Jorge Antonio de Queiroz e Silva
Nos últimos anos, o Governo Federal tem estimulado a leitura. No Paraná, na administração do governador Roberto Requião (2003-2010), inúmeros livros foram lançados pelas Secretarias da Educação e da Cultura. As bibliotecas das escolas estaduais receberam uma diversidade de obras. A Biblioteca do Professor é uma realidade. No entanto, a maioria dos educadores lê pouco, logo, o estudante, sem referência, não desenvolve o hábito saudável da leitura.
De acordo com Rosane Magaly Martins: “A situação da leitura no Brasil é precária. Todo o conhecimento acadêmico da humanidade está nos livros, sejam eles concretos ou virtuais. Na França, cada pessoa lê, em média, 25 livros por ano. No Brasil, a estatística aponta a leitura de pouco mais de um livro por brasileiro. A questão é cultural, de hábito, de vivência”.
Os exímios educadores da Escola Estadual Shirlene de Souza Rocha, de Rio Branco do Sul, comprometidos com o ideal da transformação social, têm despertado nos estudantes a prática da leitura. Na semana do Dia Nacional do Livro (29 de outubro), a escola recebeu o escritor Nelson Girardi, na quarta-feira, 26 de outubro, para falar do seu livro Vencendo os medos pela escrita. Na semana anterior à palestra, Girardi doou uma quantidade suficiente de livros à referida escola, para preparar a comunidade escolar ao evento.
Estive presente naquela tarde memorável. Constatei o interesse do pessoal da sétima e oitava séries, aproximadamente sessenta estudantes, além da dedicação dos professores. Entre as frases citadas pelos alunos sobre a fala do escritor, destacam-se conhecimento, superação do medo e autoconhecimento.
Houve o despertar da procura pela essência do ser. Nessa viagem fantástica pelo mundo do saber, o Padre António Vieira (1608-1697) diria que “o livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive”.
Jorge Antonio de Queiroz e Silva queirozhistoria@uol.com.brHistoriador, palestrante e membro do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná.
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