quinta-feira, 31 de maio de 2012

MT- Fotos íntimas de alunas do Maxi de Cuiabá são postadas até no Facebook


Fotos íntimas de ao menos uma aluna do Colégio Maxi, considerado um dos melhores de Cuiabá, correram celular em celular nos últimos dias. O fato ocorreu há dez dias e as imagens foram parar no até no Facebook. O caso reacendeu a polêmica a respeito da privacidade em tempos de internet.

A história tem dominado as rodas de conversa do colégio. O caso, porém, tem versões diferentes. De acordo com informações de estudantes, que não quiseram se identificar, haveria fotos de três meninas – duas do 9º ano (ensino fundamental) e a terceira do 1º ano. O Diário conseguiu confirmar a existência de fotos de apenas uma estudante, cujo nome não será revelado. “Eu não vi as fotos. Foi um amigo meu que viu. Segundo ele, elas queriam se mostrar”, comentou um estudante.

Outro aluno conta que teria visto as fotos de duas delas. “Um colega meu recebeu e acabei vendo. Parece que tudo começou com uma brincadeira. Mas aqui no colégio as coisas correm muito rapidamente e as fotos foram parar em vários celulares”, afirmou.

“Falaram que uma delas enviou para um amigo e a namorada dele seria muito ciumenta. Aí essa namorada teria postado no Facebook”, disse uma outra estudante.

As fotos nuas viraram um dos assuntos preferidos dos alunos nos intervalos das aulas. “É uma situação constrangedora. Mostra o quanto é perigoso ficar tirando e enviando certas fotos para quem você não conhece direito”, comentou uma outra estudante. Todos os entrevistados negaram conhecer as alunas supostamente fotografadas.

O que aconteceu com as adolescentes é um fenômeno recente, denominado “sexting”, no qual adolescentes e jovens usam seus celulares, câmeras fotográficas, contas de e-mail ou sites de relacionamento para produzir e enviar fotos sensuais de seu corpo nu ou seminu.

Inicialmente, essas fotos ou imagens são trocadas entre dois utilizadores, e que, de um momento para o outro, podem ter ampla divulgação no domínio público através da sua publicação na internet. Problema que poder pode terminar em uma grande dor de cabeça chamada pornografia infantil ou ciberbullying (humilhações entre jovens na internet).

Uma pesquisa da ong SaferNet aponta que 13% dos estudantes adolescentes ouvidos já publicaram fotos íntimas na internet, sendo que 39% desses já enviaram imagens assim mais de cinco vezes. Segundo o estudo da ong, 49% dos estudantes já disseram ter recebido, sem querer, mensagens de pornografia adulta. Outro dado preocupante descoberto pelos pesquisadores é que 63% dos internautas de 10 a 15 anos usam a internet em lan houses, ou seja, sem os limites dos pais, o que significa um risco a mais para caírem na rede de criminosos virtuais.

Desde a última segunda-feira, a reportagem do Diário tem insistido em uma entrevista com a direção do colégio. Nas quatro vezes em que foi procurada, a diretoria não se manifestou. Ontem, uma assessora de marketing chegou a conversar com a reportagem, prometeu um retorno à tarde, mas não o fez.

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