segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Currículo organizado em Ciclo de Formação Humana*

Iza Aparecida Saliés


O currículo escolar organizado em ciclos de formação humana, possibilita ao aluno desenvolver sua capacidade cognitiva de modo que seja respeitado seu tempo e condição de aprendizagem.
Se durante o ano (o que corresponde a uma fase do ciclo) o aluno aprendeu, que pela lógica da escola ele deveria ser retido, nesse caso o aluno vai para a fase seguinte, com acompanhamento pedagógico (das disciplinas que tem dificuldade) sem necessidade de ser retido.

A escola deve constituir uma rede de apoio pedagógico para o aluno que tiver dificuldade de aprendizagem, porque o seu desenvolvimento cognitivo pode acontecer durante o ciclo, o seja durante os três anos que corresponde a um ciclo.

Aqui no Brasil também é assim, o aluno tem um acompanhamento pedagógico, (Projeto de Apoio Pedagógico), que é realizado no outro turno de estudo dele, é feito pelo professor articulador, e este, deve estar em constante diálogo, com o professor da fase ou ano que aluno esta fazendo.

No Brasil, quem não aprende só vai ser identificado no final do ciclo. Aí talvez seja tarde demais.
É inadmissível, a escola deve retomar o processo ensino aprendizagem do aluno que não consegui aprender, utilizando diferentes metodologias, recursos pedagógicos, readequação de conteúdos, de modo a sanar as falhas pedagógicas o corridas durante a trajetória.

Isso não significa que estamos empurrando o problema de aprendizagem do aluno para o fim do ciclo, ele tem o período estabelecido pela organização do ciclo, o tempo, o modo e a forma própria para aprender, e deve ser respeitada. A reprovação só ocorre quando o caso chega ao extremo. Depois que a escola utilizou todas as intervenções pedagógicas possíveis.

É fundamental que a escola entenda melhor o desenvolvimento humano e cognitivo do aluno, seu processo de socialização, seu jeito de aprender e respeite seu tempo, posto que, a finalidade maior da educação básica é a formação integral do aluno.


* Texto publicado na coluna comentários do Blog do Corumbá, dia 15/12/2008.

Nenhum comentário:

Postar um comentário