sábado, 1 de dezembro de 2012

Jovem de São Gonçalo Beira Rio é contemplado com prêmio Nacional de Cultura


Da REdação

O estudante Avinner Augusto da Silva Albino, foi premiado por ter apresentado o trabalho intitulado Siriri uma vida ensinando a arte da dança popular de Mato Grosso. Ele participou de um concurso com mais de 2.000 concorrentes em todo o país, através do Ministério da Cultura. Avinner é aluno do Curso de Ciências Sociais da Universidade Federal de Mato Grosso e estudante de artes. Há dez anos, atua como coreógrafo e dançarino do Grupo Folclórico de Siriri Flor Ribeirinha e também dos grupos Coração Tradição Franciscano e Flor do Campo.

Avinner Augusto, é instrutor no Programa Siminina da Secretaria de Assistência Social e Desenvolvimento Humano da prefeitura de Cuiabá. Ele também está vinculado ao carnaval como coreógrafo de comissão de frente dos blocos Banana da terra e Unidos do Porto, além de dançarino da banda de Pescuma, Henrique e Claudinho. Ele é reconhecido pela seu talento, dedicação e criatividade, considerado uma das maiores expressões do grupo. Avinner é neto da ceramista Domingas Leonor, fundadora do grupo Flor Ribeirinha, da Comunidade São Gonçalo Beira Rio. Domingas é uma personagem marcante no contexto cultural cuiabano.

O Flor Ribeirinha é um dos mais conhecidos grupos de siriri mato-grossense. Criado em 1995, na comunidade de São Gonçalo Beira Rio, situada à margem esquerda do Rio Cuiabá.

Todos os anos, o grupo passa por um processo de criação e execução de um espetáculo para se apresentar no Festival de Siriri de Mato Grosso, o evento que rompeu fronteiras e fez do estado o contorno de uma grande roda de arte popular.

O desafio de Avinner é criar novas coreografias usando apenas cinco passos básicos do siriri e a batida tradicional feita com mocho, ganzá e viola de cocho. O talento do jovem vem se consolidando a ponto dele ter sido convidado para se apresentar em vários estados brasileiros. Segundo ele, a maioria dos dançarinos tem pouca idade, mas a renovação entre os músicos cururueiros não é tão grande, o que coloca em risco o futuro desses ritmos tradicionais.

O Siriri é dançado e cantado por homens e mulheres, sendo também bastante apreciado pelas crianças, que gostam das músicas e dos gestos da dança. Ao lado dos dançarinos estão os tocadores cururueiros, com a viola de cocho e o ganzá, seguido de mocho ou tamborim. O ritmo forte da música contagia o publico presente.



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