terça-feira, 6 de novembro de 2012

Seminário aponta caminhos para as políticas públicas do ensino



por: Marina Azaredo

Viviane Senna, presidente do Instituto Ayrton Senna, encerrou o evento.

Em seminário realizado nesta terça-feira, 25 de outubro, em São Paulo, educadores, acadêmicos, prefeitos e secretários de Educação debateram como deve ser a Educação no século 21. O evento foi realizado pelo
Instituto Ayrton Senna, em cooperação com a Unesco e com a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.

O Seminário Educação para o Século 21 contou 330 participantes de 13 Estados. Os palestrantes concordaram que o ensino deve ser baseado no equilíbrio entre as competências cognitivas e as não cognitivas. Para todos eles, o desenvolvimento das competências não cognitivas deve integrar o currículo do Ensino Fundamental para todos os alunos a partir de oito anos de idade. Dessa forma, essas crianças terão melhores condições de desenvolver as cognitivas e estarão mais bem preparadas para enfrentar os desafios do século 21, como violência, sustentabilidade ambiental e diversidades.

O prêmio Nobel de Economia, James Heckman, professor do Instituto Henry Schultz da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, comentou a relação dessas competências com a formação de personalidade das crianças. “Não podemos ignorar as competências não cognitivas ou teremos graves problemas sociais”, alertou o especialista. Segundo ele, essas questões têm relação direta com o sucesso das pessoas em diversos setores.

E que tudo isso depende muito do envolvimento entre famílias e escolas. “A interação desses agentes é imprescindível para o desenvolvimento do ambiente social”, afirmou Heckman.Eduardo Gianetti da Fonseca, professor de Neurociência da Universidade Duke (EUA), chamou a atenção para o atraso na conclusão de temas fundamentais. “Em pleno século 21, ainda não resolvemos agendas do século 19, como saneamento básico.” O presidente executivo do Grupo Abril, Fábio Barbosa, compartilha da opinião de Gianetti e acrescentou que evidenciar determinados valores depende apenas da disposição das pessoas.

E a Educação é um dos principais fatores desta mudança.Viviane Senna, presidente do Instituto Ayrton Senna, encerrou o seminário ressaltando a importância do encontro. “Importante resultado deste encontro é que certamente estamos saindo daqui diferentes de como chegamos, e cientes de que temos de fazer nossa lição de casa”, disse ela.

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