O ministro da Educação, Fernando Haddad, pediu nesta quarta (15) em audiência pública na Câmara dos Deputados que os técnicos-administrativos das universidades federais suspendam a greve para que as negociações sejam retomadas. A paralisação teve início na semana passada. De acordo com a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra), a adesão a greve conta com servidores de 37 instituições.
Segundo o ministro, na véspera da reunião em que foi deflagrada a greve, ele se comprometeu com os sindicatos a pactuar com o Ministério do Planejamento um cronograma de negociações. Mesmo com a sinalização do MEC a categoria decidiu pela greve em uma votação apertada com diferença de apenas dois votos a favor da paralisação.
“Essa greve não está sendo boa nem para a categoria, nem para o governo. Estou reiterando os termos da carta que foi encaminhada a assembleia”, afirmou o ministro. Haddad sugeriu que a paralisação seja suspensa e o semestre letivo concluído para que as negociações sejam retomadas. “Penso que a decisão foi equivocada. Não estou garantindo que as reivindicações serão atendidas, mas de que o diálogo vai se recolocado. Encerramos o semestre e depois se a proposta do governo não for convidativa que a greve seja retomada”, afirmou.
A Fasubra pede que o piso da categoria seja reajustado em pelo menos três salários mínimos. De acordo com a coordenadora-geral da entidade, Léia Oliveira, hoje os servidores recebem R$ 1.034. Uma das reivindicações é que a próxima Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) traga a previsão do reajuste. O risco, no caso de uma greve prolongada, é que o começo do próximo semestre fique comprometido, já que não há como processar as matrículas se as áreas administrativas estiverem fechadas.
Da redação com Agência Brasil
quarta-feira, 15 de junho de 2011
MEC pede que técnicos suspendam greve
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