Autor: Liciane de Costa
Desde que nascemos estamos rodeados pelas escritas e leituras. Antigamente a leitura de histórias no seio da família era menos visível comparando-se aos dias atuais, as crianças tinham o contato com os livros mais estritamente na escola e estes, porém, eram limitados ao toque do educador. O material que eram feitos os livros era somente de papel e com o passar dos anos os livros também evoluíram, hoje, por exemplo, para crianças menores em que a fase é de colocar tudo o que veem na boca, há livros em tecido, plástico, emborrachados, sem contar às ilustrações que são mais coloridas, chamando a cada dia mais a atenção do pequeno leitor. As crianças maiores também vivenciam estas evoluções.
Porém, o envolvimento acontece não somente com os livros, mas com revistas, jornais, desenhos e até mesmo com as embalagens como as de balas, biscoitos, tudo se utiliza de forma com que a criança adquira o gosto e o hábito da leitura. Além de aprender a cuidar dos materiais, na prática de leitura em rodas em salas de aula, proporciona a liberdade de se expressar dos pequenos, ao observar o educador no ato da leitura, a criança passa a imitá-lo lendo e interpretando da própria maneira. Desta forma a leitura e o aprendizado acontecem com prazer, sem obrigações.
O educador, por sua vez, deve mediar este aprendizado, oferecendo momentos de leitura e de contatos com os livros, em espaços arejados, confortáveis, e também um espaço em sua sala, sem pressa para que este momento importante aconteça. Mediar não significa dar a resposta, mas instigar a criança a respostas, deixar manusear os livros, mostrar que os livros são para ler e o sulfite, o caderno, a cartolina são para rabiscarem e desenharem, sem fazer com que a criança se iniba com isto, mas que ao contrário sinta a vontade de querer ler e escrever mais e mais.
Para que tudo isso aconteça cabe ao educador planejar sua aula, escolher os materiais para ofertar para as crianças, verificar o que esta criança já conhece, mesmo porque as crianças não vêm para a escola sem saber nada, elas têm um conhecimento que trazem de suas casas, e estes devem ser respeitados e utilizados para o desenvolvimento das mesmas. Aceite a escolha que a criança faz em relação ao livro, mostre confiança, faça a diferença, busque ideias com os colegas, seja compreensivo, isto enriquecerá suas aulas e o seu aprendizado.
Cabe à escola, estar lado a lado com este educador, auxiliando o mesmo com encontros com pais para mostrar o trabalho desenvolvido e sua importância na vida das crianças; na estrutura de um espaço físico adequado, na forma de adquirir livros (comprar, procurar doações). O trabalho em equipe entre escola, educador, famílias e crianças forma um elo com resultados positivos para todos.
Bibliografia: SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros, 2 ed., Belo Horizonte: Autêntica , 2001. 128 p.
Liciane De Costa (licianedecosta@hotmail.com) é acadêmica. Este texto foi produzido para a disciplina de Língua Portuguesa para o Início da Escolarização, do curso de Pedagogia (UNEMAT)/Sinop), sob orientação da profª. Drª Leandra Ines Seganfredo Santos.
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