Elisa Aparecida
Borelli
Graduação em
Matemática
Professora da Escola Irene Gomes de
Campos
Joanei Francisca
de
Campos
Graduada em História
Especializada em
Educação Inclusiva
Professora
da Escola Irene Gomes de
Campos
Maria Custódia de Campos
Marilene
Antonia de Lima
Graduada em Ciências
Biológicas
Especializada em Educação
Especial
Professora da Escola Irene
Gomes de Campos
As abordagens a
respeito das temáticas envolvendo os grupos sociais discriminados há
muito tempo vem sendo preocupação
de várias ações da educação
e até mesmo do
governo.
Diante de
fatos tão concretos e
de anseios de se
construir uma sociedade cada
vez mais democrática,
pautada na convivência multicultural
e inclusão de
grupos ignorados e até
mesmo esquecidos pelas políticas,
marginalizados por um modelo
sócio-econômico que na
maioria das
vezes privilegia
exclusivamente a
matriz européia
devido ao seu
padrão
de consumo. A questão
indígena deixa de ser
apenas uma
temática antropológica e étnica e passa
a configurar o cenário das prioridades político-sociais.
Essa parcela significativa da população vem , ao longo
da história, acumulando injustiças que a
obriga a organização de movimentos sociais para que de
ignorados passem a
existir como cidadãos e, dessa forma
representarem expressão política
enquanto garantia de seus direitos.
Nesse sentido alguns avanços podem ser observados .
Governos de países
latino-americanos desenvolvem políticas para a inclusão social
dos grupos
que participaram da formação de diversas nações, mas não como resultado de
verdadeiro interesse por esses povos
e sim, forçados por inúmeros movimentos
indígenas e
não indígenas
reivindicando melhorias com o
objetivo de
minimizar as desigualdades
sociais que
originaram no processo de colonização que ora
são denominados de
dívidas sociais.
No Brasil , as diferenças
étnico-raciais são objetos do
governo federal, como por exemplo, a obrigatoriedade da inclusão no currículo escolar do
ensino de História e
Cultura
Afro -brasileira e também indígena através da
lei 11.465/08, que
tem como objetivo combater o racismo e promover a igualdade social. No que se
refere aos educadores, o
trato das
questões étnico-culturais está
garantido pela
Lei de
Diretrizes e
Bases na
Educação ( LDB
) que também
orienta a
inclusão da temática
no currículo dos cursos superiores com ênfase aos cursos de licenciatura da área de
Ciências
Humanas.
Uma
outra garantia relevante, para que a temática seja incluída nas
ações docentes e administrativas do
ensino fundamental, são os PCNs
( Parâmetros Curriculares
Nacionais ) . Esse documento
orienta a construção dos currículos nas escolas
públicas municipais e estaduais a partir de uma
educação comprometida com a
cidadania, para
que os
alunos compreendam não
só o conceito de
justiça, mas, também entendam os princípios que devem orientar a vida escolar com
dignidade do ser humano, igualdade de direitos, participação e
co-responsabilidade pela vida social. Sendo
assim, é justo e
necessário que a temática indígena
passe a ter
uma importância fundamental e
essencial na perspectiva
do desenvolvimento humano ,
visto que
o povo indígena teve
participação na formação do
contexto histórico social político e
econômico do povo
brasileiro.
Considerando o exposto e sem
pretensão de esgotar a discussão sobre
a abordagem da
diversidade étnico-racial, o presente artigo
é resultado da leitura de alguns textos e do
levantamento de
opiniões junto a docentes e discentes acerca da
temática indígena. Nesse estudo
verificou-se que
os professores consideram
que as
suas disciplinas podem
contribuir para a
reflexão sobre as questões étnicos –raciais e as possibilidades de compreensão das diferenças culturas existente na sociedade. No entanto, para
que
isso se torne
possível cabe à
escola oportunizar situações destinadas à construção do
conhecimento em
torno das questões
étnicos –raciais ,
satisfazendo as curiosidades e anseios dos alunos diante
dessas
questões.
Para finalizar este pequeno estudo, podemos concluir
que as políticas envolvendo povos indígenas nos currículos escolares ainda não
são suficientes para a
verdadeira valorização de povos tão responsáveis pela
nossa formação cultural
quanto nossos colonizadores europeus. E, mesmo com esforços de profissionais para uma boa prática pedagógica no
atendimento a essas novas políticas de
governo , faltam materiais pedagógicos coerentes e
complexos sobre
o assunto , fazendo estes
profissionais se desdobrarem em pesquisas e
estudos para
suprir os seus alunos dos
conhecimentos
necessários para
uma cidadania coerente, onde se valorize
a sua própria
cultura, mas de
todos os
responsáveis pela
formação da cultura brasileira.A valorização da cultura indígena é um
direito a ser conquistado , conquista
essa que
faz parte da nossa
luta pela
democratização da educação
Brasileira.
Referências
Bibliográficas
Lei
de Diretrizes e Bases da Educação - InfoEscola LDB
: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional : lei no 9.394, de 20 de
dezembro de 1996
http://www.seduc.mt.gov.br/favicon.ico : Texto referente a
educação
indígena
GOODSON,
I. F.
Currículo e história. Rio de Janeiro: Vozes, 1995.
CURY,
C. R. J.
A propósito da educação e desenvolvimento social no Brasil. In: Educação e
sociedade. Cortez e Moraes, n. 9,
1981.
Nenhum comentário:
Postar um comentário