domingo, 11 de março de 2012

Educação no Brasil é uma vergonha, diz senador

Gabriela Galvão

Cristovam, Mauro Mendes, Taques, Valtenir e Zeca Viana, durante evento na escola Presidente Médice

O senador por Distrito Federal, Cristovam Buarque (PDT), aproveitou a participação no Fórum “Cuiabá de Verdade”, com o tema educação, realizado na manhã deste sábado (10), para tecer duras críticas a área no país. Para ele, o setor está de cabeça para baixo, pois a maior preocupação é com as universidades, ao passo que o ensino fundamental é uma vergonha. Ex-ministro da Educação, o senador veio ao Estado a convite do Movimento Cuiabá de Verdade, formando pelas siglas PSB-PDT-PV-PPS.

O parlamentar lembrou que ficou apenas 1 ano no ministério pelo fato de as universidades não gostarem do seu discurso, mas acrescentou que o analfabetismo precisa ter prazo para terminar. “Se pegasse como poliomelite, já tinha acabado”, disparou, ao pontuar que erradicar não é sinônimo de zerar.

Como sugestão para o país, declarou que é preciso uma revolução em todas as cidades e não ir tendo resultados aos poucos. “Há anos o Brasil vem melhorando, isso não vai resolver, vamos ficar para trás”, pontuou. Dessa forma, deu dicas: melhorar os salários dos profissionais e manter apenas os dedicados, construir escolas confortáveis e equipadas e aulas em horário integral. Cristovam reconheceu, entretanto, que não há prefeito que consiga fazer isso em 4 ou 8 anos, sendo necessária a ajuda da União.

Além disso, o senador também defendeu que o PDT não ocupe cargos no Governo Federal, dizendo que é possível ser aliado sem estar atrelado. Critico voraz, disse ainda que hoje o partido não possui nenhum posição em comum sobre nada, se resumindo a uma sigla. Acontece que para ele, a legenda é apenas um aglomerado de pessoas, enquanto uma partido se baseia em ideias.

Nesse ponto, elogiou o Movimento Cuiabá de Verdade, comparando o mesmo a um embrião de partido, sem que ninguém mude de sigla. Quanto a candidaturas, declarou ser muito cedo para apontá-las, mas que o momento já é oportuno para discutir propostas e que está disposto a ajudar o grupo no Estado.

O senador Pedro Taques (PDT), principal responsável pela vinda do colega de legenda, ressaltou que um partido político não existe apenas para disputar eleições e, por isso, o movimento vem realizando esses fóruns. O primeiro teve saúde como tema e os próximos devem discutir desenvolvimento e segurança. “Queremos debater todos os temas que desassossegam a sociedade”.

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