segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Participação e controle social são destaques de Conferência Nacional sobre Política Externa




      
Durante o evento, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, anunciou a criação de um Fórum de Participação Social sobre política externa

O Grupo de Reflexão sobre Relações Internacionais (GRRI), em parceria com a Universidade Federal do ABC, promoveu, entre os dias 15 e 18 de julho, a Conferência Nacional 2003-2013 “Uma Nova Política Externa”. O encontro, que reuniu representantes do poder público e da sociedade civil, marcou a maturidade do debate em torno da democratização do processo decisório em política externa.

Durante todo o evento, a importância da ampliação dos mecanismos de diálogo com a população foi apontada como fundamental no processo de legitimação da política internacional brasileira. Para a coordenadora executiva da Ação Educativa, Vera Masagão Ribeiro, o anúncio de criação de um Fórum de Participação, feito pelo ministro das Relações Exteriores Antonio Patriota, representa um avanço na institucionalização da atuação da sociedade civil organizada sobre as decisões e iniciativas nacionais no âmbito das relações exteriores.

Em sua explanação, na mesa “O Futuro da Política Externa Brasileira: Desafios e Perspectivas”, Vera ressaltou a longa história de cooperação internacional das Organizações Não Governamentais, que em função de suas alianças políticas e redes de colaboração continentais despontam como atores significativos no processo de renovação do papel do Brasil no cenário internacional.

“Cada vez mais os movimentos sociais e as forças progressistas percebem a necessidade de um novo modelo de desenvolvimento, e essas mudanças devem ser globais. Eles também perceberam o potencial que a pressão internacional tem no cenário e problemas internos. Por isso mesmo, as redes internacionais criadas pelas organizações devem ser exploradas”, explica a coordenadora. Segundo Vera, é preciso criar condições seguras para que os grupos sociais possam atuar de forma legítima e então, caminhar para construção de um marco legal de participação da sociedade civil.

Confira o vídeo que traz parte do debate que aconteceu na mesa “O Futuro da Política Externa Brasileira: Desafios e Perspectivas”, que também contou com a presença de Artur Henrique, presidente do Instituto de Cooperação da CUT e diretor da Fundação Perseu Abramo (FPA), Jackson Schneider, vice-presidente executivo da Embraer S.A., o senador Inácio Arruda, o deputado Nelson Pellegrino, o professor de Ciência Política e Relações Internacionais da UNICAMP, Sebastião Velasco e a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário.

O GR-RI

A crescente inserção internacional do Brasil tem incentivado o aumento dos debates sobre como a participação brasileira tem se realizado e as novas dinâmicas e relações no cenário internacional. O Grupo de Reflexão sobre Relações Internacionais (GR-RI) se constituiu, em 2012, com o objetivo de formar um espaço de reflexão e produção acerca da nova inserção internacional brasileira, que possa colaborar para a construção de uma política externa democrática, justa e inclusiva.

O grupo é formado por intelectuais, pesquisadores e lideranças sociais, sindicais e políticas vinculados ao campo progressista, que se reúnem periodicamente para refletir sobre o tema. A Ação Educativa é parte do grupo através da participação do coordenador da unidade internacional, Sérgio Haddad.
Mais informações sobre o Grupo de Reflexão sobre Relações Internacionais em http://blogbrasilnomundo.wordpress.com/.

Com informações da Associação Brasileira de Organizações não Governamentais (ABONG) e do portal da Conferência Nacional de Política Externa
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