terça-feira, 17 de janeiro de 2012
Criança não vacinada por opção dos pais gera surto de sarampo
Publicado em 16 de janeiro de 2012 por Corumbá Guimarães
Os casos de sarampo registrados no ano passado na cidade de São Paulo mostram o potencial danoso da opção individual da não vacinação. Dos 13 casos confirmados no município, dez são ligados. O surto começou em uma creche no Butantã entre seis bebês menores de um ano (idade indicada para a primeira dose contra a doença).
A situação foi potencializada quando o vírus passou para quatro crianças com idades entre cinco e dez anos que não eram imunizadas -apesar de a vacina ser recomendada para a faixa etária. Entre os que se vacinam, há um percentual pequeno dos que não ficam protegidos contra as doenças. Há ainda um grupo de pessoas que não pode tomar a vacina.
De acordo com Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, uma menina de seis meses da creche, na zona oeste de São Paulo, teve contato com a prima, de seis anos, que transmitiu a doença a uma colega de cinco anos da escola. "Ela também não era vacinada, porque a família é contra imunizar", diz Barbosa. A menina de cinco anos passou o vírus para os irmãos, de dez e sete anos.
A designer Ana Maria Lucas Fachina, 46, de São Paulo, só deu vacinas para sua filha Ana Beatriz, hoje com nove anos, até os quatro meses.
Ela conta que, nessa época, começou a se aproximar dos princípios da medicina antroposófica, que defende o uso de medicamentos alopáticos só em emergências.
"As infecções acontecem quando o corpo tem baixa defesa. Nosso estilo de vida inclui cuidados na alimentação, observação dos ritmos naturais do corpo, atenção e carinho. O corpo dela está em perfeitas condições para se defender", afirma.
Fachina diz que, mesmo em caso de surtos de doenças como o sarampo, não vacinaria a filha. "As doenças da infância são importantes para a criança criar resistência. Ninguém pode ser obrigado a tomar um medicamento contra sua vontade."
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