Lair Ribeiro 24horas news
O ser humano está sempre em processo de evolução. A cada instante, um novo
desafio o impulsiona, forçando-o a buscar novas soluções, novos caminhos. Cada
vez que obtém êxito, o homem se fortalece, conquista novas habilidades e vai
adquirindo consciência sobre o processo de aprendizado e de transformação
pessoal.
Verdadeiras transformações costumam ocorrer partir de uma insatisfação, de
uma necessidade não resolvida. O fracasso, na verdade, é uma alavanca para o
sucesso. Na história da evolução do homem, é fácil perceber essas alavancas,
pois a partir de necessidades como alimentação e abrigo e procriação, por
exemplo, o homem pré-histórico chegou ao que é hoje.
Ter consciência dos fatores externos e internos que influenciam o processo
de transformação é essencial para o sucesso de qualquer empreendimento. E para
que haja progresso, é preciso implementar ações em todas as áreas da vida, tendo
sempre em mente o equilíbrio, pois tudo é interligado. A vida é uma só. Não
existe profissional sem pessoal nem corpo sem mente, por exemplo.
A abordagem da vida em quatro áreas distintas, porém não separadas, foi
apresentada por Ken Wilber, filósofo norte-americanos e precursor dos Estudos
Integrais. Nesse estudo, as quatro áreas ou os Quadrantes são denominados: eu,
nós, isto e istos. Eu refere-se ao que está se passando dentro de você, seus
pensamentos, suas impressões, etc. Nós está relacionado ao seu corpo e cérebro,
suas sensações, sua saúde etc. Isto representa a cultura em que você está
inserido e Istos reflete a sociedade em que você vive.
Nessa jornada transformacional, a cada ciclo completado com êxito, há o
despertar de sua consciência e o homem passa a ter uma visão nova e mais
abrangente da sua realidade, passando para outro estágio de consciência.
Existem diferentes graus de avaliação da consciência. Clare W. Graves,
professor de Psicologia do Union College, em Nova York (EUA), descreveu o
processo da evolução do homem em um sistema que ficou conhecido como “modelo
gravesiano”, do qual Ken Wilber valeu-se para desenvolver seu estudo sobre os
Quadrantes. Outros autores também trabalharam com o modelo gravesiano. Don Beck
e Chris Cowan, por exemplo, estabeleceram uma correspondência cromática para os
graus de evolução definidos por Clare Graves e dispuseram as cores (cada uma
representando um grau de evolução e de consciência) em uma espiral, por ser a
forma gráfica que melhor permite visualizar o processo evolutivo.
Assim, a espiral evolutiva começa com o Bege, representando o nível
primordial da consciência humana; vai para o Roxo, que remete à vida em tribos;
passa para o Vermelho, marcando a impulsividade e a forte presença do ego;
evolui para o Azul, mostrando o espírito de sacrifício, obediência e retidão; e
prossegue no Laranja, que revela o gosto pelo poder, a competitividade e a
autonomia. Em seguida, temos o Verde, revelando necessidade de harmonia entre o
homem e a natureza; o Amarelo, indicando flexibilidade para agir diante de
situações paradoxais; e o Turquesa, apontando para indivíduos com um complexo
grau cognitivo.
No mundo, convivem simultaneamente pessoas pertencentes a todos os graus da
escala cromática. Mendigos (Bege), índios ou tribos africanas (Roxo), ladrões ou
assassinos (Vermelho), operários ou camponeses (Azul), gerentes ou líderes
(Laranja), agentes do Greenpeace (Verde) e assim por diante — todos encontram-se
em processo de evolução.
Comecei este artigo dizendo que o homem é um ser em evolução. Portanto, se
você quer não apenas acompanhar a sua espécie, mas se destacar, invista em seu
crescimento, avalie sua vida pessoal, social e profissional e surpreenda,
fazendo a diferença no mundo!
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