Mauro Andreassa - mandreas@uol.com.br
Físico, professor do Instituto Mauá de Tecnologia e membro do Comitê de Educação do Congresso SAE BRASIL 2013.
Físico, professor do Instituto Mauá de Tecnologia e membro do Comitê de Educação do Congresso SAE BRASIL 2013.
O estágio é uma atividade de cunho educativo e complementar ao ensino formal
para a integração do estudante no ambiente profissional. Além de oferecer a
oportunidade de aplicação do conhecimento acadêmico no mundo real, coloca o
futuro profissional em contato com diferentes realidades culturais, e também
contribui para sua iniciação na rede de relacionamentos profissionais.
Os primeiros exemplos recebidos no universo profissional deixam marcas profundas para o restante da nossa trajetória. São um imprinting cultural, termo cunhado pelo cientista austríaco prêmio Nobel 1973 de Medicina, Konrad Lorenz, para designar a tendência intrínseca dos filhotes ao nascer, qual seja a de seguir o primeiro ser em movimento como fosse sua mãe.
Dedicado ao estudo do comportamento instintivo, Lorenz fez inicialmente experimentos com gansos. Mais tarde passou a estudar o ser humano demonstrando a importância das primeiras impressões do ambiente. Como o bebê passarinho ao sair do ovo, o estagiário também segue o primeiro ser vivo que passar diante de seus olhos.
Segundo o célebre filósofo francês Edgar Morin, o imprinting cultural marca os seres humanos desde o nascimento: primeiro com o selo da cultura familiar, em seguida com o selo da escola, e depois prossegue na universidade e na vida profissional.
Recém-ingresso no ambiente corporativo, o primeiro contato do estagiário é com profissionais aculturados à empresa. O choque entre o conhecimento acadêmico e a cultura de um meio profissional bastante solidificado é inevitável, e provoca um misto de surpresas, indagações e, depois, de reflexões.
Sob o efeito do imprinting o estagiário reproduz o comportamento dos profissionais mais próximos dele na ânsia de ser aceito e efetivado na organização e visando a uma carreira futura. Mas quão benéfico pode ser esse imprinting? Será que esse estagiário representará a pretendida oxigenação de que toda empresa precisa? O bom-senso recomenda que, uma vez instalado na empresa, no ambiente propício, esse jovem capital humano seja estimulado e direcionado para a inovação.
Bom seria se esse processo começasse na universidade com o que o mundo corporativo chama de coaching, algo que supera a prática atual acadêmica de aprovação de relatórios finais de estágio com diálogo e acompanhamento das experiências dos jovens, para ajudá-los a filtrar o lado negativo do imprinting.
Conversas regulares podem ser importantes para o aluno mais tarde evitar a reprodução de modelos viciados de comportamento. Todo esforço vale à pena para que se preserve a chama da reflexão e da inovação nas novas gerações de profissionais.
Ao cuidar de um jovem em formação como de um filho, monitorando a aplicação dos conceitos aprendidos nos bancos da universidade e incentivando na empresa a atitude e o trabalho colaborativo que se espera de um profissional bem formado, escolas e empresas dariam inestimável contribuição à sociedade e à Nação. A de entregar um profissional para o futuro, livre para criar e inovar.
Os primeiros exemplos recebidos no universo profissional deixam marcas profundas para o restante da nossa trajetória. São um imprinting cultural, termo cunhado pelo cientista austríaco prêmio Nobel 1973 de Medicina, Konrad Lorenz, para designar a tendência intrínseca dos filhotes ao nascer, qual seja a de seguir o primeiro ser em movimento como fosse sua mãe.
Dedicado ao estudo do comportamento instintivo, Lorenz fez inicialmente experimentos com gansos. Mais tarde passou a estudar o ser humano demonstrando a importância das primeiras impressões do ambiente. Como o bebê passarinho ao sair do ovo, o estagiário também segue o primeiro ser vivo que passar diante de seus olhos.
Segundo o célebre filósofo francês Edgar Morin, o imprinting cultural marca os seres humanos desde o nascimento: primeiro com o selo da cultura familiar, em seguida com o selo da escola, e depois prossegue na universidade e na vida profissional.
Recém-ingresso no ambiente corporativo, o primeiro contato do estagiário é com profissionais aculturados à empresa. O choque entre o conhecimento acadêmico e a cultura de um meio profissional bastante solidificado é inevitável, e provoca um misto de surpresas, indagações e, depois, de reflexões.
Sob o efeito do imprinting o estagiário reproduz o comportamento dos profissionais mais próximos dele na ânsia de ser aceito e efetivado na organização e visando a uma carreira futura. Mas quão benéfico pode ser esse imprinting? Será que esse estagiário representará a pretendida oxigenação de que toda empresa precisa? O bom-senso recomenda que, uma vez instalado na empresa, no ambiente propício, esse jovem capital humano seja estimulado e direcionado para a inovação.
Bom seria se esse processo começasse na universidade com o que o mundo corporativo chama de coaching, algo que supera a prática atual acadêmica de aprovação de relatórios finais de estágio com diálogo e acompanhamento das experiências dos jovens, para ajudá-los a filtrar o lado negativo do imprinting.
Conversas regulares podem ser importantes para o aluno mais tarde evitar a reprodução de modelos viciados de comportamento. Todo esforço vale à pena para que se preserve a chama da reflexão e da inovação nas novas gerações de profissionais.
Ao cuidar de um jovem em formação como de um filho, monitorando a aplicação dos conceitos aprendidos nos bancos da universidade e incentivando na empresa a atitude e o trabalho colaborativo que se espera de um profissional bem formado, escolas e empresas dariam inestimável contribuição à sociedade e à Nação. A de entregar um profissional para o futuro, livre para criar e inovar.
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