sexta-feira, 3 de maio de 2013

A Fé é o combustível das boas obras


José de Paiva Netto

 
     Em uma palestra que proferi de improviso no Rio de Janeiro/RJ, em 5 de julho de 1991, asseverei que a Fé é o combustível das boas obras; portanto, do trabalho. Tantos anos se passaram, e essa frase continua cumprindo o papel de fortalecer os corações. É como a prece. Ela é necessária a todo instante, porque a Alma, assim como o corpo, necessita de alimento. O que sustenta o Espírito é justamente a oração. O Amor que vem de Deus é resultado de nossa permanente sintonia com o Pai Celestial. Mas é preciso não esmorecer ante as intempéries da existência. É de Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, este incentivo basilar: “Aquele que perseverar até o fim será salvo” (Evangelho segundo Mateus, 10:22).
     
     ORAÇÃO DO TRABALHADOR
     No ensejo do Dia do Trabalhador, comemorado em primeiro de maio, dedico aos operários da Terra e do Céu da Terra — já que os mortos não morrem — a “Oração do Trabalhador”, de autoria do nobre médico dr. Bezerra de Menezes (1831-1900), Espírito, por intermédio da sensitiva Maria Cecília Paiva, constante do livro “Veleiro de Luz”:
     
     “Senhor, nossos corações reunidos aos corações que oram e trabalham em Teu Nome entoam o cântico de amor e de felicidade que nos invade a Alma.
     
     “Humildes trabalhadores de Tua Seara, somos ainda os pequeninos aprendizes do Teu Evangelho que nos esclarece para a longa jornada do infinito.
     
     “Louvamos a Tua Grandeza que estende mãos generosas à nossa debilidade, amparando-nos para que possamos exercer o Divino Mandato que nos confiaste.
     
     “Nós Te louvamos o nome sagrado que imprime em nossas vidas a força necessária para empunharmos a enxada do trabalhador consciente de sua responsabilidade.
     
     “Nós Te agradecemos as bênçãos generosas que deixas em nossos caminhos como frutos sazonados do Teu Amor, ofertando-nos vitalidade maior.
     
     “Nós Te suplicamos, Senhor, que não nos deixes viver ao som das trombetas da vaidade, ou ao som dos elogios fáceis.
     
     “Sabemos, Divino Mestre, quão pequenos e frágeis somos e quão necessárias são as Tuas Bênçãos para o nosso fortalecimento.
     “Reergue-nos, Senhor, quando fraquejarmos.
     
     “Inspira-nos nos momentos difíceis.
     “Ampara-nos hoje e sempre.
     “Que os dias de trabalho que Te ofertamos sejam iluminados pelas Auras de Teus Anjos, a fim de que aqueles que se aproximarem de nós recebam a gota de orvalho que balsamiza e cura.
     
     “Não nos deixes entregues ao orgulho que ainda vive em nosso íntimo e permite que, humildes trabalhadores de hoje, possamos prosseguir sempre, rumo aos mais altos planos, amando-Te e servindo sempre em Teu Nome.
     
     “Anjo de Deus, envolve-nos na Tua Luz, e, estrada afora, cantaremos glórias ao Teu Nome para sempre!”.
     
     Belíssima oração! Faz bem à Alma. Espiritualidade Ecumênica é para isso: fazer bem ao nosso Espírito. Portanto, muito oportuna esta palavra do meu saudoso amigo ex-presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL) Austregésilo de Athayde (1898-1993):
     
     “A verdadeira religião ensina, orienta, edifica, porém não ameaça. A infinita bondade de Deus não pode ser clava mortal para os pecadores”.


José de Paiva Netto é Jornalista, radialista e escritor.

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