quarta-feira, 16 de abril de 2014

TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO: UM DESAFIO PARA OS DOCENTES



Francisca Aparecida Ramos
Escola Estadual Maria Eduarda Pereira Soldera
São José dos Quatro Marcos


Hoje em dia poucos temas são tão polêmicos e ricos em abordagem como ouso das tecnologias digitais na sala de aula, seja ela na educação básica, seja na educação superior. Assim sendo o perfil dos profissionais que atuam em todos os segmentos educacionais vem sendo alvo de muitas discussões, visando à verdadeira inclusão das tecnologias como ferramenta de apoio ao trabalho docente e discente.
Em se tratando das novas tecnologias o questionamento que frequentemente fazemos é bastante interessante e traz várias reflexões a respeito de sua importância e como trabalhá-la em sala de aula. A internet, por exemplo, possibilita a interação entre indivíduos que podem discutir idéias, compartilharem opiniões, informações críticas e visões alternativas. A esse respeito autora Simone Lucena, afirma:
A inserção das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) na educação, com ênfase no computador conectado a internet, torna-se fundamental, uma vez os alunos já exploraram no cotidiano as inúmeras possibilidades disponibilizadas e tudo o que elas representam em termos de potências para a produção e veiculação do conhecimento bem como de outras facilidades relacionadas à vida/trabalho. (Lucena, 2003, p. 238).
Independente da escola, a internet faz parte da vida dos jovens e exerce verdadeiro fascínio sobre eles. Talvez esse seja um dos maiores conflitos existentes entre professores e alunos nos dias de hoje, visto que, grande parte dos professores vem de uma geração onde não havia computadores, ou seja, são imigrantes tecnológicos, já os alunos são nativos tecnológicos. Dessa forma imigrantes e nativos lidam de forma diferentes com as TICs, que se tornam desafiadoras para os imigrantes digitais. Daí a questão: Como lidar com essas ferramentas em sala de aula? Como selecionar o que é lixo eletrônico daquilo que é bom para o aprendizado e conhecimento? Acredito ser este o papel do professor, selecionar os sites bons, que merecem atenção, instigar o conhecimento através da pesquisa, pois se entende que não há ensino sem pesquisa e nem se quer existe pesquisa sem ensino, ou seja, as novas tecnologias fazem esse intercâmbio entre alunos e professores.
            No entanto ainda se percebe que as dificuldades são constantes no uso desses aparatos tecnológicos em sala de aula, devido à deficiência ou falta de preparo dos docentes para trabalhar com as novas formas de ensino, e por falta de conhecimento ou comodismo acabam se refugiando na tradicional aula expositiva, levando o aluno à exaustão e ao desinteresse, já que o modelo tradicional de ensinar se torna incompatível com os novos tempos. Quanto a isso, Lima Júnior nos fala:
A questão mais importante é como garantir uma educação de qualidade com a utilização das TICs e como definir sua utilização mais pertinente em cada contexto de formação. Para tanto devem ser considerada as condições e as necessidades inerentes a cada contexto, além das novas tensões sociais que ai se reflete em função do crescente processo de globalização (LIMA, Júnior apud Juracy. WWW.overblog.com.br – acesso em: 27/02/2014).
            Diante deste contexto só resta aos educadores repensar sobre sua prática pedagógica e assim perceber que “nossas atitudes como educadores estão em plena mudança”. Temos que evoluir de acordo com essas mudanças e, principalmente saber passar o conteúdo para essa nova geração que já vem muito mais informada e questionadora, a qual se cansou de ouvir e agora também deseja argumentar e discutir dando asas à imaginação e ao desenvolvimento intelectual.
            Sendo assim os métodos de ensino sempre precisam ser repensados e atualizados, para não perder de vista o novo perfil dos estudantes, pois vivemos em um mundo cada vez mais globalizado e digital. Utilizar as novas tecnologias de forma integrada ao projeto pedagógico é uma maneira de se aproximar desse novo estudante que está o tempo todo plugado, ou melhor, dizendo, estudante do futuro o qual se torna cada vez mais interativo e participativo na construção do próprio saber utilizando os recursos tecnológicos que está cada vez mais acessível a eles, onde se interligam e não se separam jamais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LUCENA, S. Educação e Tecnologia, trilhando novos caminhos. A internet como espaço de construção do conhecimento. 2003, p. 238.

WWW.overblog.com.br. Júnior A. S. L. Educação Tecnologia. Uma aliança necessária, apud Juracy dos Anjos. – Acesso em: 27/02/2014.

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