quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

MT- Sindicato diz que Pátio adiou volta às aulas para não aumentar salários


Valérya Próspero

O sindicato dos Servidores Públicos de Rondonópolis (Sispmur) acusa o prefeito José Carlos do Pátio (PMDB) de adiar o inícios das aulas para economizar nos gastos e "enrolar" para não conceder aumento salarial. Segundo eles, o pemedebista estaria esperando estourar o prazo limite que a legislação permite o reajuste durante anos eleitorais.

O presidente do sindicato, Rubens de Oliveira Paulo, afirma que as aulas deveriam começar no dia 6 de fevereiro, mas a secretaria de Educação teria comunicado o adiamento para 5 de março. A justificativa apresentada, conforme ele, são reformas nas escolas.

O presidente diz que a categoria tenta negociar desde agosto com Pátio para fazer o ajuste salarial, mas que o prefeito não tem demonstrado interesse. Rubens já vislumbra a possibilidade dos professores entrarem em greve durante o período eleitoral, como já ocorreu durante a gestão do ex-prefeito Adilton Sachetti (PDT). Numa espécie de "aviso", o sindicalista chega a julga que a derrota do pedetista no pleito de 2008 foi reflexo justamente da greve da categoria.

Ele aponta que o sindicato não tem conhecimento de nenhuma reforma grande o bastante para impedir o começo das aulas. A assessoria de imprensa da prefeitura, no entanto, garante que as reformas existem e que houve atraso na entrega dos prédios devido às fortes chuvas.

O presidente também reclama que o Executivo deveria ter chamado os aprovados no concurso no início de janeiro, mas que até agora nada foi publicado. “Ele (o prefeito) quer conter gastos com a educação até março, nas contratações de professores e nos gastos com materiais”, acusa.

O atraso no início das aulas vai prejudicar 17 mil alunos que dependem do serviço prestado pelo município. Com o adiamento, no mês de julho as férias precisarão ser reduzidas a apenas uma semana. Mesmo com essa ajuste, o presidente ainda acredita que o ano letivo deva durar até 2013. Além disso, os pais que dependem das instituições de ensino para ter onde deixar os filhos e trabalhar também sairão prejudicados.

A secretária de Educação Marilda Soares Rufino não se dispôs a conversar com a equipe da redação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário