segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Seduc/MT Trabalho em rede fortalece a Paz nas Escolas


“Sozinha a escola não dá conta de educar. Mas quando a família está desestruturada, a quem recorrer? Nós temos de refletir sobre o que podemos fazer, porque não se pode atribuir somente ao Estado, que é o promotor das políticas públicas, essa responsabilidade”. A reflexão proposta pelo secretário de Educação, Ságuas Moraes, foi apresentada durante o 1º Encontro de Conselheiros Tutelares e Diretores de Escolas Estaduais de Cuiabá, realizado no auditório da pasta durante o dia de hoje (08.08). A atividade é um dos desdobramentos do Projeto Paz nas Escolas, desenvolvido conjuntamente entre as Secretarias de Educação e Segurança Pública.

O Encontro com cerca de 120 profissionais da educação, além de membros da rede de proteção à criança e adolescente atuante na capital. Mais do que a promoção de um encontro para que dúvidas inerentes a atuação dos parceiros (Ministério Público, Conselhos Tutelares, Polícia Militar, Secretaria de Assistência Social) sejam sanadas, a atividade tem como meta ser propulsora do trabalho de educação desenvolvido em rede. 
 
“Essa aproximação garante a unidade da rede. O encaminhamento correto da s demandas. O Estado tem perdido espaço e a escola, nesse contexto, desempenha um papel de grande relevância. O professor que conhece a realidade dos alunos deve  conhecer essa estrutura”, explica a diretora do Juizado da Infância e Juventude de Cuiabá, Gleide Bispo dos Santos. 

A frente a gestão da Escola Estadual Marcelina de Campos, Ana Isabel de Souza, pondera que as parcerias com as Polícia (Civil e Militar), assim como a atuação de propostas pedagógicas inovadoras, têm surtido um resultado profícuo. No entanto, ressalva as fragilidades encontradas no atendimento dos conselheiros tutelares, que atingem tanto a logística, assim como o preparo desses profissionais. “Os investimentos também devem perpassar pelo aprimoramento”, pondera. A unidade escolar Marcelina de Campos atende a cerca de 780 estudantes do Ensino Médio, Regular e a Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Para a diretora Marlene Maria Mayer Rondon, que atua na Escola Estadual Zélia Costa, as unidades escolares da capital tornam-se verdadeiras caixas de ressonância dos problemas sociais. “Por isso investimos em projetos, como a Educomunicação, Escola Aberta, Horta, Quem Ama Cuida, dentre outros para envolver não só estudantes, como a comunidade escolar”. Para Marlene, a atividade promovida hoje reflete positivamente considerando as fragilidades inerentes ao desenvolvimento das atividades da rede de proteção.

ProposiçõesAs próximas etapas visando o fortalecimento da rede de proteção devem abarcar atividades formativas junto aos profissionais que atuam nas Secretarias de Estado de Saúde (SES) e de Segurança Pública  (Sesp), conforme proposição apresentada pela coordenadora dos Conselhos Tutelares de Cuiabá, Flávia Silva. Hoje a capital possui trinta conselheiros, que atuam em cinco regiões distintas (Centro, Santa Izabel, Coxipó, Planalto e Pedra 90).

Rede Participam do Encontro, o titular da Delegacia Especializada no Adolescente (DEA), Paulo Araújo, o representante da Diretoria da Polícia Judiciária Civil, delegado Sebastião Finotto, o coronel da Polícia Militar Jacques Lopes, o vereador Allan Kardec, da Comissão de Educação da Câmara de Vereadores de Cuiabá, além de membros da Rede Cidadã e da Secretaria de Assistência Social e Desenvolvimento Humano de Cuiabá. 

PATRÍCIA NEVES
Assessoria Seduc-MT

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