Iza Aparecida Saliés
As escolas brasileiras estão passando por pressão da sociedade, de modo a provocar uma tremenda instabilidade dentro do seu espaço e também no seu entorno. A ela são cobradas quase todas as necessidades da Sociedade, pois a estrutura familiar não está preocupada com suas obrigações e sem tempo para cuidar, acompanhar e dar afeto a seus filhos.
Todas essas deficiências vão aparecer na escola em determinado momento, no comportamento, nas relações com o professor, e na dificuldade de aprendizagem.
A grande dificuldade hoje encontrada pela escola é aprender a lidar com esse diferencial que não é de competência dela. A escola é uma instituição onde a prática pedagógica e a avaliação ainda são ferramentas do professor para coibir comportamentos indesejados.
O aluno é o espectador do processo. A grande maioria das escolas brasileiras precisa estabelecer metas e ações pedagógicas (em seu projeto político) que possam romper esta prática, digamos, centenária de dar aula, para transformar o seu espaço em um lugar em que haja interação e que seja provocador de questionamentos, inquietudes e dúvidas.
Para que isso possa acontecer, precisamos de políticas públicas para a educação que tenham como princípio fundamental, a preocupação com o aluno, contando com professores habilitados e motivados, investimentos em estruturas, valorização do profissional, formação continuada seqüenciada, com o compromisso de fazer com que as coisas aconteçam, para que, então, possamos de fato ter uma escola de qualidade e que possa atrair o aluno para a sua presença e permanência em aula. O importante não é só o acesso e, sim e principalmente, a qualidade de ensino.
Outro fator bastante importante para a qualidade do ensino é a gestão escolar. As deficiências deste setor se refletem na gestão pedagógica (ensino – aprendizagem). A forma de gestão escolar que hoje está em uso, precisa ser revista em suas estruturas, pois, a fragilidade dos gestores pedagógicos e coordenadores (quanto ao conhecimento do currículo de capacitação ou até mesmo do conteúdo) tem dificultado, consideravelmente o monitoramento dos sistemas de ensino público.
As escolas públicas brasileiras, de fato, estão em condições não favoráveis, precisam passar por uma transformação. São muitos os aspectos que interferem na oferta de uma educação de qualidade.
Orientador: Corumbá Ernesto Guimarães.
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