidos através de download. Os e-books estão chegando, com a libido de uma tecnologia moderna. Enfim, quem quer ler tem como chegar ao livro. Se a desculpa é a falta de tempo, por que não reduzir o entretenimento como a tevê, videogame, computador? Também são atividades solitárias e promovem agitação.
O aconchego de uma biblioteca ou o cômodo silencioso de uma casa, totalmente imerso numa boa leitura, conduz-nos à serena paz de espírito, tão rara em qualquer outro ambiente. Mário Quintana se faz oportuno: “O livro traz a dupla delícia de a gente poder estar só e ao mesmo tempo bem acompanhado”.
Ler o que se gosta é um dos grandes prazeres da vida. É bálsamo para as horas de tédio ou de ausência de companhia. O dia terminaem conflitos? Ofensas? Socorra-se em Montesquieu: “Jamais sofri qualquer mágoa que uma hora de boa leitura não tenha curado.”
Frente às fortes exigências da vida moderna, podemos experimentar duas formas de praticar a benfazeja catarse: nas páginas de um bom livro e nas caminhadas pelos aprazíveis parques da cidade. Está provado que tais atividades promovem a sensação de bem-estar provocado pela serotonina. Se os músculos se fortalecem com os exercícios físicos, igualmente o cérebro necessita de sinapses através dos neurônios: leituras, memorizações, exercícios que exijam raciocínio. E afastam ou minimizam o Alzheimer, a depressão e a solidão. Uma mente vazia ou preguiçosa é oficina de doenças e vícios.
--------------------------------------------------------------------------------
Jacir José Venturijacirventuri@hotmail.comDiretor de escola, foi professor do Ensino Fundamental, Ensino Médio, Pré-vestibular, da UFPR e PUCPR.
É provável que haja um consenso entre a escola e a família: o aluno não precisa de dois meses de descanso nas férias de verão. Em meio às muitas opções de bem utilizar o tempo, uma das mais úteis – e para muitos, aprazível – é a leitura de livros, revistas, jornais. Desperta e consolida um bom hábito, tão valorizado nos vestibulares e na vida profissional. Cada vez mais os concursos priorizam o aluno leitor, aquele que melhor compreende e produz bons textos, consequentemente melhor verbaliza as ideias e é capaz de expô-las em público.
Aos que viajam a países da Europa, América do Norte, Argentina ou Chile, chama a atenção a presença de escolares nas bibliotecas, livrarias e museus. Uma cultura que é pouco difundida e pouco praticada no Brasil. Os efeitos são mensuráveis: nos testes do PISA, que medem o desenvolvimento dos alunos de 15 anos, patrocinado pela OCDE, órgão da UNESCO, ocupamos o penúltimo lugarem Compreensão Textual, de um total de 40 países. Não surpreende, destarte, que somos um dos campeões em analfabetismo funcional. O Instituto Paulo Montenegro revela que apenas 28% dos brasileiros com idade entre 15 e 64 anos têm domínio pleno da leitura e da escrita, ou seja, conseguem ler textos longos e relacionar informações.
É justificável: enquanto nos países desenvolvidos leem-se 8 livros por habitante/ano, no Brasil apenas 1,3 (entenda-se livros não adotados pela escola, ou seja, leitura espontânea). É recorrente a assertiva que se lê pouco, pois os livros são caros em nosso país. Verdade, pois baixas tiragens de impressão e baixa velocidade de vendas nas livrarias, implicam custos unitários mais elevados. No entanto, existem dezenas de opções de empréstimosem Curitiba. Só a Biblioteca Pública do PR possui um acervo de 550.000 títulos e a obtenção da Carteira do Leitor custa apenas R$ 2,50. O empréstimo é por 14 dias (renováveis) e 3 livros de cada vez. Nossa capital possui 45 Farois do Saber, com 7 mil livros cada. Somam-se as 110 bibliotecas escolares abertas à comunidade e a Estação da Leitura em alguns terminais de ônibus e na Rodoferroviária. Lembro que as principais livrarias da cidade e a Biblioteca Pública do PR têm espaços reservados para a leitura infantil e a contação de histórias.
Em tempo algum houve tanta facilidade, vivemos em um mundo com abundância de livros, revistas e jornais. Ademais, grandes clássicos da literatura podem ser obtidos através de download. Os e-books estão chegando, com a libido de uma tecnologia moderna. Enfim, quem quer ler tem como chegar ao livro. Se a desculpa é a falta de tempo, por que não reduzir o entretenimento como a tevê, videogame, computador? Também são atividades solitárias e promovem agitação.
O aconchego de uma biblioteca ou o cômodo silencioso de uma casa, totalmente imerso numa boa leitura, conduz-nos à serena paz de espírito, tão rara em qualquer outro ambiente. Mário Quintana se faz oportuno: “O livro traz a dupla delícia de a gente poder estar só e ao mesmo tempo bem acompanhado”.
Ler o que se gosta é um dos grandes prazeres da vida. É bálsamo para as horas de tédio ou de ausência de companhia. O dia terminaem conflitos? Ofensas? Socorra-se em Montesquieu: “Jamais sofri qualquer mágoa que uma hora de boa leitura não tenha curado.”
Frente às fortes exigências da vida moderna, podemos experimentar duas formas de praticar a benfazeja catarse: nas páginas de um bom livro e nas caminhadas pelos aprazíveis parques da cidade. Está provado que tais atividades promovem a sensação de bem-estar provocado pela serotonina. Se os músculos se fortalecem com os exercícios físicos, igualmente o cérebro necessita de sinapses através dos neurônios: leituras, memorizações, exercícios que exijam raciocínio. E afastam ou minimizam o Alzheimer, a depressão e a solidão. Uma mente vazia ou preguiçosa é oficina de doenças e vícios.
--------------------------------------------------------------------------------
Jacir José Venturijacirventuri@hotmail.comDiretor de escola, foi professor do Ensino Fundamental, Ensino Médio, Pré-vestibular, da UFPR e PUCPR.
MT-Ceja Sinop lança coletânea com obras dos estudantes
Pela segunda vez, o Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja) Benedito Santana da Silva Freire, de Sinop (503 km de Cuiabá), lança livro produzido pelos estudantes. A obra, intitulada Leitura e escritas na Amazônia Legal, será lançada sábado (17.12), às 19h30, na unidade escolar, com a presença de 1500 convidados.
O livro é uma coletânea de textos sobre Meio Ambiente, Discurso e Mídia. Ele propõe uma reflexão sobre as práticas docentes e sua relação com as diversas áreas do conhecimento. Uma obra de relevância para estudantes e professores.
O projeto elaborado desde maio de 2011 só foi possível devido às pesquisas de campo e aos trabalhos interdisciplinares realizados com os estudantes do Ensino Fundamental e Médio. Todas as disciplinas interagiram no processo. A disciplina de Educação Física elaborou uma trilha para que os estudantes pudessem conhecer o Parque Florestal. A partir dessa visita levantaram informações sobre as características da Amazônia Legal.
Segundo os organizadores do projeto houve a participação maciça de todos os estudantes matriculados no Centro. Essa é a segunda obra lançada. A primeira foi em 2009, quando o Ceja Silva Freire lançou um livro com a participação dos estudantes. Para a professora da área de linguagens, Claudia Alves Pereira, a integração dos alunos é de extrema importância.
“Desenvolvemos esse trabalho visando o aluno”, declara. Para ela, colaborar com a elaboração de um grande projeto faz com que os estudantes elevem a auto-estima e aumentem o interesse sobre os assuntos pedagógicos. Para a cerimônia, sábado, estima-se que pelo menos 1000 alunos da unidade prestigiarão o evento. Inicialmente serão disponibilizados cerca de 800 exemplares.
Assessoria/Seduc-MT
O livro é uma coletânea de textos sobre Meio Ambiente, Discurso e Mídia. Ele propõe uma reflexão sobre as práticas docentes e sua relação com as diversas áreas do conhecimento. Uma obra de relevância para estudantes e professores.
O projeto elaborado desde maio de 2011 só foi possível devido às pesquisas de campo e aos trabalhos interdisciplinares realizados com os estudantes do Ensino Fundamental e Médio. Todas as disciplinas interagiram no processo. A disciplina de Educação Física elaborou uma trilha para que os estudantes pudessem conhecer o Parque Florestal. A partir dessa visita levantaram informações sobre as características da Amazônia Legal.
Segundo os organizadores do projeto houve a participação maciça de todos os estudantes matriculados no Centro. Essa é a segunda obra lançada. A primeira foi em 2009, quando o Ceja Silva Freire lançou um livro com a participação dos estudantes. Para a professora da área de linguagens, Claudia Alves Pereira, a integração dos alunos é de extrema importância.
“Desenvolvemos esse trabalho visando o aluno”, declara. Para ela, colaborar com a elaboração de um grande projeto faz com que os estudantes elevem a auto-estima e aumentem o interesse sobre os assuntos pedagógicos. Para a cerimônia, sábado, estima-se que pelo menos 1000 alunos da unidade prestigiarão o evento. Inicialmente serão disponibilizados cerca de 800 exemplares.
Assessoria/Seduc-MT
MT- Aulas do Pronatec começam na segunda-feira
Cerca de 900 alunos que cursam o 2º ou 3º ano do Ensino Médio em Escolas Estaduais ou egressos devem começar a partir de segunda-feira (19.12) a frequentar as aulas do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Eles devem integrar 30 turmas que estão sendo formadas pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
Os cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC) de auxiliar administrativo, promotor de vendas, informática básica e auxiliar: de pessoal, de crédito e cobrança, e de web design serão ofertadas nas 23 cidades polos do Estado que possuem unidades do Senai. De acordo a técnica da Seduc, responsável pelo Programa em Mato Grosso, Elissandra Vaz, duas turmas já estão em andamento em Cuiabá.
“Demos início na primeira quinzena deste mês aos cursos de auxiliar administrativo para 60 estudantes da Capital. Eles frequentam as aulas no contraturno escolar nas unidades do Senai. Os cursos têm carga horária de 160 a 200 horas”, contou. Ela ainda informou que mesmo com a formação das novas turmas, outras 6.270 vagas continuarão disponíveis.
“Estamos tendo dificuldade para formação das turmas. Provavelmente isso está ocorrendo em função do início do período de férias escolares. Entretanto, para o ano que vêm a expectativa é que todas as vagas para os cursos FIC sejam preenchidas”, afirmou Elissandra.
Outros 2.848 cursos técnicos com carga horária de 800 a 1.600 horas também terão início em 2012. Entre os cursos que serão ofertados estão edificações, segurança do trabalho, informática, guia de turismo, análises químicas, entre outros. Além das unidades do Senai, as formações serão ofertadas pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), e Instituo Federal de Mato Grosso (IFMT).
Inscrições
A Coordenadoria de Ensino Médio da Seduc recebeu às pré-inscrições dos interessados em participar dos cursos FIC, até sexta-feira (09.12). Ao todo foram 3.360 inscritos. Com o atendimento de 960 alunos nas duas turmas existentes e nas que entraram em funcionamento na próxima segunda-feira, os outros 2.400 inscritos deverão ser contemplados no próximo ano. Outras 3.870 vagas ficarão disponíveis para novos interessados.
Além de Cuiabá, as demais cidades que possuem unidades formadoras disponibilizarão cursos dentro do Pronatec são elas: Água Boa, Alta Floresta, Alto Araguaia, Alto Taquari, Barra do Garças, Cáceres, Campo Novo do Parecis, Campo Verde, Colíder, Confresa, Guarantã do Norte, Juína, Nova Mutum, Nova Olímpia, Pontes e Lacerda, Primavera do Leste, Poconé, Rondonópolis, Sinop, Sorriso, Tangará da Serra e Várzea Grande.
VOLNEY ALBANO
Assessoria/Seduc-MT
Os cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC) de auxiliar administrativo, promotor de vendas, informática básica e auxiliar: de pessoal, de crédito e cobrança, e de web design serão ofertadas nas 23 cidades polos do Estado que possuem unidades do Senai. De acordo a técnica da Seduc, responsável pelo Programa em Mato Grosso, Elissandra Vaz, duas turmas já estão em andamento em Cuiabá.
“Demos início na primeira quinzena deste mês aos cursos de auxiliar administrativo para 60 estudantes da Capital. Eles frequentam as aulas no contraturno escolar nas unidades do Senai. Os cursos têm carga horária de 160 a 200 horas”, contou. Ela ainda informou que mesmo com a formação das novas turmas, outras 6.270 vagas continuarão disponíveis.
“Estamos tendo dificuldade para formação das turmas. Provavelmente isso está ocorrendo em função do início do período de férias escolares. Entretanto, para o ano que vêm a expectativa é que todas as vagas para os cursos FIC sejam preenchidas”, afirmou Elissandra.
Outros 2.848 cursos técnicos com carga horária de 800 a 1.600 horas também terão início em 2012. Entre os cursos que serão ofertados estão edificações, segurança do trabalho, informática, guia de turismo, análises químicas, entre outros. Além das unidades do Senai, as formações serão ofertadas pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), e Instituo Federal de Mato Grosso (IFMT).
Inscrições
A Coordenadoria de Ensino Médio da Seduc recebeu às pré-inscrições dos interessados em participar dos cursos FIC, até sexta-feira (09.12). Ao todo foram 3.360 inscritos. Com o atendimento de 960 alunos nas duas turmas existentes e nas que entraram em funcionamento na próxima segunda-feira, os outros 2.400 inscritos deverão ser contemplados no próximo ano. Outras 3.870 vagas ficarão disponíveis para novos interessados.
Além de Cuiabá, as demais cidades que possuem unidades formadoras disponibilizarão cursos dentro do Pronatec são elas: Água Boa, Alta Floresta, Alto Araguaia, Alto Taquari, Barra do Garças, Cáceres, Campo Novo do Parecis, Campo Verde, Colíder, Confresa, Guarantã do Norte, Juína, Nova Mutum, Nova Olímpia, Pontes e Lacerda, Primavera do Leste, Poconé, Rondonópolis, Sinop, Sorriso, Tangará da Serra e Várzea Grande.
VOLNEY ALBANO
Assessoria/Seduc-MT
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
MT- SESC abre processo seletivo para profissionais
Redação 24 Horas News
Estão abertas as inscrições para o processo seletivo do Serviço Social do Comércio em Mato Grosso (SESC/MT) para provimento de 21 vagas para profissionais com curso superior e três vaga de nível médio. Os selecionados irão trabalhar em Unidades Operacionais do SESC em Cuiabá, Rondonópolis, Cáceres e Poxoréu.
Os cargos de ensino superior completo são destinados a profissionais formados em Educação Física, Serviço Social, Pedagogia, licenciatura plena em Matemática, Letras, Letras com formação em Inglês e Filosofia. Aos candidatos a essas vagas é necessária a comprovação de seis meses de experiência em sala de aula ou em atividades desportivas, dependendo da função.
Já o cargo de auxiliar de dentista exige ensino médio completo com curso de Auxiliar de Consultório Dentário com registro no CRO. Para a função de motorista é exigido o Ensino Médio Completo e Carteira Nacional de Habilitação (CNH) categoria ‘D’ e para o cargo de auxiliar de serviços, lotado em Cáceres, é exigido Ensino Médio Completo.
As inscrições serão realizadas até 16 de dezembro de 2011 nas Unidades Operacionais do SESC localizadas nas respectivas cidades referentes às vagas disponíveis. Não será cobrada taxa de inscrição em dinheiro, porém o candidato deverá doar três litros de leite que serão revertidos para o Programa Mesa Brasil.
As contratações se darão no regime da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT), garantindo auxílio alimentação aos selecionados, além de plano de saúde e tratamento odontológico com preço diferenciado para o empregado e seus familiares. Os contratos valem por tempo indeterminado.
Os processos seletivos se darão por meio de provas objetivas a serem realizadas em 18 de dezembro de 2011, com previsão de início às 8h. As provas terão duração de três horas. Para participar do processo o candidato deve ter, na data de convocação, idade igual ou superior a 18 anos e preencher todos os requisitos do edital. Além disso, é vetada a participação de candidatos que tenham parentesco até terceiro grau com empregados do Sistema Fecomércio/SESC/Senac-MT.
Mais informações sobre o processo seletivo pelos telefones 65 3616-7900 (Cuiabá), 66 3411-1450 (Rondonópolis), 65 3223-6607 (Cáceres) e 66 3436-2301 (Poxoréu).
Estão abertas as inscrições para o processo seletivo do Serviço Social do Comércio em Mato Grosso (SESC/MT) para provimento de 21 vagas para profissionais com curso superior e três vaga de nível médio. Os selecionados irão trabalhar em Unidades Operacionais do SESC em Cuiabá, Rondonópolis, Cáceres e Poxoréu.
Os cargos de ensino superior completo são destinados a profissionais formados em Educação Física, Serviço Social, Pedagogia, licenciatura plena em Matemática, Letras, Letras com formação em Inglês e Filosofia. Aos candidatos a essas vagas é necessária a comprovação de seis meses de experiência em sala de aula ou em atividades desportivas, dependendo da função.
Já o cargo de auxiliar de dentista exige ensino médio completo com curso de Auxiliar de Consultório Dentário com registro no CRO. Para a função de motorista é exigido o Ensino Médio Completo e Carteira Nacional de Habilitação (CNH) categoria ‘D’ e para o cargo de auxiliar de serviços, lotado em Cáceres, é exigido Ensino Médio Completo.
As inscrições serão realizadas até 16 de dezembro de 2011 nas Unidades Operacionais do SESC localizadas nas respectivas cidades referentes às vagas disponíveis. Não será cobrada taxa de inscrição em dinheiro, porém o candidato deverá doar três litros de leite que serão revertidos para o Programa Mesa Brasil.
As contratações se darão no regime da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT), garantindo auxílio alimentação aos selecionados, além de plano de saúde e tratamento odontológico com preço diferenciado para o empregado e seus familiares. Os contratos valem por tempo indeterminado.
Os processos seletivos se darão por meio de provas objetivas a serem realizadas em 18 de dezembro de 2011, com previsão de início às 8h. As provas terão duração de três horas. Para participar do processo o candidato deve ter, na data de convocação, idade igual ou superior a 18 anos e preencher todos os requisitos do edital. Além disso, é vetada a participação de candidatos que tenham parentesco até terceiro grau com empregados do Sistema Fecomércio/SESC/Senac-MT.
Mais informações sobre o processo seletivo pelos telefones 65 3616-7900 (Cuiabá), 66 3411-1450 (Rondonópolis), 65 3223-6607 (Cáceres) e 66 3436-2301 (Poxoréu).
Diminui participação do governo federal nos gastos públicos em educação
Redação 24 Horas News
Nos últimos 15 anos, diminuiu a participação do governo federal no gasto público em educação. Em 1995, a União era responsável por 23,8% dos investimentos na área, patamar que caiu para 19,7% em 2009. Já os municípios ampliaram a sua participação no financiamento de 27,9% para 39,1% no mesmo período. As informações fazem parte de um relatório sobre o tema divulgado hoje (14) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
A parcela estadual no total de investimento também caiu de 48,3% para 41,2%, considerando o mesmo período. O estudo do Ipea ressalta, entretanto, que os dados não significam que a aplicação de recursos em educação tenha diminuído, já que, em termos absolutos, houve aumento dos investimentos públicos em educação nas três esferas de governo.
De acordo com o documento, a mudança na dinâmica do financiamento, com crescimento dos gastos municipais, é resultado do próprio regime de colaboração que estrutura a oferta educação. Municípios são os responsáveis pelas matrículas de toda a educação infantil e o ensino fundamental, etapas em que houve grande inclusão de alunos nas últimas décadas. Os estados respondem apenas pelas escolas de ensino médio. Por isso a maior conta fica mesmo com as prefeituras.
O relatório destaca que houve uma ampliação real do gasto em educação pelas três esferas de governo entre 1995 e 2009, saindo de R$ 73,5 bilhões para R$ 161,2 bilhões, um crescimento de 119,4% em 15 anos. Também houve aumento dos investimentos na comparação com o Produto Interno Bruto (PIB), passando de 4% para 5% no período. O estudo ressalta, entretanto, que entre 1995 e 2005 não houve elevação dos gastos em educação que se mantiveram em torno de 4% do PIB. A expansão dos recursos se deu, portanto, entre 2006 e 2009.
“Portanto, em 11 anos, a política educacional dos diferentes entes federados elevou sua participação na renda nacional em apenas 1% do PIB. Isto evidencia que o crescimento do gasto durante a maior parte do período apenas acompanhou o crescimento da economia brasileira como um todo”, explica o estudo.
O relatório foi lançado pelo instituto para subsidiar as discussões do Plano Nacional de Educação (PNE) que irá definir uma meta de investimento público na área a ser atingida nos próximos dez anos. O projeto de lei está em tramitação na Câmara dos Deputados. Há divergência entre governo e entidades da sociedade civil sobre o patamar a ser aplicado. A meta definida pelo governo é ampliar o gasto público dos atuais 5% para 7% do PIB, mas entidades da área defendem um índice mais ambicioso de 10%. O Ipea, entretanto, não indica qual seria o investimento mínimo necessário para melhorar a qualidade do ensino e promover a inclusão da população que ainda está fora da escola, como prevê o plano.
“A atual capacidade de financiamento da educação consegue apenas cobrir o valor das necessidades apuradas para manter e possivelmente gerar avanços pequenos no atual nível educacional brasileiro. Este valor é distante daquele indispensável ao financiamento das necessidades para o cenário que representa as melhorias substantivas para educação”, aponta o relatório.
Apesar de não dizer em quanto é preciso ampliar o investimento, o Ipea indica possíveis novas fontes de recursos para a educação. Entre as sugestões estão a criação de novos tributos, a melhoria da gestão das verbas, a destinação dos recursos do Fundo Social do Pré-Sal para a área e o aumento da participação das três esferas de governo no financiamento público.
Atualmente, 18% da receita de impostos arrecadados pela União são vinculados à educação - o instituto sugere que esse percentual seja ampliado para 20%. Já os municípios são obrigados a aplicar 25% da arrecadação na área, patamar que poderia ser ampliado para 30%. Segundo o Ipea, a mudança criará um adicional de 0,7% do PIB em investimentos na área.
Nos últimos 15 anos, diminuiu a participação do governo federal no gasto público em educação. Em 1995, a União era responsável por 23,8% dos investimentos na área, patamar que caiu para 19,7% em 2009. Já os municípios ampliaram a sua participação no financiamento de 27,9% para 39,1% no mesmo período. As informações fazem parte de um relatório sobre o tema divulgado hoje (14) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
A parcela estadual no total de investimento também caiu de 48,3% para 41,2%, considerando o mesmo período. O estudo do Ipea ressalta, entretanto, que os dados não significam que a aplicação de recursos em educação tenha diminuído, já que, em termos absolutos, houve aumento dos investimentos públicos em educação nas três esferas de governo.
De acordo com o documento, a mudança na dinâmica do financiamento, com crescimento dos gastos municipais, é resultado do próprio regime de colaboração que estrutura a oferta educação. Municípios são os responsáveis pelas matrículas de toda a educação infantil e o ensino fundamental, etapas em que houve grande inclusão de alunos nas últimas décadas. Os estados respondem apenas pelas escolas de ensino médio. Por isso a maior conta fica mesmo com as prefeituras.
O relatório destaca que houve uma ampliação real do gasto em educação pelas três esferas de governo entre 1995 e 2009, saindo de R$ 73,5 bilhões para R$ 161,2 bilhões, um crescimento de 119,4% em 15 anos. Também houve aumento dos investimentos na comparação com o Produto Interno Bruto (PIB), passando de 4% para 5% no período. O estudo ressalta, entretanto, que entre 1995 e 2005 não houve elevação dos gastos em educação que se mantiveram em torno de 4% do PIB. A expansão dos recursos se deu, portanto, entre 2006 e 2009.
“Portanto, em 11 anos, a política educacional dos diferentes entes federados elevou sua participação na renda nacional em apenas 1% do PIB. Isto evidencia que o crescimento do gasto durante a maior parte do período apenas acompanhou o crescimento da economia brasileira como um todo”, explica o estudo.
O relatório foi lançado pelo instituto para subsidiar as discussões do Plano Nacional de Educação (PNE) que irá definir uma meta de investimento público na área a ser atingida nos próximos dez anos. O projeto de lei está em tramitação na Câmara dos Deputados. Há divergência entre governo e entidades da sociedade civil sobre o patamar a ser aplicado. A meta definida pelo governo é ampliar o gasto público dos atuais 5% para 7% do PIB, mas entidades da área defendem um índice mais ambicioso de 10%. O Ipea, entretanto, não indica qual seria o investimento mínimo necessário para melhorar a qualidade do ensino e promover a inclusão da população que ainda está fora da escola, como prevê o plano.
“A atual capacidade de financiamento da educação consegue apenas cobrir o valor das necessidades apuradas para manter e possivelmente gerar avanços pequenos no atual nível educacional brasileiro. Este valor é distante daquele indispensável ao financiamento das necessidades para o cenário que representa as melhorias substantivas para educação”, aponta o relatório.
Apesar de não dizer em quanto é preciso ampliar o investimento, o Ipea indica possíveis novas fontes de recursos para a educação. Entre as sugestões estão a criação de novos tributos, a melhoria da gestão das verbas, a destinação dos recursos do Fundo Social do Pré-Sal para a área e o aumento da participação das três esferas de governo no financiamento público.
Atualmente, 18% da receita de impostos arrecadados pela União são vinculados à educação - o instituto sugere que esse percentual seja ampliado para 20%. Já os municípios são obrigados a aplicar 25% da arrecadação na área, patamar que poderia ser ampliado para 30%. Segundo o Ipea, a mudança criará um adicional de 0,7% do PIB em investimentos na área.
CNPq aprova 160 bolsas de Iniciação Científica Junior para o IFMT
Redação 24 Horas News
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) aprovou para o Instituto Federal de Mato Grosso a concessão da cota institucional de 160 bolsas de Iniciação Científica para alunos do ensino médio/técnico (PIBIC EM) por um período de 12 meses. O valor total do projeto é de R$ 192 mil. A previsão do início das bolsas é fevereiro de 2012 e encerramento em janeiro de 2013. Portanto deverão ser contemplados, prioritariamente alunos que estejam na 1ª e 2ª série do ensino médio integrado.
A Propes está concluindo a elaboração do Edital e até dia 21/12 que divulgará os critérios para a seleção dos alunos bolsistas. Todos os Campi do IFMT serão contemplados. Estão sendo elaborados critérios para inserir alunos nos projetos em andamento (aprovados no edital 029/2011) bem como a possibilidade de envio de novos projetos e também para contemplar aqueles projetos que foram avaliados no edital 029/2011, mas por uma questão de cotas do Campus, não foram contemplados.
“É uma das maiores cotas aprovadas pelo CNPq dentre os Institutos Federais. Para a equipe da PROPES é uma grande conquista, pois mais uma vez estamos vendo nosso trabalho aprovado e reconhecido por entidades como o CNPq. Isto também mostra que a Pesquisa no IFMT caminha a passos largos para a sua Institucionalização e Consolidação”, destaca o Pró-Reitor de Pesquisa e Inovação, Ademir Conte.
O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica no Ensino Médio do CNPq (PIBIC EM/CNPq) tem como objetivo fortalecer o processo de disseminação de informações e conhecimentos científicos e tecnológicos básicos, bem como desenvolver atitudes, habilidades e valores necessários a educação científica e tecnológica dos alunos do ensino médio e técnico, neste caso do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT)
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) aprovou para o Instituto Federal de Mato Grosso a concessão da cota institucional de 160 bolsas de Iniciação Científica para alunos do ensino médio/técnico (PIBIC EM) por um período de 12 meses. O valor total do projeto é de R$ 192 mil. A previsão do início das bolsas é fevereiro de 2012 e encerramento em janeiro de 2013. Portanto deverão ser contemplados, prioritariamente alunos que estejam na 1ª e 2ª série do ensino médio integrado.
A Propes está concluindo a elaboração do Edital e até dia 21/12 que divulgará os critérios para a seleção dos alunos bolsistas. Todos os Campi do IFMT serão contemplados. Estão sendo elaborados critérios para inserir alunos nos projetos em andamento (aprovados no edital 029/2011) bem como a possibilidade de envio de novos projetos e também para contemplar aqueles projetos que foram avaliados no edital 029/2011, mas por uma questão de cotas do Campus, não foram contemplados.
“É uma das maiores cotas aprovadas pelo CNPq dentre os Institutos Federais. Para a equipe da PROPES é uma grande conquista, pois mais uma vez estamos vendo nosso trabalho aprovado e reconhecido por entidades como o CNPq. Isto também mostra que a Pesquisa no IFMT caminha a passos largos para a sua Institucionalização e Consolidação”, destaca o Pró-Reitor de Pesquisa e Inovação, Ademir Conte.
O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica no Ensino Médio do CNPq (PIBIC EM/CNPq) tem como objetivo fortalecer o processo de disseminação de informações e conhecimentos científicos e tecnológicos básicos, bem como desenvolver atitudes, habilidades e valores necessários a educação científica e tecnológica dos alunos do ensino médio e técnico, neste caso do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT)
UFMT realiza I Seminário Diálogos de Saberes
Redação 24 Horas News
A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) realiza o I Seminário Diálogos de Saberes: conhecimentos indígenas e conhecimento científico amanhã ( 15), das 9h30 às 11h30, no auditório 02 do Instituto de Educação (IE), campus de Cuiabá. A professora doutora em Antropologia, Luciane Ouriques Ferreira, e o índio Manoel Kanunxi, da etnia irantxe, são os convidados especiais.
As inscrições podem ser feitas no local do seminário. O evento é organizado pela Pró-reitoria de Ensino de Graduação (Proeg), Programa de Inclusão Indígena (Proind), Programa de Educação Tutorial Indígena (PETind) e Departamento de Antropologia.
A professora Luciane Ouriques Ferreira é bolsista de pós-doutorado do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) junto ao Programa de Epidemiologia em Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública/Fundação Oswaldo Cruz (ENSP/FIOCRUZ). Realiza consultorias especializadas no campo da saúde indígena para órgãos governamentais e organismos internacionais. Atuou como gerente da área de Medicina Tradicional Indígena do Projeto Vigisus II/Funasa (2004-2009). Tem experiência em pesquisa antropológica com ênfase em etnologia, antropologia da saúde, saúde indígena, medicina tradicional, relações interétnicas, relações de gênero, cidadania e ética.
Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (65) 3615 8101.
A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) realiza o I Seminário Diálogos de Saberes: conhecimentos indígenas e conhecimento científico amanhã ( 15), das 9h30 às 11h30, no auditório 02 do Instituto de Educação (IE), campus de Cuiabá. A professora doutora em Antropologia, Luciane Ouriques Ferreira, e o índio Manoel Kanunxi, da etnia irantxe, são os convidados especiais.
As inscrições podem ser feitas no local do seminário. O evento é organizado pela Pró-reitoria de Ensino de Graduação (Proeg), Programa de Inclusão Indígena (Proind), Programa de Educação Tutorial Indígena (PETind) e Departamento de Antropologia.
A professora Luciane Ouriques Ferreira é bolsista de pós-doutorado do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) junto ao Programa de Epidemiologia em Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública/Fundação Oswaldo Cruz (ENSP/FIOCRUZ). Realiza consultorias especializadas no campo da saúde indígena para órgãos governamentais e organismos internacionais. Atuou como gerente da área de Medicina Tradicional Indígena do Projeto Vigisus II/Funasa (2004-2009). Tem experiência em pesquisa antropológica com ênfase em etnologia, antropologia da saúde, saúde indígena, medicina tradicional, relações interétnicas, relações de gênero, cidadania e ética.
Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (65) 3615 8101.
MEC e Seduc debatem criação de mais quatro Territórios Etnoeducacionais
A construção de pelo menos mais quatro territórios etnoeducacionais em Mato Grosso estão em debate nesta quarta-feira (14.12), em reunião organizada pelas Coordenadorias de Educação Escolar Indígena da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e do Ministério da Educação (MEC).
Cerca de 40 pessoas entre indígenas de 14 etnias e representantes de Instituições da sociedade civil que trabalham com educação escolar para índios, bem como técnicos da Seduc, da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e do MEC participam das discussões.
Conforme a técnica da Coordenadora Indígena da Secretaria, Letícia Queiroz, o encontro trata-se do primeiro de uma série de debates que deve culminar com a pactuação dos novos territórios em 2012. “Nesse primeiro momento Seduc e MEC vão receber as demandas apresentadas por cada representante indígena. A partir da discussão conjunta com os índios, Estado e União verificarão a possibilidade de atendimento”, disse.
Entre as reivindicações estão à criação dos territórios etnoeducacionais da região Noroeste que contemplaria as etnias: nhambiquara, Arara, Rikbaktsa, Iranseri, Miki, Kayabi e Mundurucu; da região Médio Norte para atendimento da etnia Pareci; da baixada Cuiabana que contemplaria os Bororos, Chiquitanos, Guatos e Umutinas e outro território para o povo Bakairi.
POLÍTICA EDUCACIONAL
O coordenador geral da Educação Escolar Indígena do MEC, Gersem Baniwa, citou que a construção dos territórios teve início no país em 2010. Ele explicou que a partir da ideia dos territórios, Governo Federal, Estados e municípios passaram a elaborar políticas educacionais conjuntas voltadas para atendimento das demandas apresentadas pelas etnias.
“O território supera as divisões existentes entre os limites territoriais. Há muitas etnias que possuem povos espalhados em mais de um Estado ou município. A política do território prevê o atendimento das demandas escolares das etnias independente da localização geográfica”, explicou.
Ainda como característica do território, ele citou a formação das comissões gestores. “São comissões que são formadas com representações das etnias de Organizações da sociedade e dos governos. Cabe essas comissões organizar o Plano de Trabalho Educacional e de gestão para atendimento das demandas de cada território” contou.
Letícia Queiroz ressaltou que entre as principais reivindicações dos índios estão: a construção de escolas de acordo com as características indígenas, formação inicial e continuada de professores, produção de material didático especifico para a educação escolar indígena, aquisição de merenda escolar de acordo com os costumes alimentares de cada etnia, entre outros.
Atualmente Mato Grosso já conta com cinco territórios etnoeducacionais com possibilidade de chegar a nove. Por sua vez o Brasil possui 24 e até o final de 2012 deve chegar a 34.
VOLNEY ALBANO
Assessoria/Seduc-MT
Cerca de 40 pessoas entre indígenas de 14 etnias e representantes de Instituições da sociedade civil que trabalham com educação escolar para índios, bem como técnicos da Seduc, da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e do MEC participam das discussões.
Conforme a técnica da Coordenadora Indígena da Secretaria, Letícia Queiroz, o encontro trata-se do primeiro de uma série de debates que deve culminar com a pactuação dos novos territórios em 2012. “Nesse primeiro momento Seduc e MEC vão receber as demandas apresentadas por cada representante indígena. A partir da discussão conjunta com os índios, Estado e União verificarão a possibilidade de atendimento”, disse.
Entre as reivindicações estão à criação dos territórios etnoeducacionais da região Noroeste que contemplaria as etnias: nhambiquara, Arara, Rikbaktsa, Iranseri, Miki, Kayabi e Mundurucu; da região Médio Norte para atendimento da etnia Pareci; da baixada Cuiabana que contemplaria os Bororos, Chiquitanos, Guatos e Umutinas e outro território para o povo Bakairi.
POLÍTICA EDUCACIONAL
O coordenador geral da Educação Escolar Indígena do MEC, Gersem Baniwa, citou que a construção dos territórios teve início no país em 2010. Ele explicou que a partir da ideia dos territórios, Governo Federal, Estados e municípios passaram a elaborar políticas educacionais conjuntas voltadas para atendimento das demandas apresentadas pelas etnias.
“O território supera as divisões existentes entre os limites territoriais. Há muitas etnias que possuem povos espalhados em mais de um Estado ou município. A política do território prevê o atendimento das demandas escolares das etnias independente da localização geográfica”, explicou.
Ainda como característica do território, ele citou a formação das comissões gestores. “São comissões que são formadas com representações das etnias de Organizações da sociedade e dos governos. Cabe essas comissões organizar o Plano de Trabalho Educacional e de gestão para atendimento das demandas de cada território” contou.
Letícia Queiroz ressaltou que entre as principais reivindicações dos índios estão: a construção de escolas de acordo com as características indígenas, formação inicial e continuada de professores, produção de material didático especifico para a educação escolar indígena, aquisição de merenda escolar de acordo com os costumes alimentares de cada etnia, entre outros.
Atualmente Mato Grosso já conta com cinco territórios etnoeducacionais com possibilidade de chegar a nove. Por sua vez o Brasil possui 24 e até o final de 2012 deve chegar a 34.
VOLNEY ALBANO
Assessoria/Seduc-MT
Quando o revisor de textos é um bode expiatório
Valdeir Almeida
A história apresentada abaixo é real (apenas o nome João é fictício para preservar a verdadeira identidade do profissional).
João é revisor de texto e copidesque de competência e experiência reconhecidas no mercado editorial. Certa vez, ele recebeu uma proposta que sempre recusara, mas, naquele momento, aceitou por ter vindo de uma pessoa com quem nutria certa relação de amizade: o gerente da gráfica que – sem pensar nas consequências, mas apenas no lucro – queria que João analisasse o livro de um cliente da empresa. O problema estava no prazo muito reduzido que essas duas pessoas impunham a João para analisar e corrigir o material de elevado número de páginas.
O resultado do trabalho foi como o previsto: João colocou em prática todo seu rico conhecimento dos recursos da língua, sua habilidade de diagnosticar erros linguísticos e sua experiência notável como copidesque e revisor de livros. Contudo, como precisou correr contra o tempo, deixou passar desapercebidamente alguns erros cometidos pelo escritor da obra em questão.
Após a publicação do livro, tais erros foram notados por alguns leitores e pelo próprio autor. Este se queixou com o gerente da gráfica dizendo que o dinheiro gasto com a revisão foi mal-empregado. O autor, como visto, não levou em conta o prazo exíguo que estabeleceu a João para revisar o livro; nem considerou que o revisor corrigiu os erros mais graves e que, se não o houvesse feito, iria, indubitavelmente, prejudicar a imagem deste escritor.
Essa história (real, frise-se) ilustra o risco de revisar um livro “em cima da hora”. A maioria dos escritores tem consciência de que é inviável avaliar um material extenso em prazo tão curto. Por outro lado, infelizmente, há os que – talvez por desconhecerem a complexidade da modalidade escrita da língua – exigem que seu livro seja analisado “à velocidade da luz”.
E é por sempre honrarmos nossos compromissos e primarmos pela qualidade dos nossos serviços que recusamos propostas como as relatadas acima.
Felizmente, a maior parte de quem solicita nossos serviços compreende que a revisão de texto exige, além de habilidade, um período de tempo peculiar. Tais pessoas são assim, conscientes, por serem escritores no real sentido da palavra, ou seja, valorizam cada profissional envolvido na feitura do livro: do diagramador ao revisor, do ilustrador ao operador do maquinário. Além disso, tais escritores têm o hábito de estabelecer cronogramas para a perfeita execução de sua obra, a fim de que cada passo seja dado sem pressa nem imprevistos.
A história apresentada abaixo é real (apenas o nome João é fictício para preservar a verdadeira identidade do profissional).
João é revisor de texto e copidesque de competência e experiência reconhecidas no mercado editorial. Certa vez, ele recebeu uma proposta que sempre recusara, mas, naquele momento, aceitou por ter vindo de uma pessoa com quem nutria certa relação de amizade: o gerente da gráfica que – sem pensar nas consequências, mas apenas no lucro – queria que João analisasse o livro de um cliente da empresa. O problema estava no prazo muito reduzido que essas duas pessoas impunham a João para analisar e corrigir o material de elevado número de páginas.
O resultado do trabalho foi como o previsto: João colocou em prática todo seu rico conhecimento dos recursos da língua, sua habilidade de diagnosticar erros linguísticos e sua experiência notável como copidesque e revisor de livros. Contudo, como precisou correr contra o tempo, deixou passar desapercebidamente alguns erros cometidos pelo escritor da obra em questão.
Após a publicação do livro, tais erros foram notados por alguns leitores e pelo próprio autor. Este se queixou com o gerente da gráfica dizendo que o dinheiro gasto com a revisão foi mal-empregado. O autor, como visto, não levou em conta o prazo exíguo que estabeleceu a João para revisar o livro; nem considerou que o revisor corrigiu os erros mais graves e que, se não o houvesse feito, iria, indubitavelmente, prejudicar a imagem deste escritor.
Essa história (real, frise-se) ilustra o risco de revisar um livro “em cima da hora”. A maioria dos escritores tem consciência de que é inviável avaliar um material extenso em prazo tão curto. Por outro lado, infelizmente, há os que – talvez por desconhecerem a complexidade da modalidade escrita da língua – exigem que seu livro seja analisado “à velocidade da luz”.
E é por sempre honrarmos nossos compromissos e primarmos pela qualidade dos nossos serviços que recusamos propostas como as relatadas acima.
Felizmente, a maior parte de quem solicita nossos serviços compreende que a revisão de texto exige, além de habilidade, um período de tempo peculiar. Tais pessoas são assim, conscientes, por serem escritores no real sentido da palavra, ou seja, valorizam cada profissional envolvido na feitura do livro: do diagramador ao revisor, do ilustrador ao operador do maquinário. Além disso, tais escritores têm o hábito de estabelecer cronogramas para a perfeita execução de sua obra, a fim de que cada passo seja dado sem pressa nem imprevistos.
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
SALAS DE AULA
Gabriel Novis Neves
Faltam escolas e salas de aula para os alunos da rede pública em Cuiabá no ensino básico. Sobram salas de aula no ensino superior na cidade da Copa.
Para o ensino básico o Estado alugou “prédios” - locais condenados pedagogicamente para a transmissão de conhecimento.
Alguns cursos superiores tiveram o número de vagas reduzidas, e outros, simplesmente foram fechados após avaliação feita pelo MEC.
Vi pela televisão como a nossa educação está sendo tratada. As imagens são fortes, e os depoimentos de alunos, professores, diretores e Secretaria de Educação do Estado, uma vergonha para uma cidade que deseja ser vista pelo mundo.
Impossível imaginar que, no momento em que tantos recursos são empregados para obras caríssimas - como o estádio de futebol padrão FIFA -, a cidade, agora azul, não tenha salas de aula para as crianças pobres.
A população cresce na medida exata em que as obras de cunho social, como educação e saúde, têm seus recursos de investimentos diminuídos.
O tempo é das emendas parlamentares federais e estaduais. O governador solicitou às bancadas federal e estadual que destinassem totalmente seus recursos para as obras de pavimentação asfáltico de ruas, avenidas e estradas - obedecendo a critérios políticos para os beneficiários.
O único pedido de investimento relacionado à educação que eu tomei conhecimento foi para a criação da Universidade Federal de Rondonópolis. Pedido este, por sinal, prontamente rechaçado pelo ministro. Ah! Tem também o novo hospital universitário da estrada de Santo Antonio – um presente de grego.
Agora, construir ou concluir o Hospital Central; aquisição de um hospital para alta-complexidade ou para atender crianças... Silêncio e desinteresse total.
O problema é que o Estado sabe que o custeio para colocar em funcionamento um hospital de qualidade é alto. Veja como funciona o famoso Hospital Metropolitano do outro lado do rio Cuiabá.
Seleção de pacientes a serem atendidos e, xô alta complexidade!
Voltando à falta de salas de aula em Cuiabá e em algumas cidades do interior do Estado. O valor anual que o Estado gastará com os aluguéis dos “prédios”, daria para construir – com folga – algumas escolas com, pelo menos janelas e sanitários fora da sala, a exemplo do que vi pela televisão através dos depoimentos de alguns estudantes.
A diretora de uma escola pública Estadual, que fica em um dos bairros mais populosos de Cuiabá, disse que a Secretaria de Educação conhece o problema e prometeu construir uma escola nova e ampla.
Acontece que o terreno escolhido está em litígio e, com ares de incredibilidade, a diretora disse que nunca viu o projeto. Essa é a famosa escola embromação.
Minha sugestão é chamar o escritório do Oscar Niemayer para, após os três jogos da Copa, fazer uma adaptação do enorme espaço de quase um bilhão de reais e, assim como fez no Sambódromo do Rio, criar espaços para salas de aula.
Tenho absoluta certeza que a Copa da Cidade Azul seria sempre lembrada como a Copa das salas de aula - para as crianças sem escolas e sem salas de aula.
Faltam escolas e salas de aula para os alunos da rede pública em Cuiabá no ensino básico. Sobram salas de aula no ensino superior na cidade da Copa.
Para o ensino básico o Estado alugou “prédios” - locais condenados pedagogicamente para a transmissão de conhecimento.
Alguns cursos superiores tiveram o número de vagas reduzidas, e outros, simplesmente foram fechados após avaliação feita pelo MEC.
Vi pela televisão como a nossa educação está sendo tratada. As imagens são fortes, e os depoimentos de alunos, professores, diretores e Secretaria de Educação do Estado, uma vergonha para uma cidade que deseja ser vista pelo mundo.
Impossível imaginar que, no momento em que tantos recursos são empregados para obras caríssimas - como o estádio de futebol padrão FIFA -, a cidade, agora azul, não tenha salas de aula para as crianças pobres.
A população cresce na medida exata em que as obras de cunho social, como educação e saúde, têm seus recursos de investimentos diminuídos.
O tempo é das emendas parlamentares federais e estaduais. O governador solicitou às bancadas federal e estadual que destinassem totalmente seus recursos para as obras de pavimentação asfáltico de ruas, avenidas e estradas - obedecendo a critérios políticos para os beneficiários.
O único pedido de investimento relacionado à educação que eu tomei conhecimento foi para a criação da Universidade Federal de Rondonópolis. Pedido este, por sinal, prontamente rechaçado pelo ministro. Ah! Tem também o novo hospital universitário da estrada de Santo Antonio – um presente de grego.
Agora, construir ou concluir o Hospital Central; aquisição de um hospital para alta-complexidade ou para atender crianças... Silêncio e desinteresse total.
O problema é que o Estado sabe que o custeio para colocar em funcionamento um hospital de qualidade é alto. Veja como funciona o famoso Hospital Metropolitano do outro lado do rio Cuiabá.
Seleção de pacientes a serem atendidos e, xô alta complexidade!
Voltando à falta de salas de aula em Cuiabá e em algumas cidades do interior do Estado. O valor anual que o Estado gastará com os aluguéis dos “prédios”, daria para construir – com folga – algumas escolas com, pelo menos janelas e sanitários fora da sala, a exemplo do que vi pela televisão através dos depoimentos de alguns estudantes.
A diretora de uma escola pública Estadual, que fica em um dos bairros mais populosos de Cuiabá, disse que a Secretaria de Educação conhece o problema e prometeu construir uma escola nova e ampla.
Acontece que o terreno escolhido está em litígio e, com ares de incredibilidade, a diretora disse que nunca viu o projeto. Essa é a famosa escola embromação.
Minha sugestão é chamar o escritório do Oscar Niemayer para, após os três jogos da Copa, fazer uma adaptação do enorme espaço de quase um bilhão de reais e, assim como fez no Sambódromo do Rio, criar espaços para salas de aula.
Tenho absoluta certeza que a Copa da Cidade Azul seria sempre lembrada como a Copa das salas de aula - para as crianças sem escolas e sem salas de aula.
SABER VIVER — Iniciando a Jornada
Lair Ribeiro
Como você está hoje? Conseguiu realizar todos os seus sonhos ou só alguns? (Será que você já desistiu de sonhar?)
Quantas coisas você deixou de fazer por achar que não daria certo?
Você está satisfeito com o que já conquistou na vida ou quer mais? Afinal, o que falta para você ter a vida que sempre quis?
Talvez você não saiba o que falta, e por isso mesmo começou a ler este artigo.
Ótimo! Então, vamos iniciar a jornada pessoal para saber viver.
Quem sabe viver, tem sucesso e é feliz.
Vamos trabalhar com exemplos. Carlos, vizinho de Cláudio, comenta:
— O Cláudio é que sabe viver... Anda todo elegante, só vive viajando... Já deve conhecer o mundo inteiro!
Mas Cláudio, comissário de bordo, não gosta nada de passar a vida nas nuvens. Ele queria, mesmo, é passar a vida nas ondas. E lá com os botões de seu terno, ele pensa: ¬
— Toninho, o surfista, é que sabe viver...
E sabe mesmo. Ele conseguiu o que queria. Mas não é só o Toninho que sabe viver.
Saber viver tem um sentido diferente para cada pessoa. Para uns, saber viver é ter carro novo; para outros, é ser promovido no emprego; para outros, ainda, é ter fama, dinheiro e assim por diante.
Mas voltando ao surfista do nosso exemplo, caso você não saiba, ele é um sucesso! Tem uma coleção de medalhas conquistadas na ondas do Hawai, ganha muito dinheiro com a sua grife de roupas esportivas, mora de frente para o mar... Enfim, ele conseguiu tudo o que sempre quis!
É. A vida é assim: quem sabe viver, vai atrás de seus sonhos. E quando os alcance, ganha o sucesso, como recompensa! Felicidade é outra história!
Uma coisa é uma coisa. Outra coisa... Bem, outra coisa pode ser outra coisa, ou pode ser a mesma coisa. Sucesso é sucesso e felicidade é felicidade. São coisas diferentes, você concorda? Mas podem ser a mesma coisa. Veja bem: Sucesso é conseguir o que se quer. Felicidade é querer o que se conseguiu.
Felicidade é um estado de espírito.
Um milionário, que mora em um apartamento de cobertura e tem três carros importados na garagem pode estar profundamente infeliz e insatisfeito. Ele pode ter acabado de ter uma briga feia com os filhos, pode estar se separando da esposa com a qual vivia há mais de trinta anos... Enfim, muita coisa pode tornar infeliz a vida de uma pessoa bem-sucedida financeiramente. Por outro lado, um pescador que tem um barraco na vila e consegue trazer do mar um peixe por dia, pode viver muito feliz.
No caso do Toninho, o surfista, ele tem sucesso e é feliz, pois conseguiu o que queria e quer tudo o que consegue da vida.
Felicidade não depende do que você tem, mas da forma como você aceita as coisas que consegue na vida.
Se você só quer sombra e água fresca e a vida lhe dá um peixe por dia, ótimo! Você pode ser feliz. Mas se você quer mais do que isso e a vida tem lhe dado só um peixe por dia, você também pode ser feliz. E bem-sucedido. Basta querer o que está conseguindo da vida e aprender como tornar esse peixe rentável.
É preciso aprender brincando
Autor: Arenil de Almeida Monteiro
Geralmente, a criança não domina a linguagem e, muitas vezes, transmite o que está sentindo por meio das brincadeiras, tidas como estratégias motivacionais da aprendizagem. Elas são excelentes meios para diagnosticar, intervir e até mesmo transmitir conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais sem que o educando perceba. Constituem ainda um meio de transmitir mensagens capazes de resgatar a autoestima, o autoconhecimento, além de valores, como solidariedade, responsabilidade, disciplina, autoconfiança, autoaceitação, tolerância, concentração, alegria e muitos outros, tão necessários à formação dos alunos.
A realidade deixa claro que vivemos na era do desencanto escolar, na qual muitos de nossos educandos não estão receptivos a aprendizagem. O desinteresse pela leitura e escrita, pelo aprendizado em geral, a indisciplina faz parte do cotidiano e muitos educadores sentem-se frustrados por não conseguirem resultados satisfatórios. Mas através do lúdico acreditamos que o espaço escolar pode e deve transformar a escola em um espaço agradável, prazeroso, de modo que as brincadeiras e jogos permitam que educador alcance sucesso em sala de aula.
Os jogos e as brincadeiras são fundamentais na infância. Por isso, o professor tem que possibilitar o desenvolvimento do conhecimento da criança e criar um ambiente motivador da aprendizagem. Com as atividades lúdicas, a aprendizagem se torna prazerosa e desperta na criança um nível muito bom de conhecimento, proporcionando um excelente desenvolvimento emocional e cognitivo.
Os professores precisam ter domínio dos jogos e brincadeiras para melhor aplicá-los em sala de aula e ter um retorno real seguindo um planejamento visando sempre melhorar o desenvolvimento das crianças. O universo lúdico desenvolve nos alunos valores indispensáveis para o convívio social. A criança entende e compreende melhor as regras que são importantes para a vida em sociedade, despertando também o companheirismo.
O lúdico apresenta valores específicos para todas as fases da vida humana e merece atenção dos pais e professores, porque é muito importante para a saúde mental do ser humano. É através das brincadeiras que as crianças aprendem a relacionar com as pessoas, com o mundo, e desenvolve o lado afetivo. Brincando, a criança consegue ser criativa e combina ficção com a realidade.
Prazeroso, o lúdico envolve o indivíduo de forma intensa e total, criando um clima de entusiasmo. Aprender brincando é fundamental para a saúde física, emocional e intelectual e sempre estiveram presentes em qualquer tempo no passado. Através delas as crianças desenvolvem a interação. A iniciativa, a autoestima, a linguagem e o pensamento, para preparar para ser um cidadão crítico, capaz de enfrentar desafios e participar na construção de um mundo melhor.
Com jogos e brincadeiras a criança reproduz situações vividas reelaborando criativamente novas possibilidades e interpretações da realidade vivenciadas por elas. O jogo a brincadeira além de ser prazeroso, é o mundo da imaginação, mas infelizmente está presente mais na educação infantil do que nas series iniciais, porque a sala de aula é apresentada como coisa séria e a disciplina são mantidos em nome dos padrões institucionais, o que torna o ambiente escolar longe do gostos das crianças.
Os educadores devem ter em mente que brincar não é um mero passatempo, e sim estimula o crescimento e desenvolvimento intelectual e individual do educando favorecendo progresso na comunicação entre as crianças. Os educadores devem ser conscientes de que brincar só faz bem para as crianças, elas amadurecem e sentem livre para criar e recriar o mundo do seu modo. Os jogos estimulam o aprendizado e é uma forma prazerosa de aprender.
Muitas vezes os professores afastam o lúdico da sala de aula por ser atividades que exigem muito mais dedicação, tempo, ai fica muito mais fácil trabalhar com atividades cômodas. O lúdico deve permear o espaço escolar, tornando um espaço para as descobertas, de imaginação, de criatividade onde as crianças sintam o prazer para aprender. Para isso a necessidade do professor ampliar seus conhecimentos em relação aos jogos e brincadeiras para assessorar a crianças nesse aprendizado. As crianças estão sempre prontas para brincar, jogar, cabe ao educador propor as brincadeiras buscando sempre motivar os alunos para que envolvam nos jogos e brincadeiras.
Os jogos auxiliam no aprendizado, desenvolvendo na criança habilidades do pensamento, a imaginação, a criatividade, porque quando jogamos obedecemos a regras e favorece momentos ricos de interação. Os jogos são meios mais indicados para construção do conhecimento, e para despertar o interesse da criança, e ela vai conhecendo a sua capacidade e desenvolvendo a autoconfiança em si mesmo.
Os jogos constituem um fator indispensável para o desenvolvimento intelectual, motor e afetivo da criança. Os jogos permitem explorar e entender o mundo que a rodeia através de todos os seus sentidos e proporcionam lhe os meios para expressar as suas ações, sentimentos e idéias. Neste sentido, é possível concluir que a brincadeira, jogo e o movimento natural e espontâneo são fatores fundamentais em toda e qualquer escola de educação infantil e fundamental, uma vez que os mesmos contribuem e muito na educação e formação geral do educando.
É através do lúdico que ele abandona o seu mundo de necessidades e constrangimentos e se desenvolve, criando e adaptando uma nova realidade a sua personalidade. A infância é, portanto, um período de aprendizagem necessária à idade adulta. È nesse momento que a brincadeira se torna uma oportunidade de afirmação de seu “eu”. Para isso, é fundamental que o educador da infância tem a função e incluir o brincar no âmbito educacional de forma planejada e educativa, para melhorar e despertar o interesse das crianças nas atividades propostas, porque é brincando que a criança desperta sua criatividade e interagem com o seu mundo interior e exterior.
Através das atividades lúdicas podemos perceber dificuldades motoras, intelectuais e afetivas dos nossos educando, assim como permitem ao mesmo criar, imaginar, fazer de conta, as atividades lúdicas funcionam como laboratório de aprendizagem, permitem ao educando experimentar, medir, utilizar, equivocar-se e fundamentalmente aprender.Os educandos aprendem várias coisas ao mesmo tempo, isso quer dizer que podem aprender a dividir e a detestar dividir, simultaneamente, e por isso as atividades lúdicas devem vir sempre de encontro às necessidades, características e interesses infantis, para que simultaneamente estejam aprendendo a gostar de aprender.
Logo, tudo que for treinamento, destituído de significado próprio para o pequeno educando, deve ser abolido do currículo. O educando da educação infantil não é capaz de trabalhar com objetivo remoto, ele não tem a idéia de tempo distante bem elaborada ainda. Ele precisa encontrar motivos na própria atividade. É preferível que o educando escolha a atividade e a realize com prazer, voltando a ela muitas vezes, do que a realize obrigada. Aprendendo assim detestá-la ou temê-la.
As atividades bem-sucedidas tendem a ser repetidas e o fracasso leva, geralmente, a descontentamento consigo mesmo e insegurança e leva o educando a evitar repetir a mesma atividade. Portanto todo material oferecido deve possibilitar uso variado e permitir vários tipos de respostas para se ajustar ao nível de desenvolvimento de pequenos educandos, pois permite alcançar resultados diferentes.
O educador tem que ser um profundo conhecedor de seus educandos, de suas características, de seus interesses e de suas formas de expressão de sentimentos, para oferecer exatamente aquilo que seja do seu interesse. E, ainda, respeitar a sua escolha de atividade, e, para isso, oferecer opções para que escolha o que desejar. Outra vez o trabalho livre e criador se colocam como o mais recomendável ao currículo da educação infantil.
O educando ocupado em atividades por ele mesmo escolhidas revela elevado grau de atenção e interesse, como conseqüência, obtém delas disciplina natura e direção da sua própria atividade, fatos altamente desejáveis à educação. Oferecendo, portanto atividades diversificadas obtêm disciplina natural, decorrente da realização de atividades feitas com interesse.
Diante da nova realidade educacional, este artigo visa propiciar apoio ao educador da educação infantil e fundamental, para a motivação, o estimulo, o prazer pelo ato de aprender, pois o brincar é o fazer em si, um fazer que requer tempo e espaço próprios, um fazer que se constitui de experiências culturais, que é universal e próprio da saúde, porque facilita o crescimento, conduz aos relacionamentos grupais, podendo ser uma forma de comunicação consigo mesmo e com os outros.
Mas ainda á necessidade das escolas conscientizarem seus educadores esclarecendo melhor sobre o papel do brincar com as crianças, que é uma atividade de suma importância para aprendizagem e o desenvolvimento intelectual da criança. As escolas deveriam considerar o lúdico um grande parceiro para desenvolver a aprendizagem das crianças. Pois através do lúdico elas crescem e interagem ao mundo coletivo. O lúdico deve ser visto pelos educadores não apenas como divertimento e sim como forma de adquirir conhecimento.
Arenil de Almeida Monteiro é professora da rede pública de ensino de Mato Grosso
Geralmente, a criança não domina a linguagem e, muitas vezes, transmite o que está sentindo por meio das brincadeiras, tidas como estratégias motivacionais da aprendizagem. Elas são excelentes meios para diagnosticar, intervir e até mesmo transmitir conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais sem que o educando perceba. Constituem ainda um meio de transmitir mensagens capazes de resgatar a autoestima, o autoconhecimento, além de valores, como solidariedade, responsabilidade, disciplina, autoconfiança, autoaceitação, tolerância, concentração, alegria e muitos outros, tão necessários à formação dos alunos.
A realidade deixa claro que vivemos na era do desencanto escolar, na qual muitos de nossos educandos não estão receptivos a aprendizagem. O desinteresse pela leitura e escrita, pelo aprendizado em geral, a indisciplina faz parte do cotidiano e muitos educadores sentem-se frustrados por não conseguirem resultados satisfatórios. Mas através do lúdico acreditamos que o espaço escolar pode e deve transformar a escola em um espaço agradável, prazeroso, de modo que as brincadeiras e jogos permitam que educador alcance sucesso em sala de aula.
Os jogos e as brincadeiras são fundamentais na infância. Por isso, o professor tem que possibilitar o desenvolvimento do conhecimento da criança e criar um ambiente motivador da aprendizagem. Com as atividades lúdicas, a aprendizagem se torna prazerosa e desperta na criança um nível muito bom de conhecimento, proporcionando um excelente desenvolvimento emocional e cognitivo.
Os professores precisam ter domínio dos jogos e brincadeiras para melhor aplicá-los em sala de aula e ter um retorno real seguindo um planejamento visando sempre melhorar o desenvolvimento das crianças. O universo lúdico desenvolve nos alunos valores indispensáveis para o convívio social. A criança entende e compreende melhor as regras que são importantes para a vida em sociedade, despertando também o companheirismo.
O lúdico apresenta valores específicos para todas as fases da vida humana e merece atenção dos pais e professores, porque é muito importante para a saúde mental do ser humano. É através das brincadeiras que as crianças aprendem a relacionar com as pessoas, com o mundo, e desenvolve o lado afetivo. Brincando, a criança consegue ser criativa e combina ficção com a realidade.
Prazeroso, o lúdico envolve o indivíduo de forma intensa e total, criando um clima de entusiasmo. Aprender brincando é fundamental para a saúde física, emocional e intelectual e sempre estiveram presentes em qualquer tempo no passado. Através delas as crianças desenvolvem a interação. A iniciativa, a autoestima, a linguagem e o pensamento, para preparar para ser um cidadão crítico, capaz de enfrentar desafios e participar na construção de um mundo melhor.
Com jogos e brincadeiras a criança reproduz situações vividas reelaborando criativamente novas possibilidades e interpretações da realidade vivenciadas por elas. O jogo a brincadeira além de ser prazeroso, é o mundo da imaginação, mas infelizmente está presente mais na educação infantil do que nas series iniciais, porque a sala de aula é apresentada como coisa séria e a disciplina são mantidos em nome dos padrões institucionais, o que torna o ambiente escolar longe do gostos das crianças.
Os educadores devem ter em mente que brincar não é um mero passatempo, e sim estimula o crescimento e desenvolvimento intelectual e individual do educando favorecendo progresso na comunicação entre as crianças. Os educadores devem ser conscientes de que brincar só faz bem para as crianças, elas amadurecem e sentem livre para criar e recriar o mundo do seu modo. Os jogos estimulam o aprendizado e é uma forma prazerosa de aprender.
Muitas vezes os professores afastam o lúdico da sala de aula por ser atividades que exigem muito mais dedicação, tempo, ai fica muito mais fácil trabalhar com atividades cômodas. O lúdico deve permear o espaço escolar, tornando um espaço para as descobertas, de imaginação, de criatividade onde as crianças sintam o prazer para aprender. Para isso a necessidade do professor ampliar seus conhecimentos em relação aos jogos e brincadeiras para assessorar a crianças nesse aprendizado. As crianças estão sempre prontas para brincar, jogar, cabe ao educador propor as brincadeiras buscando sempre motivar os alunos para que envolvam nos jogos e brincadeiras.
Os jogos auxiliam no aprendizado, desenvolvendo na criança habilidades do pensamento, a imaginação, a criatividade, porque quando jogamos obedecemos a regras e favorece momentos ricos de interação. Os jogos são meios mais indicados para construção do conhecimento, e para despertar o interesse da criança, e ela vai conhecendo a sua capacidade e desenvolvendo a autoconfiança em si mesmo.
Os jogos constituem um fator indispensável para o desenvolvimento intelectual, motor e afetivo da criança. Os jogos permitem explorar e entender o mundo que a rodeia através de todos os seus sentidos e proporcionam lhe os meios para expressar as suas ações, sentimentos e idéias. Neste sentido, é possível concluir que a brincadeira, jogo e o movimento natural e espontâneo são fatores fundamentais em toda e qualquer escola de educação infantil e fundamental, uma vez que os mesmos contribuem e muito na educação e formação geral do educando.
É através do lúdico que ele abandona o seu mundo de necessidades e constrangimentos e se desenvolve, criando e adaptando uma nova realidade a sua personalidade. A infância é, portanto, um período de aprendizagem necessária à idade adulta. È nesse momento que a brincadeira se torna uma oportunidade de afirmação de seu “eu”. Para isso, é fundamental que o educador da infância tem a função e incluir o brincar no âmbito educacional de forma planejada e educativa, para melhorar e despertar o interesse das crianças nas atividades propostas, porque é brincando que a criança desperta sua criatividade e interagem com o seu mundo interior e exterior.
Através das atividades lúdicas podemos perceber dificuldades motoras, intelectuais e afetivas dos nossos educando, assim como permitem ao mesmo criar, imaginar, fazer de conta, as atividades lúdicas funcionam como laboratório de aprendizagem, permitem ao educando experimentar, medir, utilizar, equivocar-se e fundamentalmente aprender.Os educandos aprendem várias coisas ao mesmo tempo, isso quer dizer que podem aprender a dividir e a detestar dividir, simultaneamente, e por isso as atividades lúdicas devem vir sempre de encontro às necessidades, características e interesses infantis, para que simultaneamente estejam aprendendo a gostar de aprender.
Logo, tudo que for treinamento, destituído de significado próprio para o pequeno educando, deve ser abolido do currículo. O educando da educação infantil não é capaz de trabalhar com objetivo remoto, ele não tem a idéia de tempo distante bem elaborada ainda. Ele precisa encontrar motivos na própria atividade. É preferível que o educando escolha a atividade e a realize com prazer, voltando a ela muitas vezes, do que a realize obrigada. Aprendendo assim detestá-la ou temê-la.
As atividades bem-sucedidas tendem a ser repetidas e o fracasso leva, geralmente, a descontentamento consigo mesmo e insegurança e leva o educando a evitar repetir a mesma atividade. Portanto todo material oferecido deve possibilitar uso variado e permitir vários tipos de respostas para se ajustar ao nível de desenvolvimento de pequenos educandos, pois permite alcançar resultados diferentes.
O educador tem que ser um profundo conhecedor de seus educandos, de suas características, de seus interesses e de suas formas de expressão de sentimentos, para oferecer exatamente aquilo que seja do seu interesse. E, ainda, respeitar a sua escolha de atividade, e, para isso, oferecer opções para que escolha o que desejar. Outra vez o trabalho livre e criador se colocam como o mais recomendável ao currículo da educação infantil.
O educando ocupado em atividades por ele mesmo escolhidas revela elevado grau de atenção e interesse, como conseqüência, obtém delas disciplina natura e direção da sua própria atividade, fatos altamente desejáveis à educação. Oferecendo, portanto atividades diversificadas obtêm disciplina natural, decorrente da realização de atividades feitas com interesse.
Diante da nova realidade educacional, este artigo visa propiciar apoio ao educador da educação infantil e fundamental, para a motivação, o estimulo, o prazer pelo ato de aprender, pois o brincar é o fazer em si, um fazer que requer tempo e espaço próprios, um fazer que se constitui de experiências culturais, que é universal e próprio da saúde, porque facilita o crescimento, conduz aos relacionamentos grupais, podendo ser uma forma de comunicação consigo mesmo e com os outros.
Mas ainda á necessidade das escolas conscientizarem seus educadores esclarecendo melhor sobre o papel do brincar com as crianças, que é uma atividade de suma importância para aprendizagem e o desenvolvimento intelectual da criança. As escolas deveriam considerar o lúdico um grande parceiro para desenvolver a aprendizagem das crianças. Pois através do lúdico elas crescem e interagem ao mundo coletivo. O lúdico deve ser visto pelos educadores não apenas como divertimento e sim como forma de adquirir conhecimento.
Arenil de Almeida Monteiro é professora da rede pública de ensino de Mato Grosso
Assinar:
Postagens (Atom)