quinta-feira, 31 de maio de 2012

MT- Paralisação da UFMT começa a atingir programas de mestrado e doutorado

O comando de greve recomendou ainda, que os cursos solicitem a Capes a suspensão de prazos de projetos acadêmicos e a paralisação de todos os cursos de pós-graduação, em respeito ao Movimento Docente.

ALIANA CAMARGO

O comando de greve da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) se mobiliza para integrar os cursos de pós-graduação da Instituição na paralisação das atividades. Dois cursos já estão sem aulas, são eles: o programa de mestrado em Serviço Social e os programas de mestrado e doutorado do Instituto de Educação. Outros cursos do campus Cuiabá vão se reunir nesta semana para decidir se aderem ou não a greve total das atividades. Ao todo são 42 cursos de mestrado e doutorado nos quatro campi da UFMT (Rondonópolis, Sinop, Barra do Garças e Cuiabá).


Mayke Toscano/Hipernotícias

Programas de mestrado e doutorada estão começando a aderir a greve na UFMT


De acordo com o professor Antônio Máximo, do comando de greve, os ganhos para a pesquisa serão maiores do que os prejuízos. “Estou há 30 anos como professor e só vi docente ganhando um centavo do governo com greve”.

Quem tem autonomia sobre os cursos de pós-graduação é a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) que determina metas e prazos para a produção das pesquisas. Diante disso, alguns professores e alunos se veem na realidade inserta de algumas produções de pesquisa.

O programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (CPPG), da Faculdade de Medicina, solicitou a liberação de atividades durante a greve docente para realização de reuniões internas, mas foi negado pelo comando de greve.

Em resposta ao programa, a comissão de ética do comando de greve fez a avaliação do caso dizendo que existe a compressão das pressões exercidas pelas agências avaliadoras e financiadores dos programas de pós-graduação em todo o Brasil. Porém, destacaram que as pressões “além de atingir um dos princípios fundamentais de nossa luta – a autonomia universitária – nos impõem metas de produtividade”.

O comando de greve recomendou ainda, que os cursos solicitem a Capes a suspensão de prazos de projetos acadêmicos e a paralisação de todos os cursos de pós-graduação, em respeito ao Movimento Docente.

Antônio Máximo informou que as atividades que atingem diretamente a manutenção de serviços de saúde e que não prejudique prazos avaliativos da própria pesquisa, como nos casos da Biologia, não estão suspensas. “Apenas a parte da administração que está sendo suspensa”.

ESTUDANTES SE MOBILIZAM

Estudantes da UFMT se mobilizaram na manhã desta quarta-feira (30) em ato de protesto para reclamar a realidade vivenciada pelas 48 instituições que estão em greve. A concentração foi na Praça Ipiranga.

Os estudantes, apesar de reclamar da paralisação dos professores, questionam como o governo federal não toma atitude para mudar a realidade nas instituições de ensino superior no país.




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