Autor: Gabriel Novis Neves
Os erros foram tão grosseiros e primários que chocou os estudiosos.
Cláudio Moura Castro disse ser inadmissível que professores credenciados pelo Ministério da Educação e recrutados nas melhores universidades brasileiras cometam esse tipo de erro.
O MEC, em um primeiro momento, surpreendido pelo golpe desmoralizador, ainda tentou se defender, mas logo abandonou essa estratégia. Achou melhor encolher o rabinho entre as pernas da própria incompetência.
A nossa educação vai muito mal, e o pior é que o seu ponto de partida está no próprio Ministério da Educação.
É inaceitável que uma simples redação de alunos do ensino médio receba nota máxima com tantos absurdos gramaticais.
Qual não foi minha surpresa ao ler nos jornais locais e redes sociais, que o professor de gramática do Paiaguás está corrigindo pronunciamentos dos políticos de oposição e dando-lhes conceitos acadêmicos.
A primeira vítima dessa avaliação foi o líder do prefeito Mauro Mendes. Ao reclamar sobre os atrasos de repasses do governo para a saúde pública, recebeu o título de analfabeto funcional, que é aquele que não concorda com as mentiras oficiais.
O valoroso professor, inclusive, não respeitou a hierarquia de deixar para a SEDUC a incumbência de examinar a interpretação do texto do calote feito pelo vereador.
Está todo mundo na expectativa de novas avaliações, sempre feitas com políticos da oposição.
Há um movimento da esquerda progressista solicitando também avaliações para membros do governo, pelo menos para os barnabés que ficam no mesmo andar do professor.
Ninguém acredita no sucesso desse movimento, pois o severo avaliador poderá perder o cargo por ausência dos responsáveis pela liberação do seu misterioso holerite.
Não julgueis para não seres julgados, nos lembra de Roma, o jesuíta Francisco.
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