NEVES, Welteman
Lopes
Técnico Administrativo
Educacional
Escola Estadual Luiza
Nunes Bezerra
Graduado em Ciências
Contábeis – UNEMAT 2006/2
Pós – Graduado em
Gestão Escolar - FINOM 2011
Atualmente vivemos a era digital, a
qual exige o mínimo de domínio das tecnologias disponíveis para que possamos
sobreviver em meio a esta revolução e evolução do pensamento humano. Com este
avanço tecnológico a educação, assim como outras áreas, tiveram que adaptar-se e
ter como agregante as TICs (Tecnologia da Informação e Comunicação) que vieram
somar no processo ensino/aprendizagem.
Porém, percebe-se que
em meio aos profissionais da educação, muitos apresentam dificuldades em
adaptar-se a esta nova era, principalmente os docentes. Um fator que complica em
parte o desempenho, uma vez que o público com o qual trabalham (crianças e
adolescentes) encontra-se cada vez mais inseridos na esfera digital. Ressalta-se
ainda, que na escola podemos contar com inúmeros recursos tecnológicos os quais
servem de apoio e incentivo à educação.
Os professores
precisam derrubar as resistências intrínsecas quanto ao uso das tecnologias no
meio educacional para então participar das mudanças e usufruir dos benefícios
advindos com tais recursos.
Segundo Neto (2007, p. 16), Os
professores, em particular os que atuam nas escolas públicas que dispõem de
laboratórios de informática, têm o desafio de desenvolver no seu dia-a-dia a
autonomia necessária para estabelecer um vínculo entre suas práticas e as novas
tecnologias, para assim contribuírem na transformação de sua ação
pedagógica.
Podemos observar que no seio das
escolas da rede pública estadual ainda existem grandes tabus a serem quebrados
como a resistência em aprender a operar o Sistema Sigeduca, implantado pelo
governo do estado de Mato Grosso desde o ano de 2008. Percebe-se que após sete
anos de funcionamento deparamos com professores que ainda questionam a
eficiência no desenvolvimento deste sistema, arraigados em práticas
ultrapassadas e na negação da aprendizagem tecnológica.
As ações de políticas públicas ao
longo da última década têm focado na educação, disponibilizando um aparato
tecnológico às escolas públicas da rede estadual de ensino em Mato Grosso tais
como: projetores multimídias, lousa digital e os tablets fornecidos aos
professores do ensino médio no ano de 2013. Foi visível a resistência dos
professores à aceitação e manuseio destes tablets educacionais que por meio de
convênio do governo federal foram colocados à disposição dos mesmos com a
finalidade de agregar ao seu fazer pedagógico.
A informática na educação é de
extrema importância para o século XXI, pois de acordo com Tajra (2012, p.15),
tem como objetivo: sensibilizar os professores e demais profissionais que atuam
em ambientes educacionais quanto à importância da informação para o
desenvolvimento das diversas habilidades humanas, bem como para as atuais e
futuras realidades das economias de mercado. Temos que ressaltar a importância
dos LIEDs (Laboratório de Informática Educativa), pois disponibilizam o acesso à
rede mundial de computadores, por isso, apresenta-se como instrumento auxiliar
no desenvolvimento da pesquisa na escola que propicia descobertas e saberes
diversificados no ambiente escolar.
Segundo Bagno (2000), Se não
houvesse pesquisa, todas as grandes invenções e descobertas científicas não
teriam acontecido. A velha história da maçã caindo na cabeça de Newtom e
fazendo-o “descobrir” a lei da gravidade não passa de “conversa para boi
dormir”. Se a queda da maçã fez Newtom pensar na gravidade, é porque ele já
vinha ruminando, refletindo, pesquisando acerca do
fenômeno.
Podemos então afirmar que a
resistência ao uso de ferramentas tecnológicas prejudica o desenvolvimento dos
trabalhos nas escolas de modo geral, podendo ser um dos causadores de
insatisfação, insucesso e frustração profissional de um grande número de
professores no Brasil. Os recursos disponibilizados atualmente são muito bons e
compatíveis com as necessidades mínimas dos profissionais, dos alunos e da
escola. Mas para que tais recursos sejam aproveitados satisfatoriamente por
todos, há a necessidade de mudança de visão por parte de um grande número de
professores que veem as tecnologias como fantasmas e não como
aliadas.
Portanto, a queda de barreiras que
impedem o crescimento intelectual coletivo deve ser articulada de forma
democrática e inovadora no seio das escolas por meio da socialização de
conhecimentos acerca das tecnologias para que todos possam usufruir dos
benefícios da era digital.
Referências Bibliográficas
BAGNO, Marcos. Pesquisa na Escola,
O que é, Como se faz. – 4ª edição, São Paulo: Edições Loyola, 2000.
NETO, José Augusto de melo.
Tecnologia Educacional: formação de professores no labirinto do ciberespaço.
– Rio de Janeiro: MEMVAVMEM,
2007.
TAJRA, Sanmya Feitosa.
Informática na Educação: Novas Ferramentas Pedagógicas para o Professor na
Atualidade. – 9ª edição revista, atualizada e ampliada – São Paulo: Érica,
2012.
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