segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Política Educacional do Estado de Mato Grosso: uma contextualização histórica.




Iza Aparecida Saliés, Professora Especialista Aposentada
iza.salies.ap@gmail.com 

Espera-se que a “educação prepare os indivíduos para o exercício da cidadania plena, ajudando-os a exercer seus direitos associados ás responsabilidades e deveres de todo cidadão consciente e critico, portanto, socializando na realização da ação comum, e ao mesmo tempo oferecendo a todos a oportunidade de realizar seu potencial” (Ubiratan D’Ambrósio -1994) [1]
        
I – Introdução  
Este artigo tem a finalidade de descrever um pouco do processo histórico que constituiu o Ensino Médio de Mato Grosso na década de 90, momento em que a mudança da organização escolar brasileira passava por sérias e profundas modificações.
 O estudo dos documentos possibilitou transitar por um universo de temas com ricas informações, mas tive necessidade de fazer recortes por deparar com dados, informações que dispunham de densa e significativa importância para contar como se procedeu à reconstrução do Ensino Médio.
Houve necessidade também de adentrar ao ano 2000, de modo a preservar e não deixar ocorrer ruptura ao que interessava delatar, sob pena de perder informações importantes.
Percorri os caminhos traçados pelo acervo documental encontrados durante a pesquisa, que são tipicamente oficiais, e que representam, sem dúvida, a visão estatal de uma política educacional de uma das etapas de ensino da educação básica, por estar na condição de responsável pela elaboração das políticas educacionais de Mato Grosso.
Procurei ser fiel aos documentos pesquisados como forma de garantir uma descrição clara e precisa dos raros e preciosos escritos históricos que encontrei sobre o Ensino Médio do Estado, com a preocupação de não deixar perder o que era relevante para um texto descritivo, não denso e nem muito sintético, mas, sim, uma descrição que pudesse abrigar assuntos de fundamental importância.  
Os destaques foram para os temas que contribuíram significativamente para reforçar o que contribuiu para a reforma do ensino médio, o que ocorreu nesse período histórico, que são: Contextualização sobre educação; A Educação de Mato Grosso na década de 90: Política Educacional; Currículo; Educação para todos; Legislação Educacional, Gestão Educacional.
Os temas foram distribuídos em capítulos sucintos o suficiente para não deixar perder sua objetividade.  Valorizei as descrições dos documentos, procurando sempre pinçar fatos importantíssimos que foram pensados enquanto política educacional, para aquele momento histórico, com a preocupação de aproveitar o máximo os subsídios ali exposto, furto de ideologias, utopias perspectivas de pensadores que acreditaram numa educação melhor para todos deste estado.
Não preocupei com a questão política partidária, considerando que a intenção deste artigo é contar um pouco sobre Política Pública para o Ensino Médio de Mato Grosso na visão governamental de um período rico de perspectivas de mudança na educação brasileira, para isso, necessariamente teria que fazer a leitura, estudo e análise dos documentos produzidos pelo governo, sejam eles de partido a ou b.
Escrever a história da educação de Mato Grosso é um imenso prazer, ao fazer essa viagem penetrei nas entranhas das questões educacionais desse período que disponibilizou referenciais teóricos, conceituais e intenções da época, sendo proposituras que devem constar nos anis do ensino médio e que precisam ser disponibilizados.
Assim, surgiu este artigo, com assuntos de interesse de leitores que são afinados com os temas sobre educação, que não podia ser denso e nem muito resumido, sendo que a intenção primeira foi de preservar a história do ensino médio de Mato Grosso no período em que precisávamos implantar a reforma de uma política educacional prescrita pelo os governamentais, intenções estas descritas nos documentos.
I - A educação dos anos 90 no contexto nacional      
Diante dos problemas que a educação vivenciou nessa década, momento em que solicitava renovação, houve necessidade de rever, e com urgência, a prática da escola enquanto instituição publica, tinha que ser preparada para ser para todos, porém sua história deixava registro de uma educação, cuja estrutura e trajetória, estavam sedimentadas em teorias, práticas, concepções superadas pelo novo modelo de sociedade que estava surgindo. As mudanças no mundo estavam tão céleres e a educação estagnada. A sociedade ansiava por mudanças, ou seja, a educação tinha que redimensionar sua trajetória enquanto escola pública, antes para as elites, para alguns, agora para todos.
Enquanto isso na década de 90 a UNESCO discutia a educação mundial como um problema de governo, ou seja, nacional, dessa discussão surgiu o documento que serviu de referencia para que as nações pudessem traçar suas políticas educacionais como forma de garantir recursos para desenvolver ações necessárias para resolver os problemas da educação básica.
Estávamos saturados, não suportávamos mais escolas públicas que não respondiam às necessidades da sociedade e do mercado de trabalho, com sede de informação e conhecimento, a escolarização apresentava elevados índices de abandono, reprovação e repetência.
Demorou o reconhecimento de que a escola publica deve ser para todos. Por isso, as portas das escolas precisam ficar escancaradas, ou melhor, para todos independente de idade escolar.
O que fazer com tamanha responsabilidade?
O governo precisava adequar à educação existente às novas perspectivas de mudança que ferviam em diversas nações. No Brasil não foi diferente, eram assustadores nossos índices da educação, retratavam a cruel realidade educacional, a escolarização da educação básica era baixíssima.
Precisava revirar tudo o que estava posto em termos de educação, ensino e aprendizagem, o governo tinha pressa em implantar as mudanças demandadas nas discussões internacionais da UNESCO, dentre elas estava a de traçar políticas publicas que pudessem garantir a realização das ações importantes para a educação para todos.
As ações emergiam ao mesmo tempo, parecia não haver tempo hábil para implantar todas as ações necessárias, além de ter que lidar com as mudanças na estrutura organizacional da educação, tinha também, que reformular as antigas e defasadas legislações, melhorar as estruturas físicas das redes de ensino, reorganização o currículo da educação básica e o sistema nacional de ensino.
Os países precisavam constituir suas políticas educacionais respaldadas em projetos com planejamento, objetivos, estratégias, metas, destinar recursos e também reformular o seu aparato legal, tudo isso tinha sido levantado nas discussões sobre a educação para todos que a UESCO estava liderando.
         Como forma de programar as mudanças sugeridas pela UNESCO, o Brasil teve que rever seus antigos referenciais legais sobre educação, colocaram em discussão os pressupostos educacionais por intelectuais, teóricos e cientistas para elaborar uma proposta que pudesse ajustar a educação brasileira na perspectiva do que se discutia internacionalmente, uma educação para todos, ou seja, pública. Daí surge a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional/LDB/96. 
A LDB é hoje o documento de referência legal da educação brasileira, nela estão os direitos, deveres e diretrizes do sistema de ensino, consigo abriga consideráveis avanços tais como: universalização da educação básica, melhoria a qualidade da educação, valorização dos profissionais da educação como foco na formação continuada do professor, remuneração, relação de respeito e confiança; garantias de aproveitamento dos cursos de formação continuada, gestão democrática, garantia de recursos financeiros para a educação, e outros.
II – A Educação de Mato Grosso: uma proposta de política pública.
 Mato Grosso começa a discutir a educação existente nessa década em aproximadamente no ano de 1995, com as discussões nacionais sobre as mudanças da educação, o estado estava questionando a educação que vinham oferecendo à sociedade, percebíamos visivelmente que havia um descompasso com o mercado de trabalho e com a vida dos adolescentes e jovens que estavam estudando o antigo segundo grau, que hoje chamamos de ensino médio.     
Foi ai que o Governo do Estado apresentou à sociedade de Mato Grosso a “Proposta de Política Educacional” com o objetivo de ampliar o debate e obtenção de sugestões, visando à construção de uma Escola Publica democrática e de qualidade[2].  Esse documento surgiu a partir dos princípios e diretrizes políticas do “Plano de Metas de Governo”.
A Proposta de Política Educacional do estado assumiu compromisso de buscar alianças para que juntos pudessem desenvolver as proposituras, por muitos considerados utópicas, mas que o governo, naquele momento assumia a responsabilidade de conduzi-las à realização.
Assim, o governo delineou ações estruturadoras das transformações desejadas e descritas no documento, tais como:
1.  Reorganizar o Sistema de Educação do Estado, colocando como foco referencial de suas ações a unidade escolar, promovendo para tanto:
a) a diminuição da estrutura material e humana do escritório de gerenciamento central do sistema;
b) a desativação das instâncias de intermediação educacional nas regiões (Superintendências Regionais de Educação);
c) a ativação de uma linha direta de ação cooperativa com os municípios visando à racionalização das atividades administrativas e a otimização do esforço pedagógico que deverá caracterizar-se como marco de intervenções das diretrizes políticas no sistema;
d) a implantação de um modelo de gestão que deve contemplar a administração democrática, com diretores eleitos, a existência de conselhos para o assessoramento e sustentação comunitária da prática, a garantia de repasse sistemático de recursos financeiros para o custeio e manutenção de pesquisas e possibilite a integração das singularidades, abrindo o veio da criatividade e da identidade regional;
e) a construção gradativa da plena autonomia das unidades escolares;
f) a atualização do conceito de currículo, ativando-o no cotidiano do processo de ensino - aprendizagem;
g) a modernização da prática pedagógica, garantindo a diversidade de multi - meios e a estruturação de pólos regionais de apoio educacional numa prática integrada com a Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT;
h) o monitoramento estatístico da relação entre a demanda real, verificada e o universo de cobertura da rede, identificando as eventuais causas do déficit ou ociosidade no atendimento e orientando a política de expansão do sistema;
i) a instituição, em parceria com os municípios e a sociedade civil organizada, um programa de garantia de permanência do aluno na escola;
j) o estabelecimento de um padrão mínimo de funcionamento das escolas que tenha por paradigma as condições humanas, materiais e físicas;
2 - Promover política de profissionalização docente que estabeleça uma relação madura de responsabilidade e de direito, assegurando:
a) a instalação de um programa de qualificação global que convoque as universidades à elaboração de um programa permanente e de longo prazo visando à eliminação do déficit formativo até o ano de 2014;
b) a revisão e proposição de um novo Estatuto do Magistério e do Plano de Carreiras e Salário;
c) a elaboração de uma política salarial que aponte o resgate da profissão docente.
3 - Instituir um programa de avaliação institucional, interno e externo, que subsidie as necessidades de intervenções e eventuais redimensionamentos de gestão, o acompanhamento permanente da execução da política educacional e instrumentalize a prestação de contas sistemáticas à sociedade[3].
A educação daquele período precisava possibilitar a integração e a cooperação geral de modo a possibilitar a criação de melhores condições para que as mudanças na escola, previstas na política educacional pudessem acontecer exigia uma nova qualidade de ensino que foi assumida pelo governo, que deveria:
a) rever o papel da escola, de modo a entendê-la como espaço privilegiado de trabalho com as características culturais da comunidade escolar, como local de reflexão, estudo e construção conjunta do conhecimento e valorizá-la como espaço de participação;
b) rever a relação educador/educando;
c) rever a concepção de conhecimento de forma: compreendê-lo enquanto um processo dinâmico, que pode ser recriado, reinventado; percebê-lo enquanto resultado das relações que o homem estabelece com o mundo e consigo mesmo, com vistas à instrumentalização para a ação e transformação da realidade; lidar com a pluralidade do conhecimento, superando as noções de “verdades absolutas” ou de “certo ou errado” e com sua relatividade que se constrói com outros homens, marcadas pelo contexto histórico e social.
d) rever a dimensão dos conteúdos na aprendizagem escolar de modo a: repensar a relação entre os conteúdos e a realidade, formando claro que a seleção dos mesmos deve ser sempre objeto de reflexão dos educados; estabelecer relações entre o saber dos alunos e os conteúdos que se pretende que sejam apropriados, sendo para isso fundamental a participação da comunidade no processo da gestão escolar, bem como a investigação da comunidade pela escola; entender a natureza interdisciplinar do conhecimento;
e) Superar o autoritarismo, o desrespeito e o preconceito que ainda marcam as relações da escola;
f) Rever o conceito de currículo, de modo a: entendê-lo como algo dinâmico que requer permanente reelaborará ou reorientação; percebê-lo na perspectiva de gestão democrática como uma construção em processo, portanto, diretamente relacionada ao coletivo da escola através do planejamento participativo; entendê-lo de forma ampla, englobando todas as ações e relações envolvidas no processo ensino-aprendizagem.
g) Formação de Educadores: habilitar professores leigos do ensino fundamental; criar em parceria com o Governo Federal, um Centro de Formação do Magistério que além de habilitação, desenvolva pesquisa na área da educação; formando permanentemente em serviço os educadores de todo o Estado, tendo como referencial o princípio ação-reflexão, o respeito às experiências e a identidade dos profissionais e a consideração das especificidades regionais a partir do incentivo ás mais variadas experiências;
h) Estatuto do Magistério e Jornada de Trabalho
i) Valorização profissional dos educadores.
Na política educacional do estado já havia uma preocupação em garantir a formação dos educadores, numa relação entre a escola que trabalham e o conhecimento, transformando a formação numa perspectiva permanente. E ainda, devendo ser pensada como instrumento de reflexão e de transformação da prática. Devendo ser assegurada em serviço tendo como base as experiências dos educadores.                      
Quanto ao currículo escolar o foco estava direcionado ao tratamento dos conteúdos considerando os objetivos, as estratégias do ensino fundamental, etapa esta, que precisava rever sua finalidade enquanto formação básica, com necessidade de adquiri conhecimentos e habilidades cognitivas e sociais básicas; o desenvolvimento de habilidades e valores que permitam ao conjunto da sociedade incorporar-se forma produtiva aos instrumentos da racionalidade tecnológica; a compreensão ampla de ideias e valores, indispensáveis ao exercício da cidadania moderna. 
Cabe destacar que essas preocupações com os conteúdos foram direcionados á valorização das diversificados e específicos, como educação ambiental, prevenção no uso das drogas, conteúdos voltados para a realidade sócio-cultural permeando os conteúdos básicos na perspectiva de uma prática transdisciplinar.
Além das questões curriculares e de conteúdos que precisavam programar havia outra preocupação de fundamental importância para a vida da escola, a gestão democrática, a autonomia e sistematização de planejamento.
O planejamento nas escolas precisava também passar por sérias transformações, na sua articulação com os órgãos estaduais e municipais, deveria partir das escolas e ser construído por todos os segmentos representados no Conselho Escolar e por ele aprovado.
O Plano Escolar, também chamado de planejamento da escola, tinha que percorrer outro caminho, devendo partir da escola via órgãos competentes e não o inverso, como ocorreu por muito tempo, prática que precisava ser revista por negarmos as imposições advindas do órgão central.
A partir daí, estava aberta a participação para todos e de todos os atores da escola, nascia naquele momento à possibilidade de uma organização escolar democrática, descentralizada, autônoma em suas decisões pedagógicas, com perspectivas para a construção de sua identidade institucional e com capacidade de interagir com o meio social em seu entorno.       
Como a Constituição Federal de 1988 garante a Gestão democrática do Ensino Público à política assegurava a criação de canais para a participação dos diversos segmentos da escola que fazem a educação publica do Mato Grosso, sem deixar de preocupar com a qualidade da educação.  
Surge ai a necessidade de criar um sistema de ensino com gestão democrática e para isso havia necessidade de instituir uma organização de forma colegiada de administração escolar, os chamados “Conselho de Escola”. Aos Conselhos de Escola cabe o papel de gerir as escolas e definir as ações necessárias para que a escola atenda a demanda por educação.
Outro mecanismo de participação democrática sugeridos para serem criados nos Estado e Município são os Fóruns, cuja finalidade é de articular com o governo federal, formas de organização que contribuíssem com a qualidade da educação. Os fóruns deveriam reunir representantes de diferentes entidades educacionais, publica privada e também as organizações sociais.
Enquanto Política Educacional para o Estado de Mato Grosso podemos dizer o estado estava assumindo o compromisso de renovar a educação na perspectiva de colocar no documento os pressupostos emanados pela UNESCO nos aspectos das garantias e de firmar com a sociedade a responsabilidade de tirar do papel o que foi discutido com a comunidade escolar, uma educação para todos.        

Referência
 Secretaria de Estado de Educação, Política Educacional para o Ensino Médio de Mato Grosso: Uma Proposta, Cuiabá, Fevereiro de 1995. 
________________________________________________, Educação Básica de Mato Grosso, Linhas Políticas do Ensino Médio, A construção de uma identidade, 2002, Seduc/MT. 
________________________________________________, Política Pedagógica do Ensino Médio Público Estadual - uma síntese - 2002, Seduc/MT. 
Estamos construindo a Escola Democrática e de Qualidade que a sociedade precisa e deseja. Dante de Oliveira. Educação, revista (falta rever esta referência)  




[1]Citação do documento “Política Educacional para o Ensino Médio: Uma Proposta, p. 10
[2] Política Educacional para o Estado de Mato Grosso/1995 
[3] Política Educacional de Mato Grosso – 1995, p. 15-17   
 

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

MT - 3 escolas privadas de Cuiabá estão no topo da lista de notas do Enem




Colégio Maxi, Escola do farina e Isaac Newton (CIN) se destacam no Enem 2014


O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou, nesta quarta (5), as notas por escola do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizado ano passado, e que é a ferramenta usada para facilitar o ingresso nas universidades no país.

Conforme o levantamento, em Mato Grosso, as três escolas que tiveram melhor desempenho foram todas de Cuiabá, do ensino privado, sendo a primeira Colégio Maxi, com indicador de nível socioeconômico classificado muito alto, e média de redação de 720,84. Em seguida aparece a Escola do Farina, também com indicador muito alto e média de 666,51. A terceira escola é o Colégio Isaac Newton (CIN), com indicador alto e média de redação de 696,57.

Entre as piores unidades no Estado, todas são estaduais. Tratam-se da Escola Estadual Antônio Gomes Primo, de São José do Xingu, com índice médio baixo e média de redação de 352,50. Seguida pela EE Emiliano Monteiro, de Nossa Senhora do Livramento (a 32 km de Cuiabá), com indicador socioeconômico baixo, e média de redação de 288,33. Por fim, aparece a EE Regina Tenório, de Porto Estrela (a 198 km da Capital), com indicador médio baixo, e média de redação de 265.

Segundo a lista do Inep, três unidades federais aparecem abaixo de inúmeras privadas de Cuiabá, sendo elas do IFMT, duas de Cuiabá: Campus Bela Vista, com indicador médio alto e média 700,63, seguida do Campus Cuiabá, também com indicador médio alto e média 615,95, e a terceira de Cáceres, com indicador médio alto e média de redação de 597,60.

Nenhuma escola estadual aparece no início do levantamento. O resultado já era esperado, tendo em vista o desempenho das unidades nas últimas séries do ensino médio, segundo o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), divulgado em setembro de 2014, onde os números mostraram que Mato Grosso apresentou evolução no ciclo inicial do ensino fundamental (1º ao 5º ano), mas caiu no ciclo final (6º ao 9º ano) e no ensino médio.

Os dados levantados pelo Inep abrangem resultados de 15.640 escolas de todo o país. Nelas, 1.295.954 estudantes fizeram o Enem. A divulgação dos dados de 2014 marca o terceiro ano consecutivo em que o governo federal não apresenta a média geral em formato de ranking.

No Enem 2014, só 93 escolas públicas entraram na lista das mil com as melhores notas. Isso representa menos de 10% do total. Apesar disso, esse número é um avanço em relação à edição anterior, quando só 78 escolas públicas (7,8% do total). (Com informações do G1)
Confira, abaixo, a lista com as notas do Enem por escolas no país.

Criando metas equilibradas


Lair Ribeiro

É preciso identificar as di¬fe¬rentes áreas da vida e, em cada uma, criar uma meta equilibrada, seja ela cultural, física, financeira, familiar, profissional ou espiritual. E a meta deve ser sua, e não de outra pessoa.

Certas pessoas dizem que escolheram fazer isso ou aquilo na vida porque esse era o desejo de seus pais. Um pai pode de¬¬sejar que seu filho estude medicina, mas nunca pode impor isso a ele! Acredite: A sua capacidade de decidir sobre a sua vida é um passo essencial para a realização dos seus ideais. Quem assume para si uma meta que não é sua, está assumindo a própria infelicidade.

Meta deve ser pessoal. Você tem de estar comprometido com ela.

Estar comprometido é muito mais do que estar envolvido. Quem se envolve se liga, participa. Quem se compromete deixa de ter medo, vestindo e suando a camisa.

O tamanho da meta

A meta deve ser grande. Grande mesmo. Tão grande que, se você contar para um amigo, ele não acreditar que você é capaz de realizá-la.
Quando fui estudar na Universidade de Harvard, em 1976, eu disse a um colega que em três anos eu estaria ensinando cardiologia nos Estados Unidos. Ele ironizou, pois eu nem sabia falar inglês muito bem. Passados exatos oito meses depois dessa conversa, eu estava fazendo minha primeira palestra para quatrocentos cardiologistas em Washington, D.C. Quando o meu amigo duvidou, eu sabia que estava no caminho certo!

A forma da meta

A meta tem de ser específica. Você quer dinheiro? Então, especifique quanto dinheiro você quer. Dinheiro, simplesmente, você já tem no bolso; então, isso não é uma meta.

— Eu quero ter 50 mil dólares na minha conta bancária.

Agora sim a sua mente entende, pois o pedido é específico. A mente só entende a mensagem quando você fala exatamente o que quer. Aí, o seu sub¬consciente processa o seu pedido e providencia a realização.


Lair Ribeiro é palestrante internacional, ex-diretor da Merck Sharp & Dohme e da Ciba-Geigy Corporation, nos Estados Unidos

Jesus, a medicina preventiva


José de Paiva Netto

Alguns pensam que só nos devemos lembrar do Amigo Celeste quando enfrentamos o sofrimento. Todavia, Jesus é a medicina preventiva de que as nações necessitam. Daí O considerarmos a Religião da Vida, neste e no Outro Lado da existência. Afinal de contas, Ele superou a Dor, tão presente no mundo. Do infortúnio, do qual tantos retiram derrota, sob a inspiração de Deus construiu a Sua Autoridade e estabeleceu o Seu Poder diante dos olhos materiais, visto que, reiteramos, já os possuía antes mesmo da criação do planeta.


— No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele, e nada do que se fez foi feito sem Ele: Cristo Jesus. A vida estava Nele, e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas, mas as trevas não prevaleceram contra ela.

Jesus (João, 1:1 a 5)

Portanto, em vez de invocar Aquele que é UM com o Pai Celestial apenas na hora do perigo ou da agonia, não é melhor debruçarmo-nos sobre o que Ele pregou e viver em consonância com os Seus libertários — espiri­tual­mente falando[1] — preceitos? Busquemos respostas no irreprochável Mentor Divino, uma vez que O aceitamos como padrão ecumênico, isto é, universal. Ele disse: "Passará o Céu, passará a Terra, mas as minhas palavras não passarão" (Evangelho, consoante Lucas, 21:33).

Será isso brincadeira?! É evidente que não!



José de Paiva Netto é jornalista, radialista e escritor.

MT - Assembleia Legislativa convoca titular da Seduc para explicar alunos fantasmas



Francisco Borges| Da Redação

Assembleia Legislativa convoca titular da Seduc para explicar alunos fantasmas
Durante a sessão desta quarta-feira (5), Santos disse que a aproximação de Permínio aos deputados para se estabelecer uma linha de diálogo ajudará no esclarecimento do caso. A suposta fraude nas matriculas escolares deve ser investigado pela Controladoria Geral da União.

AL/MT

 Na busca de esclarecimento sobre as denuncias de 11 mil alunos fantasmas matriculados em 30 unidades educacionais da rede de ensino estadual, o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Wilson Santos (PSDB) convocou para prestar esclarecimentos o secretário de Estado de Educação Permínio Pinto Filho. Para o tucano a vinda de Permínio à Casa de Leis será fundamental para a explicação sobre o prejuízo de aproximadamente R$ 2,5 milhões aos cofres do poder Executivo.


Durante a sessão desta quarta-feira (5), Santos disse que a aproximação de Permínio aos deputados será fundamental para se estabelecer uma linha de diálogo e ajudará no esclarecimento do caso. A suposta fraude nas matriculas escolares deve ser investigada pela Controladoria Geral da União.


Conforme um levantamento da Seduc, o aumento significativo no numero de matriculas, que foram manipuladas de forma fraudulenta, seria em função dos repasses de recursos do Governo Federal e do Governo Estadual, que observa o número de alunos matriculados para determinar o valor do repasse.


Ao total, foram vistoriadas 750 escolas em todo o Estado pela Seduc. No levantamento, foram encontradas desde irregularidades na entrega das documentações dos alunos até a efetivação em duplicidade de alguns estudantes. Os principais ilícitos foram encontrados em escolas de Cuiabá, Várzea Grande e em mais três cidades do interior do Estado.

MT - Heliodoro Capistrano é a melhor escola estadual de Cuiabá, segundo ranking do Enem



Jonas Jozino | Redação 24 Horas News

Heliodoro Capistrano é a melhor escola estadual de Cuiabá, segundo ranking do Enem
No ranking do Enem divulgado nesta quarta-feira, a escola do Parque Cuiabá aparece com a melhor da rede pública estadual na Capital


Antes apontada como uma escola problemática e de péssimo índice educacional, a Escola Estadual “Heliodoro Capistrano da Silva”, no Parque Cuiabá chegou neste ano ao topo das escolas estaduais de Mato Grosso, no ranking anual do Enem divulgado nesta quarta-feira. A escola, que mantém atividades em três períodos conquistou 500,2 pontos no ranking superando tradicionais estabelecimentos de ensino particulares da Capital Mato-grossense como o Colégio CIN, período vespertino e noturno que conquistou 498,3 e a Escola Militar Tiradentes, que obtive 486,2.

Para chegar ao topo do ranking em Cuiabá a missão da direção da escola Heliodoro Capistrano da Silva, liderada pela professora Luciana Paixão, não foi fácil. “Foram anos de trabalho, conscientização dos nossos professores, de todo o corpo de funcionários e, claro, dos alunos que passaram a ver a nossa escola como uma instituição preocupada com o ensino”, diz a diretora.

Outro fator importante credito ao sucesso da escola, que nos últimos anos vinha crescendo no ranking e agora superou outras tradicionais escolas estaduais da cidade como o Liceu Cuiabano, a mais badalada das escolas públicas de Cuiabá, que está no segundo lugar com 491,8, Paschoal Moreira Cabral, com 491,4 e Raimundo Pinheiro, com 490,1, foi a dedicação dos professores em dar aulas de reforço aos alunos dos terceiro ano fora de seus horários de trabalho, notadamentos nos projetos de português liderado pela professora Cristina Novaes e de matemática pela professora Alcina Horonato.

“Fico emocionada ao saber que atingimos o primeiro lugar em Cuiabá. A nota 500,2 é um estimulo para continuarmos o trabalho com estes jovens que sonham com um futuro promissor. Não me arrependo de ficar preparando aulas, ficar fora do meu horário de trabalho em sala de aula com alunos, preparando-os para o Enem”, disse a professora de Português, Cristina Novaes. "É gratificante ver a escola chegar a esta posição. É o reconhecimento de nosso trabalho junto aos alunos", completa a professora Alcina.

O coordenador da escola nos períodos matutino e noturno e ex-diretor do estabelecimento de ensino, Ednilson Gonsalves, também comemorou a pontuação da escola, salientando que a ajuda dos pais, dos professores e, principalmente dos alunos que vão para estudar, aprender e se preparar para o futuro foi importante para esta conquista. “Chegamos ao topo. Agora é dar continuidade a este trabalho, com o corpo de professores que temos para continuarmos nesta posição”, avisa.

A nível de Mato Grosso, a Escola Heliodoro Capistrano da Silva ficou em nono lugar entre as escolas estaduais. Para a coordenadora do período vespertino, professora Jacksandra Silva Leite é uma certeza de que o trabalho desenvolvido pelos profissionais da escola está no caminho certo. “É continuar trabalhando para sermos a primeira escola estadual de Mato Grosso. Não estamos longe disso”, enfatiza ao lembrar que primeira colocada no Estado é a Escola Estadual La Salle, de Rondonópolis, que obteve 524,8. “Vamos superar esta marca”, completa.

MT - Unidades de ensino com melhor desempenho são privadas


As notas foram divulgadas nesta quarta-feira (05), pelo Ministério da Educação

MidiaNews















O Colégio Maxi, em Cuiabá, foi o que apresentou o melhor desempenho no Enem 2014 em Mato Grosso
JAD LARANJEIRA
DA REDAÇÃO
Nove das 10 instituições de ensino de Mato Grosso que apresentaram bom desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2014 são particulares.
Os dados constam no levantamento divulgado nesta quarta-feira (5) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ligado ao Ministério da Educação (MEC).

O melhor desempenho no Estado, segundo o ranking, foi o apresentado pelo Colégio Maxi, em Cuiabá, que recebeu média geral de 622,2, ocupando o 522º lugar no ranking nacional.

Da Capital, também aparecem no ranking a Escola do Farina (2º), com 613 pontos; Colégio Isaac Newton - ITA Medicina (3º), 611,5 pontos; Colégio Salesiano São Gonçalo (5º), com 596,8 pontos; o campus Bela Vista do Instituto Federal de Mato Grosso (8º), com 591,7 pontos; e o Colégio Master (10º), com 584,6.

As demais que constam na lista das 10 melhores do estado são o Colégio Cristhiane Archer Dal Bosco, de Sinop (4º), com média 598; Centro Integrado de Ensino Médio Progresso (6º), de Campo Verde, com média 596,8; Colégio Imaculada Conceição, de Cáceres (7º), com média 593,8; e Colégio Regina Coeli, de Sorriso (9º), com média 585,3.

Demais rankings

Ao todo, 298 escolas de Mato Grosso participaram do Enem, sendo 201 públicas e 97 privadas.

No entanto, nenhuma dessas instituições conseguiu figurar na lista das 100 melhores notas no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem).

Dentre as 10 melhores escolas públicas (estadual, municipal e federal) do Estado que aparecem no ranking, nove são institutos federais com campi em Cuiabá, Cáceres, Rondonópolis, São Vicente, Barra do Garças, Campo Novo do Parecis, Juína e Sorriso.

Entre estas, a única que não é federal, e está em 10º lugar, é a Escola Estadual La Salle, em Rondonópolis (218 km ao Sul de Cuiabá) que obteve a melhor nota entre as escolas estaduais com média de 524,79.

A unidade que apresentou o pior desempenho em Mato Grosso foi a Escola Estadual Frei Emiliano Monteiro, em Nossa Senhora do Livramento (42 km de Cuiabá), que obteve nota final de 433,40.


terça-feira, 4 de agosto de 2015

MT - Após férias, professores deflagram greve e 23 mil ficam sem aulas


Categoria cobra a atualização do piso salarial de carreira em 13,66% para todos os servidores

Assessoria/Sintep-VG

Professores rejeitaram proposta do Município e deflagaram greve
THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO
Servidores da rede pública de ensino de Várzea Grande deflagraram greve por tempo indeterminado nesta segunda-feira (3).

Hoje, os alunos retornariam para as salas de aulas, após duas semanas de férias. A estimativa é de que 23,6 mil crianças e adolescentes sejam afetados com a paralisação.

Pela manhã, os profissionais realizaram um protesto em frente à Prefeitura Municipal.

A categoria reivindica a atualização do piso salarial de carreira em 13,66% para todos os educadores e demais funcionários da área técnica.

Atualmente, o piso salarial de um professor de Várzea Grande é de R$ 1.055,00. Já os outros profissionais da área recebem R$ 954.

"A greve só será encerrada quando as nossas reivindicações forem atendidas pela prefeitura"
Os servidores pedem, ainda, a reestruturação de carreira, pagamento das diferenças salariais dos anos anteriores, calendário de férias e licença prêmio.

“A greve só será encerrada quando as nossas reivindicações forem atendidas pela prefeitura”, afirmou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Várzea Grande (Sintep-VG), Gilmar Soares.

De acordo com Soares, o reajuste salarial já havia sido proposto pela administração passada e entraria em vigor no mês de julho, no entanto, a nova gestão não cumpriu o acordo.

Outro lado


A Secretaria Municipal de Educação informou ao MidiaNews que apresentou duas propostas à categoria, mas ambas foram rejeitadas.

Uma delas seria o  reajuste de 13,66%  para os professores, dividido em duas parcelas, e um aumento de 8,5% para os demais profissionais.

No entanto, conforme o Sintep-VG, a proposta não  atende a necessidade da classe.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

O Quinto dos Infernos


Quem nunca ouviu essa expressão popular? O dito, de mais de dois séculos, tem uma origem muito prosaica

Por: SEBASTIÃO CARLOS



Quem nunca ouviu essa expressão popular? Quando você está p. da vida com alguém ou com alguma coisa deseja que ele, ou ela, vá para “o quinto dos infernos”, ou seja, que vá para o pior dos lugares possíveis. O dito, de mais de dois séculos, tem uma origem muito prosaica. E, o curioso, é que se tornou em uma realidade muito presente em nossos dias.

Desde meados do século XVII e ao longo do século subsequente o ouro do Brasil alimentou o sonho imperialista de Portugal. Daqui foram carreadas toneladas do precioso metal. A descoberta dos aluviões no extremo oeste serviu para aguçar ainda mais a avidez lusitana. Quando, na manhã de 1º de novembro de 1755, um terremoto, seguido de tsunami, praticamente destruiu Lisboa, nos anos seguintes foi o ouro da Vila Real do Senhor Bom Jesus do Cuiabá que em grande parte contribuiu para a reconstrução da capital da Metrópole.

Esse episódio, que até hoje é considerado uma das maiores catástrofes naturais da Europa, gerou uma série de consequências no campo da política, da ciência e até, vejam, da filosofia. Se na política serviu para demonstrar o gênio de Dom Sebastião José de Carvalho e Melo, posteriormente Marquês de Pombal, na ciência foi decisivo para o surgimento de uma nova disciplina, a sismologia, e já na Filosofia fomentou reflexões e demoradas polêmicas entre os sábios da Europa, nas quais se destacou Voltaire. Este, no longo e depois célebre Poema sobre o desastre de Lisboa [Poème Sur Le Désastre de Lisbonne], acidamente questiona: “Ou Deus quis impedir o mal e não pode, ou pode e não quis. Ou mesmo nem quis e nem pode. Se quis e não pode, não é Deus; se pode e não quis, não é bom. Se quer e pode, qual a origem de todos os males?”

Mas voltemos ao inferno. Vinte por cento, ou seja 1/5, de tudo o que fosse produzido pelos súditos da Colônia era destinado para a Coroa. O tributo, regular e impiedosamente cobrado, era denominado de “o Quinto”. A incidência se dava principalmente sobre o ouro que, com o tempo, começou a escassear. A Metrópole, no entanto, não estava nem aí para isso. O povo chiava e praguejava contra o odioso imposto a que passou chamar de “o Quinto dos infernos”. Nos fins dos anos 1780, a Metrópole criou o sistema da Derrama, pela qual cada região de exploração de ouro deveria pagar anualmente 100 arrobas de ouro (1500 quilos). E, se não tivesse essa quantia? Azar! Soldados invadiam as casas e retiravam os pertences de seus donos, até que fosse completado o valor devido. Ainda que os mui nobres ideais de Liberdade e de Igualdade tenham ilustrado a chamada Inconfidência Mineira, na realidade o motor principal da frustrada tentativa de rebeldia foi precisamente a cobrança do escorchante tributo que, no ano de 1789, se avizinhava pela execução da Derrama.

Vamos dar um salto no tempo. Que nome hoje se pode dar ao sistema tributário brasileiro que se mostra mais cruel que aquele que motivou a Conjura Mineira? Se no século XVIII, pagando-se um quinto, era o “Quinto dos infernos”, como denominar a carga tributária atual? E o curioso é que esse sistema iníquo é o grande elo existente entre os governantes brasileiros, governo após governo, não importa a que partido pertençam. Divergem de mentirinha em muitas coisas, pensam e agem diferentemente em tantas outras, uns dizem que tem a ideologia y ou z, mas todos estão concordes em duas coisas: a) em dizer que “o Brasil precisa de uma reforma tributária”, e, b) em aumentar e criar mais impostos quando estão no poder. E os que estão embaixo? Estes tão habituados e domesticados apenas ousam resmungar. Sempre timidamente. Até quando? Pois é, hoje pagamos mais tributos que no tempo da Colônia. Duvidam?

De 1º de janeiro a 30 de maio deste ano de 2015, portanto durante cento e cinquenta dias, trabalhamos de graça para os Governos - federal, estadual e municipal. Num artigo do ano passado, o professor Jacir J. Venturi, da Universidade Federal e da PUC do Paraná, mostra que a carga de impostos, taxas e contribuições no Brasil saltou de 21% para 36,4% do PIB desde 1985, início do mandato de Sarney. Isto representa quase o dobro do que trabalhávamos na década de 1970 para pagar as mesmas obrigações tributárias. Segundo cálculos do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal (2014), é algo em torno de R$ 35 bilhões a mais, já que, em razão da defasagem, as alíquotas do Imposto de Renda deveriam ser reajustadas em 61%. Agora, como nos faz lembrar o professor, se a isso ainda acrescentarmos os serviços a que somos forçados a contratar nas áreas de saúde, educação, previdência, segurança, pedágios em rodovias, devemos acrescentar pelo menos mais dois meses de trabalho para o governo. Tudo de dispêndio para sermos governados. É ridículo. Assim, meus caros leitor e leitora, hoje você trabalha 7 meses por ano só para arcar com o peso da burocracia dos governos. Ah! e da corrupção.

Até aí nada muito significativo, se poderia dizer, se se tivessem serviços públicos de qualidade. Serviços que pudessem justificar essa verdadeira “derrama” contemporânea. Mas não. Mantemos uma burocracia ineficiente, incompetente e medíocre. Mantemos a corrupção. Esta sim, uma das melhores do mundo. E, de tudo isso, quem paga mais? Bem, isto fica para um próximo artigo.

A verdade é que a turma dos Inconfidentes, hoje heróis da Pátria, de onde estiver, deve estar estupefata, primeiro com a carga tributária que hoje recai sobre os ombros do povo, e depois com a enorme passividade do povo. Ambas, de longe maior que em seu vetusto tempo. Enfim, o “quinto dos Infernos” - devem estar dizendo os Inconfidentes de 1789 - é os tempos de hoje.

*SEBASTIÃO CARLOS GOMES DE CARVALHO é Professor, Advogado e Historiador.

Práticas inovadoras em educação

Esther Cristina Pereira - cris@escolaatuacao.com.br
Esther Cristina Pereira é psicopedagoga, diretora da Escola Atuação e vice-presidente do Sinepe/PR.



Com o objetivo de divulgar e reconhecer as boas experiências das instituições de ensino que estão interessadas em transformar a educação, o Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe/PR) acaba de lançar o Prêmio Sinepe/PR de Práticas Inovadoras em Educação 2015. O Prêmio é inédito no estado.

As instituições de ensino particular poderão participar com projetos cuja proposta contemple um dos três subtemas: Inovação em Sustentabilidade, Inovação em Inclusão Social ou Inovação Pedagógica.
As inscrições já estão abertas e seguem até o dia 24 de julho de 2015. Podem participar os projetos que foram iniciados a partir de janeiro de 2012 e que comprovem resultados até o ano de 2014, pelo menos. O projeto também precisa descrever um ciclo de implantação de, no mínimo, um ano letivo. Todos as informações sobre o prêmio estão disponíveis no endereço www.sinepepr.org.br, assim como a forma de participação.

O Prêmio pensou em contemplar todos os níveis da Educação. Por isso, podem concorrer as instituições de Educação Infantil e Ensino Fundamental I, Ensino Fundamental II, Ensino Médio Regular e Ensino Técnico Profissionalizante, Educação Superior e Cursos Livres (escolas de idiomas, dança, música, de artes e academias). Em cada uma das categorias haverá a premiação para 1.º, 2.º e 3.º lugar, totalizando 12 premiações.

Os participantes deverão escrever um projeto que deve incluir um resumo, relatando o início das atividades e número de alunos e profissionais envolvidos; um histórico do projeto, com a apresentação institucional, descrição e justificativa para a implantação, objetivos e desafios. Além disso, o projeto deverá constar o envolvimento e relacionamento com os públicos de interesse, estratégias adotadas, recursos utilizados, relevância e aspectos inovadores da atuação, e o impacto do projeto na comunidade. Por fim, é preciso descrever os resultados alcançados com o projeto e se existem perspectivas de aperfeiçoamento e de continuidade.

Os projetos serão avaliados por uma Comissão Julgadora, que será formada por pessoas de diversas áreas, como social, jurídica, técnica, ambiental, administrativa e de imprensa, que deverão conduzir as decisões relacionadas à avaliação e trabalhos inscritos, mantendo-se isentas em relação a tais atividades.

A Comissão Julgadora vai indicar três projetos finalistas de cada categoria, que atingirão as maiores pontuações, de acordo com a tabela de critérios de avaliação (consulte o regulamento). O julgamento vai adotar critérios de avaliação como a relevância do trabalho para a instituição; qualidade da estratégia desenvolvida; qualidade das ferramentas e ações de comunicação utilizadas; resultados alcançados; envolvimento com os públicos de interesse e apresentação das informações prestadas.

Para se ter uma ideia da amplitude desse Prêmio é só lembrar que hoje temos no Paraná 1.790 instituições privadas de ensino regular que atendem 690 mil alunos da Educação Infantil ao Ensino Superior. Se forem somados mais os números de academias, cursos livres e escolas de idiomas, teremos cerca de 2,5 mil instituições no Estado.

Sabemos que estão acontecendo muitas práticas de Inovação em Sustentabilidade, Inclusão Social e Pedagógica dentro das instituições paranaenses. E o que esse Prêmio propõe é divulgar essas boas e inovadoras práticas. Nós precisamos acreditar no trabalho da escola, do professor, e que a educação é o único caminho para uma nação se tornar verdadeiramente melhor.
No dia 13 de novembro deste ano serão anunciados os vencedores durante a cerimônia de premiação, que acontecerá no Espaço Torres. Anote a data na agenda e participe!

Valores para a educação de jovens nos dias atuais

Valentin Fernandes - imprensa@marista.org.br

Diretor geral do Colégio Marista Criciúma, da Rede de Colégios do Grupo Marista do Grupo Marista.



Ao contrário do que muitos dizem, não estamos vivendo em uma época de perda de valores. Os valores estão ao nosso dispor, o que precisamos fazer é vivenciá-los, pois eles só têm sentido quando fazemos uso em nossas relações e vida cotidiana. Eles são atualizados com o passar dos tempos, conforme as culturas e os povos, mas não perdem sua essência.

A idade juvenil é o período das contradições, questionamentos, da construção da personalidade e identidade da pessoa como um todo. Por isso, a educação a partir de valores torna-se fundamental nessa fase da vida.

Conforme vai se conhecendo, o jovem busca modelos onde possa se espelhar. Hoje temos uma realidade escassa de líderes bons e éticos. As referências que o mundo apresenta são repletas de corrupção, desrespeito e ideologias que levam ao vazio e à insatisfação.

Como educadores Maristas, acreditamos na formação integral do sujeito. Por isso, não podemos formar apenas o jovem na dimensão acadêmica para passar nos vestibulares, cursar uma faculdade e ter um bom emprego. Ele deve receber uma formação para ser pessoa humana, que goste de gente, seja solidário com os outros, ame e saiba respeitar.

De que adianta um profissional ser excelente na dimensão intelectiva e não ter estrutura de valor para suportar o que uma vida profissional exige? O jovem deve ser muito bem preparado para os exames acadêmicos, mas também para enfrentar os desafios que a vida lhe apresentar.

O Colégio Marista é uma instituição confessional, pertencemos à Igreja Católica Apostólica Romana, no entanto, transmitimos nossos valores respeitando todas as religiões, trabalhamos a partir de elementos que dialogam com as culturas e nossa sociedade. A solidariedade, por exemplo, é um valor essencialmente cristão, no entanto, todas as pessoas, cristãs ou não, conhecem e valorizam sua prática.

Desenvolvemos os valores Maristas, que são: Espiritualidade, Espírito de Família, Simplicidade, Justiça, Presença Significativa e Amor ao Trabalho. Todos são vivenciados por meio dos projetos pedagógicos-pastorais, culturais, esportivos e sociais.

Os jovens necessitam de algo que os dê sentido, utilidade e ação. Se eles se envolvem em atividades nas quais possam colocar em prática os valores que aprendem, se desenvolverão como seres humanos de forma plena. Por isso, desenvolvemos projetos paralelos às aulas, como a Pastoral Juvenil Marista (PJM) e eventos de formação como o CLIMA - Curso de Liderança Marista.

O mundo necessita de líderes, de referências e modelos bons. É importante desenvolver o protagonismo, desde a infância até a juventude. Os jovens precisam ter voz e saber utilizá-la, sendo cidadãos e responsáveis pelo mundo como um todo.

O homem precisa ter consciência da sua liberdade, seus direitos e deveres e da responsabilidade pelos outros. Quanto mais jovens protagonistas tivermos, menos exploração, violência e corrupção teremos. Líder protagonista é sinônimo de nação de valores. Nosso sonho, é que eles abracem o mundo e consigam transformá-lo em um ambiente melhor para todos. 

País terá que investir até três vezes mais para ter ensino de qualidade


A etapa educacional que mais necessita de investimentos é a creche, que atende a crianças até 3 anos de idade.

 Agência Brasil -

O Brasil terá que aumentar em até três vezes o valor investido por aluno na rede pública para garantir educação com padrões mínimos de qualidade, de acordo com a Campanha Nacional pelo Direito à Educação, rede que reúne mais de 200 organizações.
Esse cálculo significa R$ 37 bilhões a mais no sistema educacional público, que engloba 40,7 milhões de matrículas.

A etapa educacional que mais necessita de investimentos é a creche, que atende a crianças até 3 anos de idade. O valor ideal seria R$ 10 mil por aluno para o atendimento em tempo integral. Atualmente, segundo dados divulgados pela campanha, são gastos R$ 3,3 mil, com base nos valores do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais de Educação (Fundeb).

O investimento calculado pela campanha corresponde ao Custo Aluno-Qualidade inicial (CAQi), instrumento criado pela própria organização e incorporado ao Plano Nacional de Educação (PNE). O CAQi define quanto deve ser aplicado para cada aluno ter acesso a uma educação com um padrão mínimo de qualidade. Entram no cálculo recursos para infraestrutura, materiais e equipamentos, além do salário dos professores.

A implantação do Custo Aluno Qualidade (CAQ) faz parte das estratégias para alcançar o investimento de pelo menos 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação até 2024. Pela lei, o CAQi deve ser implementado em até dois anos de vigência da lei, no final de junho de 2016. Atualmente, o investimento é de 6,6% do PIB.

A tabela divulgada pela campanha atualiza os valores para todas as etapas de ensino. Entre as matrículas em tempo integral, na pré-escola, o valor por aluno deveria ser R$ 5 mil, contra os atuais R$ 3,3 mil; no ensino fundamental e no médio, R$ 4,8 mil, contra R$ 3,3 mil atuais. A educação indígena e quilombola deveria subir dos atuais R$ 3,1 mil para R$ 6,1 mil por estudante.

“Os dados mostram que as matrículas que o Brasil menos investiu ao longo da história, como creche, educação quilombola e indígena, demandam mais recursos”, diz o coordenador geral da campanha, Daniel Cara. Ele acrescenta que, além das matrículas existentes, o Brasil tem de incluir 2,8 milhões de crianças e jovens na escola e isso custará mais de R$ 13 bilhões nos anos iniciais para garantir a infraestrututra e R$ 13 bilhões a mais por ano para manter esses alunos.

“Os dados trazem a clareza de que praticamente todas as matrículas do Brasil, salvo os estados mais ricos, precisam de complementação da União para atingir um padrão mínimo de qualidade. Essa é uma agenda que vai ter que ser discutida”, diz.

Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) de 2014, obtidos por requerimento de informação pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), mostram que a União contribui com 18%, os estados, com 40%, e os municípios, com 42% do investimento direto aplicado em educação.

Para o cálculo do CAQi, a campanha usou os recursos previstos em parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE) de 2010, que não foi homologado pelo Ministério da Educação (MEC). O documento final da Conferência Nacional de Educação (Conae), que reuniu especialistas, organizações e Poder Público, estabelece que o CAQi seja regulamentado nos moldes do parecer do CNE.

O MEC, no entanto, discute o CAQi e o CAQ em grupo formado por secretarias da pasta, pelo Inep e pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Em junho, à Agência Brasil, o secretário de Articulação com os Sistemas de Ensino do MEC, Binho Marques, disse que o grupo levanta dados sobre insumos e custos da educação básica e que o CAQ poderá não seguir exatamente o que está no parecer do CNE. Até setembro, o trabalho do grupo deverá ser colocado em discussão.

Lançado o Prêmio Mato Grosso de Literatura para incentivar e valorizar escritores


O programa é aberto a todos que tenham trabalhos inéditos

O governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel) e do Conselho Estadual de Cultura lança, nesta terça-feira (28), o Prêmio Mato Grosso de Literatura, que visa apoiar a publicação de projetos literários nas categorias Biografia, Poesia, Prosa e Revelação. Os prêmios somam R$ 200 mil e as inscrições gratuitas vão até o dia 28 de agosto. O edital de seleção foi publicado no Diário Oficial de 27 de julho.

 O certame busca incentivar a produção literária, valorizar e promover a obra de escritores residentes em Mato Grosso. Os textos devem ser em língua portuguesa.
 “Este é o primeiro de uma série de prêmios que lançaremos na próxima semana. A escolha das obras se dará por comissão técnica formada por profissionais da área, independentes, obrigatoriamente sem ligação com os proponentes e previmos, pelo menos, metade dos prêmios para propostas do interior, com o objetivo de descentralizar os recursos e dar oportunidade para todos”, afirmou o secretário Leandro Carvalho.

 Ao todo serão selecionados 10 projetos, sendo duas biografias, duas poesias, quatro projetos em prosa e dois projetos na categoria revelação. Cada projeto vencedor receberá R$ 20 mil que deverão ser investidos exclusivamente na edição e publicação da obra literária.

Serão consideradas biografias as narrativas sobre a história de vida de uma pessoa que viveu ou teve alguma relação significativa com o Estado de Mato Grosso. A categoria Poesia será entendida como uma expressão literária livre, construída por versos ou outra forma de organização de palavras, que expressem uma ideia ou sentimento. A prosa corresponde aos trabalhos de criação em contos, coletânea de crônicas, romance, novela, livro infantil ou texto teatral, que possam ser publicados na forma impressa de livro. Já a categoria Revelação é dedicada aos autores estreantes, que nunca tiveram livros publicados na forma impressa, nos gêneros poesia ou prosa.                        
Não há idade mínima para participar do prêmio, desde que sejam respeitadas as regras de representação contidas na legislação. Cada autor poderá inscrever apenas uma obra literária em uma categoria e serão aceitas somente aquelas que não tenham sido publicadas, seja de forma impressa ou virtual. Os textos inscritos devem ser inéditos e, se for constatada alguma publicação prévia, a inscrição será anulada. 

As obras serão submetidas a duas comissões, a de Habilitação, responsável por verificar se todos os requisitos das inscrições foram preenchidos, e a de Avaliação Técnica, esta composta por especialistas em literatura, escritores, jornalistas e críticos literários, com reconhecida experiência e notório saber na área de literatura.
 A lista com os autores e obras vencedoras será publicada no dia 16 de outubro de 2015. 


 

Mapeamento identifica experiências que mostram tendências na educação


Uma escola desconectada [com a realidade] gera baixo engajamento dos alunos, que não veem utilidade nem têm entusiasmo para estar ali.

 Agência Brasil -

Por que as carteiras enfileiradas são frequentes nas salas de aula? Por que o método de ensino normalmente é expositivo? Por que as aulas precisam começar às 7h da manhã? Por que estudantes não podem usar celular? – são questionamento comuns entre aqueles que defendem uma escola conectada com a realidade, fora dos muros escolares.
Um mapeamento coordenado pelo Instituto Inspirare, em 30 países, identificou 96 experiências (15 delas do Brasil) que inovam na prática pedagógica, a partir de cinco tendências que aproximam a prática educacional das exigências do século 21. Os exemplos selecionados estão na plataforma digital e gratuita InnoveEdu no site.

Anna Penido, diretora do Instituto Inspirare, diz que "temos pouco uso de tecnologia", e a manutenção de horários e arquiteturas persiste há séculos, da mesma forma. São as mesmas metodologias dos tempos de nossos avós, segundo ela, mas hoje temos alunos muito diferentes e sociedade diferente", que demanda outras competências desses alunos. Portanto, o questionamento atual, acrescentou, é "como transformar essa realidade?” As experiências foram indicadas por um grupo de especialistas, com base em competências para o século 21, personalização, experimentação, uso do território e novas certificações.

Uma dessas experiências selecionadas foi em Campo Limpo, periferia da zona sul de São Paulo. A escola do bairro ensina a jovens e adultos, a partir de 15 anos, que, por várias razões, não se mantiveram na escola regular. Jovens expulsos de outras escolas, trabalhadores que voltaram a estudar, adolescentes que cumprem medida socioeducativa e dependentes químicos, dentre outros. Sob direção da educadora Eda Luiz, o modelo tradicional de disciplinas, turno escolar e avaliação foi subvertido, tornando-os flexíveis, o que contribuiu para diminuir a evasão.

A escola tem seis turnos de duas horas e meia, cada, cobrindo manhã, tarde e noite. Os estudantes são divididos em módulos, de acordo com o nível de conhecimento, e têm flexibilidade para assistir aulas em horário diferente do que está matriculado. As disciplinas foram substituídas por áreas de conhecimento, como linguagens e códigos, ciências humanas, ciências do pensamento e ensaios logísticos e artísticos. Em vez de prova, os alunos fazem um trabalho que dura seis meses e envolve toda a escola. O resultado vira uma intervenção no bairro. Em 2007, o projeto da escola foi base para mudanças em toda a rede municipal.

No InnoveEdu é possível identificar o tipo de experiência em que se busca inspiração. A escola de Campo Limpo, por exemplo, atende à tendência de personalização, ao flexibilizar horários e disciplinas; estimula a experimentação, a partir de projetos que integram toda a escola; e gera produtos concretos, usados na comunidade. Também é possível saber o grau de uso de tecnologia, o número de pessoas impactadas, a idade dos beneficiários e fases do projeto. De acordo com a diretora do Inspirare, essas informações têm como foco professores, formuladores de políticas públicas e empreendedores sociais.

Anna Penido chama a atenção para os prejuízos de uma escola que não está atenta a essas tendências. Segundo ela, “uma escola desconectada [com a realidade] gera baixo engajamento dos alunos, que não veem utilidade nem têm entusiasmo para estar ali. A gente vê os alunos saindo despreparados para enfrentar os desafios na vida, seja pessoal, profissional e também como cidadão”.

Ela lembra que a necessidade de transformações na educação não é uma peculiaridade do Brasil, mas sim, um desafio global. Tanto, que esse padrão de escola está presente em todos os lugares do mundo. "A gente tem exemplos disruptivos [interrompem o seguimento normal de um processo], que fazem uma escola diferente, que destacamos na plataforma, mas a maioria delas é semelhante”, avaliou. Segundo ela, o salto qualitativo que se almeja na educação brasileira deve ser dado com o novo modelo de escola.

O MEC aguarda as sugestões para o ensino básico.Portal irá receber sugestões no ensino básico


 Agência Brasil -

O Ministério da Educação (MEC) lançou no último dia 30 o site da Base Nacional Comum Curricular (BNC) – plataforma ampla para receber sugestões de organizações, redes de ensino e da sociedade em geral para a definição do que os alunos do ensino básico devem aprender ano a ano.
No dia 15 de setembro, a pasta divulgará oficialmente a proposta preliminar para, a partir dela, coletar sugestões até o dia 15 de dezembro pelo endereço http://basenacionalcomum.mec.gov.br/  .

A BNC vai dar a maior transparência possível sobre os conhecimentos que todos os estudantes devem ter, da creche ao ensino médio, detalhando o que devem aprender. O site reúne documentos teóricos, vídeos com especialistas e autoridades. É possível também ter acesso ao currículo adotado em cada estado e no Distrito Federal.

"Sem a base fica difícil rever a formação de professores, fica difícil, para não dizer impossível, pensar no material didático", diz o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro. O ministro espera concluir a BNC até março do ano que vem e enviá-la ao Conselho Nacional de Educação (CNE). "A base se tornou pivô de várias ações e pré-requisito de várias medidas necessárias para melhorar a educação brasileira", acrescenta.

O portal já está no ar. A partir de segunda-feira (3), o MEC entrará em contato com as organizações para que façam o cadastro no site e participem da elaboração da base. A partir da divulgação da proposta preliminar, o portal estará aberto para as contribuições.

A recomendação é que as redes de ensino, os movimentos sociais, entidades classistas e demais grupos enviem propostas já organizadas, que os represente. Já as contribuições individuais serão consolidadas pelo MEC. O site permite que os colaboradores enviem arquivos e que professores compartilhem, por exemplo, aplicações em sala de aula do que estão defendendo para a BNC.

A definição de uma base comum curricular é uma das estratégias que constam no Plano Nacional de Educação (PNE), sancionado no ano passado pela presidente Dilma Rousseff. O PNE estabelece metas e estratégias para os próximos dez anos, de modo a melhorar a educação.

Um grupo de 116 especialistas debate no MEC a versão preliminar da BNC, que será colocada para consulta. Depois de consolidada, a proposta da base será enviada ao CNE para avaliação. Depois disso, retorna ao ministério para ser homologada. O prazo para que seja enviada ao CNE é junho de 2016.

MEC lança editais para resgatar história do período republicano


O ministro Renato Janine Ribeiro destacou a importância de preservar a história.

- Do MEC -

O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, disse que “é preciso recuperar a história”, durante a solenidade de lançamento dos editais de chamada pública para pesquisa e elaboração das obras Memórias Brasileiras – Biografias e Memórias Brasileiras – Conflitos Sociais, realizada na tarde do último dia 29.

Os editais, uma parceria entre o Ministério da Educação e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), têm o objetivo de resgatar e registrar as memórias do período republicano do Brasil.

Para as duas chamadas, podem submeter propostas pesquisadores de instituições de educação superior e institutos de pesquisa brasileiros, públicos e particulares, que tenham programas de pós-graduação stricto sensu recomendados pela Capes.

Segundo Janine Ribeiro, os editais são um apoio à pesquisa. “Lançar esses editais pela Capes significa que estes editais se dirigem à pós-graduação brasileira”, disse. “Esta é uma iniciativa que induz a pós-graduação a fazer pesquisa de ponta”, afirmou o ministro.

Para o presidente da Capes, Carlos Nobre, os editais estão de acordo com o Plano Nacional de Pós-Graduação (2011-2020), que buscam criar e fortalecer centros de excelências em humanidades, além de se refletir na produção de material didático para educação básica. “Além do papel indutivo da Capes, merece destaque a vinculação que se estabelece entre a pesquisa de excelência e a melhoria da educação básica. É exigência dos dois editais que os produtos gerados em cada projeto contribuam para a educação básica”, concluiu.

As inscrições para as duas chamadas públicas estão abertas até 28 de outubro próximo. O resultado final será divulgado a partir de janeiro de 2016. 

Lançada plataforma digital para colher ideias da população


Para o ministro Renato Janine, o diálogo é a base da educação. (Foto: Mariana Leal/MEC).

 Do MEC -

“Dialogar, em um país como o nosso, é fundamental”, disse a presidente da República, Dilma Rousseff, durante a cerimônia de lançamento do Dialoga Brasil, na terça-feira (28), em Brasília. De utilização simples e dinâmica, a plataforma digital tem o objetivo de recolher ideias da população, possibilitando uma interação direta entre a sociedade civil e o governo.

Para o lançamento do Dialoga Brasil, foram selecionados 20 programas de quatro temáticas: educação, saúde, segurança pública e redução da pobreza. Na plataforma digital, depois de se cadastrar, qualquer brasileiro pode propor, votar ou apoiar ideias para as ações do governo federal usando um computador ou dispositivo móvel. As três propostas mais apoiadas na plataforma serão respondidas a partir de novembro.

Participaram da cerimônia os ministros da Educação, Renato Janine Ribeiro; da Justiça, José Eduardo Cardoso; da Saúde, Arthur Chioro; e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello.

Segundo a presidente, ouvir a sociedade civil é necessário para governar o Brasil. “É muito difícil governar um país do tamanho do Brasil sem perceber que as grandes iniciativas que tivemos até agora vieram quase todas através de momentos de participação popular, de diálogos, de críticas, de comentários sobre a situação do país”, afirmou Dilma.

Para o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, o diálogo entre as instituições e a sociedade é importante na construção da “pátria educadora”. “Educação é algo que abrange todas as ações do governo, é a ideia de que o país se organiza em função de se qualificar melhor, de evoluir melhor”, disse. “O diálogo é a base da educação e é ele que permite que as pessoas aprendam coisas diferentes, aprendam a argumentar, aprendam a ouvir o outro”, concluiu.

MT - Inscrições para concurso de 157 vagas do IFMT estão abertas e seguem até o dia 16



Especial para o Olhar Concursos - Thalita Araújo



As inscrições para o concurso público do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), com oferta de 103 vagas para professor e mais 54 oportunidades para técnico-administrativo em educação, estão abertas a partir desta segunda-feira (3) e seguem até o próximo dia 16.

Os interessados podem inscrever-se pelo site da banca organizadora, a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), mediante pagamento de taxas que vão de R$ 70 a R$ 150, de acordo com o cargo pretendido.

Para a carreira docente (magistério do ensino básico, técnico e tecnológico), as 103 vagas estão distribuídas entre Alta Floresta, Cáceres, Campo Novo do Parecis, Confresa, Cuiabá – Octayde Jorge da Silva, Diamantino, Guarantã do Norte, Juína, Lucas do Rio Verde, Pontes e Lacerda, Primavera do Leste, Rondonópolis, São Vicente, Sinop, Sorriso e Tangará da Serra.

Leia também:
Concurso do IFMT oferta 103 vagas para professor e 54 para técnico em vários campi do estado

O Instituto Federal de Mato Grosso torna público o Edital n.º 70/2015, contendo as normas, rotinas e procedimentos que regem o Concurso Público para provimento de 103 vagas das carreiras do magistério do ensino básico, técnico e tecnológico e de 54 vagas de técnico-administrativo em educação, para atender a Instituição em seus campi e Reitoria. O regime é de exclusividade, com 40 horas semanais de trabalho, e os salários vão de R$ 4,3 mil a R$ 9 mil, de acordo com a titulação do aprovado.

Já as 54 vagas para técnico-administrativos em educação destinam-se aos campi Alta Floresta, Barra do Garças, Cáceres, Campo Novo do Parecis, Confresa, Cuiabá-Bela Vista, Cuiabá-Octayde Jorge da Silva, Diamantino, Guarantã do Norte, Juína, Lucas do Rio Verde, Pontes e Lacerda, Primavera do Leste, Rondonópolis, São Vicente, Sinop, Sorriso, Tangará da Serra e Várzea Grande. Os salários podem chegar a R$ 4 mil para a última categoria.

As provas objetivas para todos os cargos serão realizadas somente nas cidades de Barra do Garças, Cuiabá, Rondonópolis e Sinop. Já a prova de desempenho didático, etapa exclusiva para a seleção de docentes, será realizada somente na cidade de Cuiabá-MT.

Segundo informou o IFMT, O concurso público compreenderá as seguintes fases: a) prova objetiva de caráter eliminatório e classificatório, para o cargo/área de professor do ensino básico, técnico e tecnológico e para os cargos de técnico-administrativos em educação; b) prova de desempenho didático de caráter eliminatório e classificatório, apenas para o cargo/área de professor do ensino básico, técnico e tecnológico; c) prova de títulos de caráter classificatório, apenas para o cargo/área de professor do ensino básico, técnico e tecnológico.

MT - Construída em tempo recorde, escola no Coxipó recebe o nome do Vereador Clovito


Da Redação - Naiara Leonor


A obra de construção da nova escola do residencial Altos do Parque, realizada por meio do Programa de Modernização da Infraestrutura da Rede Municipal de Educação, foi executada em tempo recorde. Em apenas 120 dias, a nova unidade escolar foi construída e recebeu o nome de “Clóvis Hugueney Neto”, em homenagem ao vereador Clovito, que faleceu em 24 de maio deste ano.

Construída para suprir a demanda do residencial Altos do Parque e de seu entorno, como os bairros Real Parque, Jardim Pauliceia e Parque Cuiabá, a unidade de ensino vai atender aproximadamente 270 alunos da educação infantil de 4 e 5 anos, 1°, 2° e 3º ano do ensino fundamental.

A obra recebeu investimento na ordem de R$ 1,5 milhão, recursos próprios da Prefeitura de Cuiabá. Conforme explica o secretário municipal de Educação, Gilberto Figueiredo, a unidade de ensino foi construída em módulos com painéis isotérmicos para dar mais conforto termoacústico, minimizando o calor dentro das salas e diminuindo o consumo de energia.

Esse tipo de material, segundo o secretário, também ajuda na redução do tempo total da obra e diminui desperdício de materiais, representando economia de custo e tempo.

A escola possui área construída de mil metros quadrados, distribuídos em seis salas de aula, biblioteca, laboratório de informática, banheiros, cozinha e parte administrativa (secretaria, sala dos professores e diretoria), além da área de lazer. 

MT - Líder do governo convoca secretários da Seduc e da Sinfra para falar sobre alunos-fantasmas e contrato sem licitação



Da Redação - Laíse Lucatelli


O líder do governo na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Wilson Santos (PSDB), informou que vai convocar os secretários de Estado de Educação (Seduc), Permínio Pinto (PSDB), e de Infraestrutura (Sinfra), Marcelo Duarte, para prestar esclarecimentos aos deputados sobre assuntos que envolvem suas respectivas pastas. Alunos fantasmas e contratos sem licitações devem ser alvo de questionamentos dos parlamentares.


“Eles farão um balanço sobre as condições que encontraram a pasta neste primeiro semestre. Sobre a Seduc, queremos saber também a respeito do levantamento feito por esta gestão que diagnosticou quase 11 mil alunos com presença não confirmada em sala de aula”, explicou Wilson.

Os chamados ‘alunos fantasmas’ causaram um prejuízo de R$ 2,5 milhões ao Estado, segundo a Seduc. O número ainda pode aumentar, pois apenas 101 das 750 escolas de Mato Grosso foram monitoradas.

“No caso do Marcelo, os deputados querem saber como está o programa MT Integrado, e a contratação sem licitação da empresa gerenciadora das obras. A contratação de uma gerenciadora é exigência do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para liberar o resto do financiamento. Além disso, queremos saber sobre as duplicações de rodovias no perímetro urbano de Cuiabá, especificamente a MT-010 (Estrada da Guia) e MT-251 (Rodovia Emanuel Pinheiro)”, disse o deputado.

A nova gerenciadora do MT Integrado, RTA Engenheiros Consultores LTDA, foi contratada no mês passado ao custo de R$ 12,6 milhões, sem licitação. A contratação foi anunciada com estardalhaço pela Sinfra, que afirma ter economizado R$ 180 milhões em relação ao contrato firmado no governo passado.

O tucano informou que vai apresentar os requerimentos na primeira sessão do semestre, na noite desta terça-feira (4), e pretende levar os dois secretários até à Assembleia ainda este mês. Ele destacou que tanto Permínio Pinto quanto Marcelo Duarte concordam com a convocação e estão à disposição para falar com os deputados.
 

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Governo bloqueia R$ 2 bi do PAC e recursos da Saúde e Educação




Do G1, em Brasília


O governo federal publicou nesta quinta-feira (30) decreto presidencial, em edição extra do "Diário Oficial da União", detalhando o contingenciamento adicional de recursos no orçamento deste ano - cujo valor totaliza R$ 8,6 bilhões, dos quais R$ 8,47 bilhões cabem ao Executivo.
O anúncio do corte extra foi feito na semana passada, no mesmo dia em que o Executivo revisou para baixo a meta de superávit primário (economia para pagar juros da dívida pública) deste ano de R$ 66,3 bilhões para R$ 8,74 bilhões.
De acordo com o Tesouro Nacional, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que já tinha sofrido bloqueio de R$ 25,7 bilhões em maio deste ano, foi novamente alvo do bloqueio de recursos - sofrendo um corte adicional de R$ 2,05 bilhões. O programa foi o que teve o maior contingenciamento adicional.
Cortes adicionais
Além disso, áreas prioritárias do governo também não foram poupadas. O Ministério da Saúde, por exemplo, sofreu um bloqueio extra de recursos da ordem de R$ 1,7 bilhão em seus gastos correntes (não relacionados com investimentos), informou o Ministério da Fazenda. Foi o segundo maior corte realizado nesta semana.
O Ministério da Educação, por sua vez, teve um contingenciamento adicional de R$ 1,16 bilhão nos gastos correntes, informou o Ministério da Fazenda. Mais cedo, nesta quinta-feira, o secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, declarou que todas as áreas estão sendo afetadas pelo corte extra que está sendo feito no orçamento federal, inclusive Saúde e Educação, mas observou que os limites mínimos constitucionais estão sendo mantidos.
"Todos sofrerão cortes, mas preservando áreas prioritárias para o governo e respeitando sempre os limites constitucionais. Corte proporcional as áreas. Não tem nenhuma pasta especificamente afetada pelo decreto", declarou o secretário do Tesouro a jornalistas.
Segundo o Ministério do Planejamento, o contingenciamento nos Ministérios da Saúde e da Educação ficou abaixo da média geral. "No caso da Saúde o contingenciamento foi de 1,31%, enquanto que na Educação representou 2,55%. Cabe ressaltar que o orçamento dessas áreas se mantém acima do mínimo exigido pela Constituição", acrescentou.
As emendas parlamentares sofreram um bloqueio adicional de R$ 327 milhões, informou o Ministério do Planejamento. "O bloqueio dos valores primou pela qualidade do gasto público, de modo que não houve um corte linear e alguns Ministérios não foram contingenciados. Também foram consideradas as particularidades de cada política e de cada Órgão, além do ritmo de execução das obras em andamento", informou o Planejamento.
Meta fiscal
O corte adicional no orçamento faz parte da estratégia do governo para tentar atingir a meta de superávit primário deste ano. Além disso, também aumentou tributos sobre combustíveis, automóveis, empréstimos, importados, receitas financeiras de empresas, exportações de produtos manufaturados, cerveja, refrigerantes e cosméticos e atuou na limitação de benefícios sociais, como o seguro-desemprego, o auxílio-doença, o abono salarial e a pensão por morte, medidas já aprovadas pelo Congresso Nacional.
A equipe econômica trabalha para aumentar o nível de confiança na economia brasileira e também, para que a nota brasileira, concedida pelas agências de classificação de risco, permaneça no chamado "grau de investimento" – que é um tipo de recomendação para investimento.
Perdendo essa nota, as regras de vários fundos de pensão de outros países impediriam o investimento no Brasil, o que dificultaria a capacidade de o país, e das empresas do setor privado brasileiro, buscarem recursos no exterior – aumentando subsequentemente os juros destas operações.

Fies recebe R$ 5,1 bilhões de crédito extraordinário liberado por MP



A presidente Dilma Rousseff e o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, liberaram um crédito extraordinário de R$ 9,8 bilhões para o Ministério da Educação (MEC), de Encargos Financeiros da União e Operações Oficiais de Crédito. Do valor estabelecido, R$ 5,178 bilhões serão  reservados ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). As informações foram publicadas na edição desta sexta-feira (31) do "Diário Oficial da União".
Trata-se de um crédito extraordinário por ser um valor concedido além do orçamento da Educação estipulado pelo governo federal. Da quantia destinada ao Fies, R$ 4,2 bilhões serão utilizados para consessão de contratos do programa. Além disso, R$ 578 milhões serão usados para a administração do programa e R$ 400 milhões para integralização de cotas do Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (FGEDUC).
Para a pós-graduação e educação superior, foram liberados R$ 35,8 milhões. Do valor total liberado, R$ 4,6 bilhões serão utilizados pela subvenção econômica em Operações de Financiamento no âmbito do Programa de Sustentação do Investimento e do Programa Emergencial de Reconstrução de Municípios Afetados por Desastres Naturais.
Inscrições no dia 3 de agosto
As regras para a edição do segundo semestre do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que terá 61.500 vagas foram divulgadas na segunda-feira (27). As inscrições começam na próxima segunda (3) e vão até as 23h59 do dia 6. As informações foram publicadas no "Diário Oficial da União".
O MEC também divulgou na segunda, em nota, que o prazo para o aditamento de contratos já vigentes do Fies também terá início na próxima segunda (3). O prazo inclui também o aditamento de contratos que não foram renovados no primeiro semestre.
"Todos os estudantes que já estão no Fies e que, por alguma razão, não realizaram o aditamento referente ao primeiro semestre de 2015 podem fazê-lo durante o período de renovação do segundo semestre, que terá início em 3 de agosto", diz o comunicado.
Segundo o MEC, há menos de 100 mil pessoas nesta situação. Alternativas ao Fies têm juros mais altos e exigem atenção, diz educador. De acordo com o edital, as inscrições para o Fies seguirão um modelo diferente das edições anteriores.
Agora, os estudantes deverão se candidatar para uma seleção por meio de um sistema semelhante ao usado no Sisutec. As inscrições serão feitas pelo site, que, até o início da manhã desta segunda, ainda estava fora do ar. Na nova plataforma, os estudantes precisarão se inscrever para vagas já definidas pelo próprio MEC, por meio de uma portaria publicada no início do mês que abriu o período de adesão das instituições de ensino. Eles serão selecionados com base na nota do Enem.
Segundo as novas regras, só poderão participar do processo estudantes que ainda não tenham diploma do ensino superior, que tenham feito o Enem a partir de 2010, com nota final de pelo menos 450 pontos, e que tenham renda familiar mensal bruta per capita de até 2,5 salários mínimos.
Professores da rede estadual estão isentos de cumprir os três requisitos, e pessoas que tenham concluído o ensino médio antes de 2010 não precisam cumprir a exigência de ter realizado o Enem, mas devem se encaixar nos outros dois requisitos.

Educação de pais e filhos


José de Paiva Netto

É sempre válido trazermos pauta a imprescindível influência da família na educação das crianças. O dr. Alessandro Vianna, psicólogo clínico, abordou o tema no programa "Educação em Debate", da Super Rede Boa Vontade de Rádio. Ele incentiva o hábito de pais e filhos jantarem juntos, um bom momento para se inteirarem das situações enfrentadas no dia. "Isso vai ser extremamente interessante, até para as crianças terem um equilíbrio emocional, e os pais de certa forma acabam tendo o controle da situação.

"(...) Quando a criança está num ambiente onde existe harmonia, amor, qualidade, orientação, respeito, compreensão — olha que não estou falando nada de tão complexo assim —, ela vai ser um adulto seguro, equilibrado, um profissional extremamente correto, que vai produzir bem, que vai ganhar um bom salário.

É o segredo do sucesso. Costumo dizer para os pais que não há milagres nesse quesito da educação nem sorte; existe a ação. E quanto mais nos organizarmos, dermos bons exemplos, equilibrarmos uma rotina, essa criança vai ter sucesso, sim. Uma família harmoniosa, filhos felizes com muita qualidade de vida. E, se os pais perceberem que não há harmonia, têm que procurar ajuda, não é só colocar os filhos para serem ajudados, para uma terapia, os pais também precisam de ajuda".

E completou o clínico: "Nada vai ser mudado sem uma grande boa vontade e empenho. Então, se percebemos que existe algo errado, vamos nos levantar do sofá, da comodidade, e nos movimentar. Não adianta só apontar o dedo para o outro ou delegar responsabilidades, na hora de educar os filhos, a psicólogos e pedagogos. Não é assim que funciona, a família é a grande referência, portanto, temos que agir".


De fato, dr. Alessandro. É a partir dos núcleos familiares que se resolvem, por extensão, até os maiores conflitos. Família pacificada não faz a guerra!



José de Paiva Netto é jornalista, radialista e escritor.

Para o seu mundo mudar, você tem de mudar!


Lair Ribeiro

É só com a participação do hemisfério direito do seu cérebro que você vai conseguir mudar suas crenças, suas percepções, seu compor¬ta¬mento e, em conse¬qüên¬cia, seus resultados.

Como conseguir fazer essas modificações?
Se você continuar fazendo o que sempre fez, vai continuar obtendo o que sempre obteve. Se quiser algu¬ma coisa a mais na vida, vai ter de passar a fazer algo mais.

É um erro pensar que um indivíduo pode obter um resultado diferente, fazendo exatamente o que sempre fez.

Para o seu mundo mudar, você tem de mudar. E, para mudar, você tem de mudar suas crenças, que vão mudar as suas percepções e a sua rea¬lidade.

Na região de Miami existem muitos iates e, embora proibido, milhares de latinhas de cerveja vão parar no fundo do mar. Certa vez, perguntaram a um mergulhador americano o que ele tinha encontrado lá embaixo. Ele, então, respondeu que tinha encontrado isso, mais isso, mais isso e, também, latinhas de cerveja Budweiser. Aí, lhe perguntaram como ele sabia que a marca das latinhas de cerveja era Budweiser, e ele, imediatamente res¬pon¬deu: “Ora, eu sei por causa da cor vermelha”.

A percepção desse mergulhador estava contaminada pelo fato de a cerveja Budweiser ser uma das mais vendidas em seu país. Na verdade, o ser humano não consegue distinguir a cor vermelha abaixo de 150 pés, como era o caso. A cor vermelha, nessa profundidade, fica invisível.

Um mergulhador francês, testado em seguida, disse apenas ter visto no fundo do mar objetos que pareciam ser latinhas de cerveja.
O segredo não é ver para crer, como queria São Tomé. O que importa é crer para ver.

Portanto, é possível mudar uma realidade desde que modifiquemos nossas crenças a respeito dela.
Guarde bem isso:
• Tudo o que existe no seu universo físico passou, primeiro, pela sua mente.
• Tudo o que existe na sala onde você está lendo este livro, agora, passou pela mente de alguém, incluindo você. E, antes, passou pela mente de seus pais,de seus avós etc.
• O fundamental na vida é acreditar.
À medida que você muda suas crenças, seus atos se modificam e, em conseqüência, também os resultados mudam.
A crença determina seus atos e estes, seus resultados.
Se você tiver uma crença positiva, vai ter atos positivos e resultados po¬sitivos. Se você tiver uma crença negativa, vai ter atos negativos e resultados negativos.

Lair Ribeiro é Palestrante internacional, ex-diretor da Merck Sharp & Dohme e da Ciba-Geigy Corporation, nos Estados Unidos

Mato Grosso tem 138 bibliotecas públicas cadastradas em nova plataforma de localização das unidades do Ministério da Cultura


Da Redação - Naiara Leonor


Agora não tem mais desculpas, o endereço das bibliotecas públicas de todo o país, inclusive de Mato Grosso, pode ser encontrado por meio de uma plataforma lançada pelo Ministério da Cultura (MinC). O novo sistema de localização aponta, dentro de um mapa do Brasil, as 6.021 bibliotecas públicas (municipais e estaduais) e comunitárias cadastradas no Cadastro Nacional de Bibliotecas e que integram o Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP).

Com acesso livre para qualquer cidadão, é possível encontrar dados como endereço e acessibilidade das instituições. Segundo dados da SNBP, a capital Cuiabá possui duas bibliotecas cadastradas, enquanto que o estado de Mato Grosso soma 138 unidades, na frente de Mato Grosso do Sul, com 80 unidades e atrás de Goiás, que tem 252 unidades. As regiões Centro–Oeste e Norte são as que têm menos bibliotecas cadastradas, com 501 e 503 unidades, respectivamente. Diferença grande quando comparada com as demais regiões, que apresentam mais que o dobro de unidades.

De acordo com a coordenadora geral do SNBP da Diretoria de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (DLLLB) do MinC, Veridiana Negrini, a ideia é, neste primeiro momento, divulgar os dados das bibliotecas públicas que já estão cadastradas para que, posteriormente, os gestores responsáveis por esses equipamentos possam complementar as informações sobre suas bibliotecas, com dados sobre acervo, serviços, infraestrutura, gestão, relação institucional e público principal da biblioteca.

"Pretendemos, no segundo semestre deste ano, lançar o novo cadastro nacional de bibliotecas, para mapear de maneira abrangente as bibliotecas públicas e comunitárias existentes no país", adiantou a coordenadora.

Dentro do processo de aprimoramento e atualização do mapa, novas bibliotecas, bibliotecas comunitárias e pontos de leitura também poderão ser cadastrados no Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais (SNIIC), que também está em processo de reformulação. Criado pelo MinC, o SNIIC visa coletar, armazenar e difundir dados e informações sobre a cultura brasileira.

Com quase 25 anos de história, 'Nuvem de Algodão' rejeita a escolarização precoce e aposta na pedagogia lúdica


Da Redação - Isabela Mercuri



O motivo para criar o centro educacional (antigo hotelzinho) não poderia ser mais regado de amor: em 1991, Nanci Côrtes, pedagoga, viu que sua irmã não tinha onde deixar as sobrinhas enquanto ia trabalhar e decidiu seguir seu sonho de se dedicar à educação infantil e ficar com a sobrinha. A escola completa, em 2016, 25 anos de existência, e a sobrinha que foi a motivação inicial já é mulher.

Nanci é proprietária-diretora do estabelecimento e conta que a Nuvem de Algodão surgiu como hotelzinho e, depois de passar por três locais diferentes, se tornou Centro Educacional em 2004. “Na verdade o nome de hotelzinho foi dado em função do preconceito que ainda existe, mas na época era maior ainda, sobre creche”, explica Nanci. Segundo a pedagoga, a conotação da palavra ‘creche’, antigamente, era de algo puramente assistencialista, mas isso mudou quando a palavra foi incluída na legislação educacional.

Além do nome, foi mudada também a regulamentação da escola. Atualmente, a Nuvem de Algodão atende crianças de quatro meses a cinco anos de idade, com uma filosofia de trabalho que agrega o cuidado e a educação. “Nós trabalhamos com uma estimulação para o desenvolvimento na área afetiva, psicológica e social, seguindo o que determina o referencial curricular para a educação infantil”, explica Nanci.

O principal, no entanto, é a metodologia do lúdico. Nanci e a ‘Nuvem de Algodão’ são contra a escolarização precoce: “Nós não queremos que uma criança de três anos reproduza em papel letras, simplesmente por reproduzir, desenhos para ela colorir... Tudo é construção dela!”, explica. Desta forma, as crianças de quatro a cinco anos já começam a se alfabetizar sem a necessidade de exercícios maçantes: “Tudo é produção dela, tudo vem através de projetos, de uma forma bem lúdica”.

Em busca desta educação lúdica, o Centro Educacional proporciona aulas de música, capoeira, além de trazer em seu ambiente externo espaços de brincadeira, tanque de areia, piscinas e parquinhos, em que os alunos só vão acompanhados dos professores. Para isso, o grupo de 150 alunos tem uma equipe de 13 professores e 22 auxiliares à disposição.

“Eu acredito que nós já construímos um nome de respeito em função deste acolhimento e desta forma de trabalhar, que não tem essa escolarização precoce, que tem um espaço externo muito bom, as crianças tem muito contato com a natureza”, afirma Nanci, já que escola faz fundo com o Parque Mãe Bonifácia.