quinta-feira, 16 de maio de 2013

MT - Dossiê revela lado sombrio da educação em MT


Servidores da rede estadual de educação de todo o Mato Grosso foram às ruas centrais de Cuiabá nesta quarta-feira (15) para expor a insatisfação com os rumos que a área vem tomando nos últimos anos em relação aos investimentos – ou à falta deles – em infraestrutura, manutenção, programas de aperfeiçoamento pedagógico e profissional etc.

Munidos de um estudo de mais de 270 páginas, os profissionais da educação de Mato Grosso, não apenas estaduais mas também municipais, irão protocolar cinco cópias deste documento, que mostra o abandono das escolas públicas em em vários órgãos, incluindo Ministério Público Estadual, Assembleia Legislativa, Palácio Paiaguás, Tribunal de Contas do Estado e Secretaria da Educação.

À frente do movimento, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Henrique Lopes do Nascimento, falou dos problemas enfrentados pelos profissionais, que, muitas vezes, veem crianças e adolescentes num ambiente de ensino em condições precárias, não só de estrutura e material mas também de saúde, higiene.

“Este dossiê mostra a realidade das escolas públicas no nosso Estado. Revelam como nosso trabalho, enquanto profissionais do ensino, é desvalorizado, diferente da propaganda institucional, que vende a ideia de que está tudo funcionando sem problemas. Nossas escolas são vítimas de sucessivos abandonos por parte dos governos, e com o governo atual isso também não mudou”, acusa Nascimento.

Da mesma maneira, a situação no interior não é das melhores. Segundo o líder sindical, cidades como Ribeirão Cascalheira e Pontes e Lacerda (622 km e 442 km distantes da Capital, respectivamente) sofrem com a falta de estrutura básica, como um teto para as salas de aula ou ainda a utilização de contêineres de metal, as famosas salas de lata, no dia a dia de trabalho e aprendizagem.

“Em Ribeirão Cascalheira o teto desabou em 2011 e até agora não consertaram. Em Pontes e Lacerda, a situação é um pouco pior. Existem dez salas de aula que, na verdade, são contêineres adaptados. Cada um custou R$7 mil para ser montado, sem contar o gasto com o aluguel destes espaços, que é de R$3 mil”, disse ele.

Reunidos no evento, chamado de “Dia D”, escolhido, a partir deste ano, como a data que será utilizada pela luta de uma educação de qualidade, a praça também contava com banners de fotos e informações de várias escolas de todo o estado.

Por Diego Frederici e Mayla Miranda

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