segunda-feira, 13 de junho de 2011

MT- Greve dos professores é por uma diferença de R$ 65

De Rondonópolis - Débora Siqueira

D Professores realizaram ato público em Rondonópolis, hoje pela manhãO governo estadual definiu em R$ 1.246,68 o piso salarial dos professores da rede estadual, a partir de maio. Por outro lado, os trabalhadores brigam pelo salário inicial de R$ 1.312. A diferença entre a oferta de um e a cobrança do outro é de R$ 65,32, um valor suficiente para comprar um botijão de gás e dois garrafões de água de 20 litros. Esta quantia está gerando desgastes ao governador Silval Barbosa e o comprometimento do ano letivo a 445 mil alunos.

Na avaliação da vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep), subsede de Rondonópolis, Maria Celma de Oliveira, mesmo sendo pequeno, vale a pena lutar pelo reajuste de R$ 65 utilizando-se do recurso da greve. “Para o governo pode ser pouco, mas para nós faz muita diferença, especialmente nas recomposições salariais futuras, tomando como base o salário de R$ 1.312 e não R$ 1.246”.

Maria Celma argumenta ainda que o Sintep realiza estudos há 15 anos sobre a capacidade financeira do Estado em melhorar os salários dos profissionais da Educação. “Sessenta por cento do orçamento da Seduc (Secretaria Estadual de Educação) pode ser comprometido com folha de pagamento. A nossa reivindicação impactaria em pouco menos de 57% do orçamento da pasta, que neste ano é de R$ 1,4 bilhão”.

Os professores representam a classe de servidores públicos com os menores salários do funcionalismo público, enquanto para o Grupo de Tributação, Arrecadação e Fiscalização (TAF), o governo se dispõe a pagar vencimentos de R$ 14.071,18 no início de carreira.

Reunião com Silval

Hoje pela manhã os grevistas fizeram ato público na praça Brasil, em Rondonópolis, marcando o quarto dia de paralisação das escolas estaduais. Eles também cobraram audiência com governador Silval Barbosa. “Já sentamos duas vezes com a secretária Rosa Neide (Educação) e com o secretário de Administração e não houve avanços. Não aceitamos esperar que o reajuste somente no final do ano, como o governo propôs.

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