Autoridades, moradores, professores e alunos reuniram-se na noite desta quinta-feira, 18 de agosto para debater e avaliar iniciativas e propostas de ação para combater a violência nas escolas da região do bairro Pedra 90, um dos mais populosos da Capital.
A discussão foi durante audiência pública proposta pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, por meio da Promotoria de Justiça da Cidadania da Capital.
Tragédias, como a ocorrida na escola Estadual Cesário Neto onde um aluno matou um colega a tiros, foram citadas nos discursos como exemplo do ponto a que chegamos e da necessidade urgente de medidas para evitar incidências deste tipo. “Se quisermos realmente discutir essa questão existente hoje no ambiente escolar, precisamos pensar, e de maneira muito séria, a violência que está presente em toda a sociedade”, afirmou o presidente da Associação dos Moradores da 1º Etapa do Pedra 90, Marcos Baiano na abertura do debate.
Para a diretora da escola Rafael Rueda-CAIC 90, Maria José de Oliveira, o colégio deve ser um espaço privilegiado para essa discussão e precisa enfrentar e identificar responsabilidades de maneira coletiva.“Os alunos deveriam se sentir em casa no ambiente escolar, mas isso se torna impossível a partir do momento em que se encontram em um lugar mal-conservado, com carteiras quebradas, e sem as mínimas condições de lazer”. Na opinião da diretora, o governo só vai impedir que a violência entre na escola quando priorizar a educação, respeitar e valorizar o profissional e investir na adequação dos estabelecimentos de ensino.
De acordo com a promotor de Justiça Miguel Slhessarenko Junior, o objetivo foi discutir com a população medidas eficazes para solucionar o problema na rede pública de ensino. “A situação é preocupante, tanto é que instauramos um Inquérito Civil para investigar a insegurança e os altos índices de violência em unidades públicas de ensino. O que constatamos hoje é que as escolas não se encontram preparadas para lidar com a segurança e a violência escolar, necessitam urgentemente mudar o foco de ação, as unidades escolares não podem ser vistas como potenciais focos de consumo de drogas, furtos de equipamentos e violência física entre os alunos”, concluiu o promotor.
Entre o público de mais de 300 pessoas presentes a conclusão foi unânime de que a promoção da paz e o combate à violência nas escolas só será possível com o comprometimento de todos: poder público, professores, alunos e comunidade.
Fonte: Assessoria / CRISTINA GOMES
domingo, 21 de agosto de 2011
MT- Sociedade discute violência em escolas públicas
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