terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Com apoio de Salvatti, Abicalil deve ir para a Casa Civil, revela Ságuas


Gabriela Galvão


A saída do ministro Fernando Haddad da Educação não deve trazer grandes problemas para o ex-deputado mato-grossense Carlos Abicalil (PT), que provavelmente continuará com uma “boquinha” no governo federal. De acordo com o secretário estadual de Educação Ságuas Moraes já era uma vontade da ministra-chefe da secretaria de Relações Institucionais da Presidência, Ideli Salvatti (PT), levar o petista para a Casa Civil ou para a própria presidência da República, o que possivelmente ocorrerá nos próximos dias.

Nesta terça (24) toma posse o novo ministro Aloízio Mercadante. Ele deve exonerar pelo menos quatro servidores nomeados por Haddad, pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, entre eles o mato-grossense, que ainda ocupa o cargo de secretário de Articulação dos Sistemas de Ensino e é o petista de Mato Grosso mais bem articulado junto à cúpula do governo federal.

Ságuas ressalta ainda que está praticamente descartada a participação de Abicalil na disputa eleitoral desde ano. “Antes ele optou pela Educação, pois estava na pasta e achou prudente permanecer no ministério, mas, agora, deve seguir a vontade de Salvatti”, pontuou.

Apesar do secretário afirmar que Abicalil permaneceu na Educação por já estar no quadro de servidores, o motivo pode ter sido outro. Em junho do ano passado Salvatti queria nomear o ex-deputado como seu "braço direito" na secretaria, entretanto, reportagem da Revista Veja intitulada de "Ministério dos Aloprados", apontou os dois como envolvidos no esquema de fabricação de dossiês para prejudicar candidaturas tucanas em 2006, o que provavelmente acabou "retardando" a ida de Abicalil para a pasta.

Com "Aloprados", ascensão de Abicalil em Brasília pode parar

O ex-deputado federal conseguiu o cargo na Educação após ser derrotado na disputa eleitoral de 2010, quando concorreu a uma vaga no Senado e ficou com a terceira colocação, atrás dos eleitos Blairo Maggi (PR) e Pedro Taques (PDT). O fracasso de Abicalil foi resultado, principalmente, de uma intensa disputa interna no partido com a ex-senadora Serys Marly, o que acabou fragilizando a legenda no Estado.

Mesmo derrotado em Mato Grosso, contudo, pela boa articulação política com a ala majoritário da PT nacional, Abicalil sempre contou com aliados de “peso”, a exemplo de Salvatti, hoje principal articuladora do governo Dilma Rousseff (PT).

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