Agência Brasil -
Quase 20% das crianças de 4 e 5 anos estão fora da escola, segundo análise feita pelo movimento Todos pela Educação a partir de uma combinação de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os cálculos mostram que faltam atualmente 1.050.560 vagas. De acordo com a Lei 12.796, publicada nesta sexta-feira (5) no Diário Oficial, estados e municípios têm até 2016 para oferecer vagas às crianças desta faixa etária. Segundo especialistas, essa é uma etapa que precisa de atenção especial e alguns cuidados devem ser tomados, tanto pelos professores quanto pelos pais, para que a criança tenha um bom aproveitamento, que contribua com a formação escolar.
"Nesta etapa do desenvolvimento deve ser priorizada a socialização. A criança que vai para a escola começa a partilhar espaços e a ter disciplina. Ela reconhece o professor como alguém a quem deve obedecer", explica a presidenta do Conselho Regional de Psicologia do Distrito Federal, Carla Manzi.
"Muitas crianças são filhas únicas ou convivem com o irmão ou irmã do mesmo sexo. É interessante para elas serem introduzidas em um novo contexto", acrescenta.
Carla explica que não pode haver exagero nas exigências ou uma sobrecarga de conteúdo para essas crianças. Os pais devem estar atentos a qualquer sinal de estresse dos filhos. Segundo ela, as crianças não costumam falar, mas, por meio de atitudes, mostram que estão sofrendo com algum tipo de excesso.
"É preciso observar se a criança apresenta algum comportamento que não apresentava, como agressividade, ranger de dentes, sono inquieto e até mesmo voltar a fazer xixi na cama". Nesses casos a escola deve ser procurada. Para Carla, a participação dos pais no dia a dia das crianças é importante para o desenvolvimento, e não deve ocorrer apenas quando acontecem problemas.
"Alguns pais acreditam que “colocou a criança na escola, acabou, dever cumprido”. Não é assim. É importante que os pais tenham paciência, que levem e busquem os filhos na escola, que perguntem sobre o dia deles. A criança está começando a introjetar o que é viver em sociedade. Nesse processo, até mesmo a participação dos pais em eventos na escola é importante".
A professora de educação infantil Paola Aragão acredita que a obrigatoriedade do ensino a partir dos 4 anos vai trazer benefícios para as etapas posteriores da vida escolar. "Isso tira o grande gargalo na alfabetização. Quando o aluno chegava ao 1º ano [início do ciclo da alfabetização, aos 6 anos], nós tínhamos que começar tudo de novo, pois nem todos os alunos passavam pela educação infantil". Com isso, diz a professora, "aqueles que tinham o aprendizado anterior, perdiam o interesse nas aulas".
Quase 20% das crianças de 4 e 5 anos estão fora da escola, segundo análise feita pelo movimento Todos pela Educação a partir de uma combinação de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os cálculos mostram que faltam atualmente 1.050.560 vagas. De acordo com a Lei 12.796, publicada nesta sexta-feira (5) no Diário Oficial, estados e municípios têm até 2016 para oferecer vagas às crianças desta faixa etária. Segundo especialistas, essa é uma etapa que precisa de atenção especial e alguns cuidados devem ser tomados, tanto pelos professores quanto pelos pais, para que a criança tenha um bom aproveitamento, que contribua com a formação escolar.
"Nesta etapa do desenvolvimento deve ser priorizada a socialização. A criança que vai para a escola começa a partilhar espaços e a ter disciplina. Ela reconhece o professor como alguém a quem deve obedecer", explica a presidenta do Conselho Regional de Psicologia do Distrito Federal, Carla Manzi.
"Muitas crianças são filhas únicas ou convivem com o irmão ou irmã do mesmo sexo. É interessante para elas serem introduzidas em um novo contexto", acrescenta.
Carla explica que não pode haver exagero nas exigências ou uma sobrecarga de conteúdo para essas crianças. Os pais devem estar atentos a qualquer sinal de estresse dos filhos. Segundo ela, as crianças não costumam falar, mas, por meio de atitudes, mostram que estão sofrendo com algum tipo de excesso.
"É preciso observar se a criança apresenta algum comportamento que não apresentava, como agressividade, ranger de dentes, sono inquieto e até mesmo voltar a fazer xixi na cama". Nesses casos a escola deve ser procurada. Para Carla, a participação dos pais no dia a dia das crianças é importante para o desenvolvimento, e não deve ocorrer apenas quando acontecem problemas.
"Alguns pais acreditam que “colocou a criança na escola, acabou, dever cumprido”. Não é assim. É importante que os pais tenham paciência, que levem e busquem os filhos na escola, que perguntem sobre o dia deles. A criança está começando a introjetar o que é viver em sociedade. Nesse processo, até mesmo a participação dos pais em eventos na escola é importante".
A professora de educação infantil Paola Aragão acredita que a obrigatoriedade do ensino a partir dos 4 anos vai trazer benefícios para as etapas posteriores da vida escolar. "Isso tira o grande gargalo na alfabetização. Quando o aluno chegava ao 1º ano [início do ciclo da alfabetização, aos 6 anos], nós tínhamos que começar tudo de novo, pois nem todos os alunos passavam pela educação infantil". Com isso, diz a professora, "aqueles que tinham o aprendizado anterior, perdiam o interesse nas aulas".
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