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A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação (CNTE)
realiza esta semana, uma grave nacional de três dias, entre 23 e 25 de abril,
visando que seja atendida pelo Governo uma vasta pauta de reivindicações
justíssimas por sinal. Entre as quais, estão à regulamentação do artigo 206
inciso 8º da Constituição (ampliação do piso salarial para todos os
profissionais da educação), além da regulamentação da convenção 151 da
Organização Internacional do Trabalho (OIT), que trata da negociação coletiva no
serviço público, também, necessário se faz a aprovação da Lei de
Responsabilidade Educacional, criação do Sistema Nacional de Educação, além de
100% dos royalties do petróleo para a educação.
Na maioria dos estados brasileiros, esta greve terá início no
dia 22 de abril, perdurando até o dia 26 do mesmo; objetivando sensibilizar os
Governos Estaduais, no sentido de avançar, pelo menos, nos pontos que são
considerados cruciais pelos docentes e, seus respectivos sindicatos.
A caixa de ressonância dos docentes em Mato Grosso, sem sombras
de duvidas, está no SINTEP Subsede Cuiabá, filiado à CNT e CUT, com uma atuação
invejável, dando aos trabalhadores da educação respostas satisfatórias.
Na verdade, sabemos que essa queda de braço com o Governo, além
de desgastante e desnecessária, e que mais uma vez, acaba penalizando nossos
estudantes, que não tem culpa e, pagam literalmente o pato.
Porém, temos certeza que o corpo discente, está vestindo
literalmente a camisa dos professores, que ao longo dos anos, tiveram seus
salários, reduzidos e achatados, inviabilizando assim, até mesmo o pagamento de
contas, e vou mais além, cerceando-lhes o direito ao lazer e diversão, condição
sine qua non, para que os mesmos possam recarregar suas energias e, dar-lhes
mais vontade de trabalhar e, exercer sua nobre profissão com maestria.
As reivindicações são justíssimas, entre as quais estão:
erradicação do analfabetismo, universalização do atendimento escolar, superação
das desigualdades educacionais, valorização profissional, melhoria na qualidade
de ensino, formação para o trabalho e gestão democrática são algumas das
diretrizes do Plano Nacional de Educação cujo projeto de Lei nº 8.035/2010 que
se encontra em tramitação no Congresso Nacional.
Outra questão nevrálgica com relação à educação em nosso país
passa necessariamente pela questão do valor do PIB, destinado a educação, com
relação ao seu percentual a ser repassado, se deve ser de 5%, 10% ou mais; ou
como esse percentual vem realmente sendo gasto, essa é uma pergunta não quer
calar.
Vamos pegar apenas alguns exemplos de países que gastam 5% do
PIB com educação e, são autossuficientes, enquanto outros gastam 10% ou mais e,
tem uma educação de péssima qualidade.
Vamos falar em resultados pautados na realidade dos fatos, do
total de 149 países, analisados; gasta 10% ou mais do PIB em educação: Sudão,
Timor-Leste, IIhas MarschaII, Cuba, Lesotho, Kiribati e Maldivas. Nenhum deles
pode ser considerado um país desenvolvido ou modelo para o Brasil.
Ainda com base em dados compilados, existem países que tem 5%
do PIB destinados à educação ou um pouco mais desse percentual e, são
desenvolvidos como: Suíça (5,2%), Finlândia (5,9%), França (5,6%), Inglaterra
(5,5%), Áustria (5,4%). E ainda gastamos mais, em relação ao PIB, que muitos
países com educação de ponta, como Canadá (4,9%), Irlanda (4,9%), Austrália
(4,5%), Alemanha (4,5%) e por ai vai.
Para não fazermos apenas comparações com países, fora do nosso
eixo, vamos tomar como exemplo, países vizinhos Sul-Americanos, que gastam menos
com relação ao percentual do PIB em educação, como Argentina (4,9%) e Chile
(4,0%), países estes que tiram notas muito melhores que as nossas em testes
padronizados.
Entendemos que problema não está apenas e tão somente no
percentual repassado do PIB para a educação e, sim, na utilização e destinação
do mesmo. E que este, seja repassado diretamente para a educação, sem sofrer
nenhuma dilapidação, até o seu destino final.
Pare o mundo, quero descer
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quarta-feira, 24 de abril de 2013
Greve Nacional na Educação
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