Salomão Larêdo
Através da leitura temos a chance de alargar nossos horizontes profissionais, culturais e pessoais, pois a leitura deve desempenhar múltiplas funções sociais.
Podemos dar como exemplo dessas múltiplas funções sociais, a leitura para a fruição, prazer ou deleite, aquisição de conhecimento e informação; leitura para pesquisa/trabalho; leitura para fins religiosos, auto-ajuda e o que acho hoje mais importante é que a leitura é uma condição básica para formar sujeitos capacitados de se inserir na sociedade e exercitar sua cidadania, participando crítica e ativamente da construção da história de seu povo, formulando seus próprios critérios para se questionar como sujeito no seu ato de pensar, sentir e atuar, ultrapassando a fronteira da cultura local a partir da abertura a outras proporções culturais.
Pois, o sujeito que lê, sabe, planeja, direciona e faz a sua evolução/revolução, sua ação, sua construção, sua história de homem livre ( ah, a liberdade, bem maior do ser humano) , emancipado, independente de explorações e opressões.
Quem lê sabe que uma biblioteca pública desempenha papel fundamental no acesso ao livro e na disseminação da leitura nas classes menos favorecidas e por isso vai reivindicar mais bibliotecas públicas nos bairros,clubes, embarcações, nos ônibus e outros locais.
Quem lê não acredita que o brasileiro não é leitor – o leitor existe antes mesmo de sua entrada na escola porque sempre esteve exposto à literatura oral - , que somos um povo analfabeto, que não temos bibliotecas ( isso é verdade, porém, devemos explicar porque não as temos na quantidade necessária, etc.) e outros espaços para o livro e para a leitura ; quem lê sabe, que, quando se fala em crise da leitura, não se trata de um problema com a leitura, mas, sobretudo, de um problema econômico da leitura ( é papel dos governos, ampliar o número de bibliotecas públicas, cuidar de seus acervos, aumentando, etc.).
Quem lê, incomoda. E como diz Roger Chartier ( in a ordem dos livros) ,”... a leitura é, por definição, rebelde e vadia...”
Na condição de leitor, nessa significação social da leitura, passo a ter subsídios para pensar e analisar quem devo eleger para os cargos de governo e representação popular, fiscalizar as ações dos governos, a atuação dos parlamentares, cobrando eficiência no serviço público, exigindo, manifestando, denunciando, reivindicando, indicando caminhos, alternativas, enfim, participando, porque a leitura me deu consciência social, política
Ler requer certa determinação, vontade, tirar tempo e claro, dá trabalho.
Mas, dá imenso e enorme prazer e aqui, já encerrando, quero inserir a expressão de Clarice Lispector utilizada por Maria Clara Machado em seu livro “Ilhas no tempo”, de “... uma construção cultural deliciosa, uma aprendizagem do prazer...”
E como na vida social, também as coisas se desenvolvem pelo exemplo e curiosidade, penso que podemos encaminhar a leitura por aí, pois entendo que é preferível associar leitura com prazer do que permanecer na área da dominação e do poder, embora a leitura dê poder, quem lê se torna poderoso pelo conhecimento que adquire.
Volto a repetir, quem lê, incomoda.
Continuemos, então, na construção deliciosa que é o aprendizado do prazer ( o texto pode dar prazer, entende Umberto Eco in lector in fabula) , o prazer de ler. Certamente que todos lemos, também, por necessidade e outros motivos.
Tomara que o livro se torne objeto do desejo – a leitura é um gesto afetivo e aciona nossos desejos -.E o que está faltando para que se efetive a sedução do livro para sempre entre nós ?
Salomão Larêdo é escritor e jornalista Artigo publicado no jornal O Liberal / PA
Através da leitura temos a chance de alargar nossos horizontes profissionais, culturais e pessoais, pois a leitura deve desempenhar múltiplas funções sociais.
Podemos dar como exemplo dessas múltiplas funções sociais, a leitura para a fruição, prazer ou deleite, aquisição de conhecimento e informação; leitura para pesquisa/trabalho; leitura para fins religiosos, auto-ajuda e o que acho hoje mais importante é que a leitura é uma condição básica para formar sujeitos capacitados de se inserir na sociedade e exercitar sua cidadania, participando crítica e ativamente da construção da história de seu povo, formulando seus próprios critérios para se questionar como sujeito no seu ato de pensar, sentir e atuar, ultrapassando a fronteira da cultura local a partir da abertura a outras proporções culturais.
Pois, o sujeito que lê, sabe, planeja, direciona e faz a sua evolução/revolução, sua ação, sua construção, sua história de homem livre ( ah, a liberdade, bem maior do ser humano) , emancipado, independente de explorações e opressões.
Quem lê sabe que uma biblioteca pública desempenha papel fundamental no acesso ao livro e na disseminação da leitura nas classes menos favorecidas e por isso vai reivindicar mais bibliotecas públicas nos bairros,clubes, embarcações, nos ônibus e outros locais.
Quem lê não acredita que o brasileiro não é leitor – o leitor existe antes mesmo de sua entrada na escola porque sempre esteve exposto à literatura oral - , que somos um povo analfabeto, que não temos bibliotecas ( isso é verdade, porém, devemos explicar porque não as temos na quantidade necessária, etc.) e outros espaços para o livro e para a leitura ; quem lê sabe, que, quando se fala em crise da leitura, não se trata de um problema com a leitura, mas, sobretudo, de um problema econômico da leitura ( é papel dos governos, ampliar o número de bibliotecas públicas, cuidar de seus acervos, aumentando, etc.).
Quem lê, incomoda. E como diz Roger Chartier ( in a ordem dos livros) ,”... a leitura é, por definição, rebelde e vadia...”
Na condição de leitor, nessa significação social da leitura, passo a ter subsídios para pensar e analisar quem devo eleger para os cargos de governo e representação popular, fiscalizar as ações dos governos, a atuação dos parlamentares, cobrando eficiência no serviço público, exigindo, manifestando, denunciando, reivindicando, indicando caminhos, alternativas, enfim, participando, porque a leitura me deu consciência social, política
Ler requer certa determinação, vontade, tirar tempo e claro, dá trabalho.
Mas, dá imenso e enorme prazer e aqui, já encerrando, quero inserir a expressão de Clarice Lispector utilizada por Maria Clara Machado em seu livro “Ilhas no tempo”, de “... uma construção cultural deliciosa, uma aprendizagem do prazer...”
E como na vida social, também as coisas se desenvolvem pelo exemplo e curiosidade, penso que podemos encaminhar a leitura por aí, pois entendo que é preferível associar leitura com prazer do que permanecer na área da dominação e do poder, embora a leitura dê poder, quem lê se torna poderoso pelo conhecimento que adquire.
Volto a repetir, quem lê, incomoda.
Continuemos, então, na construção deliciosa que é o aprendizado do prazer ( o texto pode dar prazer, entende Umberto Eco in lector in fabula) , o prazer de ler. Certamente que todos lemos, também, por necessidade e outros motivos.
Tomara que o livro se torne objeto do desejo – a leitura é um gesto afetivo e aciona nossos desejos -.E o que está faltando para que se efetive a sedução do livro para sempre entre nós ?
Salomão Larêdo é escritor e jornalista Artigo publicado no jornal O Liberal / PA
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