domingo, 25 de março de 2012

Condicionamentos

Lair Ribeiro


Treinamento de pulgas

Sabe como se treina uma pulga? Feche-a dentro de um vidro e feche-o. A pulga não gosta de ficar presa e começa a pular. Ela pula, bate na tampa do vidro e volta. Ela vai fazer isso várias vezes, até que seu cérebro chega à conclusão de que não adianta. Então, ela começa a pular mais baixo, sem bater na tampa. Depois que isso acontece, você pode tirar a tampa do vidro que a pulga nunca mais vai pular para fora. O cérebro dela ficou condicionado à existência da tampa e ela não identificará mais a sua ausência.

Treinamento de elefantes

O treinador pega o ele­fante, quando filhote, passa uma corda no pescoço dele e o amarra a uma árvore. O elefantinho tenta sair, mas a árvore é pesada, forte, e ele não consegue. Depois de várias tentativas, ele desiste. Aí ele cresce, vai para o circo, e o palhaço, para pren­dê-lo, só tem de amarrá-lo à perna de um tamborete. O elefante continuará sempre pensando que está amarrado em uma árvore.

Não somos pulgas nem elefantes, mas também temos uma série de condicionamentos. Mas, geralmente, não nos damos conta disso.

As limitações e a programação negativa

Por que será que temos tanta dificuldade para nos comportar em nosso próprio benefício?

O 99% do poder da mente humana está con­cen­trado no inconsciente. Mas toda a nossa educação costuma explorar apenas o consciente. Não nos ensinam a tra­ba­lhar com o inconsciente, cuja porta de acesso é o hemisfério direito do cérebro.

As limitações que vivemos decorrem da programação negativa instalada em nós durante a infância, e também do uso limitado que fazemos do nosso cérebro. Todos temos dentro de nós um “termostato” que determina o nosso valor. Aliás, todos temos escrito na testa, com tinta invisível, o quanto valemos. Quando au­menta o seu termostato, você aumenta o valor que acha que tem e, em conseqüência, au­menta o que o mundo vai entregar para você.

Quem determina o seu termostato ou o seu valor pessoal, é você. E essa temperatura interna não tem nada a ver com a temperatura externa. Se o seu ter­mos­tato interno diz, por exemplo, que você vale meio milhão de dólares, isso é o que o mundo tende a entregar para você, independentemente da crise econômica, da si­tuação do país, da conjuntura mundial etc.

O que vale é a sua estrutura interna. O mundo é um reflexo do seu interior.

Para acompanhar a evolução do mundo, você precisa usar o seu cérebro de modo diferente do habitual. Se você tiver sucesso dentro do seu cérebro, o sucesso virá. Se você tiver amor, vai receber amor.

No momento em que você muda suas cren­ças e seus valores, o mundo muda para você num estalar de dedos.

William James, um dos grandes filósofos e psicólogos americanos, disse: “Até agora pensava-se que, para agir, era preciso sentir. Hoje, sabe-se que, se começarmos a agir, o sen­ti­mento aparece.”. E concluiu: “O pas­sarinho não canta porque está feliz, ele está feliz por­que canta”.

Ainda que esteja de­pri­mido, se você começar a agir de um jeito feliz, você pas­sa­rá a se sentir feliz e, então, será feliz. O com­por­ta­mento muda o sentimento e este muda o pen­sa­mento.

Seguindo esse raciocínio, você pode não estar recodificando diretamente as crenças negativas instaladas no seu cérebro. Mas estará di­mi­­nuin­do o peso delas na sua vida e, ainda, estará exercitando a forma correta de ins­talar crenças positivas no seu cérebro.

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