MT- Matrículas na rede pública de ensino causam tumulto

Polícia foi chamada para conter multidão na Escola Estadual, o Liceu Cuiabano, nesta segunda-feira

MidiaNews

Tumulto marca matrículas no Colégio Estadual, no Liceu, desde as primeiras horas desta segunda-feira
EUZIANY TEODORO
DA REDAÇÃO
O primeiro dia de matrículas nas escolas da rede estadual de ensino já começou com tumulto em um dos colégios mais tradicionais de Cuiabá. Mais de 600 pessoas lotam, desde as primeiras horas da manhã desta segunda-feira (16), a entrada do Colégio Estadual, o antigo Liceu Cuiabano, na Avenida Presidente Marques, um dos mais procurados dos pais e alunos.

Várias pessoas foram para a fila seguindo o calendário de matriculas divulgado pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc). No entanto, ao chegarem no local – alguns, por volta de 5 horas da manhã – souberam que uma lista havia sido feita no sábado (14), e senhas foram distribuídas no domingo (15) para 200 pessoas e as vagas acabaram.

A partir daí, a confusão começou. O diretor do Liceu, Alceu Frentin, explicou ao MidiaNews que a medida foi necessária porque, já na sexta-feira (13), várias pessoas estavam dormindo nas dependências da escola. “Nós não podíamos mais mantê-los aqui. A escola estava sendo invadida”, disse.

Uma comissão de pais foi formada e os nomes de quem estava na escola no sábado pela manhã foram inseridos na lista. Nesta segunda-feira, foi feita uma chamada nominal para estes.

Quem respeitou a data divulgada pelo Governo do Estado perdeu a vaga. “Isso é injusto. Eu vim na semana passada e a direção do colégio me disse que não adiantava vir antes. Que era pra eu aparecer só hoje. E agora?”, questionou a dona de casa Fátima Aparecida de Souza, que tenta matricular a sobrinha de 17 anos.

Para conter os ânimos, mais de 50 policiais militares foram chamados, além da Rotam. De acordo com o coronel João Evangelista, comandante do Comando Regional Um, a medida é apenas preventiva. “Estamos aqui para evitar maiores transtornos”, afirmou.

A secretária-adjunta de Políticas Educacionais da Seduc, Fátima Resende, confirmou que uma lista foi feita e que a medida não é ilegal. Segundo ela, as escolas têm autonomia para se organizar, desde que ofereça o número de vagas determinado pelo Estado.

As pessoas que não conseguirem matricular os dependentes no Liceu Cuiabano serão encaminhados para outras escolas, de acordo com a secretaria.