Élida Pereira Jerônimo
Ao adentrar na escola, inicio da alfabetização a criança é submetida à avaliação escolar – prova. Com o passar dos anos, ao receber suas notas e sempre ser parabenizado (a), teremos um ser humano acostumado com avaliações e bons resultados. Ao longo de sua vida escolar provavelmente será exigente consigo mesmo não permitindo tirar notas insatisfatórias sob pena de depressão.
Paralelo a este aluno teremos aquele “repetente” que não alcança a média e algumas vezes ouve familiares e colegas da escola o chamarem de “burro” por não conseguir passar de ano. Este aluno será “traumatizado psicologicamente” ao longo dos anos, terá resistência em retornar a sala de aula, abandonando-a ou “matando as aulas”.
Segundo Wikipédia, o trauma psicológico é um tipo de dano emocional que ocorre como resultado de um algum acontecimento. Pressupõe uma experiencia de dor e sofrimento emocional ou físico. Como experiência dolorosa que é, o trauma acarreta uma exacerbação do medo, o que pode conduzir ao estresse, envolvendo mudanças físicas no cérebro e afetando o comportamento e o pensamento da pessoa, que fará de tudo para evitar reviver o evento que lhe traumatizou. Igualmente, pode acarretar depressão, comportamentos obssessivos compulsivos e outras fobias ou transtornos , como o de pânico.
Estes estudantes com trauma psicológico possuem extrema dificuldade em lidar com provas.
Sabemos que no decorrer das nossas vidas seremos avaliados através de provas constantemente, e estes estudantes com dificuldades? Como ficam?
A dificuldade de certos alunos é tão grande a ponto de passarem mal pré e pós prova, sentindo ansiedade que os fazem comer compulsivamente, insônia, ter pesadelos com a prova... dentre outros sintomas prejudiciais ao bom desempenho na avaliação e saúde do aluno.
Com isso não conseguem aprovação na escola, faculdade, concursos, enem, exame da ordem, dentre outras avaliações...
O problema de muitos é o psicológico que está abalado e o pânico provocado pela temida prova.
Alguns são submetidos a tratamentos médicos para controlar a ansiedade e trabalhar o psicológico para conseguirem vencer o “trauma” da “prova”, mas nem todos alcançam o sucesso no tratamento.
Isto não quer dizer que é um mau “aluno”, que não tem conhecimento suficiente para aprovação, o trauma é o empecilho para este indivíduo alcançar a aprovação que tanto anseia.
Os educadores, escolas e familiares tem atuação fundamental na reversão deste quadro. Estes tem que saber como colocá-la no dia-a-dia do aluno e como usá-la em beneficio do conhecimento.
O único interesse que deve pairar sobre as avaliações é o de suprir as necessidades cotidianas e necessidades de potencialidades da turma.
Temos que mudar este papel, reduzir o número de alunos com traumas psicológicos. Para isso é preciso que os critérios de desempenho (o que deseja com a prova), estejam bem estabelecidos e o professor, escola e familiares tenham um real compromisso na construção do conhecimento do aluno.
A avaliação deve ser reflexiva, relacional e compreensiva. Ao olhar para o resultado obtido pelo aluno, o professor/escola/familiares, vejam ali o reflexo dos seus ensinamentos e tenha orgulho do conhecimento absorvido pelo aluno e a convicção de que cumpriu sua missão com excelência.
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