Alunos de Engenharia Mecânica da UFMT de Rondonópolis reclamam da falta de professores
Herber Almeida
Da Redação
Faltam professores, laboratórios para pesquisas e grade curricular com número de matérias para a semana toda. Estas são algumas das principais situações que os alunos do curso de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Mato Grosso, campus de Rondonópolis, vem enfrentando. E para piorar o problema, os alunos não conseguem falar com a reitoria da Universidade. Já ameaçam levar o caso para o MEC – Ministério da Educação -, responsável pelas universidades federais para que providências possam ser tomadas.
Os alunos de Engenharia Mecânica reclamam principalmente da falta de professores, notadamente para as matérias básicas do curso, como cálculo. “Está difícil. Já enviamos inúmeras reclamações e as reitorias, tanto de Rondonópolis quanto de Cuiabá, não tomam a mínima providência”, reclamou um aluno do quarto ano. Segundo ele, é difícil ter um professor de cálculo, matéria fundamental na Engenharia Mecânica. “Nunca tem professor suficiente nesta área. Tem turma que fica até três meses sem professor. Quando aparece um é no último mês do semestre. Ai é obrigado a descarregar toda a matéria de quatro meses em menos de um mês. Aprender fica praticamente impossível. Passar, então, mais difícil ainda”, completa, lembrando que este descaso está provocando problemas para os alunos.
“Muitos alunos estão em recuperação na matéria de cálculo. O curso tem mais de 100 alunos nesta situação.
A instituição privilegia quem está entrando na hora de confirmar a matricula e os veteranos ficam sem estas matérias”, reclamou outro aluno que diz que viveu um drama nos últimos semestre.
“Não consigo ter seis matérias por semestre. No ano passado consegui fazer só duas matérias e neste estou matriculado em apenas três. Tudo porque a coordenação do nosso curso alega que faltam professores da área de cálculo e a reitoria não toma providência”, diz indagando em seguida: “Quando vou terminar minha faculdade deste jeito? Meus pais vivem reclamando, cobrando providências”, completou, assinalando que é por problemas como este que os alunos estão se unindo para cobrar providências.
“Se a reitoria não resolver logo este problema, colocando professores suficientes para atender a demanda vamos até Cuiabá cobrar que a situação seja resolvida. Se lá também não for suficiente não descartamos ir a Brasília, cobrar um atitude imediata do Ministério da Educação”, diz um líder estudantil.
Mas os alunos não reclamam apenas da falta de professores, que atinge ainda outros cursos, mas também da falta de laboratório para o aprendizado prático da Engenharia Mecânica. Segundo ele o curso já existe há cinco anos e a reitoria até hoje não ampliou o laboratório, dotando-o de condições de trabalho e aprendizagem. Um aluno lembrou que no último semestre um professor chegou a ser contratado para dar aulas no laboratório e ao constatar a situação precária do local, com falta de equipamentos básicos, simplesmente desistiu de lecionar na instituição.
A reportagem tentou, via telefone, falar com a reitoria de Rondonópolis e com o coordenador do curso de Engenharia Mecânica na manhã desta quinta-feira, mas em todas as oportunidades foi avisada que estavam em reunião e não podiam atender para responder sobre as reclamações dos alunos.
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