terça-feira, 3 de setembro de 2013

MT - Sem proposta do governo, greve da Educação continua. Haverá nova reunião na terça-feira

Jonas Jozino
Da Redação

Fracassou a tentativa de acordo entre o governo do Estado e os professores da rede estadual de ensino em greve desde 16 de agosto. O encontro entre o Sindicato dos Trabalhadores de Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) e o governador Silval Barbosa na tarde desta segunda-feira. Foram quase três horas de negociação, sem acordo. Nesta terça-feira, acompanhados dos deputados que integram a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, os professores terão nova rodada de negociação, agora na Secretaria de Educação, com o o secretário Ságuas Moraes.A greve dos professores e servidores educacionais já atinge 90% das escolas estaduais.
 
No encontro desta segunda-feira, os professores esperavam que o governador Silval Barbosa, que aceitou se reunir com a categoria após um pedido da Assembleia Legislativa apresentasse uma proposta. Nada aconteceu após quase três horas de conversações. O que o governo apresentou, segundo informou o presidente do Sintep-MT, Henrique Lopes foi pedir o encerramento da greve para estudar as reivindicações da categoria. Pedido que não foi aceito.
 
Os professores voltam a se reunir nesta terça-feira, às 9h, com deputados e Ságuas Moraes, na Secretaria de Educação. Logo depois que os professores deixaram o gabinete do governador, Ságuas permaneceu mais um tempo na sala e ao sair disse que nesta terça-feira apresentará uma nova proposta, que segundo ele, seja viável
 
no exercício orçamentário de 2014.
 
Enquanto isso, a greve continua e atinge 90% dos mais de 38 mil servidores da Educação.
 
Os professores reivindicam reposição salarial de 10%, acima da inflação, além de dobrar o poder aquisitivo da classe, entre outras questões, como realização de concurso público e convocação dos aprovados no último concurso. São reivindicados também o pagamento da hora-atividade para professores interinos, melhoria na infraestrutura das escolas, aplicação dos 35% dos recursos na educação como prevê a Constituição Estadual e autonomia da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) nos recursos devidos na área.
 
Henrique Lopes destacou que o governo não apresentou proposta, mas que já sabe das reivindicações da categoria, sendo que apenas agora, após três semanas, estudarão a viabilidade de atendê-las. “Não tem nada por escrito que nos assegure que irão cumprir, não há proposta. O grupo de deputados irá se reunir através desta Comissão, para que chegue em uma proposta”, explicou.
 
Henrique Lopes disse ainda que a categoria está unida e que para suspender a greve, é preciso que haja um documento do governo do Estado, que efetive as propostas e contemple a categoria.
 
O deputado Alexandre César (PT), que participou do encontro com o governador Silval Barbosa explicou que a Comissão irá se reunir para concretizar uma proposta de recomposição contínua. “A Comissão irá se dedicar para fazer uma proposta, que possa ampliar os recursos da Educação, para que haja uma programação contínua de recursos para a pasta, que visem melhorar a reposição”, analisou.
 
No entanto, Alexandre César destacou que não há como cumprir os 35% da Constituição Estadual para educação, e que o governo segue o que preceitua a Constituição Federal, que destina 25% de investimentos para o setor.


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