José de Paiva Netto
Em tempo algum a civilização alcançou tamanho
grau de tecnologia. Que falta, pois, para que haja Paz? Resta sublimar as ações
do progresso com a Espiritualidade Ecumênica, que potencialmente nos acompanha —
saibamos ou não saibamos, queiramos ou não queiramos — desde antes do berço e de
que devemos ser proclamadores, como crentes em Deus. Naturalmente que entendido
como Amor, Verdade e também Justiça, que "é o apoio do mundo", ao passo que "a
injustiça, pelo contrário, é origem e fonte de todas as calamidades que o
afligem", consoante o pensamento do filósofo Dietrich de Holbach
(1723-1789).
Como escrevi em Dialética da Boa Vontade — Reflexões e Pensamentos, lançado em 1987: Num futuro que nós, civis, religiosos e militares de bom senso desejamos próximo, não mais se firmará a Paz sob as esteiras rolantes de tanques ou ao troar de canhões; sobre pilhas de cadáveres ou multidões de viúvas e órfãos; nem mesmo sobre grandiosas realizações de progresso material sem Deus. Isto é, sem o correspondente avanço ético, moral e espiritual. O ser humano descobrirá que não é somente sexo e estômago. Há nele o Espírito eterno, que lhe fala de outras vidas e outros mundos, que procura pela Intuição ou pela Razão. A paz dos homens é, ainda hoje, a dos lobos e de alguns loucos imprevidentes que dirigem povos da Terra.
A Paz, a verdadeira Paz, nasce primeiro do coração limpo do Homem. E só Jesus pode purificar o coração da Humanidade de todo o ódio, porque Jesus é o Senhor da Paz.
José de Paiva Netto é jornalista, radialista e escritor.
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