A maior força que a vida nos dá...
WILSON FUÁH
Divulgação
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O espetáculo da vida é formado de painéis de início e término de convivências sociais, mas as pessoas, por não suportar a solidão, saem de suas ilhas pessoais em busca de aproximação e, ao abrir as portas da expectativa de relacionamento, estão preparadas apenas, para entender que é muito fácil conviver com pessoas fortificadas nos seus próprios atos e que não precisam de nós; é muito fácil presentear quem não precisa do nosso amparo material; é fácil doar a quem nunca nos pediu nada, mas por outro lado, é muito difícil estar ao lado daqueles que estão situados abaixo da linha da prosperidade e carente de tudo.
O importante é saber que fazer o bem só nos causa bem, mesmo que ao fim das contas haja traição ou ingratidão. Doar um pouco de nós é a principal virtude para se chegar a um bom relacionamento.
Devemos estar preparados para aceitar algumas decepções e talvez receber pequenos reconhecimentos, ou seja, a gratidão, a obrigação mútua, a consideração e o respeito deixam de fazer parte da ação benéfica conquistada, pois existem pessoas necessitadas de bengalas espirituais permanentes, pois não fixam nas suas próprias lembranças a grandeza de ter recebido uma graça, o ato emocional não se restringe e se acaba ao dizer mecanicamente “Deus lhe pague”.
A ajuda não é evolutiva para aqueles que sentem carência de tudo, pois em sua cabeça impera o ato de pedir, fazendo com que suas emoções positivas sejam jogadas na lata de lixo.
Pouco conhecemos das pessoas só pelo convívio. Na ânsia em ajudá-las, retiramos delas a melhor coisa que existe, que é o crescimento pessoal, ou seja, o exercício de saber vencer pelos seus próprios esforços. Entretanto, há a consciência de que muitos não irão mudar sua maneira de viver pela simples ajuda recebida, pois a vida para essas pessoas se resume em momentos.
Devemos ter a consciência de que, ao fazer o bem aos outros, estamos fazendo indiretamente para nós mesmos. Os riscos dos nossos atos são de nossa exclusividade e não devemos culpar aos outros se alguma coisa em forma de gratidão não der certo.
Na luta entre o coração e a razão, muitos optam por retardar as decisões à procura de justificativas inúteis. Somam-se os porquês, acumulando os desperdícios das possibilidades que são de exclusividade pessoal. A maioria das pessoas está dosando demais os seus desafios e, ao fazer isso, limita a sua própria capacidade de assumir a maior força que a vida nos dá: o poder de superação individual.
* WILSON CARLOS FUÁH é economista, especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas. Fale com o Autor: wilsonfua@gmail.com
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