quinta-feira, 16 de maio de 2013

Presidente do SIntep-MT, Henrique Nascimento, protocola (dest.) dossiê no MPE

Trabalhadores denunciam precariedade nas escolas de MTDossiê com relatos e fotos das unidades estaduais foi protocolado em órgãos do GovernoMary Juruna/MidiaNews/Divulgação


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LISLAINE DOS ANJOS

DA REDAÇÃO


O Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) protocolou em órgãos do Governo, na quarta-feira (15), um dossiê que revela as condições físicas das escolas estaduais.

São 264 páginas com relatos e fotografias que apontam o cenário atual a que estão expostos alunos e trabalhadores da Educação.

O documento foi primeiramente exposto à população na Praça Alencastro, em Cuiabá. Em seguida, o Sintep protocolou o dossiê no Palácio do Governo, Ministério Público Estadual (MPE), Tribunal de Contas do Estado (TCE), Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e Assembleia Legislativa.

Mary Juruna/MidiaNews

Situação das escolas foi exposta em painéis na Praça Alencastro

O objetivo, segundo o presidente do Sintep-MT, Henrique Lopes do Nascimento, é cobrar dos gestores públicos um posicionamento imediato sobre os investimentos em Educação.

“Como a área deve ter recursos garantidos conforme a legislação, é necessário destinar recursos para construção de novas escolas e realizar reformas das já existentes. Muitos prédios já passaram por reformas recentemente e ainda apresentam problemas”, disse.

As denúncias são, em geral, de precariedade no espaço físico, insuficiência de redes elétrica e hidráulica, o que, segundo o sindicato, é de conhecimento do Governo Estadual.

Os trabalhadores apontam que esses “gargalos” afetam não somente a qualidade do ensino oferecido aos estudantes, mas também a aprendizagem dos alunos.

Problemas relatados


De acordo com o dossiê, faltam espaços nos prédios escolares para atendimento de alunos em salas de apoio pedagógico, salas de superação e sala de atendimento educacional especializado (educação especial), bem como espaços adequados nas escolas para práticas de esportes, artes, cultura, dança, teatro, cinema.

Problema de climatização por falta de infraestrutura adequada (rede de energia) e falta de laboratórios de ciências, informática, bibliotecas e sala de leitura nas unidades estaduais de ensino também foram relatadas.

Além disso, os trabalhadores afirmam serem comuns nas escolas a falta de infraestrutura da cozinha, refeitórios e telhado, bem como banheiros inadequados e quadra de esportes em péssimo estado de conservação ou a própria ausência destes espaços.

Mary Juruna/MidiaNews

Dossiê com relatos e fotos expondo a precariedade das unidades estaduais de ensino tem 264 páginas

O transporte escolar também foi citado no documento, uma vez que os trabalhadores e alunos afirmam ter dificuldades em utilizá-lo. Isso porque os veículos seriam antigos e sem condições mínimas de segurança.

“Precisamos de providência diante deste cenário tão prejudicial para nossos educadores e crianças”, afirmou Nascimento.

Exposição

Entre as escolas apresentadas na exposição da Praça Alencastro estava a Sebastião Patrício de Primavera do Leste (a 240 km da Capital).
O diretor da subsede do Sintep/MT, Edevaldo José, conta que 3 salas estão interditadas desde o início do ano por não apresentarem condições mínimas de uso.

São problemas de infiltração e proliferação de cupim pelas paredes que tornaram inviáveis o uso das salas de informática, vídeo e biblioteca.

Cerca de 500 alunos matriculados na unidade são prejudicados diretamente por esta situação. Um laudo do Corpo de Bombeiros atestou a interdição e o Ministério Público solicita providência.

“É um descaso do poder público. Os profissionais que passaram no concurso nem querem trabalhar nesta escola”, diz Edevaldo.

Outras situações semelhantes foram relatadas por educadores de todo o Estado, no campo ou cidade.

Dia D

A partir deste ano, os trabalhadores da educação de Mato Grosso realizarão sempre no dia 15 de maio manifestação em prol do ensino público de qualidade.

A data foi fixada no calendário a partir da deliberação da categoria na última assembleia geral realizada no dia 26 de abril.

Intitulado Dia D, a data tem o objetivo de cobrar melhorias na infraestrutura dos prédios destinados ao ensino público.

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