Hebert Almeida
Redação 24 Horas News
É impossível exigir qualidade no ensino em estabelecimentos de ensino cuja estrutura se assemelha muito com a de uma prisão, com paredes sujas, mal cuidadas, iluminação precária, falta de equipamentos adequados, entre outros. O problema não é novo e já faz parte da rotina. Na verdade, de um padrão negativo indesejável: Todos os anos, aparece com grande intensidade e coloca o poder público em xeque. Em greve, os professores abriram um relatório parcial da situação.
As escolas foram estadualizadas em 2009 para que o problema fosse resolvido, já que as obras foram interditadas pela Controladoria-Geral da União (CGU) por supostas irregularidades. As novas escolas são financiadas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal e deveriam ter sido entregues no final de 2008.
Já os alunos da escola Santo Antônio não têm para onde fugir, pois o novo prédio sequer possui teto. Quando chove ou o vento fica mais forte, eles são levados a um barracão da comunidade local, para que possam continuar as aulas. Cada uma das instituições atende cerca de 300 estudantes da zona rural de Confresa. Como as obras são do governo federal, fica ainda mais difícil uma intervenção das esferas municipal e estadual.
Nas escolas Sol Nascente e Santo Antônio, em Confresa, no Norte Araguaia de Mato Grosso, a situação é tratada como sendo de “calamidade pública” porque está colocando em risco a vida dos alunos. Na verdade, são dois barracões que funcionam de forma improvisada há mais de quatro anos a espera de reformas que estão paralisadas. O caso denunciado esta semana, no entanto, é apenas um entre muitos.
O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público informou ter recebido denuncias também com relação à Escola Santa Elvira, no município de Santa Elvira; Distrito de Selma, em Jaciara; Barra do Bugres e Alta Floresta, entre outros. Na Escola Nilo Póvoas, em Cuiabá, uma das maiores da cidade a cozinha está em péssimas condições. De acordo com a secretária-geral do Sintep e presidente do Conselho Estadual de Alimentação Escolar (CEAE-MT), Vânia Miranda, as cozinhas de pelo menos 16 escolas não apresentam condições mínimas para funcionamento. "Inclusive, o Conselho já encaminhou esta relação à Secretaria de Estado de Educação (Seduc) para as providências necessárias", ressalta.
- Escola Estadual Celestino Corrêa da Costa/ Município de Jaciara
- Escola Estadual Irmã Miguelina Corso/ Município de S.Pedro da Cipa
- Escola Estadual Santa Elvira/ Município de Jucimeira.
- Escola Estadual Wellington Flaviano Coelho/ Assentamento Marcio Pereira/ São José do Povo
- Escola Estadual José de Alencar/ Distrito de Cachoeira da fumaça, Novo São Joaquim
- Escola Estadual Mario Duílio Evaristo Henry/ Assentamento Sadia/ Município de Cáceres
- Escola Estadual Vila Rica/ Município de Vila Rica
- Escola Estadual Luciene Cardoso de Oliveira/ Município de Peixoto de Azevedo
- Escola Estadual Lucas Auxilio Toniazo/ Município de Terra Nova do Norte
- Escola Estadual 12 de Abril/ Município de Terra Nova do Norte
- Escola Estadual José Alves Bezerra/ Município de Porto dos Gaúchos
- Escola Estadual Ariosto da Riva/ Município de Alta Floresta
- Escola Estadual Arlinda Pessoa Norbeek/ Município de Alto Araguaia
- Escola Estadual Tancredo Almeida Neves/ Município de São Felix do Araguaia
- Escola Estadual Coutinho União/ Município de Querência
- Escola Estadual Humberto Castelo Branco/ Município de Luciara.
domingo, 12 de junho de 2011
Dezenas de escolas mantém “padrão” negativo para os estudantes em MT
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