25/08/2013
Jô Furlan,
Jô Furlan,
Essa pergunta tem
habitado a cabeça de professores, educadores e gestores na área de educação em
especial nas últimas duas décadas. Isso se deve principalmente ao avanço das
tecnologias e o surgimento de um novo arsenal de ferramentas que podem ser
usadas nessa área. Esse mesmo evento tecnológico permitiu aos cientistas a
realização de um verdadeiro salto quântico no que diz respeito ao estudo do
cérebro.
Já possuíamos um grande conhecimento anatômico (a
estrutura) e muita coisa sobre a sua fisiologia (funcionamento), mas as
descobertas em especial dos últimos 15 anos, permitiram um conhecimento profundo
da funcionalidade desse órgão tão fundamental. Vamos recordar que por milhares
de anos pensava-se que o órgão mais importante do corpo humano fosse o coração.
Daí vem o nome do latim “core” que significa centro ou núcleo. E saiba que ainda
hoje muitas pessoas têm dúvida sobre isso.
Esclarecendo de uma vez: a morte cerebral é
pré-requisito para doação de órgãos, mesmo com o coração batendo, mantendo a
“vida” naquele corpo, não existe mais um ser pensante por isso a chamamos de
vida vegetativa. Como médico, acompanhei muitas vezes o dilema das famílias em
que um de seus entes queridos estava nessa situação e percebia quanto era
difícil fazer cumprir muitas vezes a vontade daquela pessoa doadora. É
relativamente comum a família não autorizar a doação apesar da decisão já ter
sido tomada em vida pelo paciente.
Mas a verdade é que sem um cérebro operante
aquela pessoa não existe. É apenas um corpo sem personalidade, ou lembranças.
Pode parecer cruel essa declaração, mas reforça a importância de lembrarmos que
somos na verdade treinadores e educadores de mentes.
Sendo assim, quero ressaltar a importância de
cada dia mais obtermos mais conhecimento sobre o cérebro humano. A contribuição
da neurociência dá uma nova luz sobre a forma como entendemos a educação, a
aprendizagem e o aluno. A educação, que era antes muito baseada em experiência e
filosofia, passa a ter um suporte cientifico transformando em verdades
cientificas alguns preceitos existentes e derrubando outros tantos.
Usar as neurociências para transformar a educação
passa a ser um dos grandes objetivos dessa nova área chamada neuroeducação. Um
maior conhecimento sobre a mente humana vai permitir a você explorar novas
fronteiras, estabelecendo um novo patamar para o desenvolvimento de novas
abordagens pedagógicas.
O fascínio em estimular, treinar,desafiar e
instigar pessoas independente das sua idade torna-se ainda mais forte quando
aprendemos a usar melhor esse fantástico e extraordinário órgão chamado cérebro
humano!
Dr. Jô
Furlan é médico, professor e pesquisador na área de Neurociência do
Comportamento, autor da Teoria da Liderança Comportamental, primeiro Treinador
Comportamental do Brasil, conferencista internacional, especialista em
Desenvolvimento Comportamental Humano, foi professor convidado do Curso de
Especialização em Medicina Comportamental da Unifesp (Universidade Federal de
São Paulo) por oito anos e um dos precursores do conceito na América do Sul.
Autor de diversos livros, áudio-livros e DVDs, criou as Pílulas de Motivação,
que já alcançaram a marca de 70 mil unidades distribuídas. Para conhecer mais,
acesse: www.drjofurlan.com.br. O
palestrante é presença confirmada no Congresso
Internacional de Educação do Norte Nordeste, em Belém
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