Por Rúbia Beatriz Pienis, professora do Colégio La Salle São João - Porto Alegre / RS Estar com os alunos todos os dias, organizar materiais, explicar os conteúdos, avaliar, reavaliar, aprender a conviver com a classe, ensinar-lhes a ter consciência de seus deveres, formas de convívio social, valores e normas, fazem parte de uma grande relação diária.
No decorrer de todo processo de desenvolvimento, a afetividade é como uma “energia” que impulsiona as ações, ficando claro, no caso da escola, a importância da relação entre professor e aluno, de modo que ambos convivam em um ambiente de harmonia e que a aprendizagem possa fluir com mais facilidade, proporcionando maior rendimento e interação entre ambos. Nesta perspectiva, os educadores, hoje, precisam focar no desenvolvimento integral do educando, ressaltando neste processo, o lado afetivo/cognitivo, juntamente com o conhecimento do próprio “eu”, a fim de tornar a aprendizagem prazerosa e significativa.
Frison (2002) salienta que: “Todo ser humano traz consigo reações e emoções que se manifestam, diferentemente, em cada situação. Num processo de aprendizagem pode-se sentir afeto um pelo outro e demonstrá-lo. É uma maneira de se apostar nele, isso pode servir como catalisador para o desempenho positivo da boa aprendizagem” (p.254).
Existem várias formas de se demonstrar gratidão pelo carinho recebido das pessoas e, na escola, o aprender pode ser uma delas. Saber escutar o outro é uma demonstração de afeto de extrema importância nas relações interpessoais, pois o outro percebe que existe um envolvimento positivo nas ações, proporcionando um ambiente amoroso e tolerante com a aprendizagem. Almeida (2000, p.78), afirma que o homem, como uma pessoa completa, considerada em suas relações com o meio e em seus diferentes domínios, afetivo, cognitivo e motor, pode entender melhor a importância da afetividade englobando emoções, sentimentos e paixões em sua relação com a cognição. E reafirmar a importância do outro na formação do Eu.
Diante disso, o educador tem um papel muito importante e deve estar sempre preparado para as relações interpessoais em que contradições e conflitos fazem parte do contexto do aluno e o diálogo é a base que possibilita a exteriorização de sentimentos, valores, linguagem e pensamento. A escola é um ótimo local para se desenvolver a sensibilidade e diferentes tipos de contato. Na amizade grupal aprende-se a ter cooperação e responsabilidade. É a partir da convivência em grupo que o indivíduo vai procurar se identificar com alguém. A escola, portanto, deve voltar-se para a qualidade das suas relações, valorizando o desenvolvimento afetivo, social e não apenas cognitivo, como elementos fundamentais no desenvolvimento da criança como um todo.
Tem se pensado muito e investigado sobre a relação entre o professor e o aluno nos últimos tempos. Cunha (1989) em seu estudo sobre "o bom professor" investiga o dia-a-dia do professor como indivíduo e como educador; analisa, também, sua prática e metodologia e, a partir de uma caracterização desse profissional, propõe novas direções para a formação dos professores. Ainda segundo sua análise, a relação professor e aluno passa pela forma como o professor trabalha seus conteúdos, como ele se relaciona com sua área de conhecimento, por sua satisfação em ensinar e por sua metodologia. (p.70-71) HILLAL (1995) cita que: "o primeiro professor de uma criança tem grande importância na atitude futura desse educando, não só durante a sua fase de aprendizagem, mas na sua relação com os sucessivos professores." (p. 19) A importância da relação mestre e aprendiz para o sucesso do aluno em sua vida estudantil é fundamental, de forma que a predileção do estudante por algumas disciplinas, muitas vezes passa pelo gostar ou não de um determinado professor. A interação entre ambos é ainda importante para a adaptação do aluno ao processo escolar.
Contudo, é de fundamental importância que o professor esteja consciente de sua responsabilidade, tomando decisões de acordo com os valores morais e as relações sociais de sua época, considerando ainda as condições de vida familiar e social de seus alunos.
Referências Bibliográficas
ALMEIDA, Laurinda Ramalho de. A dimensão Relacional no Processo de Formação docente: Uma Abordagem Possível. In: O coordenador pedagógico e a formação docente. São Paulo: LOYOLA, 2000. BORGES, Pedro F. O professor da década de 90. Artigo apresentado no simpósio de qualidade total na Universidade Mackenzie, 1995. CUNHA, Maria Isabel. O bom Professor e sua Prática. Campinas, Papirus: 1989.
D'OLIVEIRA, M. H. Analisando a Relação Professor-Aluno: do Planejamento à sala de Aula. São Paulo: CLR Balieiro, 1987. FRISON, Lourdes, M. B. O orientador educacional como mediador do processo pedagógico e das relações interpessoais. In: Educação e Contemporaneidade. Canoas: ULBRA, 2002.
HILAL, Josephina. Relação Professor-Aluno: Formação do homem consciente. São Paulo, Ed. Paulinas, 2ª edição, 1995. VYGOSTSKY, Lev S. - A Formação Social da Mente - Martins Fontes- São Paulo. 5ª edição, 1994.
No decorrer de todo processo de desenvolvimento, a afetividade é como uma “energia” que impulsiona as ações, ficando claro, no caso da escola, a importância da relação entre professor e aluno, de modo que ambos convivam em um ambiente de harmonia e que a aprendizagem possa fluir com mais facilidade, proporcionando maior rendimento e interação entre ambos. Nesta perspectiva, os educadores, hoje, precisam focar no desenvolvimento integral do educando, ressaltando neste processo, o lado afetivo/cognitivo, juntamente com o conhecimento do próprio “eu”, a fim de tornar a aprendizagem prazerosa e significativa.
Frison (2002) salienta que: “Todo ser humano traz consigo reações e emoções que se manifestam, diferentemente, em cada situação. Num processo de aprendizagem pode-se sentir afeto um pelo outro e demonstrá-lo. É uma maneira de se apostar nele, isso pode servir como catalisador para o desempenho positivo da boa aprendizagem” (p.254).
Existem várias formas de se demonstrar gratidão pelo carinho recebido das pessoas e, na escola, o aprender pode ser uma delas. Saber escutar o outro é uma demonstração de afeto de extrema importância nas relações interpessoais, pois o outro percebe que existe um envolvimento positivo nas ações, proporcionando um ambiente amoroso e tolerante com a aprendizagem. Almeida (2000, p.78), afirma que o homem, como uma pessoa completa, considerada em suas relações com o meio e em seus diferentes domínios, afetivo, cognitivo e motor, pode entender melhor a importância da afetividade englobando emoções, sentimentos e paixões em sua relação com a cognição. E reafirmar a importância do outro na formação do Eu.
Diante disso, o educador tem um papel muito importante e deve estar sempre preparado para as relações interpessoais em que contradições e conflitos fazem parte do contexto do aluno e o diálogo é a base que possibilita a exteriorização de sentimentos, valores, linguagem e pensamento. A escola é um ótimo local para se desenvolver a sensibilidade e diferentes tipos de contato. Na amizade grupal aprende-se a ter cooperação e responsabilidade. É a partir da convivência em grupo que o indivíduo vai procurar se identificar com alguém. A escola, portanto, deve voltar-se para a qualidade das suas relações, valorizando o desenvolvimento afetivo, social e não apenas cognitivo, como elementos fundamentais no desenvolvimento da criança como um todo.
Tem se pensado muito e investigado sobre a relação entre o professor e o aluno nos últimos tempos. Cunha (1989) em seu estudo sobre "o bom professor" investiga o dia-a-dia do professor como indivíduo e como educador; analisa, também, sua prática e metodologia e, a partir de uma caracterização desse profissional, propõe novas direções para a formação dos professores. Ainda segundo sua análise, a relação professor e aluno passa pela forma como o professor trabalha seus conteúdos, como ele se relaciona com sua área de conhecimento, por sua satisfação em ensinar e por sua metodologia. (p.70-71) HILLAL (1995) cita que: "o primeiro professor de uma criança tem grande importância na atitude futura desse educando, não só durante a sua fase de aprendizagem, mas na sua relação com os sucessivos professores." (p. 19) A importância da relação mestre e aprendiz para o sucesso do aluno em sua vida estudantil é fundamental, de forma que a predileção do estudante por algumas disciplinas, muitas vezes passa pelo gostar ou não de um determinado professor. A interação entre ambos é ainda importante para a adaptação do aluno ao processo escolar.
Contudo, é de fundamental importância que o professor esteja consciente de sua responsabilidade, tomando decisões de acordo com os valores morais e as relações sociais de sua época, considerando ainda as condições de vida familiar e social de seus alunos.
Referências Bibliográficas
ALMEIDA, Laurinda Ramalho de. A dimensão Relacional no Processo de Formação docente: Uma Abordagem Possível. In: O coordenador pedagógico e a formação docente. São Paulo: LOYOLA, 2000. BORGES, Pedro F. O professor da década de 90. Artigo apresentado no simpósio de qualidade total na Universidade Mackenzie, 1995. CUNHA, Maria Isabel. O bom Professor e sua Prática. Campinas, Papirus: 1989.
D'OLIVEIRA, M. H. Analisando a Relação Professor-Aluno: do Planejamento à sala de Aula. São Paulo: CLR Balieiro, 1987. FRISON, Lourdes, M. B. O orientador educacional como mediador do processo pedagógico e das relações interpessoais. In: Educação e Contemporaneidade. Canoas: ULBRA, 2002.
HILAL, Josephina. Relação Professor-Aluno: Formação do homem consciente. São Paulo, Ed. Paulinas, 2ª edição, 1995. VYGOSTSKY, Lev S. - A Formação Social da Mente - Martins Fontes- São Paulo. 5ª edição, 1994.
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