FÁBIO TAKAHASHI
CIDA ALVES
DE SÃO PAULO
CIDA ALVES
DE SÃO PAULO
Bola e caderno vão disputar a atenção dos estudantes nas escolas particulares
durante a Copa no Brasil.
Os colégios privados de São Paulo têm divulgado nos últimos dias seus
calendários para 2014, mantendo as férias do meio de ano em julho. Com isso, a maior parte da Copa, que vai de 12 de junho a 13 de julho, será disputada durante o período letivo.
A decisão difere da rede estadual de ensino, que antecipou o recesso para que coincida com o período dos jogos.
A manutenção do calendário tradicional no sistema privado é uma orientação dos sindicatos das escolas particulares e dos professores.
Já anunciaram que seguirão essa lógica Bandeirantes, Dante Alighieri, Móbile, Santa Cruz, Vera Cruz e Vértice, além da rede marista, que conta com 16 colégios pelo país, incluindo o Arquidiocesano em São Paulo.
Os representantes das escolas dizem ser possível conciliar os jogos com as atividades letivas e que a antecipação das férias poderia trazer prejuízos pedagógicos.
"Temos provas no final de junho, não daria para antecipar as férias", afirmou o professor Ricardo Aguirre, do colégio Bandeirantes.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
A decisão divide os pais nas escolas da capital.
Os colégios particulares deverão dispensar os estudantes apenas no período dos jogos do Brasil. O que pode atrapalhar quem quiser assistir aos jogos das outras seleções, no estádio ou pela TV.
De 12 a 30 de junho, período que devem coincidir aulas com as partidas, estão marcados 54 jogos do torneio.
"O aluno pode estar com a cabeça em outro lugar. Decidimos evitar interferência", disse Maria Elizabete da Costa, coordenadora da Secretaria da Educação, ao explicar por que a pasta antecipou as férias na rede pública.
Para isso, o ano nas escolas estaduais começará antes do usual, em 27 de janeiro.
Na rede privada, porém, há uma dificuldade adicional para a antecipação das férias: convenção trabalhista determina que as férias dos professores deve ser em julho.
Uma alteração só pode ser feita após aprovação em órgãos internos dos colégios.
Segundo a União, cabe às escolas a definição de seus calendários letivos.
A Lei Geral da Copa chegou a determinar que colégios teriam de coincidir as férias com o Mundial, mas o governo decidiu manter a autonomia das escolas. A Prefeitura de São Paulo não definiu o calendário letivo nem se haverá feriado em dia de jogo.
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