Presidente da Anped critica atual proposta do Plano Nacional de Educação
A presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), Dalila Andrade, da Universidade Federal de Minas Gerais, disse esta semana em Curitiba que o projeto de lei sobre o Plano Nacional de Educação (PNE), proposto pelo governo federal, é “tímido”. Seguindo ela, que participou de debate sobre o assunto na Universidade Federal do Paraná (UFPR), a proposta precisa ser ampliada e melhorada.
"O plano não traz diagnóstico nem mecanismos de controle e monitoramento, não prevê avaliação sistemática", afirma a professora. "Não podemos aceitar 7% do PIB, perpetuando um modelo [...] 10% é início de conversa se quisermos enfrentar os desafios."
O projeto, que tramita na Câmara dos Deputados desde dezembro do ano passado, estabelece 20 metas educacionais que os governos municipais, estaduais e federal deverão cumprir até o fim da década. No caso do percentual de verbas da educação em relação ao PIB, a proposta prevê um aumento de 5% para 7% até 2020.
A palestra de Dalila Andrade inaugurou uma série de sete encontros intitulada "EntreLinhas: O Plano Nacional de Educação em discussão", promovida pelo Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE), Setor de Educação e Pró-Reitoria de Graduação da UFPR.
"Queremos um PNE que faça a diferença, que dê nome aos bois, que cobre responsabilidades", declarou. "Se não melhorarmos desde o muro da escola até chegar ao professor, não vai haver qualidade. Enquanto o óbvio não for resolvido, temos que falar dele."
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