terça-feira, 26 de abril de 2011

UFMT suspende aulas e greve de professores começa na 5ª

Da Redação - Alline Marques
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Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) farão uma paralisação de 24 horas na quinta-feira (28) contra o congelamento dos salários do funcionalismo federal até 2019, conforme prevê a Medida Provisória 549, e contra a precarização do trabalho docente. As aulas estarão suspensas.

Em Mato Grosso, a paralisação é organizada pelo Sindicato dos Professores da UFMT (Adufmat) e foi decidida em assembleia geral. O grupo deverá realizar um ato público, às 9h, na Praça Alencastro, no Centro de Cuiabá. A concentração está marcada para as 8h em frente ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT), antiga Escola Técnica Federal (ETF), com caminhada até a praça.

“Vamos todos paralisar e ir ao ato. É o momento de mostrarmos nosso descontentamento”, convoca o presidente da Adufmat, professor Carlinhos Eilert. Segundo ele, lutar por melhorias na UFMT é lutar por um ensino superior de qualidade, público, laico e socialmente referenciado.

De acordo com a assessoria do sindicato, os docentes tambpem se articulam para fazer uma forte campanha salarial este ano. O reajuste seria imediato e com intuito de já incorporar as gratificações em uma linha única no holerite. Com isso, evita-se as perdas na aposentadoria.

Além do reajuste salarial, os professores cobram melhores condições de trabalho. Há uma reclamação generalizada em relação ao espaço de trabalho disponibilizado ao professor na UFMT e em outras federais, desde a ausência de sala e computadores até falta de equipamentos mais sofisticados, como os exigidos em laboratórios.

Os professores das universidades federais também lutam por um Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), que foi apresentado pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) ao Governo Federal, como contraproposta ao que já está tramitando no Congresso Nacional.

Na visão dos professores, o plano elaborado durante o governo Lula, ainda em trâmite, coloca em risco alguns pilares conquistados, historicamente, pelo Movimento Docente, como o regime de Dedicação Exclusiva e a produção intelectual socialmente referenciada, ou seja, a serviço da sociedade.

Outras universidades federais do país também irão participar da mobilização, como em Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. O ato tem a adesão de outras categorias do funcionalismo federal, que também serão prejudicadas pela MP 549.

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