Foi condecorado pelo presidente da República, Fernando Collor e pelo
Congresso Nacional. Mais de uma vez elogiou a democracia brasileira e o belos
sorrisos multi raciais que se abriam para recebê-lo. Nos anos 50, Mandela era um
advogado ativo e líder carismático que militava no partido do Congresso Nacional
Africano, CNA e atiçava as massas negras contra o apartheid com uma campanha de
desobediência civil.
Nos anos 60, após um massacre, no qual os policiais mataram 67 negros, Mandela resolveu fundar um grupo guerrilheiro para enfrentar o apartheid. Mandela ė um politico em absoluta paz com a sua história. Casou-se três vezes, teve seis filhos, escreveu um belo livro autobiográfico, que fala do espírito do triunfo sobre a opressão.
Dedicou a vida à libertacão do seu povo, começando pela militância num partido negro e pela adesão a luta armada. Passou 27 anos numa prisão, onde entrou aos 44 anos e saiu com 72 para ser consagrado como o primeiro presidente negro da historia da África do Sul, com mandato de 1994 a 1999.
Mandela inspirou movimentos contra o racismo em todo o mundo. Recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1993. Voltou ao Brasil em seu último ano como presidente para estar com o amigo Fernando Henrique Cardoso, presidente do Brasil, que o havia visitado 2 anos antes. Discursou em Brasília, falando do sentimento de irmãos separados pelo Atlântico, enalteceu o fato de o Brasil ser um destino turístico respeitável e popular, creditando o fato, ao nosso vasto território, cheio de recursos naturais, nossa criatividade, paixão e diversidade cultural. Descontraído, disse que veio também para aprender a dançar e mostrou-se orgulhoso por estar estabelecendo um contato baseado no respeito, na estabilidade política e numa agenda positiva de contribuição para ambos os países.
Entre as razões para aprofundar a amizade, citava alguns itens considerados coincidentes, como o fato dos dois países terem emergido após enfrentar problemas em suas democracias e hoje enfrentarem problemas também para superar as disparidades entre ricos e pobres; o desafio imenso de erradicar a pobreza, gerar empregos r melhorar os serviços oferecidos para a população. No tom eloquente e elegante elogiou o programa Comunidade Solidária, citado como uma lição para outros países seguirem, como forma de estreitar as desigualdades sociais.
Logo após deixar a presidência, em 2002, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso recebeu uma carta convite de Mandela para integrar a organização internacional, que ele liderava, os “The Elders”, um grupo de homens notáveis dispostos a elaborar e discutir propostas de paz, de colaboração entre os povos e nações nas áreas sociais, de saúde e educação. Fernando Henrique é o único sul-americano a fazer parte do grupo, que conta, entre outros, com ex-presidentes de alguns países, laureados com Prêmio Nobel da Paz e um ex-secretário geral da ONU.
Inevitável render homenagem a esse homem extraordinário, líder visionário que partiu dessa terra imortalizado como um símbolo de resistência e coragem.
Olga Borges Lustosa é cerimonialista pública e escreve exclusivamente neste blog toda terça-feira - olga@terra.com.br
Nos anos 60, após um massacre, no qual os policiais mataram 67 negros, Mandela resolveu fundar um grupo guerrilheiro para enfrentar o apartheid. Mandela ė um politico em absoluta paz com a sua história. Casou-se três vezes, teve seis filhos, escreveu um belo livro autobiográfico, que fala do espírito do triunfo sobre a opressão.
Dedicou a vida à libertacão do seu povo, começando pela militância num partido negro e pela adesão a luta armada. Passou 27 anos numa prisão, onde entrou aos 44 anos e saiu com 72 para ser consagrado como o primeiro presidente negro da historia da África do Sul, com mandato de 1994 a 1999.
Mandela inspirou movimentos contra o racismo em todo o mundo. Recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1993. Voltou ao Brasil em seu último ano como presidente para estar com o amigo Fernando Henrique Cardoso, presidente do Brasil, que o havia visitado 2 anos antes. Discursou em Brasília, falando do sentimento de irmãos separados pelo Atlântico, enalteceu o fato de o Brasil ser um destino turístico respeitável e popular, creditando o fato, ao nosso vasto território, cheio de recursos naturais, nossa criatividade, paixão e diversidade cultural. Descontraído, disse que veio também para aprender a dançar e mostrou-se orgulhoso por estar estabelecendo um contato baseado no respeito, na estabilidade política e numa agenda positiva de contribuição para ambos os países.
Entre as razões para aprofundar a amizade, citava alguns itens considerados coincidentes, como o fato dos dois países terem emergido após enfrentar problemas em suas democracias e hoje enfrentarem problemas também para superar as disparidades entre ricos e pobres; o desafio imenso de erradicar a pobreza, gerar empregos r melhorar os serviços oferecidos para a população. No tom eloquente e elegante elogiou o programa Comunidade Solidária, citado como uma lição para outros países seguirem, como forma de estreitar as desigualdades sociais.
Logo após deixar a presidência, em 2002, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso recebeu uma carta convite de Mandela para integrar a organização internacional, que ele liderava, os “The Elders”, um grupo de homens notáveis dispostos a elaborar e discutir propostas de paz, de colaboração entre os povos e nações nas áreas sociais, de saúde e educação. Fernando Henrique é o único sul-americano a fazer parte do grupo, que conta, entre outros, com ex-presidentes de alguns países, laureados com Prêmio Nobel da Paz e um ex-secretário geral da ONU.
Inevitável render homenagem a esse homem extraordinário, líder visionário que partiu dessa terra imortalizado como um símbolo de resistência e coragem.
Olga Borges Lustosa é cerimonialista pública e escreve exclusivamente neste blog toda terça-feira - olga@terra.com.br
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